18 setembro 2017

«Sobre ser feliz sozinha e livre de romances tóxicos» - Cláudia de Marchi

Querida livre-se de “amores” ruins, ou melhor, de paixões tóxicas! “Mas, Cláu como saberei quando estou diante de uma paixão tóxica?”. Quando o outro não lhe compreende, quando, diante de alguma reclamação atinente a sua forma de se relacionar, ele tenta lhe dissuadir, ainda que sarcasticamente, fazendo de conta que você é desequilibrada, exigente demais, difícil ou coisas afins.
Ou seja, não compreende e quer lhe “culpabilizar” por saber o que quer e deseja e deixar isso claro pra ele que, por sua vez, não se interessa em lhe entender. Quando chovem “eu te amo”, mas faltam “bom dia”, “boa noite”, “como foi seu dia?” e outras pequenas demonstrações reais de afeto que podem ser demonstradas até quando a pessoa vai ao banheiro defecar! Em era de internet o estar ausente não é uma questão de distância física, mas de vontade. Faz-se presente quem, do outro lado do mundo, da afeto, cuidado e atenção. Repito: celular pode ser levado ao banheiro! E todos vão ao banheiro!
Quando você começa um assunto em que pede respeito e consideração e termina pedindo desculpas por ter abordado o “tema”. Quando o cidadão lhe jura amor, mas é comprometido e espalha que é “feliz” pelo mundo. Quando o cidadão é comprometido, afinal, quem engana uma, engana outra e quem não tem coragem para se separar, mas jura amor à outra pessoa, não terá coragem de se separar jamais!
Enfim, no fundo é fácil amiguinha, um dia você aprende a se amar e a hora de dizer “chega, eu não mereço incômodos”! Relações amorosas existem para lhe fazer bem, certo!? É incoerente? Não lhe compreende, mas "julga" mal? Frustra? Desista, você merece mais, ainda que isso signifique ficar na paz da sua bem resolvida solidão! A vida é muito curta para desperdiçar tempo esperando a mudança de atitude de quem não quer mudar. Não se trata de pressa, mas de ojeriza a perda de tempo!
Confesso que têm dias em que eu queria ser dessas pessoas que acreditam que o outro não fará com elas o que fez com outrem. Eu queria ser dessas pessoas que se acham especiais ou "milagrosas": a amante que confia cegamente no parceiro que traiu a esposa para ficar com ela, a amiga da fofoqueira que fala mal da outra "amiga", a namorada nova do rapaz que vive chamando a ex de "maluca" e que se faz de vítima o tempo todo, eu queria ser daquelas que acham que vão mudar o outro, que farão uma revolução benéfica na vida alheia.
Enfim, eu queria ser dessas criaturas que se acham mártires, salvadoras e super especiais! Acho que foram minhas experiências que fizeram de mim uma pessoa tão objetiva, racional e "desconfiada". Tão desapegada de desafios e do meu "ego". Sou segura de mim, porém tenho sempre com um pé atrás quando vejo falta de lógica e de coerência nas atitudes alheias.
Não creio mais em palavras, acredito no que vejo e morrerei sem crer no que não vi. Tornei-me mais exigente, mais seletiva e, consequentemente, incompreendida. Mas, francamente, também me tornei realmente independente da opinião alheia! Quem me ama, compreende sem criticar, quem não ama, não me interessa, quem diz que ama e não compreende? Ora, não ama!

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

José Clemente Orozco - mural «Cortés e a Malinche»

Mural na Escola de Santo Ildefonso, na Cidade do México. Malinche foi a intérprete, conselheira, amante e intermediária do conquistador espanhol Hernán Cortés.


Via mon ami Bernard Perroud

17 setembro 2017

«respostas a perguntas inexistentes (366)» - bagaço amarelo

Um lugar comum

Um destes dias aproveitei um interregno da chuva para caminhar na praia. Desde a minha adolescência que falo do mar aos meus amigos como uma necessidade constante na minha vida e, mesmo que não o veja. preciso de saber que ele está ali. O Atlântico, digo.
Na verdade, para além do Atlântico, sinto o mesmo com alguns amigos e familiares. Posso não os ver durante algum tempo, mas preciso de saber que estão ali. Da mesma forma que os visito ou marco um café com eles de vez em quando para matar saudades, vou caminhar junto ao mar outras vezes pelo mesmo motivo.
O Inverno é a minha estação preferida para o fazer, talvez por as praias estarem desertas quando o tempo piora. Gosto do desconforto da areia molhada a entrar-me nos sapatos e de sentir a ameaça do mar a morrer devagar aos meus pés como se fosse um gigante que se aninha docemente quando me vê. Às vezes paro e olho para trás para ver as pegadas que deixo na areia a desaparecer com o vento e com a água. É um lugar comum, eu sei, mas lembra-me sempre as memórias da minha vida a diluírem-se no tempo que passou. E é então que elas vêm novamente à superfície.
Nesse dia, em que caminhava sozinho com o segredo do vento, reparei que alguém fazia o mesmo no sentido contrário ao meu. Era apenas um ponto escuro na areia a deslocar-se na minha direcção e agradou-me a ideia de que pudesse ser alguém com pensamentos similares aos meus. À medida que nos fomos aproximando, apercebi-me que era uma mulher. Os seus cabelos dançavam energicamente com o capucho de um casaco grosso e de vez em quando ela parava para olhar para trás. Tal como eu, talvez estivesse também a ver as sua próprias pegadas a desaparecer.
Quando finalmente nos cruzámos dissemos olá um outro e continuámos.
E se nos tivéssemos cruzado numa avenida qualquer da cidade? É claro que não nos cumprimentávamos e, muito provavelmente, nem reparávamos um no outro. Continuei com esta lucidez de que a aproximação a alguém só é possível com alguma intimidade e partilha. Neste caso concreto, a nossa partilha era o mar. A intimidade também.
Olhei para trás mais uma vez, já a alguns vinte metros de distância dela, e os nossos olhares cruzaram-se. Dissemos adeus um ao outro e continuámos cada um no seu percurso solitário.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

«Namoro online» - Kikuo Johnson


Beber água como os gatos


Ou falta de pontaria?!

Com esta trancada fiquei com uma nódoa negra no pincel. É que a moça tinha umas guelras vaginais muito apertadas. Bem...é uma ferida de guelra.

Patife
@FF_Patife no Twitter

16 setembro 2017

«Beijo» - Susana Duarte

beijar-te-ia os olhos,
se de ti se aproximassem as pálpebras e,
no ímpeto da proximidade,
pudesse encostar, a ti, o rosto.
seria a impulsividade do abraço,
o moto da vida e o caminho-espaço
onde o tempo se estreita
e se torna infinito. a infinitude
onde te abraço, é a cor púrpura
do peito e a negação da solidão.
alma.
nesta cor onde navegas,
habita uma ave, livre,
a paixão calma,
nomeada, dita, entretecida
nos momentos onde risos e lágrimas
se enleiam nos gestos
e se tornam eternidade em nós.

beijar-te-ia.
suave melopeia de quatro olhos
que se navegam.
urze viva.

beijar-te-ia o centro navegante das noites
e saberia se as aves
cantam em dueto.
ouviria as doces notas do teu canto.
pudesse eu encostar, em ti, os olhos
que tudo ouvem. esses, residem
no peito, escavado de doces memórias,
onde é nosso o sorriso
da lua.

beijar-te-ia. e saberias que é nosso o riso.

pudesse eu
saber das noites inscritas no tempo
onde não há tempo para ser
só.
não há tempo para ser só.
há tempo, apenas, para sermos
dois. um. eternidade inscrita no espaço
das estrelas. claras,
luzentes, belas. sabemos de nós,
e sabemos do peito. sabemos
do corpo, finito, estreito,
conjugado a dois nas noites de chuva.

beijar-te-ia.
apenas isso sei.
declino em ti a maré.
e tudo o que és,
é aquilo que sei. do mundo,
nada mais importa.

a vida vive em ti.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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La vie en rose

Revista francesa de 1902, erótica e de humor sobre os costumes da época, com ilustrações interessantíssimas.
Junta-se a muitas outras revistas de época, na minha colecção.










A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

Postalinho das Autárquicas 2017 - 11

"Falemos então... de Bico!"
Paulo M.


15 setembro 2017

Aquecimento nos anos 70


Eva portuguesa - «Broncos»

É domingo à noite e estou eu calmamente no relax, apesar de ter os telefones ligados. Toca um por volta da uma hora da manhã e oiço muitas vozes com um sotaque terrivelmente acentuado do Norte. Um pergunta: 
- Olha lá, não queres bir ter cunosco a Santos?
Respondi: 
- Boa noite. Querido,eu não faço domicílios. 
- Oh, mas a gente bai-te pagar o táxi - diz o bronco, como se estivesse a anunciar que me oferecia 500€ a mais!...😒🙈. 
Voltei a repetir que não fazia, que tenho apartamento, ao que o FDP diz:
- Oh! Que sá fouda!
😒😒😒😒
Eu vou muitas vezes ao Porto (daqui a uma semana estou lá novamente 🤗) e as pessoas lá não são assim!
Estes são mesmo broncos, daqueles tipo cromos idiotas, burros e mal 🤧 educados que ninguém quer ter na coleção...😏
Kisses with misses.


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

«Lavou, Tá Novo - Episódio 05: “Onde cabem três...”» - Humores Urbanos

Conheça Maria Clara, a ex-namorada de Leonardo que o trocou 15 anos atrás por Rafael. Agora ela se une a Gisele e Oswaldo e todos estão sem lugar para ficar...

Talvez Leonardo tenha uma solução, mesmo que não goste da ideia.

Reencontra-a-Funda!

20º Encontra-a-Funda
Coimbra - 21 e 22 de Outubro de 2017

Estão abertas as inscrições.
Está tudo explicadinho na página do evento, no Facebook, mas também podes enviar-me um e-mail.