e detenho as cores nos olhos de mar
derreto águas sobre o papel dos sonhos
e reajo ante a sonora invasão dos rios agitados
onde a alma se revê, renasce, escreve, habita, é.
derreto as névoas intemporais do sonho
e habito-te, na serena calada da noite,
véspera de todas as manhãs, amplitude
de todas as cores que ainda serás no peito.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Pintura de Margarida Cepêda