24 novembro 2017

John Kayser «Sitting»







«2050» - campanha do Reino Unido de luta contra o cancro da mama

«O entardecer na cidade!...» - Mário Lima


Empurra a porta do velho prédio. A luz, mortiça, dá a silhueta de um corpo de mulher. O seu olhar, percorre lentamente aquele corpo. Umas botas negras, de cano alto, realçam aquelas pernas bem torneadas que as separam da pequena saia justa, emoldurando umas ancas de sonho. Uma blusa, semiaberta, mostram os seios alvos, com os mamilos hirtos como se fossem perfurar aquela fina fazenda que lhe cobria o busto.

Serenamente fixou-o nos olhos. Um estremecimento percorreu-lhe o corpo. Sentia subir em si, o prazer da paixão, da posse, do prazer carnal. Toda ela era lume, toda ela era fogo, toda ela era sexo!

Não soube ao certo quanto durou aquele momento. Os seios, palpitantes, aguardavam-no, os lábios carnudos, num rosto bem emoldurado, abriam-se sequiosos. As pernas cruzaram-se lentamente, como a dizer que levaria o seu tempo, o tempo que fosse necessário para as abrir, sem pressas, sem necessidade de se saber se outro alguém estaria à espera dessas mesmas pernas, desse mesmo corpo.

Num sussurro, ela entreabriu os lábios mostrando uns dentes perfeitos e perguntou:

- Vens?!

Despertando do torpor que aquele ser lhe criara, ele subiu as escadas à procura do local onde tinha que ir e, sem lhe dizer palavra,... Não foi!

Mário Lima
Blog O sonhador

#aputalhismo - Ruim

Saudades do tempo que sabia quem é que aputalhava nas redes sociais. Duas fotos de "bico de pato", três de mão na anca numa filinha e expressão de "cupráboca"? É o vale tudo. Pesca de rede! Era só sacudir as tartarugas que vinham por engano e comer o tamboril. Agora disfarçam-se de amantes da natureza, good vibes, águas com aromas e o c#ralho-a-sete! Como é que um gajo sabe onde apontar a mira? Querem ver que agora temos de falar convosco, tentar conhecer a mulher por detrás da imagem feita para os restantes, perder-nos em conversas nocturnas entre risos mútuos e sorrisos roubados num adeus tardio de chat em vez de duas postas de pescada e uma foto da gaita?
Haja respeito.

Ruim
no facebook

23 novembro 2017

«Beijo gay» - Porta dos Fundos

Flores lindas azuis

Lote de 2 almofadas com padrão de flores azuis, que são pénis em diversos estados.
Mais um contributo para a «sexão» têxtil da minha colecção.






A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

«Amador, o masoquista» - Adão Iturrusgarai


22 novembro 2017

Mãos

Vi as tuas mãos ontem e são demais. Eu dou muita importância a mãos e pés. Não precisam de estar pintadas, basta serem lindas e as tuas são.

Tive pena de não me teres atendido... senti que me querias falar, que me querias excitar ao telefone.

Dizes que sabes muita coisa sobre sexo... temos que descobrir isso TUDO!
Hoje vou ter de bater uma a pensar em ti mas... em que cenário, que situação?
Masturba-te esta noite a pensar em mim e conta-me depois qual foi o teu cenário.
Foda-se, já me doem os tomates outra vez e só me apetece imaginar-te ajoelhada a fazeres-me um broche ou a pedir que te enrabe como tanto gostas.

Da criança grande

Postalinho de Coimbra

"Coimbra tem mais encanto!
Demonstração de dança no parque da canção, na margem esquerda do Mondego, junto à ponte de Santa Clara."
João C. M. F.-se


Seria o fim do mundo


21 novembro 2017

«Cotovias» - Susana Duarte

confundo sempre a chegada das flores
com a miragem do regresso, embora saiba
com exactidão onde residem as memórias.

confundo a chegada das flores com os dias
das imagens interditas-entre ditos-entre dentes
do desejo e das auroras desfolhadas.

mas não sei onde nascem as corolas,
nem onde se movem os dias insistentes-demorados
da partida. cantar a chegada das flores

soa, assim, ao canto fantasma das cotovias,
demoradas elas mesmas nos espaços abertos
das almas amanhecidas nas vertentes solares

das procuras e das almejadas marés azuis
onde, dantes,moravam os ombros

e os corpos todos da espuma e do ar sobrevoado
por entre os interstícios das peles.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Facebook

Betty Tompkins





Artes

Há momentos musicais que me arrancam arrepios quase tão grandes como quando alguém me beija o corpo como se me beijasse a alma.

Sharkinho
@sharkinho no Twitter