29 agosto 2014

«Suit up» - João

"Tenho sérias razões para supor que o planeta de onde vinha o Principezinho era o asteróide B612. Esse asteróide só foi visto uma vez ao telescópio, em 1909, por um astrónomo turco. Ele fizera na época uma grande demonstração da sua descoberta num Congresso Internacional de Astronomia. Mas ninguém lhe dera crédito, por causa das roupas que usava. As pessoas grandes são assim. Felizmente para a reputação do asteróide B612, um ditador turco obrigou o povo, sob pena de morte, a vestir-se à moda ocidental. O astrónomo repetiu a sua demonstração em 1920, numa elegante casaca. Então, dessa vez, todos se convenceram.
in Principezinho

E é talvez por isso que a partir de certo momento, não sei precisar exactamente qual, talvez algures em Novembro último, decidi que deixaria, nos dias úteis, as roupas mais descontraídas, passando aos sapatos, às calças mais formais – nada daquelas coisas cheias de bolsos, muito práticas mas assumidamente desportivas ou de farda de trabalho -, e às camisas com colarinho formal, gravatas e casacos. Devemos vestir-nos de acordo com o sítio onde queremos chegar. E este sítio tem muito pouco de geográfico. É uma posição, um estado de alma, um objectivo de vida. Não sou sensível ao argumento de que não preciso vestir-me bem porque a função não mo exige. Temos de vestir-nos bem para nós mesmos. Para sentirmos que estamos bem, e para sentirmos que nos encaixamos nas funções que queremos ter, para as quais nos sentimos capazes. Qualquer idiota é capaz de vestir um fato. O fato, em si mesmo, não faz uma pessoa. Mas se há idiotas de fato em locais de relevo, então quem não é idiota que vista um fato depressa, que deixe de parte os ténis e a roupa desportiva, e se faça à arena. De outro modo, seremos astrónomos turcos em vestes locais, olimpicamente ignorados por quem pode nem ter especial valor enquanto pessoa, mas está num patamar ao qual pertencemos, numa posição em que nos pode ajudar, se conseguirmos passar a nossa mensagem, vender o nosso produto. E isso é aparecer bem. É ter cuidado. É revestir as nossas qualidades – invisíveis – com uma roupagem adequada, que se veja e cative, e leve os outros a pensar “sim senhor, este gajo tem pinta…”.

E depois, bem se vê, as mulheres gostam sempre de um homem de gravata. Uma gravata só é gravata quando está pendurada num pescoço. No resto do tempo, pode ser um acessório de brincadeiras sem fim."


João
Geografia das Curvas

Postalinho das feiras de verão

"O que é aquilo ali ao lado da tenda, firme e hirto como uma barra de ferro?"
Paulo M.



28 agosto 2014

Postalinho espanhol (6)

"Em Espanha, as netas devem dar graças a todos os santinhos quando as avós lhes espetam com uma galheta."
Paulo M.



Só os homens é que sabem Amar?

Adoro quando uma publicação gera uma discussão sexualmente saudável.
Foi o caso deste texto do Bagaço Amarelo, em que conclui: "Só os homens é que sabem Amar".

O Bartolomeu acrescentou:
"Eu penso que o que as mulheres gostam é de ser «armadas».
Não há nada que mais prazer dê a uma mulher que um bom par de cornos e se for complementado com umas valentes lambadas quando depois de descobrir vem com ares de atrevida tirar despique, ainda melhor. A mulher adora casos de infidelidade, sobretudo aqueles em que desempenha o papel de protagonista principal, quer de encornada, como de encornadora.
Se for a encornadora, a mulher enche a peitaça de ar e atira à encornada: - sou muito melhor que tu, foi por isso que o gajo me preferiu e se eu quiser, dá-te c'os penates, mas eu não quero o gajo para nada, merda dessa tenho aos pontapés.
A encornada tem a ocasião gloriosa de choramingar e contar às amigas que o gajo é um reles, que o apanhou a martelar uma porca de merda, que fode com qualquer cão que encontre na rua; e que quando ele voltar, vai ver, ela não o vai perdoar e mete-lhe os trapos todos à porta. Sabe no entanto que o gajo vai voltar com ar de cachorro arrependido, com um presentinho de merda para lhe oferecer e uma jura de amor falsa mas com ares de contrato notarial e que, depois de dois ou três safanões, a vai encostar à parede, alça-lhe a saia, afasta-lhe a cueca para o lado e encava-lho até à raiz, enquanto lhe segura as nádegas e lhe espeta o indicador no cagueiro. Meia hora depois, já está sentado à mesa a perguntar o que é que ela fez para o jantar."





É claro que se pôs a jeito para a Mamãe atirar uma grosa de flechas:

"Bar, Tolo, Teu, já não é bem assim, não. Antigamente, até a década de 1930, as mulheres, totalmente submissas ao marido, só eram destinadas ao lar (?), procriação e sem direito a reclamar nada. Sabiam que o marido as traíam, mas ainda assim... arrumavam a mala do marido todas as vezes que ele ia «viajar» e nem ousavam deixar o marido e o lar, ao se descobrirem traídas.
Na década de 40, um pouco menos submissas, quando descobriam a traição, diziam ao marido: se quiseres, arrumas tu a mala para viajares, mas ainda assim nao se separavam dele;
Nas décadas de 50, 60 e 70, ao serem corneadas, elas arrumava as malas (delas e dos filhos) e se mudavam para a casa da mamãe. Já estavam um pouquinho rebeldes.
Nas duas décadas seguintes, ao descobrirem a traição do marido cachorro, pegavam as roupas dele, enfiavam em uma mala e expulsavam o marido de casa, e pediam pensão alimentícia.
A partir de 2000, a mulher coloca detetive para espionar o marido safado e, ao descobrir a traição, espera o marido chegar, atira bem no centro do seu «universo» e, com a faca com a qual preparava-lhe o jantar enquanto ele trepava com a outra, o picota em pedacinhos, colocando-os em malas... Por estas bandas tivemos casos bem recentes... Concluindo, melhor não comprarem malas enquanto estiverem traindo suas mulheres...."

Cinzeiro da Índia com mulher nua deitada e figuras do kamasutra no rebordo exterior

Figuras do kamasutra em diversas posições, numa peça de origem oriental que faz parte agora da minha colecção.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)




Tanta banha tem a cobra!...

Crica para veres toda a história
Nádegas perfeitas


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27 agosto 2014

Burger King - «Proud Whopper»

Criação da Burger King especialmente para a San Francisco Gay Pride 2014.

«respostas a perguntas inexistentes (277)» - bagaço amarelo

Não acredito no Amor para sempre. Acredito no Amor durante algum tempo, seja ele mais curto ou mais longo consoante diversas variáveis. A vida pode ser óptima quando finalmente nos apercebemos disso mesmo, ou seja, que o Amor da Disney não existe. O problema que eu tenho é que, apesar de não acreditar no Amor para sempre, desejo-o.
Para quem o deseja mas não acredita nele há várias formas de o prolongar o mais possível. Estou convencido que a melhor de todas é ter vida própria e dar espaço a que a pessoa Amada também a tenha. Vida própria e ciúmes dela, claro.
Os ciúmes não são assim tão maus. Se não se tornarem doentios até são um dos ingredientes obrigatórios do Amor. É por isso que os devemos sentir de vez em quando e, caso já não os sintamos, temos que fazer por isso. A vida própria de ambos é uma boa maneira de o conseguir.
Com vida própria temos sempre alguma coisa para contar à pessoa que Amamos. Onde estivemos, o que fizemos, o que aprendemos e conhecemos. Além disso, também temos sempre alguma coisa nova para ouvir. É uma revelação constante, sendo que essa revelação, logo antes do ciúme, é o principal ingrediente de um Amor longo.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

A Nu





O lado bom da advocacia (tinha que haver algum)



26 agosto 2014

A poesia por detrás (ou à canzana)

Ah, a paixão, a paixão dos beijos ardentes, dos abraços apertados e das desculpas esfarrapadas para cônjuges incautos.

Eva portuguesa - «Alimento-me de ti»

Alimento-me de sonhos. De esperança. De promessas. De ilusões e desilusões.
Alimento-me das tuas palavras. Das tuas promessas. Das esperanças que tu me dás.
Vivo imaginando a realidade que tu me descreves; uma realidade nossa, única, protegida, comum, feliz.
Bebo cada pensamento,cada promessa de um encontro, de uma nova vida - a nossa vida! - como uma alma sedenta no meio do deserto.
Rio risos de realidades não vividas. Sonho sonhos de uma vida que não é minha. Gozo orgasmos de um corpo que não é o meu. Chamas-me princesa e perguntas se quero ser tua. Mas alguma vez não o fui?...
E tu, meu querido? Queres ser meu? Só meu?...
E és tu o meu príncipe?...Vais matar o dragão que infecta o meu mundo e salvar-me de uma vida de tormentos?... Vais cumprir as tuas promessas?... Vais tornar real a minha ilusão? Realizar o meu sonho?...
Continuo a alimentar-me de ti... a acreditar, apesar das mentiras, das desilusões, das promessas infundadas...
São também fantasia os sentimentos que dizes ter?... De que te alimentas tu? Putas? Sexo? Engano e desengano?...
Eu alimento-me de fantasia... Alimento-me de ti. Porque mesmo não sendo verdade, é melhor imaginar-te do que não te ter. "O sonho comanda a vida". Verdade esta frase... tão verdade... Não só comanda a vida como alimenta pessoas. Alimenta-me a mim.
Alimento-me do futuro e das memórias felizes do passado. Eles são combustíveis para o fogo que me dá vida. E também a música, sem dúvida que me alimento dela. E o sorriso do meu filho, a visão do paraíso!...
Alimento-me de cada pedacinho de alegria, real ou não. De cada dia de sol. Do barulho da chuva a cair no telhado das casas. Do cheiro da terra molhada. Do aroma do pão acabado de cozer. Do banho relaxante após um dia intenso.
Alimento-me de vida... Alimento-me de ti...


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

«somos corpos flutuantes» - Susana Duarte

somos corpos flutuantes
nas escarpas
do desejo

corpos desejantes
à escala
de um beijo

somos corpos de antes
na procura
do corpo

desejo de agora
à escala
do amor

somos corpos flutuantes
na aventura
do olhar
inscrito nas veias

à procura
de Ser

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto