25 setembro 2013

«conversa 2016» - bagaço amarelo

(ao telefone)

Ela - Ando um bocado em baixo...
Eu - Eu também...
Ela - Vamos beber um copo hoje?
Eu - Eu preciso de alguém que esteja com boa disposição. Se me junto contigo, que também estás em baixo, ainda é pior...
Ela - Ah! É que eu, para ficar bem, preciso de estar com alguém que ainda esteja pior do que eu.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Que bela sigla para um congresso!

O Pedro Fragoso Lopes descobriu este evento brasileiro:  Congresso Nacional de Ambientes Hipermídia para Aprendizagem – CONAhPA

24 setembro 2013

"Cidade dos Porcos"


Sébastien Tellier - Cochon Ville (Official Music Video - Uncensored Version) from Record Makers on Vimeo.

Eva portuguesa - «Demais!»

Achei que já tinha visto tudo o que é podridão do ser humano... enganei-me...
Ao ponto a que as pessoas chegam!
Por pura maldade, por serem pobres de espírito e ressabiados, por terem um fundo tão feio e podre que ninguém os quer...
Sem ganharem nada com a baixeza e cobardia dos actos que praticam...
Então foi assim: recebi um mail (anónimo, claro!) de alguém que conseguiu aceder ao meu facebook pessoal, a dizer que queria muito falar com um familiar meu (de quem conseguiu o nome e contacto através desse acesso ilícito), tratando-me por Eva, o meu nome profissional.
Demais! Claramente uma ameaça de que me iria expor...
Não só contente com isto e logo após eu encerrar a referida conta, esta personagem consegue reactivar a minha conta através de um dispositivo móvel blackberry.
Se ele usasse assim tanto tempo e inteligência para fazer o bem, que excelente pessoa que seria!....
Fui apresentar queixa por invasão de privacidade, ameaça e maus tratos (sim,os psicológicos também contam aos olhos da lei).
O que ganhou ele com isso?... Nada!
Demais!...


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

«(...)» - Susana Duarte

vou sentar-me sobre as costas dos teus olhos,
e ver-me através deles, sedentos das névoas
das minhas madrugadas. vou sentar-me sobre
os teus braços e, através deles, rever encostas
onde os seios te abraçaram, e foram eternas
as inermes mãos sobre o dorso. vou sentar-me
sobre as dobras da tua voz, onde o silêncio
me chama e a língua me conquista. sobre ela,
desfazer as névoas que, junto ao rio, pairaram,
no instante do atrevimento. a língua de fogo
dos teus dedos, sobre a língua de fogo da água
que sobre ti se deita, exclamando todas as noites
de todas as idades: idades desfiguradas pelo
silêncio que, sob a chuva, se abateu, pronto
que estava o sorriso dos lábio, pronta a boca
para, sobre ti, pairar e, ali, depositar o dia.



Susana Duarte
palavras e imagem
Blog Terra de Encanto

Revistas da colecção - 1

Não é fácil listar as mais de 700 revistas que integram a minha colecção.
Mas fica aqui uma primeira parte...

Lote de revistas de Banda desenhada - Portugal (Comix, Moda Foca, BD Voyeur, Gaiola Aberta…) 8
Lote de revistas de Banda desenhada - Brasil (Chiclete com Banana) 2
Lote de revistas de Banda desenhada - Espanha (Kiss, Comix, Wet Comix, El Jueves,…) 6
Lote de revistas de Banda desenhada - França (Fluide Glaciale, Psikopat, BoDoï,…) 4
Lote de revistas de Banda desenhada - E.U.A. (Sizzle) 3
Lote de revistas de Banda desenhada - «Blue» (Itália) 14
Lote de revistas «GQ» (Portugal) 29
Lote de revistas «Photo» (França) - nºs especiais e concursos «Photo Amateurs» 32









23 setembro 2013

«Do esboço até à loja» - French Connection


FRENCH CONNECTION | FROM SKETCH TO STORE from LE BOOK on Vimeo.

«conversa 2015» - bagaço amarelo

Ela - Passei ontem à noite pelo meu ex-namorado e ele fingiu que nem me viu. Ia com a namorada nova dele. Hoje de manhã telefonou-me e explicou-me que a gaja não o deixa falar comigo. Achas normal?
Eu - Acho um absurdo.
Ela - E eu chego à conclusão que namorei dois anos com um banana...
Eu - Ou é um banana, ou ela tem qualquer coisa de muito especial que o faz aceitar isso.
Ela - O que é que pode ser tão especial assim?
Eu - Hum...
Ela - Já percebi. Agora tira esse ar de criança a pensar em doces!


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

A velha anedota



HenriCartoon

Luís Gaspar lê «O bolero do coronel» de António Lobo Antunes

Eu que me comovo

Por tudo e por nada
Deixei-te parada
Na berma da estrada
Usei o teu corpo

Paguei o teu preço
Esqueci o teu nome

Limpei-me com o lenço
Olhei-te a cintura
De pé no alcatrão
Levantei-te as saias
Deitei-te no banco
Num bosque de faias
De mala na mão
Nem sequer falaste
Nem sequer beijaste

Nem sequer gemeste,

Mordeste, abraçaste

Quinhentos escudos
Foi o que disseste

Tinhas quinze anos
Dezasseis, dezassete
Cheiravas a mato

À sopa dos pobres

A infância sem quarto
A suor, a chiclete

Saíste do carro
Alisando a blusa

Espiei da janela

Rosto de aguarela
Coxa em semifusa

Soltei o travão
Voltei para casa
De chaves na mão
Sobrancelha em asa
Disse: fiz serão

Ao filho e à mulher
Repeti a fruta
Acabei a ceia

Larguei o talher
Estendi-me na cama
De ouvido à escuta
E perna cruzada
Que de olhos em chama

Só tinha na ideia
Teu corpo parado
Na berma da estrada
Eu que me comovo
Por tudo e por nada

António Lobo Antunes
(Lisboa, 1 de Setembro de 1942)
é um escritor e psiquiatra português. Entre 1971 e 1973 viveu em Angola, onde participou, como tenente médico do Exército, na Guerra do Ultramar. Posteriormente exerceu a profissão no Hospital Miguel Bombarda, em Lisboa, até 1985. Em 1979 publicou os primeiros livros, Memória de Elefante e Os Cus de Judas, que obtiveram grande êxito

Ouçam este poema na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

Ciúmes

Mulheres são todas assim.



Muito medo.

Capinaremos.com

22 setembro 2013

«I Fucking Love Ikea» (eu amo mesmo a Ikea, foda-se!) - Erika Lust


I Fucking Love Ikea - soon to be part of Xconfessions.com from Erika Lust on Vimeo.

Escorregar no tapete


Aos primeiros raios do sol de verão acordámos com os corpos enlaçados um no outro e os nossos vizinhos dos andares lateral e inferior puderam ouvir os clamores da nossa massagem matinal.

E com o dever cumprido e a minha preguicite virada para o outro lado, ele escorregou da cama, chinelos e cuecas apanhados do chão e pé ante pé, lá foi escarrapachar os seus slipes pretos na cadeira almofadada ao seu cu e de dedo em riste, zás, ligou o computador acomodado à Microsoft.

Cada dia ele dedicava mais tempo ao computador, ora com olhos embevecidos, ora com esgares interrogativos como se estivesse a partilhar uma discussão com aquele amontoado suave de metais e circuitos integrados. Na ocasião pensei que seria mais preocupante caso se dedicasse a esticar o seu corpinho no sofá para as sessões contínuas da SporTv ensopadas em cerveja branca ou uísque com gelo.

Mas as refeições passaram a ser mudas e sem comunicação visual e até o contacto da pele se tornou um passeio de bicicleta fixa para cumprir os horários de exercício, inodoros e insonorizados. E assim me vi impelida a aprofundar a raiz da questão: comprei um portátil e mergulhei no mundo digital. O fascínio dos pixels, das letras a brilhar como que impressas, o poder de criar imagens sem saber um boi de desenho, a facilidade da comunicação à distância nas velhinhas BBS e depois nos chat's e MSN, tornou-o meu companheiro inseparável.

Sabe Senhor Doutor, ter um pc é ter um orgão excitante e eréctil, sempre ao alcance da mão e afinal, com o tempo, o amor acaba por ser ficção.