07 fevereiro 2014
«Feita ao bife» - Patife
Patife
Blog «fode, fode, patife»
«Corpos e Almas - 2004/2013» - compilação de poemas da Helena Fonseca
A c&a (Corpos e Almas) já colabora com o blog «a funda São» quase desde o seu início, partilhando aqui connosco os poemas que tem vindo a publicar no seu blog . A Corpos Editora já tinha publicado um livro seu e agora (depois de muito trabalho ao longo de alguns anos) concluiu esta compilação de todos os poemas do blog:
Obrigada, c&a!
Obrigada, c&a!
06 fevereiro 2014
A falta de paciência de um Croata
Há uns anos, o meu amigo Carlos Car(v)alho ofereceu-me este desenho feito num envelope dos Correios e que tem uma história muito curiosa: um senhor, imigrante da Croácia, dirigiu-se a uma estação dos Correios para receber o valor de uma transferência internacional. Aquilo demorou muito tempo e, num dado momento, ele pediu a uma funcionária uma folha branca, onde pudesse escrever. O que a senhora tinha era um envelope e ele lá foi de novo sentar-se, a rabiscar algo. Quando, depois de muito mais tempo, o chamaram ao balcão, ele tratou do seu assunto e ofereceu este desenho... "para memória".
05 fevereiro 2014
«Menina pequena» - João
"Menina pequena, que fizeste tu? Que fiz eu? Que fizemos nós, que tínhamos o mundo todo nas nossas mãos, e a certeza de que isto é verdade, de que isto é bom, e não segurámos as mãos firmes quando correram aos nossos braços e nos forçaram os dedos para tirar o tesouro que apertavam. Menina pequena, que fizemos nós, parece que abrimos o livro antes de tempo, que mordemos a maçã antes de cair da árvore, partimos antes do disparo, fomos cheios de sede a um pote que ainda não estava no fim do arco-íris. Menina pequena, menina minha, e agora que temos as mãos tão vazias, dizem uns, ou tão cheias, dizem outros, que serve isso se as mãos, vazias ou cheias, vão sem um e sem o outro lá dentro, se os dedos não se apertam com força, ou mesmo devagarinho, mãos pousadas umas nas outras, avançando devagar, devagarinho, pela noite dentro, pela estrada fora. Minha menina pequena, pedaço inteiro da parte que falta, vulcão que me derrete e incendeia, que fizeste tu, que fiz eu. Que vais fazer tu, que vou fazer eu."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
«conversa 2047» - bagaço amarelo
Ela - Isso é uma tentativa de engate?
Eu - Não.
Ela - Então não vou.
Eu - Não me digas que se fosse para eu te tentar engatar já ias.
Ela - Claro que ia, só que ia para não me deixar engatar.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
04 fevereiro 2014
«Emudeceram as asas dos corvos» - Susana Duarte
emudeceram as asas dos corvos,
num uníssono de esplendorosa luminescência
negra
onde as asas abandonam as curvas
e a contemplação da rubra incandescência
do fogo da saliva
e das fugas tocadas pelas nossas mãos,
e realizam os voos dos dedos, e das línguas
e dos corpos enlaçados numa vida-morte
pequena,
incandescente ela própria,
de corpos nus, e de dias, e de noites
e de sementes lançadas pelas bocas
ávidas,
subsequentes à saudade, fria noite da ausência
de um abraço onde, de novo, (me) habitas
os cílios e o ventre e a humidade das mãos,
investidas por águas de outrora,
incendiadas pelas raízes das árvores que nos foram caminhos
eternos.
Susana Duarte
Foto de Ivano Cetta
Blog Terra de Encanto
num uníssono de esplendorosa luminescência
negra
onde as asas abandonam as curvas
e a contemplação da rubra incandescência
do fogo da saliva
e das fugas tocadas pelas nossas mãos,
e realizam os voos dos dedos, e das línguas
e dos corpos enlaçados numa vida-morte
pequena,
incandescente ela própria,
de corpos nus, e de dias, e de noites
e de sementes lançadas pelas bocas
ávidas,
subsequentes à saudade, fria noite da ausência
de um abraço onde, de novo, (me) habitas
os cílios e o ventre e a humidade das mãos,
investidas por águas de outrora,
incendiadas pelas raízes das árvores que nos foram caminhos
eternos.
Susana Duarte
Foto de Ivano Cetta
Blog Terra de Encanto
A FODA COMO ELA É (XI) - Observações Felpudas
-"Triângulo Felpudo, estamos ávidas de leitura. Grossas lombadas..." |
- Quem vê cuzes, não vê caras.
- O tamanho não importa, apenas a posição e o ponto de vista.
- A simetria na Natureza: lésbica machona, homossexual amulherado.
- Nada de interessante, nem relevante, foi proferido entre cópulas. É manter-lhes a boca cheia.
- Em Espanha, há um nome para aquele indivíduo, sempre rodeado de belo mulherio, mas que nunca fode, tendo ainda de as ouvir queixando-se dos trolhas que as montam: é o Paga-Fantas. Cá, é "O Amigo".
- Em sexo, a curiosidade exerce-se geralmente às custas da inviolabilidade anal de alguém. Se estimas tua anilha, deixa a curiosidade para cientistas e alcoviteiras.
- Pornografia é para o sexo, o que Hollywood é para a vida real.
- Quem considere a possibilidade de sexo grupal, que pense antes nos odores que irá enfrentar. E compre também umas galochas.
- Há na punheta de mamas uma certa beleza clássica, como um apelo rubensiano ao aproveitamento erótico de cada refêgo.
- Que seria a 5ª de Beethoven sem a sua monumental abertura? Eis a importância do bom minete.
- Na cama e na guerra se revelam as personalidades.
- Lábios: a palavra central em toda a questão sexual masculina.
Koteka - Estojo de pénis da Papua - Nova Guiné
Cabaça seca com decoração, na base, de plantas entrelaçadas.
Está desde 2003 na minha colecção (e não me perguntem se já tinha sido usado).
O koteka, horim, cabaça de pénis ou bainha do pénis é uma cabaça oca e seca tradicionalmente usadas pelos nativos habitantes do sexo masculino de alguns grupos étnicos na Nova Guiné para cobrir os seus genitais. É usado sem outras roupas, preso por um pedaço de fibra ligado à base do koteka e colocado em torno do escroto. Existe um apoio secundário colocado em torno do peito ou abdómen e ligado ao corpo principal do koteka. Os homens escolhem kotekas semelhantes aos usados por outros homens de seu grupo cultural. Muitas tribos podem ser identificadas pela maneira como usam o seu koteka. Kotekas de diferentes tamanhos têm diferentes finalidades: kotekas muito curtos são usados quando se trabalha e kotekas mais longos e mais elaborados são usados em ocasiões festivas. O koteka é feito de uma cabaça especialmente cultivadas. Pesos de pedra são atados ao fundo da cabaça para esticá-la à medida que cresce. O koteka pode ser pintado e/ou ter conchas, penas ou outras decorações. O koteka serve de protecção contra os espíritos malignos.
Está desde 2003 na minha colecção (e não me perguntem se já tinha sido usado).
O koteka, horim, cabaça de pénis ou bainha do pénis é uma cabaça oca e seca tradicionalmente usadas pelos nativos habitantes do sexo masculino de alguns grupos étnicos na Nova Guiné para cobrir os seus genitais. É usado sem outras roupas, preso por um pedaço de fibra ligado à base do koteka e colocado em torno do escroto. Existe um apoio secundário colocado em torno do peito ou abdómen e ligado ao corpo principal do koteka. Os homens escolhem kotekas semelhantes aos usados por outros homens de seu grupo cultural. Muitas tribos podem ser identificadas pela maneira como usam o seu koteka. Kotekas de diferentes tamanhos têm diferentes finalidades: kotekas muito curtos são usados quando se trabalha e kotekas mais longos e mais elaborados são usados em ocasiões festivas. O koteka é feito de uma cabaça especialmente cultivadas. Pesos de pedra são atados ao fundo da cabaça para esticá-la à medida que cresce. O koteka pode ser pintado e/ou ter conchas, penas ou outras decorações. O koteka serve de protecção contra os espíritos malignos.
03 fevereiro 2014
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