"Entra em mim, entra fundo. Entra na minha cona como se o teu caralho separasse as águas do Mar Vermelho. Não. Esquece esse. O Atlântico. Entra em mim como se o teu caralho separasse o Atlântico em dois, ganha o espaço das minhas pernas que abro para te receber, o ar que sinto beijar-me a cona quando me exponho para te ter dentro de mim, para te sentir magoar-me um bocadinho, quando te empurras, deslizas, escorregas em mim, para lá do espaço que existe. Deve ser isto que me diz que estou viva. Esta dor muda, este picar dos sentidos, talvez seja isso que me resgata desta passagem feroz de um tempo em que parece que nada mexe, como se vivesse numa bolha, como se as coisas fossem intrinsecamente desfocadas. Talvez seja isso, talvez tu me resgates de tudo isso, talvez me dês vida. É possível, penso para mim enquanto me fodes, que me faças sentir coisas que não sabia ou não acreditava que existissem. Ou que existissem para mim. Que lhes tivesse direito, que lhes pudesse chegar, de tão habituada à ausência, ao levar por levar nestes dias de segundas linhas, segundas vidas. E talvez me vença o medo. O medo de que isto seja tão bom que não possa durar, ou não possa ser verdade, e acorde triste um dia, devolvida a uma foda que não me pica, não me dói, não separa o Atlântico em dois, me faz da cona um veículo para algo que explode e passa, sem deixar marca. Em mim. Em ti. Em nada."
João
Geografia das Curvas
19 outubro 2015
Eva portuguesa - «Relato de um encontro»
Tens esse ar tímido e calado que me deixou à espera de um encontro calmo. Como me enganei! A doçura esteve presente, verdade. Mas a timidez, perdeste-a quando agarrei o teu membro com a boca! Vibraste sozinho e comigo, dentro e fora de mim... e retribuíste... Oh! Se e como o fizeste! Não houve um centímetro da minha pele que não recebesse a atenção do teu toque, da tua língua... e, quando a tua boca encontrou o meu sexo... foi explosivo! Mágico! Completo! O meu clítoris tornou-se o teu brinquedo e a tua consolação, e eu só pude deixar-me ir para esses lugares sem destino nem tempo, entre o real e o imaginário, os lugares mais altos e profundos do prazer e do orgasmo...
A tua cabeça entre as minhas pernas tornou-se o meu fetiche. Tudo o resto foi uma tentativa de te agradecer e agradar. Acho que consegui...
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
A tua cabeça entre as minhas pernas tornou-se o meu fetiche. Tudo o resto foi uma tentativa de te agradecer e agradar. Acho que consegui...
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
18 outubro 2015
«coisas que fascinam (179)» - bagaço amarelo
A primeira mulher que me declarou Amor partilhava, às vezes, um baloiço comigo. Disse-me que gostava de mim, deu-me a mão e levou-me para um dos bancos do recreio da escola onde me disse que um dia íamos casar. Eu aceitei imediatamente. Éramos apenas crianças e pouco sabíamos do que viria a ser o Amor quando crescêssemos. Talvez, por isso, tenha sido a declaração de Amor mais genuína que alguém me fez na vida.
Nunca casámos.
É verdade que eu não sabia nada de Amor ou de paixão. Muito menos de sexo. Tudo o que aprendi veio depois desse primeiro estranho suspiro. Aprendi tanto, mas tanto, que hoje posso dizer claramente que sei ainda menos. Menos do que nada, portanto. O Amor sempre teve essa condicionante de se esconder com a sabedoria.
Com os anos, esse primeiro suspiro apagou-se e deu origem a outros, não mais fortes mas, pelo menos, bastante diferentes. A segunda declaração de Amor da minha vida partiu de mim e não dela. Coincidência ou não, era uma rapariga fisicamente parecida com a primeira. Do alto dos meus doze anos repeti a única receita que conhecia e disse-lhe que um dia íamos casar. Ela riu-se, pôs a língua de fora e saiu a correr.
Nunca casámos.
Talvez tenha sido a primeira conclusão que tirei sobre homens e mulheres. Quando uma mulher declara Amor, é uma ordem; quando um homem declara Amor, é um pedido. Conclusão que, diga-se de passagem, veio a revelar-se verdade.
Aprendi a não fazer declarações de Amor.
Estar apaixonado passou a ser pouco mais do que esse suspiro inconsequente que herdei de menino, um suspiro capaz de se transformar no mais forte dos ventos, mas que guardei sempre para mim como se guarda um tesouro. E foi assim que passei a adolescência apaixonado em segredo, dividido entre cartas de Amor que nunca foram lidas e respostas imaginadas que nunca foram escritas. Às vezes via-lhe os cabelos a dançar nos ombros e acreditava que era com o vento da minha respiração. Foi o mais perto que estive de declarar Amor, pela terceira vez, àquela que nem dava pela minha existência.
Um dia, muito mais tarde, casámos.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
"A pessoa nunca estar errada, é o segredo para estar sempre certa"
Nunca te rendas
2 páginas
(cricar em «next page»)
17 outubro 2015
A vaca e a leiteira
Placa em alumínio de uma mulher a ordenhar uma vaca. No verso da placa, vê-se o rabo da mulher.
Mais uma peça da sexão «mecanismos e segredos» da minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Mais uma peça da sexão «mecanismos e segredos» da minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Sempre a andar
Patife
@FF_Patife no Twitter
16 outubro 2015
«Ainda me Amas?» - bagaço amarelo
Acho que começou no espelho do elevador, logo de manhã, onde me vi mais gordo, mais cansado e mais feio. Perguntei-me a mim mesmo se ainda me Amavas, mas sacudi rapidamente a resposta que eu não queria ouvir do pensamento, exactamente como um cão expulsa a água do corpo depois de se molhar. Abanei a cabeça num gesto rápido.
Não tenho culpa se pouco tempo depois, enquanto esperava que o semáforo para peões mudasse para verde, uma mulher ao meu lado repetisse várias vezes seguidas que o marido dela era um inútil. Estava a falar ao telefone e ia dizendo: "Deixa lá! O meu marido é um inútil". "Será que ainda me Amas?", perguntei-me.
Era já noite quando me lembrei das nossas férias na Argélia. Os cafés da cidade só tinham homens e algumas, poucas, mulheres conversavam em segredo nas portas e varandas dos prédios. Durante alguns minutos espreitei pela janela do maior café da avenida, onde todos acompanhavam um jogo de futebol qualquer. Ninguém parecia preocupado com o Amor, muito menos com a falta dele.
À noite fui ter contigo.
- Ainda me Amas?
Não me respondeste. Fodemos, depois ligaste a televisão e viste meio episódio da novela. Ainda bem. Se me tivesses respondido que sim era porque já não me Amavas.
Adormeci ao teu lado.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
«Punhetologia» - Ruim
Escamar o besugo, chicotear o golfinho, espancar o macaco, ir jantar com a Tia Palma e as 5 primas, bater uma segóvia, esgalhar uma… enfim não há actividade no mundo da auto-javardice que não disponha de um leque de palavreado tão colorido: punheta. Do latim punhus, é uma actividade ancestral que remonta aos tempos arcaicos. Não duvido que Maria Madalena não tenha posto a mão na santa gaita do Tio Jesus nos intervalos de ser apedrejada. Todos já o fizemos, fazemos ou conhecemos alguém que o faz a toda a hora. E se antes tínhamos a revista Gina à mão ou o catálogo da La Redoute eu dou estalinhos com a língua quando reparo no manancial de material punheteiro que consigo ter em menos de um quarto de bacalhau. Aposto meio testículo que se digitar no Google “two midgets and a penguin amateur threesome” vou achar algo.
Porém e como em tudo na vida, quando há excesso de oferta um gajo acaba por perder mais tempo a escolher um vídeo, clicar em 50 pop ups, desligar o caralho do separador da Jasmin, do Bet365 e uma data de putas que só me dizem “some girls in Barreiro want to meet you”. Isto é mentira. Não há gajas boas no Barreiro, todos sabemos disso mas ninguém o diz.
A anatomia da punheta moderna carece do saudosismo tradicional na medida em que hoje em dia para fazer cuspir a cobra zarolha é necessária toda uma manobra de logística cansativa que envolve arranjar um sitio para estar sozinho com rede wireless e o portátil, conseguir arranjar meia dúzia de vídeos decentes todos abertos em paralelo para se a meio da coisa me chatear com uma gaja a ser aviada por 4 senegaleses ter logo á mão, passe a redundância, um vídeo de 7 colegiais a fazerem chupas umas das outras. Belos tempos em que vivemos confesso.
E não entremos em paralelismos da masturbação feminina. Fazer da senaita um disco de vinil e armarem-se em DJ Scratch Crica que apesar de ser sem dúvida mais sensual e apelativo não tem metade da (des)carga emocional.
Minha gente, o vosso namorado/marido bate mais punhetas do que admite. E não importa o que ele diga, sim, ele já bateu uma a pensar em comer a vossa melhor amiga/irmã e para os mais kinky, a vossa mãe. Não é por mal, é porque é assim e sempre será. Quando aos 12 anos nós vimos o Instinto Fatal e aquele desdobrar de pernas mítico da Sharon e percebemos do mundo fantástico que estávamos a entrar não havia volta a dar. A partir deste momento é exponencial e desenganem-se aqueles que acham que é passageiro.
A punheta é como o nosso melhor amigo da escola: podemos não o ver até durante um tempo mas ele está lá sempre para nós e podemos sempre contar com ele.
E eu gosto muito dos meus amigos e não lhes falho.
Ruim
no facebook
Porém e como em tudo na vida, quando há excesso de oferta um gajo acaba por perder mais tempo a escolher um vídeo, clicar em 50 pop ups, desligar o caralho do separador da Jasmin, do Bet365 e uma data de putas que só me dizem “some girls in Barreiro want to meet you”. Isto é mentira. Não há gajas boas no Barreiro, todos sabemos disso mas ninguém o diz.
A anatomia da punheta moderna carece do saudosismo tradicional na medida em que hoje em dia para fazer cuspir a cobra zarolha é necessária toda uma manobra de logística cansativa que envolve arranjar um sitio para estar sozinho com rede wireless e o portátil, conseguir arranjar meia dúzia de vídeos decentes todos abertos em paralelo para se a meio da coisa me chatear com uma gaja a ser aviada por 4 senegaleses ter logo á mão, passe a redundância, um vídeo de 7 colegiais a fazerem chupas umas das outras. Belos tempos em que vivemos confesso.
E não entremos em paralelismos da masturbação feminina. Fazer da senaita um disco de vinil e armarem-se em DJ Scratch Crica que apesar de ser sem dúvida mais sensual e apelativo não tem metade da (des)carga emocional.
Minha gente, o vosso namorado/marido bate mais punhetas do que admite. E não importa o que ele diga, sim, ele já bateu uma a pensar em comer a vossa melhor amiga/irmã e para os mais kinky, a vossa mãe. Não é por mal, é porque é assim e sempre será. Quando aos 12 anos nós vimos o Instinto Fatal e aquele desdobrar de pernas mítico da Sharon e percebemos do mundo fantástico que estávamos a entrar não havia volta a dar. A partir deste momento é exponencial e desenganem-se aqueles que acham que é passageiro.
A punheta é como o nosso melhor amigo da escola: podemos não o ver até durante um tempo mas ele está lá sempre para nós e podemos sempre contar com ele.
E eu gosto muito dos meus amigos e não lhes falho.
Ruim
no facebook
Subscrever:
Mensagens (Atom)