"Isto é ter teias de aranha"
Vicentezão
20 julho 2018
«Acompanhantes vs. pseudo-acompanhantes» - Cláudia de Marchi (post "Pessoas para não ser, atitudes para não imitar" de 4/062017)
Acho toda conduta exibicionista (vídeos, nudez e etc.) postada gratuitamente em rede social, desnecessária, pois fazem chover machistas sem classe com comentários como "delícia", "gostosa" e etc., e eu tenho aversão a menções vulgares fora da hora do sexo (quando tudo vale!) (...)
Está na hora das pessoas livrarem-se do mito da "gostosona-exibida-tarada": daquele perfil de mulher que mostra em roupas curtíssimas, justíssimas e decotadas os seus atributos, que manda ou posta fotos nua e "por isso" é devassa e boa de cama. Ser discreta, elegantemente trajada, não siliconada e fora dos padrões de beleza não faz da mulher sexualmente fria. "Boa de cama" é a pessoa (homem ou mulher) que goza, que gosta de sexo e é liberta de pudores, repressões anímicas e nojinhos.
Não há necessidade de andar semi-nua por aí para ser uma acompanhante/mulher talentosa no sexo, basta realmente gostar de gozar!
Há séculos quem se veste e exibe-se (em sinaleiras e prostíbulos) não são as auto-intituladas "acompanhantes de luxo" que, teoricamente, deveriam selecionar a sua clientela e expor-se pouco, são as prostitutas que sempre fizeram isso. São elas que vão a caça de sexo, ao invés de aguardar em segurança e confortavelmente os contatos de pretensos clientes. Mas, graças a internet, as pseudos "acompanhantes de luxo" estão mostrando um lamentável desespero dando azo ao falocentrismo de homens bobos, punheteiros, nada seletivos, educados ou elegantes!
Em cada 50 mulheres que se intitulam como "acompanhante de luxo", uma ou duas tem as atitudes e a postura elegante e diferenciada que delas se espera. A maioria é como o médico embusteiro "formado" em Grey's Anatomy, o bacharel que se diz advogado e quer ser chamado de "doutor", a esteticista que se acha dermatologista, o assessor do magistrado que age como juiz e etc., enfim, são fraudes.
E é por isso que tantos homens desabonados e sem educação me procuram, pois acabam generalizando, afinal as pseudo-acompanhantes dinheiristas e sem seletividade abriram as portas do inferno da misoginia para que qualquer bagaceira acesse um site e ache que pode contratar a mulher que desejar sem que ela tenha filtro algum.
Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!
Está na hora das pessoas livrarem-se do mito da "gostosona-exibida-tarada": daquele perfil de mulher que mostra em roupas curtíssimas, justíssimas e decotadas os seus atributos, que manda ou posta fotos nua e "por isso" é devassa e boa de cama. Ser discreta, elegantemente trajada, não siliconada e fora dos padrões de beleza não faz da mulher sexualmente fria. "Boa de cama" é a pessoa (homem ou mulher) que goza, que gosta de sexo e é liberta de pudores, repressões anímicas e nojinhos.
Não há necessidade de andar semi-nua por aí para ser uma acompanhante/mulher talentosa no sexo, basta realmente gostar de gozar!
Há séculos quem se veste e exibe-se (em sinaleiras e prostíbulos) não são as auto-intituladas "acompanhantes de luxo" que, teoricamente, deveriam selecionar a sua clientela e expor-se pouco, são as prostitutas que sempre fizeram isso. São elas que vão a caça de sexo, ao invés de aguardar em segurança e confortavelmente os contatos de pretensos clientes. Mas, graças a internet, as pseudos "acompanhantes de luxo" estão mostrando um lamentável desespero dando azo ao falocentrismo de homens bobos, punheteiros, nada seletivos, educados ou elegantes!
Em cada 50 mulheres que se intitulam como "acompanhante de luxo", uma ou duas tem as atitudes e a postura elegante e diferenciada que delas se espera. A maioria é como o médico embusteiro "formado" em Grey's Anatomy, o bacharel que se diz advogado e quer ser chamado de "doutor", a esteticista que se acha dermatologista, o assessor do magistrado que age como juiz e etc., enfim, são fraudes.
E é por isso que tantos homens desabonados e sem educação me procuram, pois acabam generalizando, afinal as pseudo-acompanhantes dinheiristas e sem seletividade abriram as portas do inferno da misoginia para que qualquer bagaceira acesse um site e ache que pode contratar a mulher que desejar sem que ela tenha filtro algum.
DiciOrdinário - a Picha Técnica
A Picha Técnica desta segunda edição é a mesma da primeira, porque em equipa que ganha não se mexe.
Podes encomendar o DiciOrdinário aqui:
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(com direito a dedicatória personalizada pela São Rosas)
#constancismo - Ruim
Quão complicada é a vida de quem faz bicos? Bicos. Não estou a falar de quem executa felácios a troco de numerário, mas sim bicos. Literalmente bicos. Uma pobre operária chamada Constança que esteja encarregue de fazer os moldes de bicos de plástico para passarinhos de brincar ali para os lados de Póvoa de Santa Iria. A quantidade de vezes que a Constança teve de se justificar perante os outros. De explicar todo o processo de fazer bicos de plástico a uma mesa de jantar de grupo totalmente em silêncio a olhar para ela. Ou o marido da Constança - o senhor Leonel, pedreiro - que ouve os colegas a rir. "Costa, a mulher do Leonel faz uns grandes bicos!". Será que - vamos supor - um dos moldes de plástico lhe salta das mãos ainda quente, lhe acerta no lábio, deixa marca e ela diz "esta ferida? O mesmo de sempre! A fazer bicos!"? Deve ser tão complicada a vida de Constança. Porque não intitular-se como "beek manager"? Soa bem, é cool e tem funcionado para os project managers fingirem que fazem qualquer coisa da vida. E no final da tarde, à mesa - Constança, Leonel e os dois filhos - jantam em paz, os putos gritam e o Leonel dá um murro na mesa a dizer "silêncio, a vossa mãe fez 590 bicos hoje, porra! São eles que metem o pão na mesa!". E a vida sexual deste casal? Como é que o Leonel pede um bico sem a mulher se agarrar à cara a chorar ou lhe entregar um passarinho de brincar?
Problemas? Vocês não têm problemas. A Constança tem.
Ruim
no facebook
Problemas? Vocês não têm problemas. A Constança tem.
Ruim
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19 julho 2018
Mulher com a mão num seio
Pequena estatueta em bronze com base em mármore.
Pode ser considerada uma peça mais sensual do que erótica, mas atinge os mínimos para fazer parte da minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Pode ser considerada uma peça mais sensual do que erótica, mas atinge os mínimos para fazer parte da minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
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18 julho 2018
Natti Natasha ❌ Ozuna - «Criminal»
A cantora dominicana Natti Natasha com Ozuna, cantor de reggaeton.
DiciOrdinário - aplausos!
A primeira edição já tinha sido um sussexo... mas tínhamos que dar outra!
As 319 entradas novas têm um símbolo a identificá-las.
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(com direito a dedicatória personalizada pela São Rosas)
17 julho 2018
«lugar do amor» - Susana Duarte
- Foram dez, os lugares do amor… - pensou ela.
A estação dos comboios foi, de todos, o primeiro e, de todos, o derradeiro. As portas do ocidente abriram-se-lhe, olhos postos no sorriso que anteviu e no encontro que –temia- poderia nunca acontecer. O encontro, afinal, aconteceu, e teceu-se com as mãos que anteciparam os beijos, as madrugadas claras, e o suor dos corpos reencontrados.
Refém de si mesmo, e dos cabelos negros que abraçava, ele libertava anos de procura, ao mesmo tempo que, dos seus olhos, saíam névoas preocupadas: tudo mudara e, no entanto, tudo tinha, ainda, que mudar.
- Este é o segundo dos lugares do amor… - pensava ele, mãos dadas sobre o leito, sorrisos postos no futuro que antevia.
A vida acontece inesperadamente. Confronta. Exige respostas e capacidade de ajustamento. Acontece. Ao acontecer, traz consigo o cheiro de todas as infâncias, o eco de todos os receios, e a inevitabilidade das decisões. Ele intui que, a partir dali, outros serão os lugares do amor. E sabe que, a partir daquele encontro, tudo mudou e, no entanto, tudo terá, ainda, que mudar.
Os dias sucedem-se, e os lugares do amor são vividos com a respiração ofegante de quem quer viver a vida toda nos dias que lhe são dados, um de cada vez, hora a hora, segundo a segundo. E, inevitavelmente, acabam.
O rio, navegante incansável, escorre ali mesmo, entre as margens que o delimitam e são, simultaneamente, todas as suas possibilidades de progresso e caminho. O rio foi o nono lugar do amor. Sobre ele, fluíram marés originadas por aquele encontro. O mundo tinha mudado a lógica das coisas. A inevitabilidade do encontro, também mudara tudo o que conheciam. Os corpos transpiraram marés, por sobre o fluir do rio, e por sobre o fluir daquelas duas vidas.
-Este deveria ser, apenas, um dos lugares do amor-pensavam eles-, mas o derradeiro será aquele que apartará os corpos.
Se sonharam, nessa noite, sonharam com as flores colhidas, após as sementes deixadas na terra, numa sucessão de estações que viveriam juntos. Sonharam, talvez, com as noites, e os dias, e o devir. Sonharam, talvez, que tudo o que ainda tinha que mudar, já estivesse mudado, portas abertas, a ocidente, para todos os lugares do amor. Sonhar os luares do amor era a única forma de não ficar só. a solidão da separação, após ter tocado o amor, é escura, e fria, e dolorosa, e inevitável e, aparentemente, eterna. Escrever a vida, trilhando caminhos sem dar as mãos, depois de conhecer os lugares do amor, é aprender a caminhar numa noite longa e fria. Acordar, pois, é antever a ferida aberta no íntimo do corpo, e descobrir o frio na aparente invencibilidade com que se acorda em cada dia.
Ele, e a metade de si, separar-se-ão naquele que foi o primeiro-e será o derradeiro-lugar do amor, aquele onde se olharam nos olhos e deixaram as lágrimas soltar a noite de chuva que viveram, dias antes, os dois, de mão dada a enfrentar as intempéries-todas-, que acreditaram poder vencer.
Ficarão ligados, para sempre, aos dez lugares do amor. Abraçar-se-ão em cada sonho, em cada recanto de cada palavra. Saberão da inevitabilidade do reencontro. Até lá, reaprenderão a vida, e a morte, e a saudade, e o amor, e a ternura, e a ausência, em cada primavera antecipada, em cada estação que, todavia, os separar ainda.
- O décimo-primeiro lugar do amor, terá que ser aquele onde perdemos as mãos, porque o outro as levou consigo - pensou ela.
Ao mesmo tempo, ele pensava que as mãos que deixou, voltarão a si, no momento em que devolver aquelas que, consigo, em si, levou. Porque sabe, desde já, que se encontrarão no abraço, aquele que será dado no décimo-primeiro, talvez último, lugar do amor.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Facebook
A estação dos comboios foi, de todos, o primeiro e, de todos, o derradeiro. As portas do ocidente abriram-se-lhe, olhos postos no sorriso que anteviu e no encontro que –temia- poderia nunca acontecer. O encontro, afinal, aconteceu, e teceu-se com as mãos que anteciparam os beijos, as madrugadas claras, e o suor dos corpos reencontrados.
Refém de si mesmo, e dos cabelos negros que abraçava, ele libertava anos de procura, ao mesmo tempo que, dos seus olhos, saíam névoas preocupadas: tudo mudara e, no entanto, tudo tinha, ainda, que mudar.
- Este é o segundo dos lugares do amor… - pensava ele, mãos dadas sobre o leito, sorrisos postos no futuro que antevia.
A vida acontece inesperadamente. Confronta. Exige respostas e capacidade de ajustamento. Acontece. Ao acontecer, traz consigo o cheiro de todas as infâncias, o eco de todos os receios, e a inevitabilidade das decisões. Ele intui que, a partir dali, outros serão os lugares do amor. E sabe que, a partir daquele encontro, tudo mudou e, no entanto, tudo terá, ainda, que mudar.
Os dias sucedem-se, e os lugares do amor são vividos com a respiração ofegante de quem quer viver a vida toda nos dias que lhe são dados, um de cada vez, hora a hora, segundo a segundo. E, inevitavelmente, acabam.
O rio, navegante incansável, escorre ali mesmo, entre as margens que o delimitam e são, simultaneamente, todas as suas possibilidades de progresso e caminho. O rio foi o nono lugar do amor. Sobre ele, fluíram marés originadas por aquele encontro. O mundo tinha mudado a lógica das coisas. A inevitabilidade do encontro, também mudara tudo o que conheciam. Os corpos transpiraram marés, por sobre o fluir do rio, e por sobre o fluir daquelas duas vidas.
-Este deveria ser, apenas, um dos lugares do amor-pensavam eles-, mas o derradeiro será aquele que apartará os corpos.
Se sonharam, nessa noite, sonharam com as flores colhidas, após as sementes deixadas na terra, numa sucessão de estações que viveriam juntos. Sonharam, talvez, com as noites, e os dias, e o devir. Sonharam, talvez, que tudo o que ainda tinha que mudar, já estivesse mudado, portas abertas, a ocidente, para todos os lugares do amor. Sonhar os luares do amor era a única forma de não ficar só. a solidão da separação, após ter tocado o amor, é escura, e fria, e dolorosa, e inevitável e, aparentemente, eterna. Escrever a vida, trilhando caminhos sem dar as mãos, depois de conhecer os lugares do amor, é aprender a caminhar numa noite longa e fria. Acordar, pois, é antever a ferida aberta no íntimo do corpo, e descobrir o frio na aparente invencibilidade com que se acorda em cada dia.
Ele, e a metade de si, separar-se-ão naquele que foi o primeiro-e será o derradeiro-lugar do amor, aquele onde se olharam nos olhos e deixaram as lágrimas soltar a noite de chuva que viveram, dias antes, os dois, de mão dada a enfrentar as intempéries-todas-, que acreditaram poder vencer.
Ficarão ligados, para sempre, aos dez lugares do amor. Abraçar-se-ão em cada sonho, em cada recanto de cada palavra. Saberão da inevitabilidade do reencontro. Até lá, reaprenderão a vida, e a morte, e a saudade, e o amor, e a ternura, e a ausência, em cada primavera antecipada, em cada estação que, todavia, os separar ainda.
- O décimo-primeiro lugar do amor, terá que ser aquele onde perdemos as mãos, porque o outro as levou consigo - pensou ela.
Ao mesmo tempo, ele pensava que as mãos que deixou, voltarão a si, no momento em que devolver aquelas que, consigo, em si, levou. Porque sabe, desde já, que se encontrarão no abraço, aquele que será dado no décimo-primeiro, talvez último, lugar do amor.
Susana Duarte
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