28 novembro 2013

«American Pie» - cena das tentativas de Jim para comer a Nadia

Duas estatuetas eróticas da Índia

Estatuetas em madeira com dois casalinhos que... se amam... e vieram da Índia para a minha colecção.
O primeiro casal, com a senhora a pôr o dedo na língua:




O segundo casal, numa posição acrobática (para não dizer impossível):



Saiu o nº 3 da «Erotika», revista online gratuita

Se não conheces a revista online Erotika, recomendo. E é de acesso gratuito, o que é extremamente "erótiko".


Na página 75 da edição mais fresquinha (ou melhor, quentinha) há até algo que nos parece familiar...


... e é mesmo! São excertos de «Decalcomania», um dos muitos textos deliciosos que a Maria Árvore publica no nosso blog quase desde o seu início (na revista indicam como autora do texto São Rosas mas já levaram tau tau):


Entretanto, tal como já aconteceu com a nossa página no Facebook, também eles já tiveram uma página bloqueada e agora criaram esta nova página da revista «Erotika». Nada erótico... mas enfim... faz parte da luta...

Levando em conta



Dançando sem César

27 novembro 2013

«Apeteces-me» - João

"Apetece-me o silêncio. Apetece-me não ser visto. Apetece-me um espaço calmo onde possa estar enrolado numa toalha de banho, húmida, enrolada em mim. Apetece-me sentir mãos no corpo. Apetece-me sentir cócegas, carícias, carinhos. Apetece-me sentir mimo. Um beijinho na cara, mãos na face, ou no cabelo. Eu sei que é pouco. Mas ainda o tenho. Apetece-me que te enroles numa toalha húmida. Que os pés se toquem. E que, a pouco e pouco, as toalhas se libertem um pouco até que as tuas pernas e as minhas se possam misturar. E só isso. Só assim. Apetece-me dormir. Apetece-me não ter pressa para nada. Poder atirar-me para um sofá sem esperas nem horários, deixar-me embalar. Embalar. Apetece-me afundar o nariz em cabelos, beijos na nuca, mãos nas mãos. Apetece-me brisa. Como a do final da tarde quando o sol é quente o suficiente para não nos deixar tremer, mas fresco quanto baste para não se derreter. Apetece-me a moleza do corpo, depois de caminhar ou correr. Apetece-me dormir colado, com a pele na pele, e acordar com a luz do novo dia a entrar na janela."
João
Geografia das Curvas

O 19º Encontra-a-Funda aí está!

Os «Penicos de Prata» vêm-se a Coimbra na próxima 6ª feira, dia 29, apresentar o seu livro/CD no Salão Brazil, às 22h30 (bilhetes: €5).
E é um excelente pretexto para fazer o 19º Encontra-a-Funda, que tem a particularidade irrepetível de comemorar também os 10 anos do blog «a funda São».
Eu sei, eu sei, estou a informar muito em cima da hora... mas tenho tido muito trabalhinho com o cadastro da colecção... e só soube disto agora.

Um cogumelo que se pode comer mas só com os olhos

Há cogumelos, como este provável Cortinarius traganus, que têm uma certa piada quando admirados de um ponto de vista diferente. "E come-se?" perguntam vocês. A resposta é não, já que pode dar chatices. O melhor mesmo é comê-lo só com os olhos.


«conversa 2032» - bagaço amarelo

Ela - Já estou arrependida de ter comprado um carro novo.
Eu - Porquê?
Ela - O meu marido não faz mais nada senão limpar a porcaria do carro.
Eu - É por ser novo.
Ela - A minha casa tem três quartos e eu limpo-a em metade do tempo que ele gasta com o automóvel, mas ele em casa não limpa nada. Já o avisei que um dia destes vai dormir para o banco de trás do seu querido Renault...


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Estou sempre molhadinha de tantos mimos que recebo

Cartaz do 5º Encontra-a-Funda,
realizado no Porto em 2006




A colecção de arte erótica «a funda São» nunca foi só de objectos. É também uma base de descoberta, partilha, convívio e Amizade.

Estou sempre a receber miminhos, como este do Pedro Laranjeira, companheiro quase desde o início do blog «a funda São».
"Aqui lhes ofereço uma recordação já antiga, de um Sarau a que chamaram «5º Encontro», desse grupo maravilhoso que dá pelo título de «a Funda São»... dediquei-lhes, então, esta música:"

26 novembro 2013

Placebo - «Protege Moi»


Placebo - Protege Moi (Uncensored Version) from Adrián Martínez Moliné on Vimeo.

A FODA COMO ELA É (VI) - Roliças delícias

Não existe inimigo mais terrível da felicidade que as modas. Milhões vivem subtraídos a incontáveis possibilidades de delícia amorosa, subjugados pelas tirânicas tendências publicitárias, passando fome, solidão, entregues a degradantes paranóias. E assim se enche o planeta de gente infeliz e muito mal fodida.
Não foi o caso de um companheiro esclarecido e feroz combatente dos preconceitos sociais, especialmente em matérias de alcova. Suspeitava existirem alegrias em potência escondidas entre as roscas das gordinhas; ânsia entusiasmada que não escondia dos amigos em sessões de copos. Um dia aconteceu: enrolou-se com uma mulher obesa. Não se tratava de uma senhora forte, larga de ossos, nem rechonchuda - era gorda pata-negra, daquelas que requerem licença profissional de maquinaria industrial pesada. A sua experiência foi esclarecedora, quase religiosa.
Mal se viu rodeado de viandas macias, complacentes com a carícia, e sentindo-se um espeleólogo do refustedo, abandonou-se à irresistível exploração das virtudes sexuais daquelas enxúndias cavernosas. Descreveu-me o certame como "sexo em grupo unipessoal". Despontavam novas vaginas em refegos por trás dos joelhos, suaves punhetas ofereciam-se nas pregas que ornavam as esquinas dos sovacos, renovadas espanholadas debulhavam-se nos múltiplos papos queixosos à disposição. Ao fim da semana inteira que durou este recreio, o rapaz viu a luz do dia ao fundo de uma dobra numa nalga, seguiu o foco luminoso e saiu para o exterior. Encarou com a sua musa roliça e ambos se declararam felizes e apaixonados.

«Amor» - Susana Duarte

a mulher desnuda a alma luzente,
semeadora de luzes
onde a luz poente
se detém... abismo
de onde se levantam as luzes do ventre,
e se vislumbram transparências

na lucidez
das águas; nela, crescem e se afundam mágoas,
e as esguias margens de um rio.

a mulher desnuda-se nos braços amados,
plantadores de sementes
onde as névoas se dissipam
e as quedas acontecem no seio dos abraços
devolutos à sua eterna condição

de Ser em outrém,
na bravura das ondas que são corpos,
movimentos sincopados
de um oceano vivo
dentro dos olhos,
ágape dos cristalinos,
melopeia coralina
das imagens dos amantes.

amar acontece no espaço do corpo
onde tempo e distância se tornam
universo inexistente.

primavera de giestas vivas
onde a lava incandescente
são folhadas caídas da pele,
escamas vivas de sermos Um,
na imensa amálgama do universo.



Susana Duarte
Foto: Susana Duarte, Bairro Alto, Lisboa
Blog Terra de Encanto