06 janeiro 2015

Como seria um filme porno realizado por Tim Burton...

Código da estrada


Bom dia. Levem a sério o estado do piso, diz-vos quem atacou a rotunda com demasiada virilidade e acabou a fazê-la em "marcha-atrás".

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

«onde as mãos se liquefazem» - Susana Duarte

despojado de luz, o olhar das sereias
tornou-se abraço nunca dado, mar
salgado onde os sonhos não flutuam,
ser etéreo de horizontes estranhos.
despojado de luz, o olhar das mulheres,
onde as mãos se liquefazem: ausência.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto

O estado das Urgências



Postais ilustrados do Butão

Lote de 3 postais ilustrados com figuras fálicas pintadas no exterior das casas, típicas do Butão.
Oferecidos pela Daisy e pelo Alfredo Moreirinhas para a minha colecção.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)






05 janeiro 2015

«I love Texas» - Texas BBQ Thickburger

Com Hannah Ferguson e Paris Hilton.

«Caneta de aparo» - João

"No momento em que me preparo para mergulhar o aparo no tinteiro, para chupar a tinta para o cartucho que me alimentará a escrita por algum tempo, aproximas-te de mim e colocas as tuas mãos nos meus ombros, e comentas divertida que lá está o senhor doutor de volta das suas canetas, e se não podia escrever com esferográficas como toda a gente. Sorri, e pensei na tinta, como ela flui do aparo, deste aparo, e se enamora do papel, como o impregna e deixa uma marca forte, e de como a minha mão deixa uma caligrafia mais arrastada, num traço onde nem sempre se percebe tão bem onde a tinta termina, enquanto penetra as fibras do papel. As outras tintas são coisas que se depositam no papel, ficam em cima dele. Mas esta não, esta casa-se com o papel, entra nele, funde-se. Amor, disse, escrever com caneta de aparo é como quando fodemos. Não sentes como quando fodemos ficamos unos? Como explode o céu à volta? Como deslizamos? É a mesma coisa entendes? Podias foder com qualquer um, eu poderia foder com qualquer uma, mas isso seria apenas foder, assim como uma esferográfica é apenas o despejo de umas letras num papel qualquer. O que nós fazemos é mais requintado, é mais profundo, ultrapassa tudo. Fodermo-nos, disse-lhe, é como escrever com uma caneta de aparo. Sim, eu sei, respondeu-me, com esferográficas qualquer um sabe escrever, mas foder assim, só nós."
João
Geografia das Curvas

«respostas a perguntas inexistentes (291)» - bagaço amarelo

O Amor é um pudim

Quase ninguém pensa no Amor que está a viver como o Amor que está a viver, mas sim como o Amor que quer viver a vida toda. Toda mesmo, até ao fim. É sempre um problema, porque uma vida toda não cabe no presente. É demasiado grande, e mesmo que às vezes custe perceber que é assim, ainda bem que o é.
É que o Amor é um pudim. Quando sabe bem, depois da primeira colherada não queremos que ele acabe nunca mais. À medida que o vamos saboreando vamos também sofrendo por ele estar cada vez mais pequeno.
Um Amor acaba, outro Amor começa. O sabor pode nunca ser o mesmo, mas a intensidade certamente que o é. O truque é saber aguentar o tempo entre um e outro pudim, como quando se vai lambendo os restos que ficaram entre os dentes. A imagem talvez não seja a melhor, é verdade. Ainda assim é a mais real, porque o Amor também é saliva, bactérias e restos de comida.
Dos pudins que se comem, no entanto, pode haver um que dure mais tempo do que o normal. Diria eu, pelo menos. Quando não se quer mudar, aprenda-se a cozinhar.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Postalinho do Serro Ventoso

"Ai fazem-se?!"
Paulo M.


04 janeiro 2015

Mein Kampf


Untitled (Vagina) from Karanos Akis on Vimeo.

Luís Gaspar lê «Confidência» de Manuel Bandeira


Tudo o que existe em mim de grave e carinhoso
Te digo aqui como se fosse o teu ouvido…
Só tu mesma ouvirás o que aos outros não ouso
Contar do meu tormento obscuro e impressentido.

Em tuas mãos de morte, ó minha Noite escura!
Aperta as minhas mãos geladas. E em repouso
Eu te direi no ouvido a minha desventura
E tudo o que em mim há de grave e carinhoso.

Manuel Bandeira
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

Falta de ram


Intriga-me que nunca se lembre do meu aniversário. Convenço-me que tanta falta de ram só pode sinalizar um modelo ultrapassado. Está na altura de mudar este disco duro por uma pen à medida.