28 maio 2014
O brasão dos seis caralhos, na vila de Gonçalo (Guarda)
A vila de Gonçalo, no concelho da Guarda, tem uma obra de arte que causa inveja a muitas outras terras: um brasão com seis pénis que encima a Fonte de Mor.
E encontrei fotos e uma abordagem a este brasão no blog «Olival do Corro»:
"Em «Fontes Remotas da Cultura Portuguesa», obra em cuja fotografia da Fonte de Mor foi colocada na capa e contracapa, o autor desenvolve um raciocínio em que tenta reconstituir um culto pagão, existente nas dobras da serra de Mor, que denomina de “Marialvismo Lusitano” e que descreve da forma seguinte:
«Mor é o nome de toda a encosta da Serra que continua na Serra da Moura ou Mora:
mhr – ‘dote’ – ‘vigor sexual masculino’.
Uma visita ao local fez-nos descobrir uma interessantíssima relação entre a toponímia e uma série de costumes aí existentes.
Em frente à capela de Nossa Senhora da Misericórdia, sobre o ribeiro de Mor, existe uma fonte encimada por uma pedra em forma de brasão dividido em dois sectores; um comporta seis falos esculpidos, com testículos; o outro sector contém a expressão MARIA AVÉ (…)
O brasão emblema está bem conservado mas não podemos precisar a sua época: talvez do período Renascentista, copiada de outra.
Note-se a inversão MARIA AVE em vez de Avé Maria, pormenor sobre o qual os habitantes nada dizem.
MARIA AVE é um decalque de mhr aby [mor aby] – ‘vigor paternal’/ ‘vigor ancestral’»
Nos mitos de Ugarit, traduzidos por Del Olmo Lete, descreve-se, efectivamente, um ritual de acasalamento junto dos templos dos deuses da fertilidade, pedindo-lhes que agissem contra o deus da esterilidade.
Moisés Espírito Santo, na sua abordagem, identifica o local onde se localiza a capela de Nossa Senhora da Misericórdia como sendo “Sitio do Pacto”, local de estranhos rituais associados à fertilidade.
Identifica, mesmo, a fonte de Mor, como sendo a “Fonte da Fertilidade” e faz uma análise do brasão que está colocado sobre a fonte, destacando a inversão de “Ave-maria” e apontando essa inversão como sinal de presença de culto pagão e de superstição.
Ao mesmo tempo que apresenta alguma indefinição acerca da hipotética data do brasão, vai apresentando essa bela peça como premissa maior da sua teoria de que o local é espaço de um milenar culto ligado ao “pacto social” que poderá ter sido estabelecido entre diferentes povos ou clãs."
O autor deste blog contesta, no entanto, este ponto de vista:
"Nesta procura incessante de todas as pistas que nos conduzam à verdadeira origem do culto no local onde foi edificada a capela de Nossa Senhora da Misericórdia, tentámos explorar, ao máximo, todas as pistas. Confesso que chegámos a ponderar poder concluir que toda a argumentação de Moisés Espírito Santo nos conduzia a um caminho certo.
No entanto, porém, numa análise pormenorizada à fonte de Mor constatou-se que o brasão que a compõe não parece constituir uma peça integrada na construção, antes sim, uma peça acrescentada a posteriori.
A par desta verificação e depois de uma análise detalhada ao brasão, podemos concluir, facilmente, que ele parece estar colocado na fonte de forma invertida. Na realidade e como se trata de um brasão (ou parte de um brasão), dificilmente, apresentaria a forma como pode ser visto, actualmente, sendo que, o ponto mais agudo da escultura deveria ficar (por regra) virado para baixo, à semelhança de tantos outros brasões.
Ora, confirmando-se a veracidade deste argumento, podemos contestar a existência de uma inversão do termo “Ave-maria” e, consequentemente, a ligação da fonte e do local a quaisquer tipos de práticas relacionadas com cultos pagãos ou superstições.
Chegados a este ponto do nosso estudo, parecem subsistir duas teorias.
A de um local de culto milenar ligando o espaço a um tempo que remonta a cerca do ano 1000 a.C. e a um estádio da evolução de uma sociedade que se regia por pactos sociais e contratos familiares, pedindo aos deuses, por meio de estranhos rituais, o dom da fertilidade.
Ou, então, a teoria de que o local é, efectivamente, um espaço de culto e de grande devoção mariana que encontrou eco junto do povo de Gonçalo e cujo sentido do sagrado determinou que aquele espaço fosse, ele mesmo, um espaço de fronteira, um espaço sagrado que serviria, para lá do tempo como marca de partilha de um território que só conheceu efectivas fronteiras após a reforma administrativa de 1855."
Sim, sim... e os seis falos seriam uma representação de quê, no contexto dessa segunda opção?
Vejam com os vossos próprios olhos e, se quiserem, construam a vossa própria teoria...
... ou leiam a opinião de quem percebe do assunto:
"Li com redobrado interesse este texto, o qual já está guardado nos meus arquivos.
Moisés Espírito Santo faz uma análise muito bem fundamentada ou não fosse ele o enorme investigador que é e cujos créditos não podem ser postos em causa.
Também no decurso do Estudo sobre os falos das Caldas me dei conta da grande importância nos topónimos que povos insuspeitos deixaram por todo o nosso território. Como escrevo aí, há em Portugal perto de 30 locais com nomes Caldeus que se referem ao mesmo Baal que os os Judeus depois absorveram como Bel, (o seu Senhor) tornando Baal o seu inimigo, sendo que o étimo indo-europeu que dá origem a Baal é o mesmo que Val, Pal, Fal, (e muitas outros cujo fio condutor é sempre a vontade afirmativa ) que é a partícula Vel e de onde deriva de forma muito directa o nosso EndoVelico
Reparamos como depois na parte final do texto surgem os alinhamentos com a doutrina religiosa Cristã dominante que pretendem desmontar a tese do Dr. Moisés Espirito Santo, numa repetição tipo never ending story a que assistimos sempre que a nossa paciência e interesse pelo estudo Histórico se aprofunda no campo das transições entre religiões.
Quando uma religião se torna dominante tende a absorver das outras o mais que pode, diabolizando todos os outros aspectos que podem de algum modo contradizer as chaves dogmáticas.
No caso da religião Cristã, o sagrado do Sexo, tornado inefável, passou de incómodo para o passo seguinte: a diabolização.
É a atitude que dantes me indignava mas que agora acho normal e que de resto já não me espanta.
Por uma questão de postura adquirida, sempre que me dou conta de um relato sobre milagres, santos, e ermidas, faço o contrário numa viagem em sentido oposto e tento ir imediatamente ao encontro dos rituais que lhe estariam na origem.
As tretas costumeiras com que os padres douram a pílula não conseguem apagar os falos de S.Gonçalo, explícitos tanto na doçaria como nas inúmeras referências imateriais, costumes e léxicos.
O trabalho de limpeza tem sido intenso ao longo dos séculos e por isso me espanta, devo dizê-lo, a existência do brasão. Que, tratando-se de uma reconstrução, ainda mais me interroga. Porque foi destruido? Terá sido destruido pelo clero? Terá sido a vontade e força popular a obrigar à refeitura do dito?
São questões interessantes para aprofundar e irei oportunamente ir nesse sentido.
ABroxes
Charlie"
E encontrei fotos e uma abordagem a este brasão no blog «Olival do Corro»:
"Em «Fontes Remotas da Cultura Portuguesa», obra em cuja fotografia da Fonte de Mor foi colocada na capa e contracapa, o autor desenvolve um raciocínio em que tenta reconstituir um culto pagão, existente nas dobras da serra de Mor, que denomina de “Marialvismo Lusitano” e que descreve da forma seguinte:
«Mor é o nome de toda a encosta da Serra que continua na Serra da Moura ou Mora:
mhr – ‘dote’ – ‘vigor sexual masculino’.
Uma visita ao local fez-nos descobrir uma interessantíssima relação entre a toponímia e uma série de costumes aí existentes.
Em frente à capela de Nossa Senhora da Misericórdia, sobre o ribeiro de Mor, existe uma fonte encimada por uma pedra em forma de brasão dividido em dois sectores; um comporta seis falos esculpidos, com testículos; o outro sector contém a expressão MARIA AVÉ (…)
O brasão emblema está bem conservado mas não podemos precisar a sua época: talvez do período Renascentista, copiada de outra.
Note-se a inversão MARIA AVE em vez de Avé Maria, pormenor sobre o qual os habitantes nada dizem.
MARIA AVE é um decalque de mhr aby [mor aby] – ‘vigor paternal’/ ‘vigor ancestral’»
Nos mitos de Ugarit, traduzidos por Del Olmo Lete, descreve-se, efectivamente, um ritual de acasalamento junto dos templos dos deuses da fertilidade, pedindo-lhes que agissem contra o deus da esterilidade.
Moisés Espírito Santo, na sua abordagem, identifica o local onde se localiza a capela de Nossa Senhora da Misericórdia como sendo “Sitio do Pacto”, local de estranhos rituais associados à fertilidade.
Identifica, mesmo, a fonte de Mor, como sendo a “Fonte da Fertilidade” e faz uma análise do brasão que está colocado sobre a fonte, destacando a inversão de “Ave-maria” e apontando essa inversão como sinal de presença de culto pagão e de superstição.
Ao mesmo tempo que apresenta alguma indefinição acerca da hipotética data do brasão, vai apresentando essa bela peça como premissa maior da sua teoria de que o local é espaço de um milenar culto ligado ao “pacto social” que poderá ter sido estabelecido entre diferentes povos ou clãs."
O autor deste blog contesta, no entanto, este ponto de vista:
"Nesta procura incessante de todas as pistas que nos conduzam à verdadeira origem do culto no local onde foi edificada a capela de Nossa Senhora da Misericórdia, tentámos explorar, ao máximo, todas as pistas. Confesso que chegámos a ponderar poder concluir que toda a argumentação de Moisés Espírito Santo nos conduzia a um caminho certo.
No entanto, porém, numa análise pormenorizada à fonte de Mor constatou-se que o brasão que a compõe não parece constituir uma peça integrada na construção, antes sim, uma peça acrescentada a posteriori.
A par desta verificação e depois de uma análise detalhada ao brasão, podemos concluir, facilmente, que ele parece estar colocado na fonte de forma invertida. Na realidade e como se trata de um brasão (ou parte de um brasão), dificilmente, apresentaria a forma como pode ser visto, actualmente, sendo que, o ponto mais agudo da escultura deveria ficar (por regra) virado para baixo, à semelhança de tantos outros brasões.
Ora, confirmando-se a veracidade deste argumento, podemos contestar a existência de uma inversão do termo “Ave-maria” e, consequentemente, a ligação da fonte e do local a quaisquer tipos de práticas relacionadas com cultos pagãos ou superstições.
Chegados a este ponto do nosso estudo, parecem subsistir duas teorias.
A de um local de culto milenar ligando o espaço a um tempo que remonta a cerca do ano 1000 a.C. e a um estádio da evolução de uma sociedade que se regia por pactos sociais e contratos familiares, pedindo aos deuses, por meio de estranhos rituais, o dom da fertilidade.
Ou, então, a teoria de que o local é, efectivamente, um espaço de culto e de grande devoção mariana que encontrou eco junto do povo de Gonçalo e cujo sentido do sagrado determinou que aquele espaço fosse, ele mesmo, um espaço de fronteira, um espaço sagrado que serviria, para lá do tempo como marca de partilha de um território que só conheceu efectivas fronteiras após a reforma administrativa de 1855."
Sim, sim... e os seis falos seriam uma representação de quê, no contexto dessa segunda opção?
Vejam com os vossos próprios olhos e, se quiserem, construam a vossa própria teoria...
Fonte de Mor ou "Fonte da Fertilidade"
Detalhe do brasão que encima a fonte de Mor
... ou leiam a opinião de quem percebe do assunto:
"Li com redobrado interesse este texto, o qual já está guardado nos meus arquivos.
Moisés Espírito Santo faz uma análise muito bem fundamentada ou não fosse ele o enorme investigador que é e cujos créditos não podem ser postos em causa.
Também no decurso do Estudo sobre os falos das Caldas me dei conta da grande importância nos topónimos que povos insuspeitos deixaram por todo o nosso território. Como escrevo aí, há em Portugal perto de 30 locais com nomes Caldeus que se referem ao mesmo Baal que os os Judeus depois absorveram como Bel, (o seu Senhor) tornando Baal o seu inimigo, sendo que o étimo indo-europeu que dá origem a Baal é o mesmo que Val, Pal, Fal, (e muitas outros cujo fio condutor é sempre a vontade afirmativa ) que é a partícula Vel e de onde deriva de forma muito directa o nosso EndoVelico
Reparamos como depois na parte final do texto surgem os alinhamentos com a doutrina religiosa Cristã dominante que pretendem desmontar a tese do Dr. Moisés Espirito Santo, numa repetição tipo never ending story a que assistimos sempre que a nossa paciência e interesse pelo estudo Histórico se aprofunda no campo das transições entre religiões.
Quando uma religião se torna dominante tende a absorver das outras o mais que pode, diabolizando todos os outros aspectos que podem de algum modo contradizer as chaves dogmáticas.
No caso da religião Cristã, o sagrado do Sexo, tornado inefável, passou de incómodo para o passo seguinte: a diabolização.
É a atitude que dantes me indignava mas que agora acho normal e que de resto já não me espanta.
Por uma questão de postura adquirida, sempre que me dou conta de um relato sobre milagres, santos, e ermidas, faço o contrário numa viagem em sentido oposto e tento ir imediatamente ao encontro dos rituais que lhe estariam na origem.
As tretas costumeiras com que os padres douram a pílula não conseguem apagar os falos de S.Gonçalo, explícitos tanto na doçaria como nas inúmeras referências imateriais, costumes e léxicos.
O trabalho de limpeza tem sido intenso ao longo dos séculos e por isso me espanta, devo dizê-lo, a existência do brasão. Que, tratando-se de uma reconstrução, ainda mais me interroga. Porque foi destruido? Terá sido destruido pelo clero? Terá sido a vontade e força popular a obrigar à refeitura do dito?
São questões interessantes para aprofundar e irei oportunamente ir nesse sentido.
ABroxes
Charlie"
«conversa 2075» - bagaço amarelo
Eu - Ui!
Ela - Achas grave?
Eu - Acho gravíssimo. Ele já sabe?
Ela - Não, não sabe. Vou-lhe contar logo quando estivermos os dois a lavar os dentes.
Eu - A lavar os dentes?! Porquê a lavar os dentes?
Ela - Porque os homens não conseguem falar enquanto lavam os dentes. Assim falo só eu e vou-lhe explicando que estou pronta para o sexo antes de adormecer, a ver se ele se acalma...
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
«A magia» - João
"A magia está na nossa roupa interior encharcada e manchada. A magia está na nossa genitália escorregadia, nos lençóis manchados de esperma e do teu sumo, da tua cona com sal, a magia está nos cabelos desarrumados, nas virilhas doridas e joelhos magoados. A magia está em ventiladores partidos, molas ondulantes, o vento na cara. A magia são os teus mamilos na minha boca, na minha língua. A magia é avançar entre as tuas pernas e chupar-te, lamber-te, ter comigo o teu cheiro e o teu sabor, sorrir de mão no rosto embalado em fragrância que só a mim interessa. A magia é ver a tua cona pingar quando o meu caralho sai de ti. A magia é ter de abrir as portas e janelas, para deixar sair um intenso cheiro a foda, da imensa foda que escorre das paredes, que exala da roupa, que levita no ar que respiramos. A magia é correr por entre o mundo de gente e sorrir mais que todos eles, porque nos fodemos, e eles não. A magia é isto."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
27 maio 2014
Eva portuguesa - «Gosto de ti»
Gosto de ti assim: perfeito na tua imperfeição. Igual a mim. Com defeitos que assumes orgulhosamente e qualidades que teimas em não reconhecer.
Gosto de ti assim: completo, apesar de te sentires incompleto. Belo apenas aos olhos de alguns, muito poucos. Esquivo apesar de tão dado e social. Feliz apesar de todo o sofrimento.
Gosto de ti porque, buscando o essencial, consegues alcançar o todo. Consegues ter em ti o mundo. Consegues ser um mundo. Único, paralelo, invisível a maior parte das vezes, instável, mutante, inconstante. Mas também sólido, autêntico, inegável.
Gosto de ti pela tua capacidade de entrega, que apesar de achares limitada é infinita. Pela ausência de maldade no teu olhar, na ingenuidade com que vês o mundo, as pessoas, as coisas.
Gosto de ti pela honestidade dos teus sentimentos, pela franqueza rude das tuas palavras, pela tentativa desesperada de seres coerente quando és o primeiro a reconhecer a incoerência do ser humano.
Gosto de ti porque, não deixando nunca de seres tu, lutas por ser alguém diferente, melhor, maior. E esta tua grandeza revela-se na tua pequenez. Assim como a tua humildade transparece no orgulho de seres quem és.
Gosto de ti porque em ti me revejo. Em ti existo, em ti me completo.
Gosto de ti. Ponto.
E tu? Gostas de mim?
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
Gosto de ti assim: completo, apesar de te sentires incompleto. Belo apenas aos olhos de alguns, muito poucos. Esquivo apesar de tão dado e social. Feliz apesar de todo o sofrimento.
Gosto de ti porque, buscando o essencial, consegues alcançar o todo. Consegues ter em ti o mundo. Consegues ser um mundo. Único, paralelo, invisível a maior parte das vezes, instável, mutante, inconstante. Mas também sólido, autêntico, inegável.
Gosto de ti pela tua capacidade de entrega, que apesar de achares limitada é infinita. Pela ausência de maldade no teu olhar, na ingenuidade com que vês o mundo, as pessoas, as coisas.
Gosto de ti pela honestidade dos teus sentimentos, pela franqueza rude das tuas palavras, pela tentativa desesperada de seres coerente quando és o primeiro a reconhecer a incoerência do ser humano.
Gosto de ti porque, não deixando nunca de seres tu, lutas por ser alguém diferente, melhor, maior. E esta tua grandeza revela-se na tua pequenez. Assim como a tua humildade transparece no orgulho de seres quem és.
Gosto de ti porque em ti me revejo. Em ti existo, em ti me completo.
Gosto de ti. Ponto.
E tu? Gostas de mim?
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
«dormiria sob a luz dos teus olhos» - Susana Duarte
dormiria sob a luz dos teus olhos, em ti, anoitecendo
e, em ti, caminhando
por sobre diagramas de linhas cruzadas
anoitecidas
desencontradas e, talvez,
apenas...
linhas de vidas cruzadas, amibívios de escolhas
e soturnas melodias
anoiteceria em ti, onde as luzes
calam as sombras
e a vida
se refaz, rarefeita que era,
sublime sombra de ténues olhares,
onde anoiteci
em teus olhos, adormeço e sinto
as formas das tuas mãos
que se desenham
e me desenham
e nos projetam lá, onde os olhos sobrevoam as águas
das nossas línguas
e o suor das nossas mãos
adormeci em ti, e em ti
soube da noite clara e eterna,
ao som das gotas e da chuva que, de teus braços,desce
iluminando os poros
e dizendo-me quem sou.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
e, em ti, caminhando
por sobre diagramas de linhas cruzadas
anoitecidas
desencontradas e, talvez,
apenas...
linhas de vidas cruzadas, amibívios de escolhas
e soturnas melodias
anoiteceria em ti, onde as luzes
calam as sombras
e a vida
se refaz, rarefeita que era,
sublime sombra de ténues olhares,
onde anoiteci
em teus olhos, adormeço e sinto
as formas das tuas mãos
que se desenham
e me desenham
e nos projetam lá, onde os olhos sobrevoam as águas
das nossas línguas
e o suor das nossas mãos
adormeci em ti, e em ti
soube da noite clara e eterna,
ao som das gotas e da chuva que, de teus braços,desce
iluminando os poros
e dizendo-me quem sou.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Broche (sim, sim, um belo de um broche!)
Broche em metal dourado com a representação de um pénis a apontar para as pernas, rabo e vagina de uma mulher com sapatos de salto alto.
Um belo broche... na minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Um belo broche... na minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
26 maio 2014
«conversa 2074» - bagaço amarelo
Eu - Divorciaste-te?!
Ele - Não, mas esta semana a minha mulher está em Madrid numa conferência qualquer, por isso é como se estivesse. Posso sair até à hora que me apetecer, meter-me com mulheres e jantar fora. Posso fazer tudo o que me apetecer!
Eu - Desculpa lá, mas dito assim parece mesmo que o teu casamento é uma coisa sofredora.
Ele - Não são todos?
Eu - Se calhar são, passado algum tempo.
Ele - Então mudemos de assunto e deixa-me aproveitar esta semana.
Eu - Okay, desculpa.
Ele - Mas agora que penso nisso...
Eu - Que pensas nisso, o quê?
Ele - Será que a minha mulher também está farta do casamento e inventou esta ida a Madrid só para ficar sozinha?
Eu - Pois... não sei.
Ele - Já não estou assim tão feliz.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
25 maio 2014
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