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09 abril 2013
Eva portuguesa - «Oração»
Meu Deus,
Ajuda-me a ter coragem e força para levar a bom porto esta decisão!
Ajuda-me a ter paciência para dar tempo para ver resultados desta minha jornada!
Ajuda-me a ser bem sucedida!
Protege-me neste país estranho e distante.
Guia-me por um caminho seguro e certo, onde apenas encontre alegria, paz e sucesso.
Dá-me forças para aguentar as saudades e provações.
Afasta de mim o mal, a incerteza, a insegurança, o desamor, o insucesso e a tristeza.
Traz até mim a paz, a alegria, o amor, a saúde, a recompensa e a felicidade.
Mostra-me o caminho, o meu caminho. Aquele que me conduz à realização dos meus sonhos e objectivos.
Guarda os que eu amo com um manto impenetrável feito com todo o meu amor.
Ajuda-me....
Já que me deste esta oportunidade, permite que seja feliz a vivenciá-la.
Que estes dois dias passados sejam o pior que aqui encontrarei...
Ajuda-me para que os restantes dias sejam iluminados, felizes, prósperos.
Permite que ganhe a minha vida desta forma que, bem vistas as coisas, é bem honesta.
E, se tal não for possível, peço-te: leva-me de volta para casa e para os meus. Faz com que o futuro seja tão bom como tem sido até agora, o presente...
Vela por mim, pelos que trago na coração e por todas as pessoas de bem.
Amem!
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
Ajuda-me a ter coragem e força para levar a bom porto esta decisão!
Ajuda-me a ter paciência para dar tempo para ver resultados desta minha jornada!
Ajuda-me a ser bem sucedida!
Protege-me neste país estranho e distante.
Guia-me por um caminho seguro e certo, onde apenas encontre alegria, paz e sucesso.
Dá-me forças para aguentar as saudades e provações.
Afasta de mim o mal, a incerteza, a insegurança, o desamor, o insucesso e a tristeza.
Traz até mim a paz, a alegria, o amor, a saúde, a recompensa e a felicidade.
Mostra-me o caminho, o meu caminho. Aquele que me conduz à realização dos meus sonhos e objectivos.
Guarda os que eu amo com um manto impenetrável feito com todo o meu amor.
Ajuda-me....
Já que me deste esta oportunidade, permite que seja feliz a vivenciá-la.
Que estes dois dias passados sejam o pior que aqui encontrarei...
Ajuda-me para que os restantes dias sejam iluminados, felizes, prósperos.
Permite que ganhe a minha vida desta forma que, bem vistas as coisas, é bem honesta.
E, se tal não for possível, peço-te: leva-me de volta para casa e para os meus. Faz com que o futuro seja tão bom como tem sido até agora, o presente...
Vela por mim, pelos que trago na coração e por todas as pessoas de bem.
Amem!
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
«percorro-te caminhos» - Susana Duarte
percorro-te caminhos situados nas nervuras das veias
e subo montanhas onde os poros se revelam aves soltas
as montanhas são heras trepadeiras que voam rumo
a lugares que não sei. deusas conspiram para que as asas
quebrem
e a queda sobre as ervas madrugadoras seja a realidade
imposta às sonoridades dos meus olhos. os olhos
não te vêem e,
na queda das águas da manhã, não seguram a tristeza.
amar-te é a queda das folhas sobre gotas orvalhadas
de uma montanha longínqua. e as sobras das neves.
percorro-te. sonho-te. sinto-te onde não te vejo. estranho
as auroras
pálidas do desejo de ser água. percorro-te. sonho-te.
sinto-te onde não te vejo. as danças pagãs pararam
nas portas das montanhas cobertas de gotas orvalhadas
pela tua longa ausência. sei-te onde não estás. percorro-te
marés e encontro-te nas portas da noite. de olhos fechados.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
e subo montanhas onde os poros se revelam aves soltas
as montanhas são heras trepadeiras que voam rumo
a lugares que não sei. deusas conspiram para que as asas
quebrem
e a queda sobre as ervas madrugadoras seja a realidade
imposta às sonoridades dos meus olhos. os olhos
não te vêem e,
na queda das águas da manhã, não seguram a tristeza.
amar-te é a queda das folhas sobre gotas orvalhadas
de uma montanha longínqua. e as sobras das neves.
percorro-te. sonho-te. sinto-te onde não te vejo. estranho
as auroras
pálidas do desejo de ser água. percorro-te. sonho-te.
sinto-te onde não te vejo. as danças pagãs pararam
nas portas das montanhas cobertas de gotas orvalhadas
pela tua longa ausência. sei-te onde não estás. percorro-te
marés e encontro-te nas portas da noite. de olhos fechados.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Frango à... paneleiro?!
Fui a uma feira do queijo no mercado do Calhabé (em Coimbra) e encontrei lá esta... peça em barro, que decidi logo que deveria comprar para a «sexão - o que não era suposto ser erótico» da minha colecção:
Do que eu não estava à espera, era da inscrição que a peça tinha no rebordo lateral:
«Frango à paneleiro»?!
O senhor que me vendeu esclareceu-me: "Isto é feito numa olaria perto de Miranda do Corvo. O frango enfia-se ali, põem-se batatinhas à volta e põe-se a assar no forno. A gordura do frango escorre para as batatas".
Como eu já tinha concluído há muito tempo, a tarada não sou eu. E lá veio aquilo para a minha colecção, pelas mãos do meu secretário.
Do que eu não estava à espera, era da inscrição que a peça tinha no rebordo lateral:
«Frango à paneleiro»?!
O senhor que me vendeu esclareceu-me: "Isto é feito numa olaria perto de Miranda do Corvo. O frango enfia-se ali, põem-se batatinhas à volta e põe-se a assar no forno. A gordura do frango escorre para as batatas".
Como eu já tinha concluído há muito tempo, a tarada não sou eu. E lá veio aquilo para a minha colecção, pelas mãos do meu secretário.
08 abril 2013
«casamento» - bagaço amarelo
-Talvez me venha a arrepender de ter casado contigo.
Admito que a minha primeira preocupação foi ter estragado, eventualmente, a noite de núpcias. Não que naquela altura andasse propriamente com a libido no máximo, mas sempre tinha tido essa ilusão de ter sexo num hotel caro com uma mulher vestida de noiva.
Na verdade, eu tinha casado com ela porque estava completamente apaixonado e porque tínhamos uma vida sexual bastante boa. Casei, portanto, sem a mínima dúvida sobre o que estava a fazer. Mas depois, durante o casamento, e por causa dum pequeno gesto que não me saiu mais do pensamento, pensei que talvez me pudesse arrepender.
Tinha chegado a hora de irmos falar com todos os convidados, um por um, mesa por mesa, e eu abracei-a como sempre tinha feito durante os anos de namoro. Ela tirou o meu braço dos ombros e cruzou-o com o dela. Em vez de irmos abraçados, fomos apenas de braço dado.
- Há convidados respeitáveis. - disse – Portemo-nos como pessoas casadas.
Foi a primeira vez que pensei que não conhecia totalmente a mulher a quem tinha acabado de prometer passar o resto da minha com ela. Talvez houvesse uma mulher antes do casamento e outra depois do casamento, como muitos amigos meus já casados, alguns até já divorciados, me tinham avisado. Por um segundo não a reconheci nem no seu comportamento, nem sequer no seu timbre de voz.
Ela sentou-se num dos sofás da suite do hotel. Numa das paredes estava pendurado um quadro para o qual eu não conseguia deixar de olhar. Era uma pintura assumidamente abstracta mas que, pelo menos para mim, se assemelhava como figurativa. Um borrão que desde o primeiro momento me parecera um bando de pássaros a levantar voo numa floresta densa, talvez por ter havido um disparo duma arma.
- Nem sequer vais olhar para mim? - Perguntou.
- Estou a contar fazer mais do que olhar. - respondi sem tirar os olhos do quadro.
Ela não se riu. Pelos visto, o segredo que eu lhe contara no elevador tinha passado para o nosso quarto de hotel, talvez até para a nossa vida. Achei melhor enfrentar a situação que eu próprio tinha criado, em vez de contorná-la como era meu hábito.
- Estou com medo de não saber com quem casei.
Enfrentei-a olhos nos olhos. Ela tinha uma expressão nova, como se de repente se tivesse transformado numa estátua zangada. Eu próprio me assustei e decidi mudar de estratégia. Lancei-lhe um anzol, algo a que ela pudesse responder facilmente, para ver se aquele momento de tensão acabava. Dizendo-lhe o que sentia duma forma mais suave do que a realidade.
- Não sei o que se passou comigo. Fiquei com medo que tu mudes. Na verdade fiquei com medo de te perder de repente. Nem sei bem porquê.
A estátua voltou a ser pessoa. Aproximou-se, segredou-me que eu era um tolinho e fizemos Amor. A paz tinha voltado. No entanto, cinco minutos depois de ter casado, já me sentia preso a algo maior que o próprio casamento.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Luís Gaspar lê «No mármore..» de Carlos Drummond de Andrade
"No mármore de tua bunda gravei o meu epitáfio.
Agora que nos separamos, minha morte já não me pertence.
Tu a levaste contigo."
Carlos Drummond de Andrade
Ouçam este poema na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa
Agora que nos separamos, minha morte já não me pertence.
Tu a levaste contigo."
Carlos Drummond de Andrade
Ouçam este poema na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa
Não há idades para brincar
A brincadeira tem que continuar.
Por que será que o vibrador tem perninhas e bracinhos?
Capinaremos.com
Por que será que o vibrador tem perninhas e bracinhos?
Capinaremos.com
07 abril 2013
Senhor Multiópticas
Usar teledisco ou videoclip define logo a idade de quem o diz e por esta ordem de ideias ele era velho até já com direito a toque rectal.
Mas até conseguíamos ouvir as mesmas músicas desde que a escolha pendesse para os lados dos fados e como ele continuava a picar o ponto lá seguia a orquestração. Prometia invariavelmente da próxima aguentar mais como se cada pranchada fosse uma partida de xadrez cronometrada. E com a mesma frieza era capaz de me beijar apenas com os lábios como se o resto do corpo fosse um acessório dispensável para a ocasião. Quando o encostava à parede com o peso do meu corpo, uma mão entre o pescoço e a nuca, outra a cravar-se-lhe nas nádegas e as ancas a dançarem-me ostensivamente de encontro aos seus galões masculinos ele chupava-me a boca com o cu de galinha dos lábios em riste e esforçadamente lá fazia cinco dedos borboletarem-me pelo traseiro como se temesse o voyerismo das paredes ou a culpa da luxúria escorresse desalmadamente por si e lhe congelasse os movimentos.
Até que lhe podia fazer um desconto de acordo com a idade mas temo que não existam dioptrias para corrigir a ignorância de não se saber dar a alguém.
Mas até conseguíamos ouvir as mesmas músicas desde que a escolha pendesse para os lados dos fados e como ele continuava a picar o ponto lá seguia a orquestração. Prometia invariavelmente da próxima aguentar mais como se cada pranchada fosse uma partida de xadrez cronometrada. E com a mesma frieza era capaz de me beijar apenas com os lábios como se o resto do corpo fosse um acessório dispensável para a ocasião. Quando o encostava à parede com o peso do meu corpo, uma mão entre o pescoço e a nuca, outra a cravar-se-lhe nas nádegas e as ancas a dançarem-me ostensivamente de encontro aos seus galões masculinos ele chupava-me a boca com o cu de galinha dos lábios em riste e esforçadamente lá fazia cinco dedos borboletarem-me pelo traseiro como se temesse o voyerismo das paredes ou a culpa da luxúria escorresse desalmadamente por si e lhe congelasse os movimentos.
Até que lhe podia fazer um desconto de acordo com a idade mas temo que não existam dioptrias para corrigir a ignorância de não se saber dar a alguém.
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