Sem querer, nem quero recordar passado ou projectar o futuro. O
passado já foi, restam as recordações e devidas lições e recordações.
Aqui,
à tua frente, o frio que que a minha pele sente sente não é o meu frio.
Estou apenas a ouvir o que dizes e, aí, as tuas palavras são minhas.
Existe
um bocado de mim que é teu mas há muito teu que é meu. Pareces um
retrato da minha mente, que não mede emoções, que se entrega.
Dizes
que não percebes mas soltas um sorriso porque dizes que o meu
sentimento por ti não não tem explicação; nunca és mais do que quero, és
apenas na medida certa.
10 maio 2017
09 maio 2017
A natureza tem horror ao vácuo
Amores platónicos não passam de enganos que a mente inventa para preencher os espaços em branco que o coração acumulou.
Sharkinho
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«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 89
O livro «Mulheres - retratos de respeito, amor-próprio, direitos e dignidade», de Carol Rossetti, está em venda em Portugal, editado pela Saída de Emergência.
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Mulher gnomo a apanhar cogumelos
Peça em madeira de carvalho com figura em relevo, pintada à mão.
Proveniente de Espanha para a minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
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A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
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> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
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08 maio 2017
«Uma mensagem aos que me desprezam, apedrejam e criticam» - Cláudia de Marchi
Tudo nesta vida é uma questão de se importar ou de desconectar. E, com o que ou com quem uma pessoa que conquistou o equilíbrio psíquico e a autoconfiança a duras penas se importa? Com aqueles pelos quais nutre admiração e apreço! Aliás, como manter a sanidade num mundo recheado de incultos que acham que sabem tudo, numa sociedade machista e misógina cheia de mulheres destilando o ódio pelas outras, numa sociedade em que o recalque de não ter coragem para ser livre e feliz ecoa, num universo de pessoas desocupadas, maldosas e fofoqueiras falando de Cristo e segurando a Bíblia, mas ignorando o mandamento máximo de amar e respeitar ao próximo e de não fazer a ele o que não deseja para si, num universo de juízes da vida alheia que não sabem nada de empatia e onde as pessoas superestimam suas miseras, pobres, desarrazoadas e inúteis opiniões? Ignorando o mal, sorvendo o bem e o bom. Para mim não são boas apenas as pessoas que me admiram ou gostam de mim, ao contrário do que pensam os que querem que eu desça ao seu nível e entabule discussão tosca nas redes sociais (morrerão esperando, afogados no fel de seu amargor anímico!). Eu gosto de quem sabe respeitar e, hoje em dia, em era de anonimato virtual e internet, respeitar é ler algo e desprezar, mas viver e deixar viver, pensar e deixar pensar! Respeitar não é gostar da Cláudia e da Simone, de como agem, pensam ou vivem, respeitar é se calar, por ter consciência da sua insignificância no mundo de quem, sequer, quer saber da sua existência, ideias e pontos de vista, vez que não depende deles para comer, sorrir, viajar, sonhar e gozar! E não desejará jamais conhecê-los, sabem por quê? Porque só se interessa por quem admira, ama, gosta e respeita. Sobre a imagem: um cliente que se tornou um grande amigo. Um ser humano cuja história de vida deveria virar livro e inspirar a todos, sobretudo pela humildade em se reconhecer como aprendiz, mesmo que tenha tanto a ensinar! Ele, dentre algumas pessoas na minha vida, me importa, ao contrário destas pobres almas que me criticam na internet e que, não apenas têm as suas tragicômicas opiniões deletadas para a lixeira, mas são o próprio lixo do mundo. Um lixo que se dá o direito de achar que seus pontos de vista mesquinhos e tacanhos tem relevância no universo alheio. Lixo pobre, pobre lixo!
Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!
07 maio 2017
«Porque é que os homens têm sempre que foder?» - bagaço amarelo
- Tira o casaco! - ordena. Talvez não pense mesmo.
Põe uma torrada no prato e dá-mo. Não me apetece comê-la, apesar da fome. Sei que assim que a trincar vou cortar o silêncio que se veio esconder com a luz. Começo por dar um gole no sumo e espero que seja ela a trincar primeiro a sua.
- Onde é que ias com tanta pressa? - Pergunta.
- Para casa, acho.
Foi uma noite mais ou menos difícil, passada num sofá que não é cama. Quase não dormi e, assim que amanheceu, vesti o casaco para sair. Ela apanhou-me já com a mão na porta e pediu-me para tomarmos o pequeno-almoço juntos. Depois leu o bilhete que eu deixara em cima da mesa.
Obrigado pelo abrigo e pelo vinho. Beijo.
Não está nada preocupada em disfarçar o ruído que faz quando trinca a torrada. As migalhas chovem-lhe na camisa de dormir, mas ela não liga. Está a olhar para mim e para um pequeno bibelot translúcido que me parece ser um golfinho de vidro. Também o olho e reparo que ele reflecte a nossa imagem, ou seja, mesmo quando ela desvia os olhos de mim continua a ver-me.
- Nunca dormes com uma mulher na noite em que a conheces?
- Às vezes sim, outras vezes não.
- E quando é que é sim e quando é que é não?
Sorrio com a pergunta e como a torrada toda de uma só vez. É o meu momento de libertação. A questão dela não tem a ver com ter passado a noite sozinha, mas sim em saber se eu a considero suficientemente boa para mim. Ou não, claro.
- Sim é quando me apetece, não é quando não me apetece. Mas isso tem só a ver comigo e não contigo. Quando não gosto duma mulher nem sequer subo cinco andares a pé para entrar na casa dela.
Ela levanta-se, junta os pratos e os copos e desaparece em passo apressado. Os tornozelos dela estalam. Ouço-a pousar a louça na banca da cozinha e acender um cigarro. Depois, enquanto expele uma quantidade controlada de fumo, aproxima-se e diz-me para ir embora.
- Vai-te embora, então...
Visto o casaco propositadamente devagar, para não parecer que quero fugir. Há na voz dela uma agressividade qualquer que me incomoda. Lá fora, nas escadas do prédio, ouço algum movimento do que me parece ser uma família numerosa, talvez com um carrinho de bebé e muita pressa de sair. Tenho saudades de ter uma vida normal, penso.
Tenho a mão novamente na maçaneta da porta, mas ainda não a abri. Dou alguns passos atrás e fito a silhueta dela em contraluz na janela da cozinha. Talvez já vá no segundo cigarro. Não sei.
- Explica-me uma coisa! - peço.
- Diz...
- Porque é que os homens têm sempre que foder?
Ela não responde. Saio.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Postalinho de sinalética pedonal
"Ninguém se perde, seguindo pelo passeio à frente do Museu Erótico... digo, Marítimo de Ílhavo."
Paulo M.
Paulo M.
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