04 abril 2014
Quadro Vivo de Delirium Constructions
Tableau Vivant of The Delirium Constructions - Skylight One Hanson, 2011 from The Delirium Constructions on Vimeo.
Les boules (II)
Convém saber distinguir as mais importantes “classes” de testículos antes de nos dedicarmos ao assunto que vamos ter entre mãos.
Há três “espécies” importantes e será delas que trataremos. Existem variantes, mas todas pertencem a uma destas classificações abrangentes e, reconhecendo as principais, estaremos aptas para cuidar das secundárias.
1ª – A pêra – ou os “testículos gota de azeite”, como lhes chamava a L., mais prosaica do que eu.
São testículos pendentes em que o escroto arrecada as ovaladas “jóias da coroa” que, com a aproximação do orgasmo e a inevitável contracção, sobem ligeiramente, mas sem grande notoriedade. Normalmente são eficazes, sobretudo na posição do “missionário”, porque os sentimos embater contra o períneo e tocar-nos o anûs. São testículos pesados e exigem alguma perícia se os quisermos “manobrar” com alguma eficácia.
2ª – A noz – com um escroto que embora tenha tendência para obedecer à gravidade, é mais pequeno do que o anterior. Durante o orgasmo é visível a subida os testículos que se posicionam, lateralmente, junto da base do pénis. São duas óptimas nozes, porque nos deixam um campo livre e espaçoso para nos podermos recriar. Existem homens que são capazes de controlar esta subida, oferecendo-nos um espectáculo digno de circo e muito divertido.
3ª – A maçã – São testículos com uma rugosidade que endurece bastante e que ocupam um espaço inferior ao dos anteriores. São quase redondos e a assimetria é menos notada do que nos já referidos. São os meus preferidos! Contraem-se quando se aproxima o momento de ejaculação e cabem na palma da nossa mão ou desaparecem quase por completo, subindo para o interior do corpo até à completa descarga. São os mais fáceis de “manobrar” porque, para além de parecerem os mais resistentes às nossas investidas, adquirem uma dureza consistente que os anteriores não possuem.
Proponho, antes de referir o modo de cuidar de cada uma destas “espécies”, que se investigue os que estão mais próximos e se tente incluir os vislumbrados nestes três grupos definidos, usando todos os nossos disponíveis sentidos.
Não há nada como um bom trabalho de campo para se aprender a “tratar por tu” a matéria em apreço.
Camille - ociodascerejas.blogspot.com
Camille - ociodascerejas.blogspot.com
«Quem disse, baby?» - Mamãe Coruja (índia da Amazónia)
Olás...
Quem disse que as mamães não têm tesão?
Só porque pariram
Perderam a excitação?
Quem disse que mamães não fazem amor?
Porque cantam cantiga de ninar
Debaixo do cobertor?
Quem disse que mamães não são gostosas?
Ser mamãe nem é tão complexo assim,
O Complexo de Édipo, sim.
Quem disse que mamães não transam?
Só ajudar que o ponto G alcançam
E vão até ao Z... se isto lhes dá prazer.
Quem disse que mamãe não escapole?
Para aliviar a tensão da prole...
E outras que explica Freud.
Se Freud sempre explica
Se ele disse que pode.
Ora, as mamães também (...?...)
(Para descontrair)
Mamãe Coruja
Quem disse que as mamães não têm tesão?
Só porque pariram
Perderam a excitação?
Quem disse que mamães não fazem amor?
Porque cantam cantiga de ninar
Debaixo do cobertor?
Quem disse que mamães não são gostosas?
Ser mamãe nem é tão complexo assim,
O Complexo de Édipo, sim.
Quem disse que mamães não transam?
Só ajudar que o ponto G alcançam
E vão até ao Z... se isto lhes dá prazer.
Quem disse que mamãe não escapole?
Para aliviar a tensão da prole...
E outras que explica Freud.
Se Freud sempre explica
Se ele disse que pode.
Ora, as mamães também (...?...)
(Para descontrair)
Mamãe Coruja
Isto anda a correr pelo Face-Book, mas como lhe achei uma piada do caralho, nada melhor do que partilhá-lo aqui neste Blogue, ( ou Broshe, como diz o Nelo)
Os problemas do nosso País são essencialmente agrícolas: excesso de
nabos; falta de tomates e muito grelo abandonado.
O Casamento é um relacionamento a dois, no qual uma das pessoas está
sempre certa e a outra é o marido.
A mulher está sempre ao lado do homem, para o que der e vier; Já o homem está sempre ao lado da mulher que vier e der.
Se fores chata, as tuas amigas perdoam;
Se fores agressiva, as tuas amigas perdoam;
Se fores egoísta, as tuas amigas perdoam;
Agora experimenta ser magra e linda!
Tás feita!
O amor é como a gripe, apanha-se na rua, resolve-se na cama!
A falta de sexo provoca amnésia e outras merdas que agora não me lembro...
Não procures o príncipe encantado. Procura, antes, o lobo mau: ouve-te melhor; vê-te melhor e ainda te come.
Toda a gente se queixa de assédio sexual no local de trabalho. Ou isto começa a ser verdade ou então despeço-me!
A mulher do amigo é como a bota da tropa; também marcha!
Os problemas do nosso País são essencialmente agrícolas: excesso de
nabos; falta de tomates e muito grelo abandonado.
O Casamento é um relacionamento a dois, no qual uma das pessoas está
sempre certa e a outra é o marido.
A mulher está sempre ao lado do homem, para o que der e vier; Já o homem está sempre ao lado da mulher que vier e der.
Se fores chata, as tuas amigas perdoam;
Se fores agressiva, as tuas amigas perdoam;
Se fores egoísta, as tuas amigas perdoam;
Agora experimenta ser magra e linda!
Tás feita!
O amor é como a gripe, apanha-se na rua, resolve-se na cama!
A falta de sexo provoca amnésia e outras merdas que agora não me lembro...
Não procures o príncipe encantado. Procura, antes, o lobo mau: ouve-te melhor; vê-te melhor e ainda te come.
Toda a gente se queixa de assédio sexual no local de trabalho. Ou isto começa a ser verdade ou então despeço-me!
A mulher do amigo é como a bota da tropa; também marcha!
03 abril 2014
Cantigas das feiras
A Teresa Bizarro, que já tinha oferecido cinco pérolas de José Vilhena para a minha colecção, encontrou nos seus papéis umas 'cantigas' que lhe "foram oferecidas há mais de quarenta anos, com uma letra malandreca, mas muito decentinha" e que "foram cantadas em feiras pelo norte do país há muitos anos". E explicou-me a origem:
"A história, que me foi contada pela senhora, é a seguinte:
A Letinha, filha de uma família de lavradores ricos do norte do país, nasceu cega, há mais de cem anos.
Com pouco o que ensinar a uma menina cega, os pais mandaram a pequena aprender música; como ela me contava: «quiseram ensinar-me uma coisa que se encavava debaixo dos queixos, mas eu não gostei daquela merda!»
Deu preferência à viola, que tocava muito bem, ouvi-a eu, já ela tinha mais de oitenta anos.
A Letinha cresceu, com uma ranchada de irmãos e, em determinada altura, apareceu um marmanjão que se propôs casar com ela e dar-lhe uma 'bela vida' - com o dote que os pais lhe deram, evidentemente.
Quando o dote acabou (em putas e vinho verde) e os filhos entretanto nascidos continuavam a pedir pão, ele tratou de a pôr a render: arranjou-lhe umas cantilenas mais ou menos desbragadas e, segundo ela dizia, a 'toque de muita porrada' obrigou-a a cantar e tocar pelas feiras de Trás-os-Montes, coisa que ela fez até ao dia em que acordou e o sentiu gelado na cama.
Ainda lhe perguntou: ó homem, tu mijaste-te? Mas como ele nem se mexeu, nem lhe respondeu, percebeu que o filho da puta já se tinha passado para o lado de lá...
Passou então a viver com os filhos, já todos crescidos e deixou as cantigas - mas passou-as à neta mais velha e a mim, com a história que nos contou enquanto fazia meias com cinco agulhas sem errar nas malhas!
Como vês, uma historieta singela, igual a tantas outras que se ouvem por aí, mas que me foi contada (e as cantigas cantadas, acompanhadas pela viola) em primeira mão e nunca esqueci. A Letinha morreu há cerca de quarenta anos.
A história da Letinha, foi-me contava por ela mesma, em 1971 e confirmada pela filha mais velha, com quem ela viveu nos últimos anos; as cantigas, foram-me 'cantadas' acompanhadas à viola, em dois serões inesquecíveis e, dias depois, ditadas à neta mais velha, que as dactilografou para mim. Tiveram que ser lidas depois de dactilografadas, por isso há uma parte acrescentada à mão numa delas: a Letinha tinha-se esquecido desse pedaço da cantiga...Eu preferi oferecer os 'documentos' tal como me foram entregues, acrescidos de umas manchas de um Porto de 1958 cuja garrafa se partiu sobre a caixa onde guardava estas e outras 'preciosidades'.
Só não ofereço a fotografia que tenho com a Letinha...
Exactamente por pensar que as cantigas não valem nada sem a história de vida da Letinha, é que eu a contei..."
As letras dessas cantigas das feiras passaram a fazer parte da colecção de arte erótica «a funda São»:
"A história, que me foi contada pela senhora, é a seguinte:
A Letinha, filha de uma família de lavradores ricos do norte do país, nasceu cega, há mais de cem anos.
Com pouco o que ensinar a uma menina cega, os pais mandaram a pequena aprender música; como ela me contava: «quiseram ensinar-me uma coisa que se encavava debaixo dos queixos, mas eu não gostei daquela merda!»
Deu preferência à viola, que tocava muito bem, ouvi-a eu, já ela tinha mais de oitenta anos.
A Letinha cresceu, com uma ranchada de irmãos e, em determinada altura, apareceu um marmanjão que se propôs casar com ela e dar-lhe uma 'bela vida' - com o dote que os pais lhe deram, evidentemente.
Quando o dote acabou (em putas e vinho verde) e os filhos entretanto nascidos continuavam a pedir pão, ele tratou de a pôr a render: arranjou-lhe umas cantilenas mais ou menos desbragadas e, segundo ela dizia, a 'toque de muita porrada' obrigou-a a cantar e tocar pelas feiras de Trás-os-Montes, coisa que ela fez até ao dia em que acordou e o sentiu gelado na cama.
Ainda lhe perguntou: ó homem, tu mijaste-te? Mas como ele nem se mexeu, nem lhe respondeu, percebeu que o filho da puta já se tinha passado para o lado de lá...
Passou então a viver com os filhos, já todos crescidos e deixou as cantigas - mas passou-as à neta mais velha e a mim, com a história que nos contou enquanto fazia meias com cinco agulhas sem errar nas malhas!
Como vês, uma historieta singela, igual a tantas outras que se ouvem por aí, mas que me foi contada (e as cantigas cantadas, acompanhadas pela viola) em primeira mão e nunca esqueci. A Letinha morreu há cerca de quarenta anos.
A história da Letinha, foi-me contava por ela mesma, em 1971 e confirmada pela filha mais velha, com quem ela viveu nos últimos anos; as cantigas, foram-me 'cantadas' acompanhadas à viola, em dois serões inesquecíveis e, dias depois, ditadas à neta mais velha, que as dactilografou para mim. Tiveram que ser lidas depois de dactilografadas, por isso há uma parte acrescentada à mão numa delas: a Letinha tinha-se esquecido desse pedaço da cantiga...Eu preferi oferecer os 'documentos' tal como me foram entregues, acrescidos de umas manchas de um Porto de 1958 cuja garrafa se partiu sobre a caixa onde guardava estas e outras 'preciosidades'.
Só não ofereço a fotografia que tenho com a Letinha...
Exactamente por pensar que as cantigas não valem nada sem a história de vida da Letinha, é que eu a contei..."
As letras dessas cantigas das feiras passaram a fazer parte da colecção de arte erótica «a funda São»:
02 abril 2014
«Deste frio que te traz a mim» - João
"Vem-me à memória um dia pleno de Sol, como alguns destes por entre os quais me atiro sem mover, com vento e com frio cortantes, como alguns destes por entre os quais me catapulto sem capacete. Afastaste-te de mim, de cabelos ondulantes. Caminhaste para longe, ora de braços pendentes, ora de mãos nos bolsos, de botas castanhas que num ou noutro momento pontapearam pedritas inocentes que se cruzaram contigo. Eu estava ao longe, a ver-te. Peguei no teu casaco, que tinha ficado esquecido no meio de frases curtas, e caminhei até ti. Para não teres frio. Para não ficares doente. E depois voltei para onde estava, sempre de olhar fixo em ti.
Vêm-me à memória os dias frios, gelados, como hoje, como agora. As minhas mãos sempre ficam mais quentes quando o ar corta. Escaldam. A superfície que tocam é sempre maior do que a que ocupam. Estas mãos que aquecem, que confortam, são a pele que toca a tua. É seda contra seda, num deslize de peles que se contraria quando se aperta com força, quando os dedos tentam evitar que a pele se escape, e podia ter sido hoje, como ontem, como em qualquer dia, desta memória que transforma os momentos em películas contínuas, fotogramas de desejo e risos, muitos risos, um medicamento que cura e faz esquecer as torturas dos dias pálidos.
E enquanto caminho, sozinho pela rua, com as mãos a escaldar desafiando o frio que o ar tem, invade-me um sorriso que te tem lá dentro, saboreio os teus sabores recordados, e enquanto meneio a cabeça numa espécie de discordância, pensando aquele clássico de não existires, vejo que o mundo tem muita gente, tem muitas coisas, tem de tudo para todos e para todos os gostos, e depois tem-te a ti. E isso é único."
João
Geografia das Curvas
Vêm-me à memória os dias frios, gelados, como hoje, como agora. As minhas mãos sempre ficam mais quentes quando o ar corta. Escaldam. A superfície que tocam é sempre maior do que a que ocupam. Estas mãos que aquecem, que confortam, são a pele que toca a tua. É seda contra seda, num deslize de peles que se contraria quando se aperta com força, quando os dedos tentam evitar que a pele se escape, e podia ter sido hoje, como ontem, como em qualquer dia, desta memória que transforma os momentos em películas contínuas, fotogramas de desejo e risos, muitos risos, um medicamento que cura e faz esquecer as torturas dos dias pálidos.
E enquanto caminho, sozinho pela rua, com as mãos a escaldar desafiando o frio que o ar tem, invade-me um sorriso que te tem lá dentro, saboreio os teus sabores recordados, e enquanto meneio a cabeça numa espécie de discordância, pensando aquele clássico de não existires, vejo que o mundo tem muita gente, tem muitas coisas, tem de tudo para todos e para todos os gostos, e depois tem-te a ti. E isso é único."
João
Geografia das Curvas
Grandessíssimo arraial de cona
«Os reis da Pérsia admitiam as suas mulheres nos festins; porém, quando o vinho lhes aquecia o cérebro, quando já davam rédea solta à voluptuosidade, enviavam-nas para as suas habitações particulares para não as fazerem participar nos seus apetites imoderados, e faziam-se acompanhar por outras mulheres, às quais não os ligava nenhuma obrigação de respeito. Todos os prazeres e todas as coisas agradáveis não convêm por igual a toda a espécie de gente.»
in Ensaios, Michel de Montaigne
«conversa 2058» - bagaço amarelo
Eu - Todos os homens são capazes de ter discussões com as mulheres.
Ela - O meu marido não é.
Eu - Olha que é. Pode é ter chegado à conclusão que não vale a pena discutir contigo. Aliás, pelo que eu conheço de ti, não vale mesmo a pena discutir contigo.
Ela - Não vale a pena discutir comigo?!
Eu - Não, não vale. Nunca dás o braço a torcer, mesmo que seja óbvio que não tens razão.
Ela - Mesmo que isso seja verdade, prefiro que ele discuta.
Eu - Mas para que é que ele vai discutir contigo, se sabe que não vale a pena?
Ela - Para isso mesmo, para discutir..
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
01 abril 2014
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