Gosto de ti assim: perfeito na tua imperfeição. Igual a mim. Com defeitos que assumes orgulhosamente e qualidades que teimas em não reconhecer.
Gosto de ti assim: completo, apesar de te sentires incompleto. Belo apenas aos olhos de alguns, muito poucos. Esquivo apesar de tão dado e social. Feliz apesar de todo o sofrimento.
Gosto de ti porque, buscando o essencial, consegues alcançar o todo. Consegues ter em ti o mundo. Consegues ser um mundo. Único, paralelo, invisível a maior parte das vezes, instável, mutante, inconstante. Mas também sólido, autêntico, inegável.
Gosto de ti pela tua capacidade de entrega, que apesar de achares limitada é infinita. Pela ausência de maldade no teu olhar, na ingenuidade com que vês o mundo, as pessoas, as coisas.
Gosto de ti pela honestidade dos teus sentimentos, pela franqueza rude das tuas palavras, pela tentativa desesperada de seres coerente quando és o primeiro a reconhecer a incoerência do ser humano.
Gosto de ti porque, não deixando nunca de seres tu, lutas por ser alguém diferente, melhor, maior. E esta tua grandeza revela-se na tua pequenez. Assim como a tua humildade transparece no orgulho de seres quem és.
Gosto de ti porque em ti me revejo. Em ti existo, em ti me completo.
Gosto de ti. Ponto.
E tu? Gostas de mim?
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado