16 março 2014

Quinta-feira



Quinta-feira é noite de ir às putas desde que a carta de condução lhe deu acesso àquela estrada que elas enchem de cor e alegria e muito brilho. É um dia mais sossegado que os de fim de semana e ninguém desconfia ou pelo menos a sua mãe que nem nota que o seu menino mais novo já tem uns cabelos grisalhos e tal como as crianças julgam que os seus pais não têm sexo é sabido que as mães pensam o mesmo dos filhos à sua guarda.

Na timidez da primeira vez num sábado de sol a pino as raparigas cercaram-no de atenções como uma travessa de salgadinhos cheirosos por acabarem de sair da frigideira a piscarem-lhe o olho para uma trincadela até que uma mais ousada esticou uma mão toda no seu sexo e massajou-lhe umas sensações inauditas como se o quisesse a ele para uma abébia ganhando a decisão imediata de a seguir. Usava chinelas verdes de salto alto a conferir-lhe uma bambolear sensual das nádegas em cada passada e quando atirou com a blusa e a saia ostentando uns bicos espetados e muito castanhos e um triângulo de pêlo fofinho como o da gata lá de casa o ceguinho ergueu-se logo como se os testículos fossem saltos altos. Nas flexões que se seguiram até lhe escorrer o desejo as chinelas brilhavam no verde da relva no encadeamento da cara dela que avisou prontamente não poder beijar sendo desde aí fácil a contabilidade de uma vida de muito esperma derramado e nem um linguado para amostra.

Quando chega o verão nem a condução o distrai da curvatura de umas pernas a chinelar desde o saliente calcanhar até ao ressalto do rabo e se o zingarelho começa a espreguiçar-se encosta logo à berma que é um cidadão cumpridor.

Reflexos


15 março 2014

INS - «LoveHeadShot»


INS - LOVEHEADSHOT from Alexander Tikhomirov on Vimeo.

«Datas AC/DC» - Alfredo Moreirinhas

As pessoas, têm sempre datas de referência, dizendo “Antes e Depois de”!
- Antes de ir para a tropa, depois de vir da tropa!
- Antes de me formar, depois de me formar!
- Antes de casar, depois de casar, etc, etc,...
Para mim, só há um Antes e um Depois, é o AC e o DC
- Antes da Circuncisão e Depois da Circuncisão!
A circuncisão foi um marco importante na minha vida, de tal forma, que nem quero entrar em pormenores sobre a época AC.
O que vou contar, passou-se já na época DC e logo nas primeiras horas DC.
Quem nunca pensou nisso, pode imaginar que com a circuncisão, a pele sobrante que cobria a glande, é deitada fora e a que fica, é cozida, numa situação óbvia de pequenez total!...
Acontece, que com 17 aninhos, tudo nos excita, até as curvas dos postes...
Chegado a casa, no próprio dia da operação, só dá vontade de deitar e descansar, mas... de barriga para baixo, nem pensar, de lado é incómodo, só nos resta de barriga para cima, mas nessa posição, até o candeeiro é bonito! E não tarda nada que o corpo se transforme, aumentando exactamente no sítio onde naquele momento, não convinha nada que aumentasse!...Os pontos recentes da operação, começam a arrepanhar violentamente e o “corpo” a querer rebentar com tudo o que se oponha ao seu crescimento!
Há que meter os pulsos em água gelada! Comer rebuçados de mentol! Cheirar cânfora! Mas nada disto resulta, tudo continua excessivamente sexy e excitante... não há nada a fazer, só aguentar e tentar adormecer com as dores!...
Acabo de adormecer e acordo com a vizinha, Srª Norvinda, a espreitar para o meu quarto e a perguntar à minha tia se eu estava doente. Era coisa rara, eu estar em casa àquela hora e muito mais raro eu estar na cama! Ouço a minha tia responder que não. - Ele não está doente, foi circuncidado.
- Áh! Ó Srª Dª Maria e o que é isso? - pergunta a Norvinda.
- É a extração do prepúcio.
- Áh!... E o que é o prepúcio?
- É a pele que cobre a glande - responde a minha tia, com toda a educação e paciência. E eu a começar a perdê-la!...
- Áh!... E o que é a glande?
- É a cabeça do caralho!!!... - respondo eu com todas as letras e cheio de dores!
Só vi a vizinha de costas a chamar-me mal-educado e a sair rapidamente de lá de casa!
Até hoje, não mais a voltei a ver e desconfio que ela não acreditou que eu disse a verdade!
Aveiro, DC
Alfredo Moreirinhas

Uma menagem a... muitos


O Jorge Castro - que é um mestre com o dom da escrita, e por isso lhe chamo Mestre Dom OrCa - é uma das várias pessoas que me fazem sentir que vale a pena manter este blog, organizar os Encontra-a-Funda e partilhar a minha colecção de arte erótica, mesmo com toda a censura do Facebook e das pesquisas do Google que escondem e bloqueiam os conteúdos do blog.
No passado dia 15 de Fevereiro, o lançamento do mais recente livro do Jorge Castro, «Outros poemas de menagem», foi um excelente pretexto para rumarmos às Caldas da Rainha. O livro compila (ihihih) poemas dedicados a pessoas e eventos. Algumas páginas são dedicadas ao blog «a funda São», à Tuna Meliches (grupo sargento - pois não há oficial - d'a funda São) e aos membros e membranas do blog.
O livro, com dedicatória, faz parte da minha colecção.
Deixo-vos aqui três aperitivos:

Dois sonetos à Florbela Espanca

amor ciúme dor tanto tormento
morrer de mal de amar numa agonia
sem lágrimas chorar melancolia
viver o desviver em sofrimento

sorver o ar em derradeiro alento
em cada inspiração em cada dia
fazer da vida toda a litania
onde cada pulsar cresce num lamento

em seu redor retiram-lhe o ensejo
de ser de ter de querer de erguer do chão
a ardência da volúpia de algum beijo

e em tanta amargura em tal prisão
sentir fremente o corpo de desejo
querer ir mais além sem contenção.

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seria um mal de amar um desvario
um ser de si senhora e ser pecado
um querer ter de si mesma um outro fado
um ter em si o ímpeto de um rio

seria um mal-estar um desafio
um ser e estar assim em qualquer lado
um tal impulso então em si achado
urgente punhal cru e sempre frio

e ter dessa crueza um tal ardor
que cresce na vertigem da premência
que fez da vida um hino ao amor

e o frio se transforma numa ardência
que arroja ao preconceito sem pudor
o grito ao mundo todo feito urgência.

30 de Junho de 2009

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A Mulher

viva, Mulher, sê bem-vinda
companheira de folguedos
sem ti eu estaria ainda
a brincar com os penedos

não sei se tal como dizem
vieste ao mundo assim bela
por teres saído - imaginem!
da minha pobre costela

mas se foi - abençoado
osso meu em boa hora
por teres dado tanto agrado
tanto prazer vida fora

8 de Março de 2010

Um sábado qualquer... - «Serviço de atendimento celestial 2»



Um sábado qualquer...

14 março 2014

Bandeiras a meia haste

Morreu Elia Lhorent, a Madame Filipa, que há cerca de 3 décadas abriu um dos primeiros bares de alterne de Coimbra (o Instituto de Massagens Madame Filipa) e actualmente mantinha o negócio da Residencial Camélias.


(Diário de Coimbra - 13-03-2014)

«Corpo-Paisagem»

Vídeo do 18º dia do projecto de exposição «processo público» que a artista Maria AA fez na galeria Weber-Lutgen de Sevilha entre 5 de Março e 12 de Abril de 2013.
Performance-instalação realizada com o grupo de fotografia criativa de Belleda Lopez.

«conversa 2072» - bagaço amarelo

Ela - Não percebo como é que um homem pode estar disponível para sexo logo a seguir a uma valente discussão.
Eu - Eu até acho que é quando o sexo é melhor.
Ela - Achas?
Eu - Às vezes é. Ter sexo a seguir a uma discussão pode ser bom porque também é reconciliador.
Ela - Nunca tinha pensado nisso assim. Logo, quando chegar a casa, a primeira coisa que faço é discutir com o meu marido, a ver se tens razão.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Análise simbólica das manifestações diante do Parlamento

Mais uma manifestação de descontentamento , e certamente muitas outras virão diante do Palácio de São Bento.
O edifício onde funciona a Assembleia da República data do Séc XVI.
Construído em estilo neoclássico, poucos edifícios poderiam exprimir melhor o que existe no Homem no que toca à sua subconsciente matriz organizacional no que ao simbolismo do Poder diz respeito.
Assente sobre a sublimação do falicismo, a fachada do edifício replica essa eterna referência e é assim com muita naturalidade que o imóvel transitou do seu objectivo original, mosteiro Beneditino, para sede de Poder, mal esse Poder extinguiu as ordens religiosas, um dos braços de uma outra expressão de Poder que na essência tende a ser sempre e apenas um.
É diante do edifício que se têm produzido ciclicamente manifestações e é no pormenor particular do afrontamento simbólico do Poder instituído que devemos centrar a nossa atenção.
Tecnicamente é fácil tomar o edifício se foram consideradas as alas laterais, que estão praticamente ao mesmo nível da entrada principal. As escadarias diante do edifício são um enorme inconveniente, já que uma
pressão de massas nas laterais empurra quem defende o edifício para os lances inferiores fazendo perder a eficácia de uma eventual cortina de defesa.
No entanto, os manifestantes colocam-se sempre na parte inferior das escadarias, olhando de baixo para cima para o edifício, num alinhamento com o topo do triângulo, o Falo ancestral, o Poder.
É um momento de enorme carga simbólica. Ao colocarem-se na parte mais baixa da escadaria, elevando o olhar, assumem a sua posição no que à pirâmide de Poder diz respeito, reconhecendo a sua subalternidade enquanto afrontam esse mesmo Poder. Não é a tomada do Poder que é pretendido, mas sim a contestação do mesmo, e a tomada de lances de escada, no sentido ascensional, emerge do mais profundo do Homem no que à sublimação para o campo do simbólico, relativamente ao fenómeno da erecção fálica diz respeito e quanto à projecção do mesmo como expressão de força.
Se olharmos para as fotos do edifício e as suas imediações teremos diversas perspectivas do mesmo. Vistas
as fotos mais antigas reparamos como as escadarias, que hoje são vistas como ante-câmaras abertas do edifício, eram apenas um ornamento externo e que uma rua dava acesso directo a um pequeno lance de escadas à entrada principal.
 O facto de terem feito um contínuo do empedrado ligou de forma absoluta a escadaria ao edifício, potenciando por esse motivo todas as manifestações e operações de confrontação ao Poder.
O que o futuro nos irá trazer, só aos Deuses cabe responder, mas os dados estão lançados e o Homem, sendo eterno, é de forma eterna que os dados se organizam, sempre da mesma forma, dando sempre as mesmas respostas.
E a haver acontecimento digno de nota, não será certamente pelo facto de assistirmos a manifestações.
Mas estas são certamente de levar em conta, se não se quiser consultar os oráculos.

Banco Mundial da Genitália

O Banco Mundial da Genitália reúne fotografias para desmistificar os padrões estéticos relativos aos órgãos sexuais. Criado por Caroline Barrueco, João Kowacs e Luiza Só, o site reúne imagens de órgãos sexuais de diversas formas, cores e aparências, para mostrar que tudo é normal. Os objectivos são “curar uma histeria obsoleta da sociedade, além, claro, de matar a curiosidade sobre a genitália alheia”, diz a descrição do projecto. Também é possível colaborar fazendo um upload anónimo (basta clicares no sinal "+" do canto superior direito). Envia o teu e celebra a diversidade do corpo humano.

crica aqui

Hipnotismo especial para homens e lésbicas