10 março 2018

«esta noite» - Susana Duarte

esta noite, escreverei para ti.

sabes amar as palavras deitadas
sobre os teus dedos, como as vinhas
do norte e a terra sob os teus pés.

sabes do amor e das palavras,
e fertilizas o olhar da noite
com o indizível das uvas
e o futuro das sementes
que, de ti, nascem.

a cada manhã.

seremos sempre a poesia
que das vozes emana.

amar-me-ás
sob o céu azul dos futuros
antevistos.
e sobre o húmus
e o útero da terra,
e sobre o corpo,
Gaia-mãe, dança
da terra sobre os dedos,
e sobre as folhas
ávidas do verão
dos seres.

esta noite, escreverei.

para ti.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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Memória de elefante

Grãos de café malandrecos

Pequena embalagem de chocolate de leite com grãos de café torrados, da Amazónia Peruana.
Oferta da Daisy e do Alfredo Moreirinhas, trazida da sua viagem ao Perú em 2017.
Mais um objecto para a «sexão» do que não é suposto ser erótico, da minha colecção.





A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

09 março 2018

Postalinho de Florença - 9

"Estátua de mulher em mármore branco, à venda na Galleria Frilli, em Florença.
Ficava tão bem, na colecção de arte erótica «a funda São»..."
Paulo M.



Andrija Maurović - «Auto-retrato»


Via mon ami Bernard Perroud

«Jardins Proibidos» - Mário Lima




"Deixa-me Retirar as Pétalas das Flores Do Teu Jardim"

Mário Lima

#torresvedrassempelo - Ruim


Como alguns dos seguidores do @instadoruim já perceberam, hoje fui à minha primeira sessão de depilação a laser na Maria Beneditta - Maison de Beauté em Torres Vedras. A boa gente desta cidade está sempre a pensar em mim, seja a pôr-me mais suavezinho ou a conservar-me em Vinha D’Alhos nos 6 dias do Carnaval. Uma vez por mês, irei relatar o que é ficar despojado da minha heterossexualidade aos poucos até ao ponto de me poderem chamar Cassandra daqui a uns meses. Todo o bom homem moderno gosta de aparar a relva quando uma jogadora salta do banco (para a cama), mas a coisa é sempre feita às três pancadas com uma Gillete e, se um gajo não tem cuidado, acaba por tirar sashimis do próprio corpo. Cremes depilatórios e afins são tão agradáveis como entalar os tomates na porta do pendura de um Seat Ibiza e nem vamos falar da cera. Ou vamos? Vamos. Sabem onde é que a cera deve estar? Nas velas. Sabem onde é que a cera não deve estar? No meu peito. Assunto cera encerrado. Sobra o quê? Depilação a laser. Há todo um imaginário masculininfantil aqui em jogo, pois eu associo lasers a Star Wars. Aliás, eu e todos os homens-crianças. Senhoras, este é o selling point da depilação a laser para os vossos queridos:

- Chewbacca, que tal irmos tirar essa lã toda?
- Isso dói!
- É uma pistola que faz patshiu-patshiu. Que tal? E compro-te um balão e um gelado!

A coisa é bastante simples: entras na Maria Beneditta, ignoras a beleza das raparigas, evitas fazer piadas tipo “Olá, Gira. Não sei o teu nome, mas como tens cara de gira…!”, entras numa salinha parecida com a dos filmes do Saw, tiras a roupa, ouves uma série de mentiras sobre aquilo não doer rigorosamente nada, finges que acreditas, passam-te um gel fresquinho no lombo, evitas fazer piadas tipo “Ó Gira, faltou ali um bocadinho de gel nos…” e começas a levar tiros laser com uma pistola dos códigos de barras que se vê na caixa de alguns hipermercados. Escusam de fazer esta piada. Eu fiz e ouvi “é isso mesmo, o porco está em saldo!”. Não dói assim tanto. Dica: não chamem nomes à rapariga que ela não gosta. É complicado resistir a chamar nomes a alguém quando estás a levar com tiros laser na entremeada, mas não sejam infantis. Por exemplo, eu decidi chamar nomes às peças de mobília que estavam na sala:

- Não está a doer nada, mesmo nad…AHHHHH! SUA CADEIRA… SUA… ODEIO-TE, CADEIRA. Mesa. Aquela mesa é nojenta. Odeio aquela mesa…. Ah… agora não está a doer… isto até é fix…AHHHHH, VAI PARA A ESTANTE QUE TE PARIU, MESA. Cadeira… ai… ainda falta muito?

Quanto mais forte, viril e máscula for a tua penugem, mais irá custar. Por isso, se fores uma transmontana, prepara-te para sofrer. Estou a brincar. Elas não se depilam!

- Então e nós, Ruim? – perguntam as mais de 35000 seguidoras a quem este post se destina e que não vivem em Trás-Os-Montes.

Vocês podem e devem fazer isto JÁ. Se eu que pareço um urso pardo ganhei coragem, está na hora de vocês – suas princesinhas de buço – fazerem algo por vocês próprias sem ser olharem para a balança e dizerem “isto não deve estar a funcionar bem!”.

Para o mês que vem, a ver se gravo um vídeo da sessão.

Ruim
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08 março 2018

«Gatas» - Porta dos Fundos

«Los 3 Amigos» - Adão Iturrusgarai


Sentado num canhão?!

Postal com imagem de Huaco erótico do Museu Larco em Lima, Perú.
Oferecido pela Daisy e pelo Alfredo Moreirinhas para a colecção, trazido da sua viagem ao Perú em 2017.



A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)