02 julho 2016

«Inerte» - João

"Lembro-me perfeitamente de estar adormecido. Tinha combatido um sistema de som pouco cooperante para ambientar aquele espaço com algo etéreo, uma banda sonora que elevava ao sagrado o que já o era no silêncio. E tinha adormecido. Despido, enfiado numa cama, à espera que as horas se deitassem também elas, que os minutos tombassem como peças de dominó, enquanto o meu corpo inerte desejava o teu. Não tenho uma imagem perfeita da tua chegada, mas sei que tudo se passou muito depressa. Recordo o barulho na porta, que me resgatou de um sono muito leve e inquieto. A partir desse momento foi tudo demasiado rápido. Não sei se não virias já a despir-te no elevador, não sei se na tua cabeça não vinhas já nua no teu pensamento, mas seguramente procuravas algo, e esse algo era o corpo que aquecia a cama por ti. Tão depressa estou a ouvir-te abrir a porta quanto estou a sentir-te entrar para a cama, praticamente nua, senão mesmo nua, terás de me perdoar por não o saber, o arroubo foi tal que te puxei a mim e sim, acredito que sim, que viesses já nua, que os teus mamilos estivessem prontos ao meu toque, que a tua cona estivesse já livre ao meu caralho, porque da porta aberta ao teu orgasmo foi um ponteiro de segundo. A tal momento a música era só a nossa respiração ofegante, e perfeição. Demasiada. Talvez o problema fosse esse. Demasiada perfeição. A perfeição é como a esmola, e o ditado popular que se aplica às esmolas é o mesmo para a perfeição. Desconfiou-se. E quando se desconfiou, o ponteiro de segundo recuou, a nudez cobriu-se e deste passos de volta à porta, fechada, e o meu corpo, inerte tombou."
João
Geografia das Curvas

Aspirina?

Fica socialmente complicado sempre que uma mulher tosse perto de mim. “Eu já te digo o que é bom para a tosse” nunca é levado a sério.

Patife
@FF_Patife no Twitter

«O cheirinho do amor - crónicas safadas»

Livro de Reinaldo Moraes com vários pequenos contos malandrecos.
Junta-se ao livro »Pornopopeia», do mesmo autor, na minha colecção.


A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

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Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

Quem nunca?...


01 julho 2016

Já estou a ganhar uma forte alergia ao Facebook!

Não se admirem se um dia destes o Facebook bloquear a minha página, por publicar imagens como esta.

Mais uma vez
aonde está a nudez?!



Alice Caetano - «Diálogos de Maria e Miguel - 4»

Maria – Que horas são no mundo, amor?
Miguel – São horas de viver… ou de rebentar com o mundo!
Maria – O nosso mundo?!
Miguel – Sim, o nosso mundo, que é uma amálgama de carne, vento poluído e sonhos que quebram, antes de ir ao forno de cozer faiança.
Maria - E nós?!
Miguel – Nós? Só nos salvaremos se, entretanto, ficarmos suspensos em cordas de utopia.
Maria – Ama-me.
Miguel – Até onde for possível.
Maria - Até ao infinito, se o arco-íris deixar?
Miguel – Sim amor, pousa em mim.
Maria – Vais respirar? Ou fingir que não me sentes? Para depois, num impulso, me abraçares e me levares até à eterna caminhada lunar?
Miguel – Anda.
Maria – Vou chamar a aragem para me levar. Esperas por mim?
Miguel – Claro que espero.


Alice Caetano
in «Maçã de Zinco» - Editora Esfera do Caos

«Buceta» - Rubros Versos


Tiago Silva

«Grandiosidade» - Ruim







E se fosse consigo? Não, SIC, a minha filha não vai ter nenhum namorado preto porque irá ser uma rapariga muito humilde sem mania das grandezas.

‪#‎agorapensa‬

Ruim
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«Semanada...» - Shut up, Cláudia!





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30 junho 2016

«A natureza consensual dos actos sexuais como um símbolo» - Milo Moiré

Performance da artista suíça Milo Moiré em defesa do respeito pela sexualidade feminina.
É uma reconstituição expandida do «Tap and Touch Cinema» (1968) e uma homenagem ao artista austríaco Valie Export, que já lutava pelos direitos das mulheres na década de 1960 por meio de acções artísticas.

“Eu estou aqui hoje para defender os direitos das mulheres e da autodeterminação sexual. As mulheres têm uma sexualidade, assim como os homens têm a sua. No entanto, cabe as mulheres decidirem por si mesmas quando e como querem ser tocadas e quando não querem.”

Fonte: Sweetlicious


Postalinho de Dublin

"Boas, São
Aí vai um postalinho de Dublin."
Taberneiro Speedado