14 março 2015
Mensagens de ódio enviadas a actrizes porno, lidas pelas próprias
EmZe: "Até já ouvi coisas bem piores a fundamentalistas anti-pornografia.
O problema residirá sempre entre o que é um gajo doente e/ou despeitado a enviar SMS parvas que lhe satisfazem o ego no momento ou, um verdadeiro criminoso/psicótico que não se ficará por ali.
Muitas questões, muito válidas para debate, poderiam ser levantadas por este vídeo.
Por exemplo: Considero a maioria da pornografia dita "inter-racial" de forte pendor racista, sim. De um racismo de negros para brancos. Como uma fraca vingança pelo racismo (ainda) vigente de brancos para negros. "Vocês lixam-nos socialmente em todos os aspectos MAS nós temos piças enormes e as brancas adoram-nas". Enfim...
Contudo, os maiores consumidores dessa pornografia são... homens brancos.
Curioso, não é? Há "pano para mangas" nestas "pequenas" ambivalências."
«Arte é originalidade» - por Rui Felício
O Pedro, finalista do curso de desenho e pintura das Belas Artes, foi incumbido pelo professor de pintar um nu feminino, segundo os moldes clássicos.
Preparou a tela, montou-a no cavalete, reuniu as tintas e os pincéis e colocou estrategicamente todo o material num recanto das águas-furtadas que tinha arrendado no Bairro Alto quando veio estudar para Lisboa.
Arrastou um velho sofá para debaixo da janela aberta no telhado, lugar onde incidiam os raios solares, que a poeira em suspensão ajudava a desenhar, como setas apontadas ao velho cadeirão.
Cobriu o sofá com um grande pano de cetim vermelho que a Escola lhe facultou.
Agora, só faltava encontrar o modelo que se dispusesse a posar durante uma ou duas semanas, naquele quarto andar esconso onde morava o Pedro.
Tentou a colaboração de uma das suas únicas três colegas de curso. Mas uma estava grávida e declinou o convite. Outra, tinha acabado de casar e o marido não iria concordar. A terceira não podia porque era mãe solteira e todo o tempo era pouco para assistir às aulas e tratar da filha.
Um colega sugeriu-lhe que tentasse encontrar alguém no corpo de baile de alguma das duas revistas em cena no Parque Mayer.
No fim do espectáculo a que assistiu nessa noite, pediu para falar, no camarim, com uma das bailarinas que tinha observado todo o tempo, dizendo-lhe que era aluno das Belas Artes e que era por isso que precisava de falar com ela.
Fazia-o em nome da conhecida solidariedade entre artistas.
Ela acedeu a ouvi-lo. Alta, corpo escultural, longos cabelos negros, olhos negros profundos, lábios grossos sensuais, pernas longas, o peito bem desenhado que o pequeno soutien mal cobria.
Durante quinze dias, diariamente, a bailarina subia às aguas-furtadas do Pedro, desnudava-se, deitava-se no sofá, o braço direito flectido, a mão apoiando o queixo, os cabelos negros espalhados pelo ombro e cobrindo parcialmente o seio esquerdo.
As coxas fartas abandonadas sobre o cetim vermelho deixavam entrever a mancha escura que lhe rodeava o sexo.
Concluída a obra, dados os retoques finais, o Pedro apresentou o trabalho na escola.
Tecnicamente estava perfeito, elogiou o professor.
E artisticamente era uma inesperada originalidade!
O professor pediu-lhe que cedesse a pintura à escola, para servir de exemplo aos futuros alunos.
Ainda hoje lá está exposta.
A vistosa bailarina era um travesti…
Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido
Preparou a tela, montou-a no cavalete, reuniu as tintas e os pincéis e colocou estrategicamente todo o material num recanto das águas-furtadas que tinha arrendado no Bairro Alto quando veio estudar para Lisboa.
Arrastou um velho sofá para debaixo da janela aberta no telhado, lugar onde incidiam os raios solares, que a poeira em suspensão ajudava a desenhar, como setas apontadas ao velho cadeirão.
Cobriu o sofá com um grande pano de cetim vermelho que a Escola lhe facultou.
Agora, só faltava encontrar o modelo que se dispusesse a posar durante uma ou duas semanas, naquele quarto andar esconso onde morava o Pedro.
Tentou a colaboração de uma das suas únicas três colegas de curso. Mas uma estava grávida e declinou o convite. Outra, tinha acabado de casar e o marido não iria concordar. A terceira não podia porque era mãe solteira e todo o tempo era pouco para assistir às aulas e tratar da filha.
Um colega sugeriu-lhe que tentasse encontrar alguém no corpo de baile de alguma das duas revistas em cena no Parque Mayer.
No fim do espectáculo a que assistiu nessa noite, pediu para falar, no camarim, com uma das bailarinas que tinha observado todo o tempo, dizendo-lhe que era aluno das Belas Artes e que era por isso que precisava de falar com ela.Fazia-o em nome da conhecida solidariedade entre artistas.
Ela acedeu a ouvi-lo. Alta, corpo escultural, longos cabelos negros, olhos negros profundos, lábios grossos sensuais, pernas longas, o peito bem desenhado que o pequeno soutien mal cobria.
Durante quinze dias, diariamente, a bailarina subia às aguas-furtadas do Pedro, desnudava-se, deitava-se no sofá, o braço direito flectido, a mão apoiando o queixo, os cabelos negros espalhados pelo ombro e cobrindo parcialmente o seio esquerdo.
As coxas fartas abandonadas sobre o cetim vermelho deixavam entrever a mancha escura que lhe rodeava o sexo.
Concluída a obra, dados os retoques finais, o Pedro apresentou o trabalho na escola.
Tecnicamente estava perfeito, elogiou o professor.
E artisticamente era uma inesperada originalidade!
O professor pediu-lhe que cedesse a pintura à escola, para servir de exemplo aos futuros alunos.
Ainda hoje lá está exposta.
A vistosa bailarina era um travesti…
Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
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O tamanho importa... ou não?
Dois bonecos de peluche com forma de pila, com as cores do arco-íris e da bandeira LGBT.
Um belo par da minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Um belo par da minha colecção.
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13 março 2015
aqui há dias foi Dia Internacional da Mulher...
E, hoje, já não é?
São, não posso recusar-te nada...
Do escabroso e tantas vezes tão pornográfico noticiário nacional e, de algum modo, em homenagem ao Mário Henrique-Leiria, aqui fica um meu exercício poético, a propósito dessas «coisas das mulheres» de que só nos lembramos às vezes... só que vista através do avessoscópio do Rui Farinha. Que ele há muitas mulheres que são grandes exemplos quando toca a arrumar a casa ou, até, a cortar a cabeça a um frango...!
Violências domesticadas (ou de trazer por casa)
uma velha
tinha por casa
uma machadinha
um dia houve
um recém-chegado
que lhe mostrou
um talo de couve
desavergonhado
ora essa velha
muito velhinha
não era dada
a tais desvergonhas
e assim foi
que sem mais nem ronhas
a ele se vai de machada em riste
e assim foi
que o talo de couve
teve
como é evidente
um fim bem triste...
- Jorge Castro
Artrose na pila?!...
Um gajo percebe que a idade não perdoa quando vê verdadeiros contorcionistas no porno e nem equaciona tentar imitá-los.
Sharkinho
@sharkinho no Twitter
«Leveza» - João
"O Sol nesta cidade tem outro brilho. Como em todas. Cada cidade tem reflexos próprios, recantos, gentes. E nós sentados numa esplanada, com a água por perto, o Sol a aquecer-nos e o turbilhão de um almoço de gente que mais do que sentar-se a manusear facas e garfos, quer rasgar-se das vestes e comer-se, não tanto comer. As tuas pernas estão encostadas às minhas, debaixo da mesa, como tantas vezes, como sempre, e disseste-me, da forma que te é muito própria, que comesse pouco. Escolher qualquer coisa levezinha, avisaste. E eu não precisei de mais. Não precisei de nenhum desenho. E a sobremesa seria a melhor do mundo. A vida faz-se de coisas assim. Simples."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
12 março 2015
«O que sempre terá querido saber sobre a poda» - António Pimpão
As duas últimas duas semanas e meia passei-as na minha quinta, em Caria, em habituais, necessários e laboriosos trabalhos de poda, que ficou a meio por já não conseguir levá-la até ao fim duma só vez. Daqui a dias lá tenho que retomar o serviço interrompido.
Para quem desconheça ou receie a atividade da poda atrevo-me a recomendar, fruto da minha experiência, que façam como eu: avancem sem receio, pois é daquelas coisas que se só se aprendem e só se aperfeiçoam, praticando. A experiência é, neste caso, muito mais importante do que a teoria.
Para se ficar a saber um mínimo de poda, ou para melhorar o desempenho, não é indispensável a frequência de cursos de formação ou andar de livro na mão, qual Kama-Sutra, a ensaiar ou praticar as diversas posições e técnicas, desde a tradicional, à francesa, passando pela inglesa ou pela californiana. Nada disso! A poda aprende-se no próprio ato, praticando. É um pouco como conduzir um carro: não se pode estar sempre a pensar nos instrumentos e na forma de os manejar; deve-se ser espontâneo e encontrar aquele automatismo desprendido, deixar-se lavar mais pela intuição do que pela racionalidade, até descobrir o ritmo mais adequado. Como referido acima, isto só se consegue com o treino. E não vale desesperar ou desistir.
Claro que nestas coisas da poda, o saber é importante mas a ferramenta também conta muito, não ficando atrás. No caso da ferramenta, o que posso dizer é que o tamanho não importa: a qualidade é que é decisiva, sobretudo se quiser que dure e evitar grandes esforços.
Em termos de técnica, esta deve ser adaptada às circunstâncias. Por exemplo, é muito diferente dar uma poda em árvores nuas (de folha caduca) ou vestidas (de folha perene).
Estando nuas, a poda torna-se mais fácil pois está tudo ali à vista, é só assestar a ferramenta.
Já no caso das vestidas, o assunto muda de figura e torna-se complicado, pois toda aquele emaranhado dificulta a visão e a própria ação, sendo necessário, previamente, meter os dedos para arredar os empecilhos.
A poda é igualmente diferente consoante se trate de árvores jovens ou velhas.
Quando são novas e, por isso, viçosas, apresentam-se bonitas, vigorosas, pujantes, tenras e macias. A ferramenta penetra nelas facilmente, até rechinam ao seu contacto. Neste caso, a poda não é cansativa e acaba por ser um prazer. Aqui deve haver uma preocupação com a sua formação. E convém deixá-las bem abertas. Inclusive, o serviço pode, com vantagem, ser feito de pé.
Tratando-se das velhas, a poda terá que ser sobretudo de manutenção. Não surpreende que se torça o nariz quando tem que se fazer o serviço, pois são mais duras, secas, angulosas, e de casca grossa Para se fazer alguma coisa de jeito tem que se estar para ali a serrar. Gemem ao passar a ferramenta. E é um trabalho cansativo, tem que se andar sempre no sobe e desce.
Num caso e noutro é preciso atenção aos filhos, que devem ser evitados por serem muito sugadores de energia.
É curioso - e isso mais parece uma ilusão de ótica - que, antes da poda, e mesmo durante, os paus, vistos de baixo, parecem enormes. Porém, acabada a poda, e já por terra, o seu tamanho, estranhamente, torna-se muito minguado, parecendo ter diminuído para menos de metade. E, no entanto, o pau é o mesmo, só varia o ângulo de visão!
É à medida que o trabalho avança que se fica a saber melhor o que deve ser feito a seguir, e como. Quando se chega ao fim fica-nos um sentimento de satisfação que logo se esvai ao constatar que se tem que começar a seguinte. Mas o melhor é sempre nem pensar em quantas ainda faltam, para não desanimar.
Não me considero um especialista da poda. Talvez porque comecei já tarde. No entanto, acho que estou em condições de ajudar quem do assunto perceba menos do que eu. Por isso, fico à disposição de quem precisar e o solicitar, seja com a ferramenta seja com o know-how.
António Pimpão
PS – Ao reler o texto, suspeito que o mesmo possa ser suscetível de uma segunda leitura. A ser isso verdade, confesso que não foi esse o meu propósito, pois só tinha uma em mente (que não é de mentir). E a que pensei foi exatamente essa em que também está a pensar. Claro que quando se escreve não se está livre de espíritos malévolos darem uma interpretação diferente. Daí, lavo as minhas mãos.
Para quem desconheça ou receie a atividade da poda atrevo-me a recomendar, fruto da minha experiência, que façam como eu: avancem sem receio, pois é daquelas coisas que se só se aprendem e só se aperfeiçoam, praticando. A experiência é, neste caso, muito mais importante do que a teoria.
Para se ficar a saber um mínimo de poda, ou para melhorar o desempenho, não é indispensável a frequência de cursos de formação ou andar de livro na mão, qual Kama-Sutra, a ensaiar ou praticar as diversas posições e técnicas, desde a tradicional, à francesa, passando pela inglesa ou pela californiana. Nada disso! A poda aprende-se no próprio ato, praticando. É um pouco como conduzir um carro: não se pode estar sempre a pensar nos instrumentos e na forma de os manejar; deve-se ser espontâneo e encontrar aquele automatismo desprendido, deixar-se lavar mais pela intuição do que pela racionalidade, até descobrir o ritmo mais adequado. Como referido acima, isto só se consegue com o treino. E não vale desesperar ou desistir.
Em termos de técnica, esta deve ser adaptada às circunstâncias. Por exemplo, é muito diferente dar uma poda em árvores nuas (de folha caduca) ou vestidas (de folha perene).
Estando nuas, a poda torna-se mais fácil pois está tudo ali à vista, é só assestar a ferramenta.
Já no caso das vestidas, o assunto muda de figura e torna-se complicado, pois toda aquele emaranhado dificulta a visão e a própria ação, sendo necessário, previamente, meter os dedos para arredar os empecilhos.
A poda é igualmente diferente consoante se trate de árvores jovens ou velhas.
Quando são novas e, por isso, viçosas, apresentam-se bonitas, vigorosas, pujantes, tenras e macias. A ferramenta penetra nelas facilmente, até rechinam ao seu contacto. Neste caso, a poda não é cansativa e acaba por ser um prazer. Aqui deve haver uma preocupação com a sua formação. E convém deixá-las bem abertas. Inclusive, o serviço pode, com vantagem, ser feito de pé.
Tratando-se das velhas, a poda terá que ser sobretudo de manutenção. Não surpreende que se torça o nariz quando tem que se fazer o serviço, pois são mais duras, secas, angulosas, e de casca grossa Para se fazer alguma coisa de jeito tem que se estar para ali a serrar. Gemem ao passar a ferramenta. E é um trabalho cansativo, tem que se andar sempre no sobe e desce.
Num caso e noutro é preciso atenção aos filhos, que devem ser evitados por serem muito sugadores de energia.
É curioso - e isso mais parece uma ilusão de ótica - que, antes da poda, e mesmo durante, os paus, vistos de baixo, parecem enormes. Porém, acabada a poda, e já por terra, o seu tamanho, estranhamente, torna-se muito minguado, parecendo ter diminuído para menos de metade. E, no entanto, o pau é o mesmo, só varia o ângulo de visão!
É à medida que o trabalho avança que se fica a saber melhor o que deve ser feito a seguir, e como. Quando se chega ao fim fica-nos um sentimento de satisfação que logo se esvai ao constatar que se tem que começar a seguinte. Mas o melhor é sempre nem pensar em quantas ainda faltam, para não desanimar.
Não me considero um especialista da poda. Talvez porque comecei já tarde. No entanto, acho que estou em condições de ajudar quem do assunto perceba menos do que eu. Por isso, fico à disposição de quem precisar e o solicitar, seja com a ferramenta seja com o know-how.
António Pimpão
PS – Ao reler o texto, suspeito que o mesmo possa ser suscetível de uma segunda leitura. A ser isso verdade, confesso que não foi esse o meu propósito, pois só tinha uma em mente (que não é de mentir). E a que pensei foi exatamente essa em que também está a pensar. Claro que quando se escreve não se está livre de espíritos malévolos darem uma interpretação diferente. Daí, lavo as minhas mãos.
Grande poeta é o povo...
Menina prenda o seu melro
Que anda na minha horta
Depenica-me os tomates
Há* procura da minhoca
(*escrito mesmo assim)
Azulejo com poema popular, da minha colecção.
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