Via Testosterona
09 agosto 2013
08 agosto 2013
Conversa do caralho
"A loura disse-te o quê? Que tens uma pila bonita? E depois nunca mais ligou? Deixa lá, a esta hora anda na Nike à procura de uns sapatos de pénis para te oferecer..."
«Notícias da Princesa Margarida» - poema de autor anónimo (anos 60)
A minha amiga Teresa Bizarro já me tinha oferecido cinco preciosos bilhetes postais com desenhos e quadras do José Vilhena.
Agora enviou-me esta prendinha:
"Há tempos prometi procurar umas velhas notícias da princesa Margarida, muito interessantes, para a tua colecção.
Não me esqueci, só que as malvadas tinham de aparecer quando eu não as procurasse, o que aconteceu hoje, ao arrumar livros que ainda estavam em caixas!
Como verás, são quadras que eu acho muito típicas dos anos sessenta, muito ingénuas até no uso do calão...
Beijos e queijos, boas férias!"
Teresa B.
Agora enviou-me esta prendinha:
"Há tempos prometi procurar umas velhas notícias da princesa Margarida, muito interessantes, para a tua colecção.
Não me esqueci, só que as malvadas tinham de aparecer quando eu não as procurasse, o que aconteceu hoje, ao arrumar livros que ainda estavam em caixas!
Como verás, são quadras que eu acho muito típicas dos anos sessenta, muito ingénuas até no uso do calão...
Beijos e queijos, boas férias!"
Teresa B.
Casou a filha do Rei
Jorge VI de Inglaterra.
Houve as punhetas da lei,
Salvas com armas de guerra.
Esquadrilhas de aviões
Voaram livres de orvalho
Cortejando os batalhões
De continência ao caralho.
Estavam bandeiras içadas,
Mostrando poder e luta
De todas as forças armadas
Daqueles filhos da puta.
Soaram no ar as trombetas,
Mostrando valor e poder:
Terminaram as punhetas,
Toca à ordem de foder.
Juntam-se os homens da Corte
Erguem as armas e então
Chega o Príncipe da corte
Com o caralho na mão.
Então as damas de honor
Romperam numa risota
Mas tiveram de depor
Um beijinho na pichota.
E a bela e jovem princesa,
Perfumada de tabu,
Punha creme de beleza
à volta do olho do cu.
Quase tudo preparado,
Grita a princesa, zangada:
"Tenho um pintelho encravado,
Tenho a cona avariada"
Reúne-se logo o Conselho,
Engenheiros, uma fona,
P'ra descobrir o pintelho
Mais retorcido da cona.
Agradece a Princesa
"Jamais serás um sacana;
P'lo teu gesto de nobreza,
Podes foder-m'à canzana!"
O príncipe entrou na liça
E marcou a pontaria
Mas ao meter foi fodido
Porque a princesa dizia:
"Erraste o alvo ladru,
Meteste a piça ao calhar.
Acertaste-me no cu,
Vou-te mandar fuzilar!"
"Perdoai, Senhora minha,
Tão grande ofensa real
Mas bem sabeis que não tenho
Razões p'ra Vos querer mal..."
"Estais desculpado, senhor.
Tirai do cu o cacete.
Decerto sabeis melhor
Como fazer um minete?!"
"Ora essa, Majestade,
Às Vossas ordens, Alteza."
E com grande à vontade
Lambeu a cona à princesa.
Deste minete real
Caiu esporra nas lonas
Do valente oficial
Promovido a lambe-conas.
"Já vos podeis levantar,
Molhai as goelas ardentes;
Mas tereis de vos lavar,
Tendes esporra dos dentes."
Chegou a fona final,
Veio toda a criadagem
Com bidé de ouro e cristal
Para fazer a lavagem.
Então o arauto do reino,
Numa ânsia desmedida
Grita ao povo: "Viva! Viva!
A princesa foi fodida!
E para dar à Nação
Um filho, um herdeiro,
Vamos lá foder então,
Mas cuidado c'o cagueiro..."
07 agosto 2013
«Pessoas que não passam» - João
"As palavras são uma fonte de coisas mal entendidas. E, no entanto, fazem-nos falta. Se não disseres que me amas, mas me segurares o rosto entre as tuas mãos quando me beijas, procurares o meu abraço ou dormires com a perna sobre mim como que para me segurar, parecerá que apenas me tens carinho, por muito colorido ou intenso que esse carinho seja. As palavras, as ditas e as escritas, são fontes de sarilhos, podem interpretar-se de múltiplas formas, mas fazem-nos falta. Faz-nos falta o amor, a paixão, o ser de alguém. As coisas que se dizem no escuro, ou mesmo às claras sob o sol, como querer estar, dizer que se está bem, que se tem vontade.
Mas que palavras poderiam descrever o que sentimos quando as nossas mãos se tocaram pela primeira vez, no escuro? Quando os corações bateram forte naquele abraço ao relento e ao frio? Que palavras podem usar-se quando os olhares se cruzam? E, por fim, que palavras podem segurar as lágrimas que escorrem dos teus olhos? Poupa o nosso tempo. É escasso. Estilhaça-me as vestes, rasga-mas do corpo enquanto te tento agarrar. Depois devolvo-te o carinho e arranco-te o tecido que te cobre, enrolo as meias das tuas coxas até cairem pelos pés, desaperto-te o soutien apenas com dois dedos, e puxo-te pelo pescoço para mim, para te colares, bem vês, assim ao menos não falamos. Não com a boca. Só com as mãos.
Há pessoas que não precisam de uma razão. De um motivo. Já têm duas razões fortes. Por tudo. E por nada. Há pessoas assim, que não passam, que entendem os nossos silêncios, que descodificam os nossos olhares, que sabem o que vamos pensar ainda antes de o pensarmos. Há pessoas com quem as palavras fazem pouca falta. E, ainda assim, há que as usar aqui e ali. Para que não pareça que é só carinho, ou que é coincidência, ou que o acaso pregou ali uma partida, ou duas. Se não me disseres que me amas, pensarei que é só um gosto muito grande em me ver. Se não disseres que queres foder-me, pensarei que é apenas um acidente, que tropeçaste sobre mim. Se não disseres o meu nome, pensarei que é o meu discurso, e não o meu ser. Há pessoas que não passam. Nunca. Com ou sem palavras."
João
Geografia das Curvas
Mas que palavras poderiam descrever o que sentimos quando as nossas mãos se tocaram pela primeira vez, no escuro? Quando os corações bateram forte naquele abraço ao relento e ao frio? Que palavras podem usar-se quando os olhares se cruzam? E, por fim, que palavras podem segurar as lágrimas que escorrem dos teus olhos? Poupa o nosso tempo. É escasso. Estilhaça-me as vestes, rasga-mas do corpo enquanto te tento agarrar. Depois devolvo-te o carinho e arranco-te o tecido que te cobre, enrolo as meias das tuas coxas até cairem pelos pés, desaperto-te o soutien apenas com dois dedos, e puxo-te pelo pescoço para mim, para te colares, bem vês, assim ao menos não falamos. Não com a boca. Só com as mãos.
Há pessoas que não precisam de uma razão. De um motivo. Já têm duas razões fortes. Por tudo. E por nada. Há pessoas assim, que não passam, que entendem os nossos silêncios, que descodificam os nossos olhares, que sabem o que vamos pensar ainda antes de o pensarmos. Há pessoas com quem as palavras fazem pouca falta. E, ainda assim, há que as usar aqui e ali. Para que não pareça que é só carinho, ou que é coincidência, ou que o acaso pregou ali uma partida, ou duas. Se não me disseres que me amas, pensarei que é só um gosto muito grande em me ver. Se não disseres que queres foder-me, pensarei que é apenas um acidente, que tropeçaste sobre mim. Se não disseres o meu nome, pensarei que é o meu discurso, e não o meu ser. Há pessoas que não passam. Nunca. Com ou sem palavras."
João
Geografia das Curvas
Postalinho da Rua dos Budas
"Passei na Rua Budas e havia esculturas além de pinturas rupestres.
Esta Rua é na Aldeia de Gondramaz / Miranda do Corvo / Lousã.
Abraço"
Luis Garção Nunes
Esta Rua é na Aldeia de Gondramaz / Miranda do Corvo / Lousã.
Abraço"
Luis Garção Nunes
«conversa 2007» - bagaço amarelo
Ela - Estou outra vez solteira.
Eu - A sério?!
Ela - Sim. Eu e o Daniel acabámos ontem.
Eu - Então?
Ela - Então... eu sou muita mulher para ele. Ele não aguentava comigo...
Eu - Não acho que sejas mais pesada do que ele...
Ela - Bem, vou embora.
Eu - Já?!
Ela - Sim. Estar a falar contigo ou com uma parede é a mesma coisa.
Eu - Lá estás tu.
Ela - Percebes que eu não estava a falar do meu peso, nem do peso do Daniel?!
Eu - Estavas a falar de quê?
Ela - Estava a falar da maneira de ser. Ele não aguentava com a minha maneira de ser.
Eu - Pronto, desculpa. De qualquer maneira vai dar ao mesmo.
Ela - Ao mesmo?!
Eu - Sim. Também não acho que sejas mais chata do que ele.
Ela - Às vezes pergunto-me porque é que continuo a ser tua amiga...
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
«Gustav Klit» - uma versão d'o Amigo de Alex para «o beijo», de Gustav Klimt
Montagem d'O Amigo de Alex
" É um 2 em 1. Juntei o rapaz d'O Beijo com a senhora do Retrato de Adele Bloch-Bauer e fiz um up-grade à obra do Klimt"
06 agosto 2013
Mora aqui
Foto: Epentesis
É aqui que tudo começa. Aqui te peço que mores. Mora aqui. Bem aqui no meu pescoço. Percorre-o. Arrepia-me e repousa. Afunda-te bem aqui. Enrola com firmeza os meus cabelos nas tuas mãos e mergulha no meu pescoço fazendo-me submergir num mar vasto de sensações que nunca antes conheci. Aqui, neste pequeno espaço de pele habita um baú de sensibilidades que me elevam e afastam da realidade concentrando-me apenas no prazer. Gosto deste pequeno lugar. Tem charme na sua curvatura e esconde um íntimo nevrálgico. É fascinante e seduz-me e seguro-o nas minhas mãos quando beijo e abraço.
Mora aqui.
«Escrita» - Susana Duarte
e detenho as cores nos olhos de mar
derreto águas sobre o papel dos sonhos
e reajo ante a sonora invasão dos rios agitados
onde a alma se revê, renasce, escreve, habita, é.
derreto as névoas intemporais do sonho
e habito-te, na serena calada da noite,
véspera de todas as manhãs, amplitude
de todas as cores que ainda serás no peito.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Pintura de Margarida Cepêda
Lucia Casati - «Nudo erotico»
Óleo sobre tela - 2000? - 90x61cm
Como adoro a língua dos italianos (e das italianas), deixo aqui o texto explicativo original desta belíssima pintura da minha colecção:
"Lucia Casati (Emilia Romagna, 1939 – Firenza, 2004) è stata una pittrice italiana. Di origine romagnola, si iscrisse inizialmente all' Accademia delle Belle Arti di Bologna. Ottenuta una borsa di studio, si trasferì a Parigi e poi Firenze dove eserciterà la sua attività artistica fino alla morte. Nel 1967 è presente all´Esposizione Universale di Parigi. L’anno seguente viene organizzata a Venezia una sua mostra retrospettiva che si ripete nel 1970. Con questi quadri luminosi partecipa alle mostre nazionali e internazionali dove riscuote un grande successo di pubblico. I quadri in esami, possono essere considerati le finestre sulla realtà, una realtà lontana nel tempo, che l’artista comprende umanamente, la vive, la subisce, perché i suoi sentimenti vanno oltre il muro della semplice analisi del tela.
Le suoi passioni, le miserie, le speranze, egli non si ferma ad osservarle, ma le vive dal di dentro. Nella capitale francese si interessò alla pittura post-impressionista; successivamente rientrò in Italia e si stabilì a Firenze, dedicando la propria opera alla raffigurazione dei paesaggi, ritratti. Le sue opere sono conservate in importanti musei e gallerie (Antichita´ Veneziana) in Italia e all´estero."
Como adoro a língua dos italianos (e das italianas), deixo aqui o texto explicativo original desta belíssima pintura da minha colecção:
"Lucia Casati (Emilia Romagna, 1939 – Firenza, 2004) è stata una pittrice italiana. Di origine romagnola, si iscrisse inizialmente all' Accademia delle Belle Arti di Bologna. Ottenuta una borsa di studio, si trasferì a Parigi e poi Firenze dove eserciterà la sua attività artistica fino alla morte. Nel 1967 è presente all´Esposizione Universale di Parigi. L’anno seguente viene organizzata a Venezia una sua mostra retrospettiva che si ripete nel 1970. Con questi quadri luminosi partecipa alle mostre nazionali e internazionali dove riscuote un grande successo di pubblico. I quadri in esami, possono essere considerati le finestre sulla realtà, una realtà lontana nel tempo, che l’artista comprende umanamente, la vive, la subisce, perché i suoi sentimenti vanno oltre il muro della semplice analisi del tela.
Le suoi passioni, le miserie, le speranze, egli non si ferma ad osservarle, ma le vive dal di dentro. Nella capitale francese si interessò alla pittura post-impressionista; successivamente rientrò in Italia e si stabilì a Firenze, dedicando la propria opera alla raffigurazione dei paesaggi, ritratti. Le sue opere sono conservate in importanti musei e gallerie (Antichita´ Veneziana) in Italia e all´estero."
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