07 julho 2018

«talvez o poema» - Susana Duarte

talvez o poema só nasça
depois de ter sido escrito na pele,
demorando-se sobre os cílios

e as curvas lentas dos braços
-depois de, neles, ter residido a aurora,
madrugada de sal.

se o poema nascer
depois de uma aurora de sal, talvez
saibas, então, da ausência

dos homens,
e das vidas esgotadas
das flores azuis
que enchem prados anónimos.

o poema poderá nascer das raízes
onde, ocultas, se entranham
as inverdades que, no íntimo,
repetimos aos olhos

e, depois, decalcamos nos poros
sedentos
de toda a pele,

onde queremos ver escritas
as palavras
húmidas e sedentas (talvez
as mais raras), da boca

onde, então, calamos
toda a angústia.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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«Dance me to the end of love» - Mário Lima



"... Dança comigo e que o amor nunca se acabe!"

Mário Lima

Prendinhas recebidas de França

Lote de 4 postais ilustrados e um "selo", oferta do vendedor do conjunto La Perla Black que comprei recentemente para a colecção.









A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

06 julho 2018

Postalinho de Vila do Conde

"Arte urbana em Vila do Conde"
Alfredo Moreirinhas


«Sobre (des) respeito e falta de empoderamento de classe: sobre as "putas"! - parte 3» - Cláudia de Marchi

(...)
Eis que estou, em que pese (auto) inserida num padrão excessivo de seletividade e empoderamento, numa classe desunida, reprodutora de machismo e que não busca, em sua maioria, se empoderar. (Frise-se que malhar para ter coxas de jogador de futebol, colocar silicone onde pode no corpo e vestir roupa justa e curta enquanto usa nome fake na internet não é ato de empoderamento.) Sim, falo das "putas"!
Fala-se em gordofobia quando se chama alguém de "gordo", racismo por chamar afrodescendente de "negão" e machismo ao dizer "isso é coisa de mulherzinha", por exemplo. E não discordo da existência do preconceito exemplificado aí, não! Mas, por que se chama o cidadão infame de "filho da puta"? Por acaso, por ser puta a mulher não pode ser proba e boa mãe? Gostar de sexo não afeta a moralidade de ninguém: moral é moral, sexo é sexo e ser pervertido no segundo não significa sê-lo na primeira.
Por que se diz que o Brasil ou o Congresso Nacional são "puteiros"? Eu nunca fui num, mas por acaso não existe organização nos prostíbulos atualmente? Por que a esposa infiel ou a namorada que lhe deu o fora são chamadas de "putas"? Por acaso toda puta trai o marido ao invés de dizer que está infeliz? Toda puta namora com você e lhe dá um "pé na bunda"?
Eu nunca fui infiel, jamais seria! Sou e sempre serei a favor do "perdi o tesão, vamos manter o respeito e nos separarmos", vez que ainda não cheguei ao nível de sugerir uma relação poliamorosa, onde, diga-se, há mais lealdade do que na maioria das relações monogâmicas, haja vista que não se omite contato com outros do parceiro.
Feministas não querem o uso do termo "pare de agir como mulherzinha" ou "isso é coisa de mulherzinha", mas chamam os machistas escrotos de "filhos da puta"! Entendeu como está "raça" é desunida? Ou está me chamando de "vitimista"? Pois eu não sou! Sou racional. Eu não digo que o preconceito que você sofre é vitimismo e você deve respeitar aquele que eu sofro, a única diferença é que sou uma das poucas a me expor, vez que as putas em geral não se rebelam contra a marginalização social na qual são inseridas, não se unem e se omitem.
São poucas as que, como eu, se afirmam sem vergonha alguma, até mesmo porque, do jeito que o Brasil está eu teria vergonha de dizer que sou "deputada" (quando envolvida em esquema de corrupção), "juíza" quando parcial, "procuradora" que não perscruta provas ou "um bom pai de família", quando infiel ou ausente.
O Brasil e sua política nunca foram um puteiro, meu caro! O Brasil e sua política podem ser chamados de "família tradicional patriarcal": o macho comanda, a infidelidade rola solta, quando descoberta é ignorada em prol da imagem falsa de "família feliz". Enfim, o que comanda a "instituição" é a hipocrisia e a vontade de parecer belo para inglês ver!

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

#punhetismo - Ruim






Se estás agarrado ao telemóvel a ler este post a esta hora é porque não te safaste. Vai para casa e dá uso à mão.

Mais uma noite igual às outras, campeão.
Ruim
no facebook

05 julho 2018

O DiciOrdinário já anda por aí...

... e se quiseres comprá-lo com uma dedicatória personalizada da São Rosas, podes encomendar aqui.


Herman José revela um segredo de uma peça de José Castelo Branco

«Otimista e pessimista» - Adão Iturrusgarai


Erotismo levado a peito

Conjunto La Perla Black Label de soutien com padrão de gravuras eróticas e cueca de renda preta.
Junta-se à «sexão» têxtil da minha colecção.








A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
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