11 fevereiro 2018

Era o Tinder




Era um palminho de cara que qualquer gaja ficava logo a babar tal era o seu ar de príncipe e bem sabe que isso é que importa no Tinder, Senhor Doutor, é visualizar e toca a despachar.

A esta distância creio que talvez as imagens não estivessem nítidas ou então eu já estivesse toldada pelo Jack Daniels que nem calculei bem o tamanho, que é uma coisa que não conta mas vamos lá ver que isso só é verdade dentro de determinados parâmetros e ninguém está à espera que seja igual ao tamanho do meu polegar.

Ele era um homem alto como a torre do Big Ben e veio todo artilhado com óculos de realidade virtual que valha a verdade passavam filmes bons com gajos bons no género tudo ao molho e fé em Deus que sempre é mais excitante por ser menos real na nossa prática quotidiana e só me lembro de ver  gajos a cumprir a função de entrar por uma gaja adentro com a língua ou com os dedos ou com a pila até ela estremecer mesmo porque estava a ter um orgasmo. E como este príncipe do artifício tinha língua e dedos foi virtualmente aceitável e nem pensei em naturezas mortas.

Fungagá da picharada


"Estamos entregues à picharada." Foi assim que aprendi.

Patife
@FF_Patife no Twitter

10 fevereiro 2018

«simetrias» - Susana Duarte

somos, em todos os lugares
onde fomos geometrias
dizentes.

somos sombras, e simetrias
de corpos adjacentes,

nascentes de tudo,
e sementes de nada.

somos, em todos os lugares
onde fomos chão,
compostura,
expiação,

procura absurda dos olhos
grandes
que os seios
ocultam.

somos, em todos os lugares,
interditos,

entre-ditos, e
entre dentes;

flores rasas de cada manhã.

somos, em cada nascente,
rasos

como os voos longos
das asas que não me dás.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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Um sábado qualquer... - «Bastidores da criação»



Um sábado qualquer...

Falinhos de S. Gonçalo de Amarante

Par de pequenos ímans de frigorífico, um preto e um dourado, na minha colecção.
"Falo de S. Gonçalo - entre o Sagrado e o Profano. Símbolo de bons casamentos e fertilidade. S. Gonçalo de Amarante, conhecido como beato (a atribuição de santo veio do povo e não da Igreja), ficou conhecido pelos casamentos que ajudou a realizar. A sua fama de casamenteiro - tal como o S. António - veio mesmo a calhar, unindo o pagão com o cristianismo entretanto institucionalizado. Esta história foi fundamental para incorporar a imagem do santo como substituta de antigos ritos ligados à fecundidade.
S. Gonçalo ficou, assim, ligado práticas religiosas antigas, de culto à fecundidade da terra. Salva velhinhas da viuvez ajudando-as a casar novamente, ajuda a impotência dos homens que lhe rezavam a pedir solução. As solteiras roçam os seus corpos no túmulo do santo na ânsia de se tornarem férteis ou arranjarem marido. Começaram a honrá-lo com um símbolo tão antigo quanto a existência humana, o falo que, aqui, é feito com originalidade e ao qual podemos apelidar de «caralhinhos», «colhões» ou, ainda, «quilhõezinhos» de S. Gonçalo" - Texto da loja Matriz, em Amarante






A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

09 fevereiro 2018

Postalinho de Florença - 5

"Perseus exibe a cabeça de Medusa.
1545.
Estátua em bronze de Benvenuto Cellini (1500-1571), na Piazza della Signoria, em Florença.
A Medusa era bem jeitosa... mas o rabiosque do Perseus não lhe ficava atrás."
Paulo M.







«O despertar» - Mário Lima


Entrei a medo. Uma lamparina iluminava vagamente o interior mostrando uma pequena cómoda e pouco mais. Na parede uma imagem protectora.

Olhei para ti. Deitada na esteira, aguardavas-me como se esse acto fizesse parte do teu dia a dia. Confesso que bebi um pouco para ter a coragem suficiente para te bater à porta. Cá fora, o bulício próprio das noites quentes de África, homens procuravam mais uma noite de prazer.

De vez em quando gritos ecoavam, uma mão caía com força na cara de uma mulher obrigando-a a prostituir-se para os seus vícios.

Em cada porta havia um corpo desgastado pelo tempo aguardando que um olhar se voltasse para ele a fim de que mais uma migalha de pão pudesse ser tragado pelo candengue que na escuridão da cubata a tudo assistia.

Mas tu não, aguardavas-me silenciosa perscrutando-me com os teus olhos negros. Sinto que sorriste ao de leve ao sentires a minha atrapalhação. Fizeste-me sinal para me sentar a teu lado.

Deslizaste a mão suavemente pelo meu corpo suado. Corpo imberbe ainda, onde aqui e ali um pequeno tufo de pelos anunciava o fim do adolescente e o principio do homem.

No meu jeito desastrado, como a descobrir a essência do corpo de uma mulher, procurei corresponder mas, os sentidos nublados pelo etílico inibia-me o gesto, o movimento e, a mão, quedou-se nos teus peitos hirtos.

Pouco a pouco foste-me retirando cada peça de roupa, o teu corpo de corça enroscou-se no meu, os sentidos foram despertando lentamente como se a fronteira existente entre o adolescente e o homem fosse um pequeno abismo que tivesse que ser transporto não de um salto mas sim, como se tivesse que contornar cada obstáculo, devagar, devagarinho saboreando ao máximo o abandono do corpo de menino.

Depois o êxtase, o clímax, deitado a teu lado, o meu corpo de homem abraçou o teu cor de ébano e adormecemos profundamente.

Mário Lima
Blog O sonhador

Os enteados de Deus



HenriCartoon

#louisck - Ruim







Do que vale fazer comédia se não nos podemos masturbar em frente a duas mulheres num quarto de hotel?

Ruim
no facebook

08 fevereiro 2018

«Massagem» - Porta dos Fundos

Michal Buddabar - 179/2015


Via mon ami Bernard Perroud

«Saci Pererê» - Adão Iturrusgarai


Sexe, amour et volupté à Rome

Número especial da revista francesa Historia, de Novembro de 2017, sobre o sexo, o amor e a volúpia em Roma (império romano).
A cultura é uma coisa muito linda e também é uma componente muito importante da minha colecção.





A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)