19 novembro 2012

Caralhinhos de São Gonçalo de Amarante

Desde 4 de Maio de 2011, tenho uma página minha no Facebook: São Rosas no Facebook.
(antes disso, tive uma página d'a funda São mas foi eliminada pelo Facebook, por "conteúdo obsceno").
Actualmente, a página tem mais de 450 gostos. Além de tudo o que é publicado no blog, eu e mais maltinha d'a fundiSão colocamos lá regularmente outros conteúdos.
A Maria Árvore colocou lá uma imagem dos "foguetes" de S. Gonçalo de Amarante. Achei tão interessante que pesquisei sobre o tema e encontrei esta explicação e as fotos n'o Belogue:
"Diz-se que São Gonçalo é o santo protector das velhas e que cura problemas de fertilidade masculina. Segundo a lenda o santo teria casado em segredo os habitantes de uma aldeia chamada Ovelha, habitantes esses que a Igreja não queria casar: os que viviam maritalmente. Entre estes encontravam-se novos e velhos, como é claro. Mas o povo passou a dizer que São Gonçalo era o "casamenteiro dos de Ovelha", que abreviado e com o tempo deu "casamenteiro das Velhas". Das questões sentimentais rapidamente o povo passou para as questões de ordem sexual. Não há provas neste caso (assim como não há no outro, mas sempre há uma história que o justifica) de que São Gonçalo tenha sido o taumaturgo dos impotentes sexuais, mas se virmos os ex-votos que são colocados na capela onde se encontra o seu sarcófago antropomórfico, notaremos que se são na sua maioria partes do corpo como seios, partes genitais masculinos e femininos e corpos de crianças. O que pode corroborar estas duas histórias e juntá-las é a venda, ainda hoje, nas barracas e nas pastelarias mais tradicionais de Amarante, de uns bolos em forma de pénis aos quais se dá o nome de (desculpem-me) caralhinhos de São Gonçalo."



Nesta publicação no Facebook, o Fernando Pereira comentou com uma quadra:

S. Gonçalo de Amarante
é um grande aldrabão.
Ele deu-me estas três pernas...
só duas chegam ao chão!

A Kikas comeu lá num restaurante que tinha uma quadra alusiva ao santo padroeiro:

São Gonçalo de Amarante
Que estás virado prá vila
Vira-te pró outro lado
Que te dá o sol na testa

«conversa 1927» - bagaço amarelo

Ela - Até nos tipos de pénis alguns homens são uma desilusão.
Eu - Nos tipos de pénis?!
Ela - Sim, não sabias que há dois tipos de pénis nos homens? Os shower e os grower...
Eu - Não, não sabia. Só tenho um.
Ela - Os grower são homens que têm o pénis relativamente pequeno mas que cresce bastante na altura da erecção, os shower são homens que têm o pénis aparentemente grande mas depois nunca cresce muito mais.
Eu - A sério?
Ela - A sério.
Eu - Não fazia ideia.
Ela - Pois... eu fui aprendendo com as desilusões da vida.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Lady Gaga a caminho do paraíso

Lady Gaga subiu o morro do Cantagalo de mototaxi e encontrou o paraíso:  Cocaína, Maconha, Skunk, Ecstasy...



Obscenatório
obscenatorio.wordpress.com

Reações ao fim

Temos que ser espertos.



Só porque o mundo vai acabar você não precisa ser enrabado, né?

Capinaremos.com

18 novembro 2012

Postalinho da Serra do Caramulo

"Pedra à coca de turistas na Rota dos Caleiros.
Paulo M."

Lady Gaga no Rio mostra que seu corpo está melhor que a cara


Com a cara de chapada de sempre, Lady Gaga aparece na varanda do hotel em que está hospedada, em Ipanema, e mostra seu corpo quase desnudo, que até dá pra dar um caldo.
Lady Gaga no Rio
Lady Gaga no Rio
Lady Gaga no Rio
Lady Gaga no Rio


Obscenatório

Clandestinos

Encontrei este delicioso naco de prosa e apeteceu-me partilhá-lo convosco:

«(...) Quando nos encontrávamos naquele quarto manhoso daquela pensão manhosa, foi a melhor época das nossas vidas.
Éramos admiravelmente mentirosos, encontrávamo-nos ali admiravelmente clandestinos, ninguém poderia imaginar que eu, Tita, e ele, Vítor, saboreávamos, todos nus em cima da cama, obscenos bombons de chocolate e ginjas, que nos apalpávamos espaçada e gulosamente, sem pressas, e ele, sem pressas, ia apresentando intimidades do seu corpo que eu desconhecia, novas borbulhas, novos pêlos, e tínhamos também as nossas doces fantasias. A que ele gostava mais era aquela com o meu vestido de comunhão que já não me servia, mas imaginávamos coisas com ele. E imaginávamos muito mais coisas e ele chamava-me «minha putinha doce», e eu pensava «ah, que bom!» e deixava cair um fio de baba pelo pescoço abaixo.
Também me chamava Madame e Mademoiselle enquanto entrelaçava os seus pés nos meus pés e as suas pernas quentes nas minhas pernas quentes e assim rolávamos, rolávamos até cair num abismo com milhares de cores à nossa volta, até cairmos num poço sem fundo, húmido, cheio de salamandras e bichos esquisitos que trepavam pelos nossos corpos colando-se e fixando-se sofisticadamente nas nossas intimidades (...)»
Cristina Carvalho
em "A CASA DAS AURORAS"
publicado em 2011 por Planeta Manuscrito

Conto de fodas



Via Testosterona

17 novembro 2012

"Socorro! Credo! O meu bebé mexe na pilinha e faz uma cara que até me faz corar!..."

Isto de ser-se pai ou mãe tem muito o que se lhe diga...


(revista Sábado de 31/10/2012)

«respostas a perguntas inexistentes (214)» - bagaço amarelo

Ontem a Patrícia veio ver-me. Digo assim, que a Patrícia veio ver-me, porque é mesmo esse o sentido da coisa. Eu estava sem vontade de sair e ela veio visitar-me como se eu estivesse internado na minha própria casa. Ela era a visitante, eu o doente. Ouvi-a a estacionar o carro lá fora (distingo o som do motor do carro dela muito facilmente), mas mesmo assim esperei que ela tocasse à campainha para me levantar e abrir a porta.
Tinha-lhe dito ao telefone que não me apetecia estar com ninguém, mas ela insistiu que queria vir. Argumentou que não demoraria muito. Esperei, entre esse telefonema e a chegada dela, talvez uns vinte minutos. Depois vi-a entrar, servir dois copos de vinho duma garrafa que ela própria trouxe, e sentar-se ao meu lado no sofá.
O cd áudio que estava a tocar acabou nesse preciso momento. Ela levantou-se de novo e escolheu uma colectânea de música popular brasileira para encher a casa com alguma alegria. Palavras dela, pelo menos. Perguntou-me várias coisas sobre mim: se eu ando bem, se está tudo bem entre mim e a Raquel, se está tudo bem com a minha filha e se ando a ler algum livro. Respondi que sim a tudo. Por fim saiu de novo, sem se servir de um segundo copo, e disse-me para lhe ligar se precisasse.
A Patrícia é uma amiga rara. É leve. Acho que me Ama sem nunca ter estado apaixonada por mim. Quer-me bem e não quer mais nada. Atura-me nas minhas infinitas mariquices de homem adulto, sempre sem demonstrar cansaço ou impaciência. Não me pede nada em troca da sua atenção. Nem sequer a minha própria atenção.
Ouvi o motor do carro dela arrancar lá em baixo e fui à cozinha molhar os copos de vinho para que os resíduos não secassem. Vi a garrafa dela a meio, pus-lhe uma rolha e guardei-a. E eu, que não queria ver ninguém, fiquei imediatamente com saudades dela.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Cockolada

Bisnaga com uma bebida qualquer (não sei qual pois nunca a abri) lá dentro.
Uma curiosidade da minha colecção, que também tem destas... modernices.


Um sábado qualquer... - «Madame Cazam»



Um sábado qualquer...

16 novembro 2012

«Arrastão de amizade» in «Carcavelos dos Cinco Sentidos - volume II»

O nosso Grande Membro Jorge Castro (OrCa) não descansou enquanto nós não escrevemos uma crónica sobre o dia memorável que a malta d'a funda São passou em Carcavelos, nos idos de 2005, para o Volume II do livro «Carcavelos dos Cinco Sentidos - volume II», uma publicação da Junta de Freguesia de Carcavelos que o Jorge Castro coordenou.
O resultado aqui fica, para quem não tem acesso ao livro:

Arrastão de Amizade

Era um sábado a meio do mês de Junho de 2005. Coimbra já estava acordada mas eu não, quando o telefone tocou:
- São Rosas? É… Jor… Castr… - a chamada (ou o meu cérebro) estava com falhas, mas reconheci a voz do meu amigo Jorge Castro, o nosso OrCa.
- Olá, Mestre OrCa. Não te estou a ouvir muito bem, mas diz…
- Quer… cá vê-los…
- Queres ver-nos?! Aonde?
- Eu disse Carcavelos! Quero que… venham a Carcavelos!
- Ah! Tinha entendido “quero cá vê-los”…
- E quero... Temos que… próximo encontro em Carcavelos! Num restaurante… praia…
- Estás doido, Jorge?! A malta fazer o encontro na praia de Carcavelos quando houve aí há pouco tempo (no dia 10) o arrastão?! Mas olha que pensando bem... agora a praia deve ser um sossego. Ah! Ah! Ah!
E, mesmo com um telefonema aos soluços, ficou combinado: o terceiro encontro dos membros e membranas do blog «a funda São» iria ser no restaurante Estrela do Mar, na praia de Carcavelos, no dia 2 de Julho, depois de uma visita… científica ao 1º Salão Erótico de Lisboa.
Éramos cerca de vinte folgazões, elas e eles dos quatro cantos e respectivas arestas desta nossa pequena amostra de mundo.
Quando chegámos à praia, já o Sol acariciava o horizonte.


O jantar, de caracóis e gambas, foi regado a música, poesia, manifestações tântricas, outras danças de ventre com jogos de cintura e até oficinas de iniciação a técnicas inovadoramente estimulantes, donde sobressaiu uma palestra sobre as múltiplas e desvairadas aplicações de um anel peniano, tudo sob o olhar plácido e condescendente sobre bigode farfalhudo do que nos disseram ser o vetusto fundador daquela casa e que a tudo assistia de quadro emoldurado, presidindo à sala.




Eu própria fui brindada com um concupiscente e, porventura, bem-intencionado braçado de rosas vermelho-sangue que, por razões que não virão ao caso, deixou a assembleia perto de um acesso de riso convulso.
Já a madrugada ia longa quando saímos do restaurante… e não resistimos a experimentar o conforto do extenso areal, num piquenique à luz da Lua, convidativa e inspiradora, em círculo apertado (que o frio era muito) e entoando loas à Vida, às chamuças e ao champagne, entretanto conservado geladinho por amabilidades da gerência do restaurante e, assim, em claro contrassenso em relação ao que a temperatura recomendaria, mas em absoluta sintonia com o saudável e prazenteiro desvario que se desfrutava.
O JF recorda-se “que tinha sido pouco tempo depois do arrastão e estávamos sempre na brincadeira a saber quando seria o próximo, àquela hora da noite. Apesar de algum frio, a conversa esteve sempre animada e eu creio que havia umas caixas com sortido de bolos que iam passando de mão em mão lá mais para o final da madrugada.”


Ao Jorge Castro, não lhe sai da ideia “um casalinho que se espojava na praia àquela hora tardia e se assarapantou com o chavasco do colectivo - talvez presumindo algum arrasto tardio - e se desvaneceu na escuridão do mar, onde a humidade é mais intensa”. Memoráveis, ainda, os cânticos pela noite dentro, com recurso aos portáteis, entretanto ligados, em pleno areal, sobre as caixas térmicas e lancheiras onde transportáramos as vitualhas. Verdadeira tecnologia de ponta, em círculo!
Como relembra o Jorge Costa, “estar sentado na areia de Carcavelos em madrugada serena e fresca, na companhia dos amigos, é caso de memória. Não pelo champagne ou pelas chamuças – como se sabe, elemento de simbologia eminentemente erótica – ou pelos bolos da confeitaria dos Amigos do Doce que em boa hora a lembrança levou do Porto, mas pelo facto de se ter festejado mais uma noite entre amigos.
Ainda e sempre com eles no meu pensamento, atravessámos a noite em direcção ao dia que se fazia pela estrada fora no regresso a casa. E, depois de ter deixado o último amigo em casa, adormeci feliz e cansado numa bomba de gasolina em plena auto-estrada.
Sei que acordei com excursionistas de presunto e garrafão, colados na porta da minha viatura. Os sorrisos deles foram o rastilho para uma gargalhada interior. O dia estava perfeito. A noite a isso tinha levado. Tinha estado entre amigos... numa noite em Carcavelos.”
Não sei quais são a origem e o significado do nome Carcavelos. Mas desde este dia, em que a amizade nos arrastou para passarmos nessa praia uma noite memorável, a mim soa-me a "Quero cá vê-los". E havemos de lhe fazer, de novo, essa vontade…

A vossa, só vossa, eroticamente vossa
São Rosas
Março de 2012

texto e fotos colectivos – JF, Jorge Costa, Jorge Castro e Paulo Moura