02 julho 2017

«coisas que fascinam (203)» - bagaço amarelo

Mãos ao ar, isto é uma paixão!

Acho que ninguém sabe como é que nasce um Amor. Aliás, também ninguém sabe como é que ele morre. Apenas nos apercebemos que ele já nasceu ou que ele já morreu. É por isso que o Amor que se promete eterno é sempre uma mentira. A vida precisa tanto da morte como a morte precisa da vida.
É claro que se pode Amar alguém até ao fim da vida. Mesmo que o Amor não seja eterno, a vida também não o é. Neste caso basta que a vida de duas pessoas dure menos que o seu Amor.
É também por isso que me cansa que alguém justifique o seu Amor com uma enxurrada de adjectivos pomposos. Na verdade, ninguém opta por Amar ninguém ou, melhor ainda, se há quem o faça é porque não sabe Amar.
A questão central é que só nos apaixonamos realmente quando somos assaltados. Alguém que se cruza connosco e nos rouba a paz de espírito com uma arma poderosa como um olhar, um gesto, uma voz ou uma palavra. Mãos ao ar, isto é uma paixão!
É claro que, como em tudo, há pessoas que são assaltadas com mais facilidade e outras com menos. Depende, essencialmente, das más ou boas companhias com que andamos e dos locais que frequentamos.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Postalinho do avental feminino


Só se for algo para os pulmões...

À minha frente no café está uma mulher sozinha a fumar. Vou pedir para me sugar a trombeta: "É só um pénis. Não te fará pior que um cigarro"

Patife
@FF_Patife no Twitter

01 julho 2017

Postalinho da Nazaré

"Pirata... feliz, na praia da Nazaré."
Paulo M.



«Ria» - Susana Duarte

há poemas que residem, apenas, nos olhares que se cruzam,

nas mãos que se tocam

e na infinitude dos dias cálidos de sorrisos

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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Namorado e sereia em Agosto

Pequeno prato em porcelana, da Rosenthal, com desenho dos namorados de Raymond Peynet, de uma série de 12, um por cada mês do ano.
Junta-se a muitas outras peças dos «namorados de Peynet», na minha colecção.










A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

As pessoas nunca estão satisfeitas!...

Crica para veres toda a história
Cortes económicos


1 página

30 junho 2017

As tetas fantasmas

Brett Whiteley - «Washing the Salt off» (duche para tirar o sal)


Via mon ami Bernard Perroud

Eva portuguesa - «Nojo!»

Eram 23h quando o telefone toca a assinalar a chegada da respectiva marcação. Digo ao senhor para subir, mas ele pede-me para esperar, que está a acabar de fumar. Passados uns minutos, vejo chegar uma bola peluda com 1,5m de altura e o mesmo tamanho de largura. Tenta cumprimentar-me enfiando-me uma língua fedorenta na minha boca. Que nojo! O cheiro e sabor não só àquele último cigarro, que fez tanta questão de fumar antes de entrar, bem como a tantos milhares de outros já apodrecidos naquela boca de dentes amarelos, foi como um murro na minha cara. Afastei-me enojada e com a certeza de que se aquele era o começo, o resto da marcação ia ser horrível...
Infelizmente, não me enganei...
Mal entra no quarto começa a apalpar-me desesperadamente e enfia-me os dedos na boca (nunca entendi este fascínio, para ser sincera... esperam sentir no dedo a simulação de um fellatio?!). Meu Deus! Misericórdia! O cheiro a cinzeiros cheios, sujos, nunca limpos, com anos de resíduos de material tóxico proveniente do tabaco! Como é possível uma mão cheirar assim?! E pior: como ousa pôr algo tão nojento e putrefacto em mim?! Horrorizada, enjoada e enojada, achei que não podia piorar mais. Pois bem, enganei-me!
Pergunto à criatura se não quer ir passar-se por água, diz que não, que está limpíssimo, que acabou de tomar banho. Preparem-se... já ambos nus, senta-se na cama, em cima do lençol branco, lavado, limpo e... F*CK, deixa uma mancha castanha! E, como se ainda não bastasse, deita-se e abre-se todo à frango assado e diz: "Lambe-me o cuzinho!"
Deus me acuda! Ia-me vomitando toda!
Obviamente, todo o encontro, que nunca devia ter acontecido, acabou ali...
E se for preciso, a criatura, com a falta de... nem sei... de tudo: consciência, higiene, ética, respeito, educação, dignidade -por ele e pelos outros -, carácter, espelhos em casa, consciência... se for preciso, ainda vai para aqueles fóruns merdosos dizer que foi tudo mecânico, não houve entrega, blá, blá, blá...
Pessoal, a sério?! Acção gera reacção! Vêm ter com uma mulher, independentemente de ser a dinheiro ou não ,pois é sempre uma mulher e, no meu caso, linda, sarada, cheirosa, limpa, perfumada, com tudo para vos agradar... e cheiram, sabem e comportam-se como um aterro sanitário a feder a beatas de cigarros com 3 anos passados e a deixar manchas literalmente de merda no meu lençol?! Opá, a sério?!
Que nojo!


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

#badumtss #oliviafresca #tinderismo - Ruim

A minha amiga (vamos chamar de Olivia) que é mais fresquinha que uma alface, está aqui comigo a beber mojitos no Bairro. A (abre aspas aéreas) Olivia (fecha aspas aéreas) acabou de confessar que sacou um gajo na Tinder. Ya, mesmo à galdéria tipo os homens. Que vergonha.
" - Engatei um gajo no Tinder. É da Portela."
" - Deve ser um grande avião, o gajo... "
Está há meia hora a rir. Depois de ler isto, não sei.

Ruim
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29 junho 2017

Franco Fontana - A piscina









AMOR


Amor, amor, amor, como não amam
os que de amor o amor de amar não sabem
como não amam se de amor não pensam
os que amar o amor de amar não gozam.
Amor, amor, nenhum amor, nenhum
em vez do sempre amar que o gesto prende
o olhar ao corpo que perpassa amante

e não será de amor se outro não for
que novamente passe como amor que é novo.
Não se ama o que se tem nem se deseja

o que não temos nesse amor que amamos
mas só amamos quando amamos no acto
em que de amor o amor de amar se cumpre.
Amor, amor, nem antes, nem depois,

amor que não possui, amor que não se dá,
amor que dura apenas sem palavras tudo

o que no sexo é o sexo só por si amado.
Amor de amor de amar de amor tranquilamente

o oleoso repetir das carnes que se roçam

até ao instante em que paradas tremem
de ansioso terminar o amor que recomeça.

Amor, amor, amor, como não amam
os que de amar o amor de amar não amam.

Jorge de Sena, Peregrinatio ad loca infecta, 1969