25 março 2015
24 março 2015
Estamos fornicados!
Gostava de perceber porque é que um termo tão grandioso, tão bíblico, tão adequado como "fornicação" caiu em desuso.
Sharkinho
@sharkinho no Twitter
«onde te escondes, quando a noite cerca as sombras» - Susana Duarte
onde te escondes, quando a noite cerca as sombras
e as desfaz, tornando-as nébulas no olhar, e densidade
negra por sobre as espáduas e o ventre?
onde te escondes, sempre que a noite vigia os incómodos
sussurros dos amantes, mitigados pelo raiar da lua que, sobre
os corpos, se declina em invulgares contornos, de corpos
redondos e interstícios onde as peles se não encontram?
onde quer que estejas, és o olhar que se estende sobre os dedos
que movo no ar, incógnitos bailados do pensamento,
onde tanto se diz, por entre aquilo que se procura.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
e as desfaz, tornando-as nébulas no olhar, e densidade
negra por sobre as espáduas e o ventre?
onde te escondes, sempre que a noite vigia os incómodos
sussurros dos amantes, mitigados pelo raiar da lua que, sobre
os corpos, se declina em invulgares contornos, de corpos
redondos e interstícios onde as peles se não encontram?
onde quer que estejas, és o olhar que se estende sobre os dedos
que movo no ar, incógnitos bailados do pensamento,
onde tanto se diz, por entre aquilo que se procura.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Estatueta de um pénis em tronco de madeira esculpido à mão
"Esculpido com a mão por A. Silva - arTESÃO. Modelo original do próprio. Março de 1999 - escala 1:1".
O Antonino Silva apareceu numa manhã fria de fim de Inverno em minha casa, com esta prenda: "Ia pôr um tronco na lareira e apercebi-me de que tinha uma forma interessante. Passei a noite toda a escavá-lo com um canivete".
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
O Antonino Silva apareceu numa manhã fria de fim de Inverno em minha casa, com esta prenda: "Ia pôr um tronco na lareira e apercebi-me de que tinha uma forma interessante. Passei a noite toda a escavá-lo com um canivete".
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
23 março 2015
Postalinhos de Moura
Antes de mais, quero agradecer à São o seu convite para poder contribuir neste extraordinário blogue.
Um beijo...
A minha primeira contribuição: Dois postalinhos, bem fresquinhos.
Um beijo...
A minha primeira contribuição: Dois postalinhos, bem fresquinhos.
Na minha terra de adopção, molejas são algo mais que pitéus de vitela.
Digamos que, algumas se lhes apalpam as molejas podem afincar um bom pontapé nas molejas do apalpador.
Neste caso, considero que a autarquia não tinha nada que mudar o nome à rua.
«À chuva» - João
"Tu dirias que chover a potes é um understatement. A tempestade abateu-se sobre este local, a chuva era tão forte e tão grossa, que mais do que pingos de água pareciam jactos, era quase cortante, e os salpicos passavam bem acima dos nossos joelhos. O teu cabelo colado à cara, encharcado, a trovoada a destruir os céus negros, a tua roupa colada ao corpo, alguma dela já muito transparente, e lace, sempre lace. A chuva escorria-nos das mãos, dos braços estendidos ao longo do corpo. A respiração apressada, os nossos peitos a encher e a esvaziar com sofreguidão, da corrida, da pressa, e agora um metro a separar-nos, os olhos nos olhos, e a chuva a mergulhar-nos os pés, piores que enfiados numa banheira, que esta era água fria e não existiam toalhas turcas. Só o tecido frio. A pele fria, arrepiada, e um abraço que rebenta forte como os trovões que se ouviam há tanto, agarrados na rua, debaixo da chuva, e eu ao teu ouvido, suponho que isto faz de nós românticos…."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
22 março 2015
Luís Gaspar lê «Contei Primaveras» de Fernando Reis Luís
Já contei muitas primaveras
E outras tantas translações
Repetindo os poros do firmamento
Para fazer as noites e os dias
No corpo transitório
Registado nos sulcos do lenho
Do meu eixo polar
Já cantei a algumas das suas flores
E ao verde das folhas
E às pétalas de todas as cores
Fazendo o palco das íris
E os muitos olhares e desejos
Despertados no cio das primaveras
Pelas encostas viçosas da serra
Levo comigo o cheiro das rosas bravas
E as feridas de alguns acúleos
Para relembrar momentos ambíguos
Das montanhas doces e silvestres
Onde ainda nascem alguns frutos
E alguns pirilampos difusos
Para marcar o caminho na noite
(Poema retirado do livro “Nos socalcos da Serra”, de Fernando Reis Luís e com ilustrações de Leando Lamas Ermida. Ed. arandis)
Fernando Reis Luís
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa
Arqueologia do pijama
O meu pai interroga-se sobre a escassez de pijamas com bolsos. Não sei se lhe diga que agora as mulheres guardam os preservativos à beira da cama.
[Foto © Nuno Faria, 2008, New]
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