Oh, pá, a sério! Há pessoas que dizem cada coisa que eu fico completamente aparvalhada!
Recebi ontem uma SMS que dizia assim:
"Olá, Mariana. Sou Angolano mas moro nos estados Unidos. Tenho dupla cidadania. Vi o teu perfil no site de acompanhantes e sei que tu és a mulher certa para mim. Aceitas ter um relacionamento comigo e até casar?"
Obviamente, não respondi. Nem sequer é a primeira SMS deste género que recebo. Hoje a mesma pessoa reenviou a mesma mensagem três vezes. Como eu continuei sem responder, ligou. Perguntou por que eu não respondi às mensagens e se não estava interessada. Mediante a minha recusa perguntou se eu tinha marido e, como respondi que não, pede para eu ter uma relação séria com ele. Eu expliquei com muita calma que não vou ter uma relação com alguém que não conheço e que, além do mais, para ter namorado, ele teria que me ajudar e pagar as minhas contas. Do outro lado oiço:
"Mas tu estás com homens que não conheces por dinheiro! por isso não tens marido! Uma relação não é para pagar contas, é sobre sentimentos."
A sério?! Mesmo a sério?! E a loira sou eu?! Este indivíduo vai-me procurar a um site de acompanhantes e vem-me com esta conversa?! Não me conhece, só viu as minhas fotos profissionais e quer casar?! E vem falar de sentimentos?! Faz-me rir! Ele quer é foder à borla e possivelmente precisa da cidadania europeia! Mas quer-me passar o atestado de burrice?! E depois dizem que a puta sou eu!
Ahahahahah
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
06 junho 2016
05 junho 2016
Luís Gaspar lê «Ai, minha senhora…» de Fernão Fernandes Cogomilho
Ai, minha senhora, lume dos olhos meus!
onde vos não vir, dizei-me, por Deus,
que farei eu, que vos sempre amei?
Pois me assim vi, onde vos vejo, morrer,
onde vos não vir, dizei-m’ uma coisa,
que farei eu, que vos sempre amei?
Eu, que nunca outrem soube servir
senão, senhora, vós, e, onde vos não vir,
que farei eu, que vos sempre amei?
Português antigo
Ay, mha senhor, lume dos olhos meus!
hu uos non uir, dizede-mi, por Deus,
que farey eu, que uos sempre amei?
Pois m’assi ui, hu uos uejo, morrer.
hu uos non uir, dizede-m’ ua ren,
que farey eu, que uos sempre amei?
Eu, que nunca outren soube seruir
se non, senhor, uós, e, hu uos non uir,
que farey eu, que uos sempre amei?
Fernão Fernandes Cogomilho
disponível no iTunes.
Transcrição do Português antigo para o moderno de Deana Barroqueiro.
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa
PI da Travessa do Porno
Um destes dias nasceu a Travessa do Porno junto às Rua das Portas de Santo Antão, em Lisboa, outrora conhecida por Travessa do Forno.
«coisas que fascinam (191)» - bagaço amarelo

Os homens sós são esses, os que esticam sempre mais um bocadinho cada momento da vida, porque sabem que um grande um Amor pode caber nesse bocadinho. É uma inversão da Física, algo tão grande caber em algo tão pequeno, mas é isso que lhes permite sorrir, talvez por a hipotética mudança do mundo ser sempre uma mulher.
Se por acaso acontecerem mesmo, as coisas que nunca acontecem são as melhores. A mudança do mundo, por exemplo. É por isso que eles nunca parecem tristes. É tão fácil como outra coisa qualquer, o não Amor. É só esperar que o mundo mude num bocadinho.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
04 junho 2016
«A ubiquidade do amor» - por Rui Felício
Cristalina, límpida, refletia os raios solares e com eles dardejava e chamava a atenção do seu amado.
Distraído, ali ao lado, ele nem parecia reparar. Era um calhau, uma pedra, e nem lhe passava pela cabeça que ela, uma poça de água da chuva recente que tinha caído, se tivesse apaixonado por ele.
Mas a verdade é que a água estava loucamente enfeitiçada pela máscula pedra ali tão perto, quase ao seu alcance.
Tamanha foi a sedução, que o frígido calhau acabou por reparar nela e sentiu o calor derreter-lhe a pouco e pouco a postura rígida.. Também ele sentiu o fascínio do amor, por estranho que nos possa parecer.
Deixou-se escorregar lentamente e aos poucos envolveu-se nas carícias da poça de água.
No fogo do amor que os incendiou, fundiram-se num só. Já não era possível distinguir a água do calhau.
Aquela pedra de gelo tinha-se derretido completamente...
Rui Felício
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Blog Escrito e Lido
Distraído, ali ao lado, ele nem parecia reparar. Era um calhau, uma pedra, e nem lhe passava pela cabeça que ela, uma poça de água da chuva recente que tinha caído, se tivesse apaixonado por ele.
| «Amor transparente» Mola em plástico formada por casal abraçado EUA, 1995 Colecção de arte erótica «a funda São» |
Tamanha foi a sedução, que o frígido calhau acabou por reparar nela e sentiu o calor derreter-lhe a pouco e pouco a postura rígida.. Também ele sentiu o fascínio do amor, por estranho que nos possa parecer.
Deixou-se escorregar lentamente e aos poucos envolveu-se nas carícias da poça de água.
No fogo do amor que os incendiou, fundiram-se num só. Já não era possível distinguir a água do calhau.
Aquela pedra de gelo tinha-se derretido completamente...
Rui Felício
Blog Escrito e Lido
03 junho 2016
«Eros» - exposição de escultura e desenho de Santos Carvalho, na Lousã
Recebi este convite do Santos Carvalho, que me deixou toda molhadinha, para a inauguração da exposição «Eros», no dia 18 de Junho, sábado.
Sou fã dos trabalhos do Santos Carvalho. Já aqui tinha mostrado alguns dos seus trabalhos, quando teve a exposição «Envolvências» no ISCAC (Coimbra Business School), em 2013.
Podem ir ver «Eros», na Sala de Exposições Temporárias do Museu Etnográfico Louzã Henriques, entre os dias 18 de Junho e 18 de Setembro.
Para Santos Carvalho, "a criação é um sonho orgásmico". Só podemos ser fãs, Noé?
Sou fã dos trabalhos do Santos Carvalho. Já aqui tinha mostrado alguns dos seus trabalhos, quando teve a exposição «Envolvências» no ISCAC (Coimbra Business School), em 2013.
Podem ir ver «Eros», na Sala de Exposições Temporárias do Museu Etnográfico Louzã Henriques, entre os dias 18 de Junho e 18 de Setembro.
Para Santos Carvalho, "a criação é um sonho orgásmico". Só podemos ser fãs, Noé?
«Xadrez mental» - Ruim

Sabes quando vais com a tua cara metade e se atravessa no caminho um bagacinho com esquadria matematicamente perfeita, aquele triunvirato de características femininas que despertam o alarme do primeiro ao sexto sentido feminino da outra? Esse momento, é o inicio de um jogo de xadrez psicológico. Um campo de batalha em de suposições, desconfianças e assumpções de parte a parte. O que está ele a pensar? O que está ela a pensar? Principalmente o que está ela a pensar.
Alvo a 10 metros. Iniciar manobras de diversão. Olhar em frente. Firme e hirto soldado. Visão periférica detecta gaja três níveis acima de óptima. O inimigo já se apercebeu, porque elas percebem quando outra é boazuda, mesmo antes de nós nos apercebermos.
"Ele vai olhar para a gaja...eu sei. Ele vai olhar e mesmo na minha cara. Vá... olha, seu animal. Dá razão à minha mãe e ás minhas amigas"
"Eu não vou olhar. Ela está à espera que eu olhe, mas eu não vou olhar. Se esta gaja julga que eu sou parvo a esse ponto de BEM QUE PAR DE MAMAS olhar para a gaja assim à descarada, está muito enganada."
Gaja passa. Ele não olha. Ela finge que não estava a reparar se ele olhava. Mas agora começa a verdadeira batalha. Depois do jogo psicológico, começa o confronto verbal.
"Epa que gaja boa...hein?" - dispara ela.
"Hmmm... qual gaja? Não vi. O que é uma gaja?" - rebate o adversário. Excelente contra-ataque.
"Como não viste? A grossa que passou por nós. Bem boa upa upa" - insiste.
"Ah... não reparei!" - deflecte.
"Hmmmm... a sério? Então mas agora és cego? Ou estás a esconder alguma coisa?" - disparado o primeiro morteiro acusatório.
"O quê? Mas esconder o quê? Só não olhei para a loira!" - responde algo hesitante
"Ah, agora já é loira. Viste como olhaste? Para que é que mentes?" - ataca agora em toda a força.
"Mas eu não menti. Reparei que era loira e disse que a gaja passou e coiso..." - primeiro sinal de fraqueza. Contradições a começarem a surgir.
"Certo. Como no outro dia..." - estocada final iminente. Bombas de dúvida no ar.
"Qual outro dia?" - questiona em terror.
"Da amiga no quarto. Que não era "ninguém". E que depois sabias o nome dela assim de repente e estava debaixo da cama" - ultimo golpe.
"EPA PORRA, ERA UMA ARANHA. OK? TINHA UMA ARANHA NO QUARTO? A-R-A-N-H-A!" - desespero na voz.
"Sim sim... aranha, Joana, Patricia... tudo putas" - último disparo pleno de lógica irrefutável.
Não temos hipótese.
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