07 abril 2013
Senhor Multiópticas

Usar teledisco ou videoclip define logo a idade de quem o diz e por esta ordem de ideias ele era velho até já com direito a toque rectal.
Mas até conseguíamos ouvir as mesmas músicas desde que a escolha pendesse para os lados dos fados e como ele continuava a picar o ponto lá seguia a orquestração. Prometia invariavelmente da próxima aguentar mais como se cada pranchada fosse uma partida de xadrez cronometrada. E com a mesma frieza era capaz de me beijar apenas com os lábios como se o resto do corpo fosse um acessório dispensável para a ocasião. Quando o encostava à parede com o peso do meu corpo, uma mão entre o pescoço e a nuca, outra a cravar-se-lhe nas nádegas e as ancas a dançarem-me ostensivamente de encontro aos seus galões masculinos ele chupava-me a boca com o cu de galinha dos lábios em riste e esforçadamente lá fazia cinco dedos borboletarem-me pelo traseiro como se temesse o voyerismo das paredes ou a culpa da luxúria escorresse desalmadamente por si e lhe congelasse os movimentos.
Até que lhe podia fazer um desconto de acordo com a idade mas temo que não existam dioptrias para corrigir a ignorância de não se saber dar a alguém.
Mas até conseguíamos ouvir as mesmas músicas desde que a escolha pendesse para os lados dos fados e como ele continuava a picar o ponto lá seguia a orquestração. Prometia invariavelmente da próxima aguentar mais como se cada pranchada fosse uma partida de xadrez cronometrada. E com a mesma frieza era capaz de me beijar apenas com os lábios como se o resto do corpo fosse um acessório dispensável para a ocasião. Quando o encostava à parede com o peso do meu corpo, uma mão entre o pescoço e a nuca, outra a cravar-se-lhe nas nádegas e as ancas a dançarem-me ostensivamente de encontro aos seus galões masculinos ele chupava-me a boca com o cu de galinha dos lábios em riste e esforçadamente lá fazia cinco dedos borboletarem-me pelo traseiro como se temesse o voyerismo das paredes ou a culpa da luxúria escorresse desalmadamente por si e lhe congelasse os movimentos.
Até que lhe podia fazer um desconto de acordo com a idade mas temo que não existam dioptrias para corrigir a ignorância de não se saber dar a alguém.
06 abril 2013
«respostas a perguntas inexistentes (230)» - bagaço amarelo

Bem, mas a história que ele me contou, há já muito anos, tinha a ver com um pesadelo de que ele nunca mais se esquecera. Estava a morrer de sede e desidratação no meio dum deserto qualquer, deitado sobre a areia quente que lhe queimava a pele. Em desespero, mesmo sendo ateu, pôs-se a pedir a Deus que o ajudasse e fizesse chover, o que veio a acontecer. Só que choveu tanto que ele acordou desse pesadelo quando estava prestes a morrer afogado.
Lembro-me que não tive nenhuma reacção quando ele me contou isto. Devo ter dito apenas qualquer coisa como "fixe!" e pedido mais duas cervejas, uma para mim, outra para ele. A verdade é que nunca mais me esqueci da história. Isto é, não é que me lembre dela todos os dias, mas de vez em quando lá me vem à cabeça como se tivesse sido contada ontem e, normalmente, por causa de situações que têm a ver com mulheres, Amores e desAmores.
Hoje, como comecei por dizer, foi um desses dias e contei-a a um velho amigo que encontrei no Porto por acaso. Eu já tinha andado a pé uns sete ou oito quilómetros e estava ansioso por uma cerveja quando o vi, pelo que o convidei imediatamente para entrar no café mais próximo. Fiquei calado a saborear e decidi dar-lhe espaço para dizer o que quisesse.
- Então, como vai a vida? - Perguntei.
Foi como se ele estivesse à espera que alguém lhe fizesse esta pergunta há anos. Começou a falar ininterruptamente e eu fui ouvindo enquanto dava goles na minha Sagres preta. A certa altura disse-me que se tinha casado e divorciado, no espaço de três meses, com uma mulher alemã que conheceu durante o Verão numa praia qualquer. Apaixonou-se muito por ela, mas como ela fazia tudo o que ele queria fartou-se num instante e pediu-lhe o divórcio. Eu fiquei sem saber o que dizer, mas para preencher o silêncio que entretanto, e de forma inesperada, surgiu, contei-lhe este pesadelo do meu quase amigo.
- Fixe! - disse ele.
E pediu duas cervejas. Uma para mim, outra para ele.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Adivinhem lá o que é esta... porra!
Encontrei esta... coisa na internet. Alguém consegue adivinhar o que é e para que serve, sem fazer a batota de espreitar a segunda imagem e a explicação a seguir?
Apresento-vos «The Body Back Buddy Trigger Point Massager», um aparelho para massajar as costas.
Seria certamente uma óptima aquisição para «objectos que é suposto não serem eróticos», uma das «sexões» da minha colecção de arte erótica que tem várias invenções do caralho...
Apresento-vos «The Body Back Buddy Trigger Point Massager», um aparelho para massajar as costas.
Seria certamente uma óptima aquisição para «objectos que é suposto não serem eróticos», uma das «sexões» da minha colecção de arte erótica que tem várias invenções do caralho...
05 abril 2013
Cartinha do Jorge Castro a propósito do bloqueio do meu acesso ao Facebook
O bloqueio foi «só» por 24 horas, mas antes de ser levantado já eu tinha esta mensagem na caixa de correio, que me dá ânimo para continuar:
"Notavelmente, os facebooks a que vamos aderindo porque sim, são a melhor prova viva da existência de mentecaptos que querem regular e mandar no mundo. Nenhuma nudez, explícita, implícita, solstícia ou cardinalícia tem pecado. É nudez. Ponto.
![]() |
| Imagem de diarioliberdade.org |
Nus! Assim devíamos estar todos nos momentos cruciais das nossas vidas. Nus, na Assembleia da República - já imaginaste os efeitos? Nus no 25 de Abril e no Natal. Nos vivas à República e no pagamento do IRS! No IMI como no restaurante! Nus, simplesmente, como a Godiva da fábula e nus numa nova Alice no País das Maravilhas...
Carais, estou tão farto destes merdas todas, minha cara! Da hipocrisia, da castração do sonho, do moralismo merdoso e bafiento do olha-para-o-que-eu-digo-não-olhes-para-o-que-eu-faço!
Queres saber uma coisa? Quando é que a malta se encontra, por aí, para dizer caralho em voz alta e confirmar que isso é coisa tão natural como o respirar?
Abraço."
Jorge Castro
O amor é tramado e parte
Tece uma trama que nos enreda, quase sem darmos por isso. Sabemos que
algo nos começa a toldar os movimentos e a razão. A embaraçar os
momentos e o coração. A entrelaçar os sentimentos e a emoção. Só nos
apercebemos quando é tarde. Quando estamos enredados. E nunca
entediados.
Por mais experientes que sejamos, somos surpreendidos pelo poder deste atropelamento. Que nos assalta. Que nos esmaga. Que nos arrebata. Por mais que tentemos manter os pés no chão. Por mais que queiramos resistir. Por mais que a razão nos tente dizer que não. Que não vai dar. Que não vai resultar. Que dá demasiado que pensar.
Pensamos ter o controlo. Pensamos conseguir superar. Pensamos que sim. Que já passou. Que já lá vai. Que o amor partiu. Para não voltar, não voltamos. Voltamos as costas. Voltamos a mudar de rumo. Rumamos a outro porto. Partimos, enquanto o próprio amor parte, deixando cacos à sua partida.
No entanto, parece que todos os caminhos vão dar a Roma. Num ou noutro sentido...
http://sodoperfido.blogspot.pt/2012/11/o-amor-e-tramado-e-parte.html
Por mais experientes que sejamos, somos surpreendidos pelo poder deste atropelamento. Que nos assalta. Que nos esmaga. Que nos arrebata. Por mais que tentemos manter os pés no chão. Por mais que queiramos resistir. Por mais que a razão nos tente dizer que não. Que não vai dar. Que não vai resultar. Que dá demasiado que pensar.
Pensamos ter o controlo. Pensamos conseguir superar. Pensamos que sim. Que já passou. Que já lá vai. Que o amor partiu. Para não voltar, não voltamos. Voltamos as costas. Voltamos a mudar de rumo. Rumamos a outro porto. Partimos, enquanto o próprio amor parte, deixando cacos à sua partida.
No entanto, parece que todos os caminhos vão dar a Roma. Num ou noutro sentido...
http://sodoperfido.blogspot.pt/2012/11/o-amor-e-tramado-e-parte.html
Prostituição - a minha história (VII)
Dos elefantes no peito
Que tudo me doa assim, intensamente. Antes
a dor que o cinzento em todas as coisas;
que mordam o ódio, a dor, a verdade, entredentes
e que possam sair na fúria cega das palavras.
Serena-me mas nunca me acalmes. Por mais que tentes
eu agarro a violência, a chama, a paixão e as lágrimas;
na selva do peito hão-de ecoar como centenas de elefantes
em corrida, o forte estrondo da liberdade pelas florestas.
Girl loses Boy
Depois do primeiro encontro, o Boy desapareceu. Completamente. Sem telefonar, sem responder a mensagens, sem ir ao bar. Como se um disco voador o tivesse levado.
A Girl nem queria acreditar, tão típico tinha sido. Não era a primeira vez que lhe acontecia, o que pensava não ser um “one-night-stand” que se transformava num. Mas desta vez não estava mesmo à espera.
“Fuck, just plain fuck!”, praguejava para si mesma.
Durante semanas, não ouviu falar do Boy. Foi por essa altura que teve que viajar em trabalho até à Dinamarca e conheceu, no regresso, Marti, o dinamarquês de longos, finos e hábeis dedos. Marti foi um oásis delicioso mas temporário na vida da Girl, enquanto lá no fundo, a memória do Boy permanecia.
Marti ficou uma semana em Portugal, uma semana em que a Girl aproveitou para dar a conhecer ao seu salvador temporário alguns dos locais onde já tinha sido feliz.
Na véspera de Marti voltar para a Dinamarca, ambos sabiam que o que havia entre eles era o suficiente para recordarem com saudade aquela semana, mas não para que a Girl apanhasse o próximo avião para Oslo, ou que o rapaz dos longos dedos deixasse partir o dele e se estabelecesse por cá.
Ainda assim, quiseram dar um ao outro uma última noite inolvidável. Os dedos de Marti continuavam a fazer magia e a sua resistência parecia a de um corredor de longa distância. A Girl ouviu-se a si própria gemer, sentiu o corpo tremer em vagas de prazer até que o prazer se transformou em dor de tanta intensidade. Marti era um mestre na arte de induzir orgasmos nela.
A Girl pediu-lhe:
“I want you to give me something to remind me of this night for a long, long time.”
Marti olhou para ela com o ar de abandono de que ela tanto gostava e disse-lhe:
“You can keep some of my hair.”
Ela assentiu, pegou na tesoura, cortou-lhe uma madeixa loura e guardou-a. Marti ficou com uma falha de cabelo, como se tivesse ido a um péssimo cabeleireiro. A Girl pegou num espelho, mostrou-o a Marti e ambos riram com a cumplicidade de dois adolescentes que tivessem acabado de fazer uma grande partida.
E quando a Girl em seguida ofereceu a Marti o seu último êxtase em conjunto, sentiu que lhe estava a entregar também um pouco do coração. Não, não amava Marti. O feitiço do Boy ainda estava presente, mesmo depois das semanas de ausência e sem saber se alguma vez ele regressaria.
Mas Marti tinha significado o seu regresso à vida, tinha despertado os seus sentidos como poucos amantes o haviam feito no passado e ia partir. Na urgência do orgasmo final, julgou antever uma lágrima nos olhos de Marti.
E nesse momento, apenas nesse momento, pensou em deixar tudo para trás e ir com ele. Mas não foi por aí que a história continuou e Marti viajou sózinho, para Oslo, na manhã seguinte.
Ela ficou apenas com o cabelo dele e as marcas da última noite em conjunto, que continuou a sentir no corpo e na alma durante muitos dias.
Sempre termina igual
Esse post é dedicado a todos leitores delicados.

Opa, rolou um apertão no peitinho...
Capinaremos.com
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04 abril 2013
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