"Enquanto o meu caralho se faz uno com a tua cona, tu esfregas-te com a mão, para te vires ainda mais depressa, e eu gosto. Quando me dizes que queres fazer tudo comigo, e me lambes com insuspeita mestria, eu gosto. Quando os meus dedos se aventuram no teu cú e te seguram, presa, eu gosto. Quando me puxas para ti, quando me dizes anda cá, eu gosto. Quando te puxo cabelos e pulsos e te oiço gemer, eu gosto. Se me disseres que já me fodias, eu gosto. Se estiveres a pingar por mim, eu gosto. Em suma, eu gosto muito. E tu também. E não é pouco."
João
Geografia das Curvas
07 maio 2014
«conversa 2069» - bagaço amarelo
Eu - Então, que cara é essa?
Ela - Estou muito pensativa.
Eu - Mas está tudo bem?
Ela - Mais ou menos. Hoje é quinta-feira e já comi duas natas esta semana, que é o limite a que me propus a mim mesma.
Eu - E então?
Ela - Estava aqui a pensar se devia, ou não, desobedecer às minhas próprias regras.
Eu - Ah!
Ela - O problema é que, faça eu o que fizer, é sempre triste.
Eu - A sério?!
Ela - Se eu comer uma nata, é triste porque engordo. Por outro lado, se eu não comer, é triste porque fico ougada.
Eu (risos) - Parece um problema existencial.
Ela - Felizes são os homens, que só se preocupam em ter os seus automóveis a brilhar.
Eu - Eu nem isso.
Ela - Tu és o cúmulo da felicidade, então.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
06 maio 2014
Eva portuguesa - «Sem ti»
Sem ti não existo. Não sou eu.
Sou uma sombra. Um espectro. Uma alma perdida.
Sem ti sou a tentativa vã da busca da existência e da felicidade.
Sem ti sou o caminho nunca percorrido, a realidade inexistente, o futuro que não chegará.
É em ti que me torno realidade. És tu que me dás vida. Apenas por existires. Somente quando estás ao meu lado.
Existo em ti, por ti, para ti.
És a minha meta e o meu caminho. A minha realidade e a minha verdade. O meu prémio e o meu consolo.
Sem ti nada existe. Nada é concreto. Nada é possível.
Sem ti não há passado nem memórias. Sem ti o presente é futuro e o futuro a imensidão de um grande nada.
Sem ti não há luz nem calor nem alegria.
Sem ti não há sonhos, apenas névoa. Não há dia, apenas noite. Não há amor, apenas solidão.
Tu és a letra do meu romance, a personagem da minha novela, o protagonista da minha história.
Tu és eu e eu apenas existo quando estou contigo.
Tu és vida e morte. És sim e não. És tudo e nada.
Tu és a razão para eu existir; és a minha razão.
Sem ti não existo. Não sou eu.
Sem ti não faz sentido eu existir.
Por ti criei-me. Por ti nasci. Por ti vivo.
Por ti sou a Eva e a Mariana. Por ti sou Acompanhante e Puta.
Sem ti não existo...
Vens dar-me vida?...
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
Sou uma sombra. Um espectro. Uma alma perdida.
Sem ti sou a tentativa vã da busca da existência e da felicidade.
Sem ti sou o caminho nunca percorrido, a realidade inexistente, o futuro que não chegará.
É em ti que me torno realidade. És tu que me dás vida. Apenas por existires. Somente quando estás ao meu lado.
Existo em ti, por ti, para ti.
És a minha meta e o meu caminho. A minha realidade e a minha verdade. O meu prémio e o meu consolo.
Sem ti nada existe. Nada é concreto. Nada é possível.
Sem ti não há passado nem memórias. Sem ti o presente é futuro e o futuro a imensidão de um grande nada.
Sem ti não há luz nem calor nem alegria.
Sem ti não há sonhos, apenas névoa. Não há dia, apenas noite. Não há amor, apenas solidão.
Tu és a letra do meu romance, a personagem da minha novela, o protagonista da minha história.
Tu és eu e eu apenas existo quando estou contigo.
Tu és vida e morte. És sim e não. És tudo e nada.
Tu és a razão para eu existir; és a minha razão.
Sem ti não existo. Não sou eu.
Sem ti não faz sentido eu existir.
Por ti criei-me. Por ti nasci. Por ti vivo.
Por ti sou a Eva e a Mariana. Por ti sou Acompanhante e Puta.
Sem ti não existo...
Vens dar-me vida?...
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
«Diáspora» - Susana Duarte
Levantas as asas num voo rasante da alma vulcânica; transbordas de aromas de terra; em ondas sísmicas, atravessas o rio que engole a indiferença e a efabulação.
Unes o vento e o mar num terremoto anímico onde voam sereias silenciosas e Orfeu canta.
Mas não olhas para trás. Sabes que é à tua frente que o caule inflorescerá. Invocas as deusas, e serenas a dualidade da alma.
Insinuas a noite na desfolhada da pele que sintetiza o canto, que se fez manhã, e celebrou a paixão. Deixas a claridade da dor invadir-te a alma e reconstróis, assim, a nuvem que se volatilizou.
Sabes onde fica um deserto onde flores secretas desabrocham à noite. Flores, flores, flores descobertas, antes ocultas do mundo, em casas fechadas- refúgio, anel, papoila rubra, animal, noite, sofreguidão, solidão. Refúgio. Ali, onde alumias as noites, é o sítio onde nasces e fazes nascer, onde tornas clara a profundidade da palavra – amor amor amor.
...
Letras. Soletras cada escama num peixe dos mares do sul. Soletras cada onda num sismo tentacular que não te tolhe de mim. Sabes onde fica cada movimento, cada passo, cada letra do nome que me deram. Ouves as aves em ilhas perdidas que ecoam a ausência.
Uno e indiviso, clamas por uma flor, que não queres encontrar. Dualidade. Ó onda, maré, ave perdida no mar. Flor do sal do sal do sal, flor do sal que cai fina, na rede solta que abriste aqui. Desata este nó, desata. Puxa a corda que estendeste e leva-me pela penumbra do teu braço.
Iça-me. Leva-me. As velas são brancas, e tu és aqui. Marinheiro de mim, corredor de distâncias, passeias a noite pelas mãos e ergues o dia com os olhos. Lava quente que preenche a fenda na terra por lavrar. Pó, cascalho, pedra. A forma a começar. A escultura que sai dos dedos.
Sabes, não sabes? Esculpes cada desejo num torno universal. Pulsões de vida. Eros e Tânatos.
Pequena morte. E tanta vida…Conchas. Sou concha na tua mão. A erosão do tempo que nos trouxe aqui. Salvífica. Pedra escultórica. Animal. Lobo. Tigre. Águia em voo. Ave . Ave.
Ave.
...
Lava-me os olhos com a humidade transparente da tua voz. Metamorfoseia-me o ombro em que fazes descer a luz. A luz, a noite. Tu e eu, eu e a atomização do ser. Despidos de pudor, de pânico e de nós-seres-individuais, metamorfoseando-nos no ser indivisível que o amor procura.
Unidade. Ser. Índio que dança na altura das rochas emanadoras de apego ao Universo. Expectante. Dorido. As Moiras procuram-te. Mas é com Hermes que caminhas. Nos ventos alíseos procuras o sopro da vida que permaneceu algures na linha temporal que o Cosmos criou. Nos ventos solares, um raio de luz queima a terra onde navegam almas solitárias. A diferença é a Procura. A Procura não da completude, mas da epifania do olhar-outro.
Cosmicidade. Passar além do Self. Lutar pelo outro. Descobres que amas. Que crias o sonho do encontro. Encontro.
Insinuei-me na tua voz. Ouviste as vibrações das cordas vocais. Resistes ao apelo de Eros? É a tua bela Helena? Ela, que ao espelho, se reflecte e teme? Que se olha, mas se não vê? Que procura, no teu olhar, a magia da descoberta? Quem dera fosse visível o arrepio anímico. Descobrir-te os recantos escondidos sob os braços genesíacos. Cobre-me o rosto com o teu peito. Enche-me de ti. Respira-me a pele e deixa-me viver no teu olhar.
Sabedoria. Saber e não saber. Não saber e querer descobrir. Por momentos, a noite que se levanta da alma. Um bater de asas de borboleta invoca a Criação. Génesis em mim.
Renasço em ti. Soluças um choro de sonho e conhecimento. Deixas de lado as coisas gastas. Usas a vida para seres inteiro. Insondáveis desígnios universais, átomos que se congregam. Odores voláteis que te trouxeram aqui. A imagem lávica da claridade solar na curva dos olhos. Ficas? Fica…dissipa o nevoeiro e despe-me de pudor. Tira-me das asas o fio invisível que lhes pus. Fica. Lobo. Ave. Ave. Ave. Rumamos ao centro do mundo, para nos fundirmos com a Origem.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
"Pescadores de Fosforescências"
Alphabetum Edições Literárias
Dezembro 2012
Unes o vento e o mar num terremoto anímico onde voam sereias silenciosas e Orfeu canta.
Mas não olhas para trás. Sabes que é à tua frente que o caule inflorescerá. Invocas as deusas, e serenas a dualidade da alma.
Insinuas a noite na desfolhada da pele que sintetiza o canto, que se fez manhã, e celebrou a paixão. Deixas a claridade da dor invadir-te a alma e reconstróis, assim, a nuvem que se volatilizou.
Sabes onde fica um deserto onde flores secretas desabrocham à noite. Flores, flores, flores descobertas, antes ocultas do mundo, em casas fechadas- refúgio, anel, papoila rubra, animal, noite, sofreguidão, solidão. Refúgio. Ali, onde alumias as noites, é o sítio onde nasces e fazes nascer, onde tornas clara a profundidade da palavra – amor amor amor.
...
Letras. Soletras cada escama num peixe dos mares do sul. Soletras cada onda num sismo tentacular que não te tolhe de mim. Sabes onde fica cada movimento, cada passo, cada letra do nome que me deram. Ouves as aves em ilhas perdidas que ecoam a ausência.
Uno e indiviso, clamas por uma flor, que não queres encontrar. Dualidade. Ó onda, maré, ave perdida no mar. Flor do sal do sal do sal, flor do sal que cai fina, na rede solta que abriste aqui. Desata este nó, desata. Puxa a corda que estendeste e leva-me pela penumbra do teu braço.
Iça-me. Leva-me. As velas são brancas, e tu és aqui. Marinheiro de mim, corredor de distâncias, passeias a noite pelas mãos e ergues o dia com os olhos. Lava quente que preenche a fenda na terra por lavrar. Pó, cascalho, pedra. A forma a começar. A escultura que sai dos dedos.
Sabes, não sabes? Esculpes cada desejo num torno universal. Pulsões de vida. Eros e Tânatos.
Pequena morte. E tanta vida…Conchas. Sou concha na tua mão. A erosão do tempo que nos trouxe aqui. Salvífica. Pedra escultórica. Animal. Lobo. Tigre. Águia em voo. Ave . Ave.
Ave.
...
Lava-me os olhos com a humidade transparente da tua voz. Metamorfoseia-me o ombro em que fazes descer a luz. A luz, a noite. Tu e eu, eu e a atomização do ser. Despidos de pudor, de pânico e de nós-seres-individuais, metamorfoseando-nos no ser indivisível que o amor procura.
Unidade. Ser. Índio que dança na altura das rochas emanadoras de apego ao Universo. Expectante. Dorido. As Moiras procuram-te. Mas é com Hermes que caminhas. Nos ventos alíseos procuras o sopro da vida que permaneceu algures na linha temporal que o Cosmos criou. Nos ventos solares, um raio de luz queima a terra onde navegam almas solitárias. A diferença é a Procura. A Procura não da completude, mas da epifania do olhar-outro.
Cosmicidade. Passar além do Self. Lutar pelo outro. Descobres que amas. Que crias o sonho do encontro. Encontro.
Insinuei-me na tua voz. Ouviste as vibrações das cordas vocais. Resistes ao apelo de Eros? É a tua bela Helena? Ela, que ao espelho, se reflecte e teme? Que se olha, mas se não vê? Que procura, no teu olhar, a magia da descoberta? Quem dera fosse visível o arrepio anímico. Descobrir-te os recantos escondidos sob os braços genesíacos. Cobre-me o rosto com o teu peito. Enche-me de ti. Respira-me a pele e deixa-me viver no teu olhar.
Sabedoria. Saber e não saber. Não saber e querer descobrir. Por momentos, a noite que se levanta da alma. Um bater de asas de borboleta invoca a Criação. Génesis em mim.
Renasço em ti. Soluças um choro de sonho e conhecimento. Deixas de lado as coisas gastas. Usas a vida para seres inteiro. Insondáveis desígnios universais, átomos que se congregam. Odores voláteis que te trouxeram aqui. A imagem lávica da claridade solar na curva dos olhos. Ficas? Fica…dissipa o nevoeiro e despe-me de pudor. Tira-me das asas o fio invisível que lhes pus. Fica. Lobo. Ave. Ave. Ave. Rumamos ao centro do mundo, para nos fundirmos com a Origem.
Susana Duarte
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Dezembro 2012
«A sexualidade dos portugueses» - Sofia Aboim
O livro nº 1.774 da minha colecção é este estudo muito interessante publicado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Sinopse: «Nas últimas décadas, a sexualidade representa um dos grandes eixos da mudança na sociedade portuguesa. Este livro pretende oferecer um retrato dessas transformações, identificando continuidades e rupturas com o passado e caracterizando um presente em que a sexualidade e o sexo ganham novos contornos. A libertação das mulheres e a revolução trazida pela pílula contraceptiva, o questionamento da tradicional dominação masculina, o surgimento das lutas pelos direitos das pessoas não heterossexuais impõem uma redefinição mais plural das sexualidades. Neste ensaio pretende-se contribuir para uma reflexão crítica sobre a “revolução sexual” iniciada na segunda metade do século XX, propondo que, a par da maior liberdade e do elogio do prazer, novas regras de dominação e outras formas de controlo manifestam-se nos nossos dias. Só assim poderemos compreender os dilemas das sexualidades contemporâneas.»
Permito-me destacar um excerto da página 35: "O sexo não é regulado apenas pela proibição., mas por meio de discursos públicos normalizadores, muitas vezes apresentados a bem da felicidade individual. (...) Hoje em dia, o prazer é elogiado, mas é também controlado, fiscalizado, observado (...) Nunca deixou de se estabelecer, ainda que com conteúdos e graus diferentes de ingerência e sanção, uma regulação pública da sexualidade individual".
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
05 maio 2014
Luís Gaspar lê «O mundo da lua» de Margarida Piloto Garcia
Há muitos anos, era parte de mim a lua pendurada no teu corpo. Tu ias e vinhas na noite, num tropel que nem os cavalos do sonho conseguiam acompanhar. Nada era realidade a vestir-me o corpo e apenas o medo penteava os meus cabelos.
Tu seguias imune aos meus apelos, orgulhoso e falsamente convencido de que a estrada do luar era só tua. Agarrada a ténues esperanças, abri-te os braços vezes sem conta, na vã tentativa de que eles fossem abrigo e casulo, fossem caminho e cama de amores lunares. Mas a teia dos segredos a palpitar nos olhos, sempre nos enredou e os lobos a morderem a pele numa luciferina sedução, foram sempre vencedores.
Hoje os dedos doem-me quando toco o luar e me tento demorar na pele do teu corpo.
É em quarto minguante que a lua te recorta, suspirando maresias insensatas e insuspeitas. Nada consigo ouvir, os sons enclausurados num outro universo, nada consigo ver, cega pelas mentiras embrulhadas em papel colorido. E as palavras que poderia dizer ou gritar, calo-as porque perdi as asas de gaivota ao cruzar o último céu.
Com o teu lado escuro tentas agarrar-me num abraço luarento, os olhos postos, não em mim, mas na feiticeira iluminada numa gritante noite azul.
Mas algo se recolhe em segredo, refugiando-se dos gestos gastos e mínimos. Não tenho mais desejos grávidos de ti porque os isentaste de mim.
Agora, só desejo guardar aquele lugar mágico , inviolado e secreto que nunca corrompeste.
Toma para ti o que com esqueléticas razões julgaste ser teu. Deixa-me apenas o mundo da lua.
Margarida Piloto Garcia
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa
Tu seguias imune aos meus apelos, orgulhoso e falsamente convencido de que a estrada do luar era só tua. Agarrada a ténues esperanças, abri-te os braços vezes sem conta, na vã tentativa de que eles fossem abrigo e casulo, fossem caminho e cama de amores lunares. Mas a teia dos segredos a palpitar nos olhos, sempre nos enredou e os lobos a morderem a pele numa luciferina sedução, foram sempre vencedores.
Hoje os dedos doem-me quando toco o luar e me tento demorar na pele do teu corpo.
É em quarto minguante que a lua te recorta, suspirando maresias insensatas e insuspeitas. Nada consigo ouvir, os sons enclausurados num outro universo, nada consigo ver, cega pelas mentiras embrulhadas em papel colorido. E as palavras que poderia dizer ou gritar, calo-as porque perdi as asas de gaivota ao cruzar o último céu.
Com o teu lado escuro tentas agarrar-me num abraço luarento, os olhos postos, não em mim, mas na feiticeira iluminada numa gritante noite azul.
Mas algo se recolhe em segredo, refugiando-se dos gestos gastos e mínimos. Não tenho mais desejos grávidos de ti porque os isentaste de mim.
Agora, só desejo guardar aquele lugar mágico , inviolado e secreto que nunca corrompeste.
Toma para ti o que com esqueléticas razões julgaste ser teu. Deixa-me apenas o mundo da lua.
Margarida Piloto Garcia
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa
«conversa 2068» - bagaço amarelo
Eu - Uma ou duas horas por dia?!
Ela - Sim, em vez do dia todo.
Eu - Ah!
Ela - Se eu soubesse o que sei hoje, nunca tinha casado. Ficava namorada dele a vida toda, mas cada um na sua casa.
Eu - Compreendo perfeitamente.
Ela - Compreendes?
Eu - Sim. Duas pessoas, quando vivem juntas a vida inteira acabam por se cansar, por muito que gostem uma da outra.
Ela - Pois é... e quando não gostam muito, como é o meu caso, ainda é pior.
Eu - Então... não gostas muito dele e querias ficar namorada dele mesmo que cada um vivesse na sua casa?!
Ela - Queria. Não gosto muito dele, mas sei que ele é requisitado por muito gajedo e não o quero dar a ninguém...
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
04 maio 2014
Rendez-vous
La Défense exibia junto ao novo Arco do Triunfo um formigueiro de fatos com gravata que se individualizavam quer pelo formato ou número de brincos expostos quer pelos cabelos em rabo de cavalo, espetados ou coloridos em tons de azul, vermelho ou verde alface, situação que me divertia como se fosse uma figurante de um filme de Fellini e deixei-me ficar encostada à entrada da FNAC.
Até que ele surgiu todo em ganga, essa bendita urdidura que lhe realçava os contornos dos materiais não expostos, com uns óculos escuros a proteger-lhe o mel dos olhos, num passo certo e apressado tal e qual o Brad Pitt e corri para ele como se os pés subitamente leves tivessem asinhas. E o seu salut Marie foi pegar-me ao colo fazendo-me rodar a saia como um carrocel e as minhas pernas numa coreografia que buscava o amparo das suas ancas para se entrelaçarem impelindo a minha boca a descair no seu pescoço em beijos sugados poro a poro.
Por isso, antes que a claquete batesse o final do tempo de cena fugimos daquele local formatado numa engenharia cinzenta para dar azo ao triunfo do instinto com os corpos em arco.
Até que ele surgiu todo em ganga, essa bendita urdidura que lhe realçava os contornos dos materiais não expostos, com uns óculos escuros a proteger-lhe o mel dos olhos, num passo certo e apressado tal e qual o Brad Pitt e corri para ele como se os pés subitamente leves tivessem asinhas. E o seu salut Marie foi pegar-me ao colo fazendo-me rodar a saia como um carrocel e as minhas pernas numa coreografia que buscava o amparo das suas ancas para se entrelaçarem impelindo a minha boca a descair no seu pescoço em beijos sugados poro a poro.
Por isso, antes que a claquete batesse o final do tempo de cena fugimos daquele local formatado numa engenharia cinzenta para dar azo ao triunfo do instinto com os corpos em arco.
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