17 setembro 2014
«conversa 2101» - bagaço amarelo
Eu - Porquê?
Ela - Estive a ler sobre isso. Homens com a face como a tua, ligeiramente arredondada, são mais confiáveis do que aqueles que têm uma cara mais quadrada.
Eu - Confiáveis em que aspecto?
Ela - Não traem a mulher e são mais carinhosos.
Eu - Ah! O teu marido tem a cara arredondada também?
Ela - Claro que não. Credo!
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
16 setembro 2014
Sobre o "polémico" e badalado strip nos jardins da Associação Académica de Coimbra
Depois deste episódio, nada melhor do que alguém nos contar um episódio anterior... do tempo em que estas coisas não «explodiam» nas redes sociais e nos órgãos (não sexuais) de comunicação social:
"Sobre o «polémico» e badalado strip nos jardins da Associação Académica de Coimbra, permitam-me contar uma história verídica (sublinho: verídica) ocorrida exactamente no mesmo local, que eu presenciei.
Já aconteceu sexo ao vivo naqueles mesmos jardins. Eu estava lá e vi. E foi em pleno dia. E havia bastante gente à volta. Claro que houve aquela risada que se pode esperar e tal. Mas nesse caso não vi nem a suposta indignação posterior que este strip de agora gerou, nem a AAC a emitir comunicados, nem falatório no dia seguinte sequer... quanto mais o país todo saber. Se bem me lembro, acho que nem houve alguém que se dignasse a tirar uma fotografia para a posteridade. Nada. E, repito, aconteceu sexo, coito!, ali, à frente de toda a gente, à luz do dia, nos jardins da AAC. Ninguém interrompeu... nada. Foi do início ao fim, com ambos a satisfazerem a sua necessidade do momento. Findo o acto, o cão e a cadelita foram à sua vida. E, tirando este post que aqui publico hoje, nestes anos que já passaram sobre o episódio, nunca vi nem ouvi qualquer referência ao caso, em lado algum. Enfim..."
Marco António
ps - Ah... tenho a esclarecer que estava mesmo (MESMO!) a falar de canídeos. Não de posição (humana) à canídeo ou de chamar cão e cadelita a animais que dizem coisas a sério e não "Béu! Béu!"
"Sobre o «polémico» e badalado strip nos jardins da Associação Académica de Coimbra, permitam-me contar uma história verídica (sublinho: verídica) ocorrida exactamente no mesmo local, que eu presenciei.
Já aconteceu sexo ao vivo naqueles mesmos jardins. Eu estava lá e vi. E foi em pleno dia. E havia bastante gente à volta. Claro que houve aquela risada que se pode esperar e tal. Mas nesse caso não vi nem a suposta indignação posterior que este strip de agora gerou, nem a AAC a emitir comunicados, nem falatório no dia seguinte sequer... quanto mais o país todo saber. Se bem me lembro, acho que nem houve alguém que se dignasse a tirar uma fotografia para a posteridade. Nada. E, repito, aconteceu sexo, coito!, ali, à frente de toda a gente, à luz do dia, nos jardins da AAC. Ninguém interrompeu... nada. Foi do início ao fim, com ambos a satisfazerem a sua necessidade do momento. Findo o acto, o cão e a cadelita foram à sua vida. E, tirando este post que aqui publico hoje, nestes anos que já passaram sobre o episódio, nunca vi nem ouvi qualquer referência ao caso, em lado algum. Enfim..."
Marco António
ps - Ah... tenho a esclarecer que estava mesmo (MESMO!) a falar de canídeos. Não de posição (humana) à canídeo ou de chamar cão e cadelita a animais que dizem coisas a sério e não "Béu! Béu!"
A breve sensação de um orgasmo
Olás...
Existem mulheres que fingem o orgasmo. Fingem para não se sentirem diferentes. Fingem para satisfazerem o parceiro. Fingem a vida inteira, enquanto fazem sexo.
E fico me perguntando:"Como fingir algo que é tão... singular, único?!"
Cada pessoa tem um jeito de chegar ao orgasmo e, quando lá chegam, fazem diferentes estardalhaços (ou não).
Existem aqueles que uivam. Os que gritam. Outros gemem gemidos diferenciados, num ritmo frenético, ou cadenciado. Há até aqueles que choram!
Eu simplesmente sorrio, rio. Sorriso leve, de satisfação. Sorriso de quem está na plenitude.
Existem orgasmos cuja sensação leva-nos aos Céus, Lua, Nuvens... ou até mesmo às paredes.
É algo difícil de explicar para quem nunca o sentiu, a dois. Mas também mais difícil de explicar quando não existe o dois e vai-se em um mesmo. Aqueles intermináveis segundos são... são... orgasmos! Únicos. Múltiplos. Vontade de muito mais.
O orgasmo não precisa ser "orquestrado"; nada de receitas, ou regras. Basta se deixar sentir, envolver-se; deixar-se tocar.
Os corpos sabem quando será o momento certo: por vezes duram mais do que determinaram que devesse durar. Outras, bastam 5 minutos entre o querer e o gozar.
Há orgasmos de todos os tipos. A um, a dois, a três, para quem goste assim.
Mas ainda prefiro o sussurro a dois; os gemidos e palavras sacanas só nossas. Só não podemos fingir!
Se fingir, não tem graça, não tem sabor, não tem prazer. Melhor mesmo são aqueles segundos benditos, bem ditos... só a nós dois.
Orgasmos nos fazem viver.
Mamãe Coruja
Existem mulheres que fingem o orgasmo. Fingem para não se sentirem diferentes. Fingem para satisfazerem o parceiro. Fingem a vida inteira, enquanto fazem sexo.
E fico me perguntando:"Como fingir algo que é tão... singular, único?!"
Cada pessoa tem um jeito de chegar ao orgasmo e, quando lá chegam, fazem diferentes estardalhaços (ou não).
Existem aqueles que uivam. Os que gritam. Outros gemem gemidos diferenciados, num ritmo frenético, ou cadenciado. Há até aqueles que choram!
Eu simplesmente sorrio, rio. Sorriso leve, de satisfação. Sorriso de quem está na plenitude.
Existem orgasmos cuja sensação leva-nos aos Céus, Lua, Nuvens... ou até mesmo às paredes.
É algo difícil de explicar para quem nunca o sentiu, a dois. Mas também mais difícil de explicar quando não existe o dois e vai-se em um mesmo. Aqueles intermináveis segundos são... são... orgasmos! Únicos. Múltiplos. Vontade de muito mais.
O orgasmo não precisa ser "orquestrado"; nada de receitas, ou regras. Basta se deixar sentir, envolver-se; deixar-se tocar.
Os corpos sabem quando será o momento certo: por vezes duram mais do que determinaram que devesse durar. Outras, bastam 5 minutos entre o querer e o gozar.
Há orgasmos de todos os tipos. A um, a dois, a três, para quem goste assim.
Mas ainda prefiro o sussurro a dois; os gemidos e palavras sacanas só nossas. Só não podemos fingir!
Se fingir, não tem graça, não tem sabor, não tem prazer. Melhor mesmo são aqueles segundos benditos, bem ditos... só a nós dois.
Orgasmos nos fazem viver.
Mamãe Coruja
«o poema é o refúgio antigo do esquecimento» - Susana Duarte
o poema é o refúgio antigo
do esquecimento, e a fuga
a partir da qual se encadeiam sonhos
breves e noites azuladas. o poema
é a força gravítica dos seres
e a atração pelo abismo da palavra
nua, a palavra-pedra,
o corpo que se descreve
e, no outro, se inscreve.
o poema é o refúgio antigo
dos sonhos breves, e as palavras
de fogo que nele habitam.
o poema é a língua da terra,
o húmus e o sal,
e os olhos do ventre.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
do esquecimento, e a fuga
a partir da qual se encadeiam sonhos
breves e noites azuladas. o poema
é a força gravítica dos seres
e a atração pelo abismo da palavra
nua, a palavra-pedra,
o corpo que se descreve
e, no outro, se inscreve.
o poema é o refúgio antigo
dos sonhos breves, e as palavras
de fogo que nele habitam.
o poema é a língua da terra,
o húmus e o sal,
e os olhos do ventre.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Abelha a mamar num… biberão?!
Abelha feita à mão, em lã.
A senhora que fez esta abelha supostamente não pretendia que tivesse uma conotação erótica… mas veio direitinha para a sexão «o que não era suposto ser erótico» da minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
A senhora que fez esta abelha supostamente não pretendia que tivesse uma conotação erótica… mas veio direitinha para a sexão «o que não era suposto ser erótico» da minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
15 setembro 2014
«respostas a perguntas inexistentes (278)» - bagaço amarelo
É por isso que me lembro tão bem do momento em que conheci a Irina. Foi a única pessoa a quem associei a palavra “estranha” assim que a conheci. Não que ela tivesse um aspecto esquisito ou outra característica física qualquer fora do normal. O que se passou foi que, desde o primeiro momento, me pareceu uma pessoa totalmente racional e sem pingo de sistema nervoso ou emoção.
De resto, e se eu fizesse um esforço para atribuir uma emoção qualquer à sua face petrificada, era uma mulher bastante atraente. Tinha a pele muito branca, com alguns sinais bem visíveis, e uns cabelos longos e pretos que pareciam ter sido acabados de esticar.
A forma como a conheci também não foi muito normal. Os nossos olhares não se trocaram directamente, mas sim através do nosso reflexo no vidro do comboio. Ela estava a olhar para o meu reflexo e eu para o dela. Quando eu sorri ela falou pela primeira vez.
- Não te preocupes – disse – Quase todas as pessoas que viajam com um desconhecido à frente optam por analisá-lo a partir do reflexo no vidro.
- Não te estava a analisar – respondi.
- Estavas, estavas, só que não sabes.
Aquela certeza toda começou por me irritar e foi nesse momento que pensei que aquela mulher era estranha. Ainda assim, e porque entre Aveiro e Lisboa a viagem era de quase três horas, acabei por ir a conversar com ela até ao nosso destino comum. Às vezes olhávamo-nos directamente, outras vezes através do reflexo na janela.
Com o tempo eu fui falando cada vez menos e ela cada vez mais, até que eu acabei por me tornar num mero ouvinte do que ela tinha para me dizer. Isto aconteceu porque ela parecia saber tudo sobre mim. Não que soubesse factos concretos como a minha idade ou estado civil, mas sim como eu me sentia e como eu pensava em cada momento ou situação. Comecei a sentir-me cada vez mais transparente aos olhos dela, como se fosse apenas um reflexo, e acabei por me silenciar.
Foi então que ela me disse para eu não me assustar. Explicou-me qualquer coisa sobre existirem várias dimensões e nós não passarmos de apenas uma projecção. Disse-me que tem a capacidade de sentir que nós não estamos sozinhos porque sente constantemente outros seres inteligentes à nossa volta. Aquilo pareceu-me conversa de alguém alcoolizado ou sob o efeito de drogas. Ainda assim, por qualquer motivo, não me deu para rir. Segundo ela, todos nós vivemos da forma como nos tínhamos acabado de conhecer, ou seja, como uma série de reflexos que se confundem uns com os outros e com a própria paisagem.
Em Santa Apolónia despedimo-nos um do outro com dois beijos na face. Ela apanhou um táxi e eu segui a pé até à casa dum amigo que ia visitar. Pelo caminho fui sempre a pensar na sua última frase, até porque eu não lhe tinha dito nada sobre o assunto.
-Ah! Compreendo que me aches estranha! - disse.
Penso sempre nela quando vejo o meu reflexo numa janela.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Coisas sem explicação
E esse é o tipo do cara: “ah, nem queria mesmo…”
Capinaremos.com
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