Tece uma trama que nos enreda, quase sem darmos por isso. Sabemos que
algo nos começa a toldar os movimentos e a razão. A embaraçar os
momentos e o coração. A entrelaçar os sentimentos e a emoção. Só nos
apercebemos quando é tarde. Quando estamos enredados. E nunca
entediados.
Por mais experientes que sejamos, somos surpreendidos
pelo poder deste atropelamento. Que nos assalta. Que nos esmaga. Que nos
arrebata. Por mais que tentemos manter os pés no chão. Por mais que
queiramos resistir. Por mais que a razão nos tente dizer que não. Que
não vai dar. Que não vai resultar. Que dá demasiado que pensar.
Pensamos
ter o controlo. Pensamos conseguir superar. Pensamos que sim. Que já
passou. Que já lá vai. Que o amor partiu. Para não voltar, não voltamos.
Voltamos as costas. Voltamos a mudar de rumo. Rumamos a outro porto.
Partimos, enquanto o próprio amor parte, deixando cacos à sua partida.
No entanto, parece que todos os caminhos vão dar a Roma. Num ou noutro sentido...
http://sodoperfido.blogspot.pt/2012/11/o-amor-e-tramado-e-parte.html