07 setembro 2018

«Toda nudez será castigada» - Lia Bock

Este resumo não está disponível. Clique aqui para ver a mensagem.

DiciOrdinário - com desconto para encomendas até 15/9

As livrarias não têm o DiciOrdinário em stock, pois os livros da Chiado estão só disponíveis por encomenda. E o preço de capa é de € 14.
Para comemorar os 5.000 seguidores atingidos na minha página no Facebook, as encomendas que me forem feitas até 15/9 terão um preço especial de € 12 (com portes de envio grátis em correio normal) ou € 15,85 (se preferires o envio por correio registado). Basta que indiques, nas observações da encomenda, o código MAMILO (que é aquilo a que o Facebook tem mais alergia).
E, se quiseres, posso enviar-te o DiciOrdinário com uma dedicatória.


#funkismo - Ruim

Inúmeras histórias de amor surgiram após um convite para dançar. Quantos dos nossos pais ou avós se conheceram desta forma num baile? E a palavra é essa: baile. As pessoas bailavam. "Estava eu sentada numa cadeira quando o teu avó se aproximou, tirou o chapéu e me perguntou se eu aceitava dançar. Até corei!". Isto é enternecedor e é algo que nos dá gosto ouvir. Espero que daqui a 40 anos haja também uma senhora a dizer "estava eu a dar tudo na pista a dançar o funk "Mete a Rola na Minha Buceta" quando o teu avô se começou a roçar e eu senti o Capitão Nascimento dele a pôr-se em sentido! Até corei!" porque também é uma história engraçada e dá gosto ouvir.

Ruim
no facebook

06 setembro 2018

Postalinho de Praga - 2

"Sex Machines Museum" (museu das máquinas do sexo), em Praga.
Como acontece com outros museus do erotismo, tem muitas peças que eu gostaria de ter... mas a colecção de arte erótica «a funda São» também tem muitas peças que este museu não tem.
Esta é uma das peças mais bonitas, completas e interessantes: uma casa com personagens em cenas de sexo nas diferentes salas, sendo accionadas mecanicamente, através de uma manivela. Tal como acontece com alguns dos mecanismos e segredos da minha colecção, a exposição mostra um vídeo contínuo com os personagens (bem) animados."
São Rosas











«Scrottish» - Adão Iturrusgarai


À espera…

A versão da Milena Miguel da ideia de Paulo Moura para uma variante da Santa Paciência.
Outra peça idealizada por mim e interpretada por uma artista, para a minha colecção.








A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

05 setembro 2018

Filhos de branco 3 - «Abandonada» - Mário Lima

Inicialmente na zona onde estive, as lavadeiras eram poucas, haviam sim os "lavadeiros", moços que iam ao quartel buscar a roupa e depois de pronta entregavam-na. Quando lá cheguei, dezembro de 1973, já as lavadeiras estavam "instituídas" e não me lembro de ver rapazes a fazerem esse serviço. Andavam sim, junto às oficinas e nada mais.

Ali estavam então à minha frente, a minha lavadeira e a lavadeira grávida. Um pouco acanhadas em falar comigo, estranhei o facto, pois as conversas eram normalíssimas, o entregar a roupa, verificar se as mesmas estavam todas, o pagamento da tarefa e pouco ou nada mais.

A mais velha, depois de algum silêncio, lá me disse o que se passava. Até hoje estou por saber a razão porque fui escolhido para essa tarefa. Dava-me muito bem com os locais. Ia muitas vezes até à povoação, inteirava-me dos seus usos e costumes, assistia ao "tchikumbi" e era convidado para algumas festas. O fiote é por norma, um povo simpático, afável e de bom trato. Ia caçar quando estava disposto a isso, pastorava quem tinha rebanho e o resto do tempo era passado em franco convívio com os seus amigos.

A minha lavadeira explicou que a sua amiga estava grávida de um alferes lá do quartel, que depois de saber que ela estava grávida, tinha deixado de aparecer e ela tinha deixado de ser a lavadeira dele.

Pediram-me para interceder, de forma a que ele voltasse de novo para ela e pudesse participar nas despesas quando, no futuro, o filho que estava a ser gerado, viesse ao mundo.

De nada valeu a minha alocução junto ao alferes (que já não me lembro quem era) e, pouco tempo depois, devido a minha companhia ser de rendição individual, esse alferes foi-se embora.

A criança iria nascer nua.

Mário Lima
Blog «A tua vontade é a tua vitória»

P.S. - O sentido aqui é figurado, pois todos nós nascemos nus, mas depois do nascimento há sempre uma roupa que nos tapa. O alferes ao não assumir a paternidade, e isto tem a ver com o facto que todas as que se relacionavam com um tropa e embora tivessem mais roupa para lavar de outros tropas, eram fieis a esse companheiro até ele se ir embora, e ao não participar na evolução e nascimento do filho, o mesmo não teria, quando nascesse, roupa para o tapar.

foto: Fernando Correia


Postalinho de Praga - 1

"Dois homens a urinar para a República Checa.
Estátua de David Černý no pátio do Museu Kafka, em Praga."
São Rosas















Postalinho costa a costa

"Já experimentaste pesquisar «Espinho» no Google Maps?»
Nelson S.


"Pois... mas experimenta pesquisar «Itapiruba» (Brasil) também no Google Maps..."
Sérgio F.


04 setembro 2018

«Pedras» - Susana Duarte

não posso escrever sobre as pedras

escreverei sobre a pele: a pele dada
em noite de brumas, vivida em solos de
espumas, brancas, da maré que em ti fui.

não posso escrever sobre as pedras

escreverei nos teus olhos as noites
serenadas sob mãos cansadas dos dias
e sôfregas de noites claras. em ti, ainda,

a avidez solitária do lobo que caminha
e devasta desertos de ervas poeirentas,
delas afastando as pedras, piroclastos
da existência, quando, inesperadamente,
a vida nos deixou escrever sobre o pó.

não posso escrever sobre as pedras

antes a luz clara do papel dos teus olhos,
a luminosa sabedoria das palavras
silenciadas no beijo claro que me deste.

escreverei esse beijo em cada olhar
dirigido ao céu que miras, aí, a oriente,
perscrutando o sonho e glorificando
o que antevês em cada movimento,
e nas pegadas de caminhantes invisíveis.

não posso escrever sobre as pedras
caídas dos teus olhos sobre o ferro duro
da existência. mas posso escrever no peito
as noites infindas da memória, tornando-as
sal da existência, caminho onde caminho,
as noites todas da minha vida, e a indefinível
paixão com que delimitas o espaço onde existo.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Facebook

Resposta à pergunta de algumas gajas

"Gajas que não limpam, não cozinham e não chupam perguntam onde andam os gajos que prestam? Algures numa casa limpa, depois de terem comido um bom prato e prestes a serem chupados com as mãos na cabeça agradecendo a Deus por essas bênçãos xD"
@ChupaPilas_

Quem sou eu para contrariar isto?

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

Uma santa… debaixo dos lençóis

A versão da Milena Miguel da ideia de Paulo Moura para uma variante da Santa Inocência.
Outra peça idealizada por mim e interpretada por uma artista, para a minha colecção.







A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)