30 outubro 2018

«Aqui» - Susana Duarte

aqui respiro improbabilidades
[como sombras pacatas
erguendo os seios da noite]

e desfaço os laços brancos da noite
[onde me separo das águas
e caminho para sul]

caminho para sul, e invento
pardais, e o sol do tempo
inventa-me a mim
[construindo-me rocha, e névoa,
e sede sobre a terra]

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Facebook

Maçã no espeto?!

"Está tanto calor, que só me falta a maçã na boca e o espeto no cu."
Rita Leitão

Vá ajudem a moça. Eu trato da maçã, pronto.

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

Sereia escritora de ondas

Pequeno prato em plástico da Nymollecom um desenho de Raymond Peynet.
Mais um trabalho de Peynet na minha colecção.



A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

29 outubro 2018

Vagisan - «Jenny Éclair mostra como usar o creme Vagisan para a secura vaginal»

Postalinho de Praga - 20

"O novo edifício de Administração Municipal de Praga tem, como muitos outros da cidade, esculturas de mulheres nuas. Mas tem também, em dois cantos, duas estátuas da autoria de Ladislav Saloun, com um historial que vale a pena conhecer:
> O cavaleiro de ferro, cuja história pode ser conhecida aqui (e assim, perceber-se a mulher nua representada atrás dele);
> O Rabi Judah Loew ben Bezalel, que uma lenda de Praga aponta como o criador do Golem. Outra lenda (representada nesta estátua) refere que este Rabi era tão amado por Deus que o anjo da morte não conseguia levá-lo, até que se transformou numa rosa, que o Rabi e a sua neta inocentemente cheiraram e a morte assim entrou no Rabi."
São Rosas








«Carta dela» - Alice Wellinger


28 outubro 2018

eQlibri - «Reflexos»

"As nossas reflexões vão muito para além do que vemos no espelho. Mais do que uma experiência, este é um olhar profundo sobre as mulheres."

Postalinho de Praga - 19

"Alguns detalhes da parede de homenagem a John Lennon, em Praga:
«I should have beatless» - eu deveria ter batido menos.
«Yoko sucks» - a Yoko não presta... ou a Yoko chupa!"
São Rosas






Ele era mesmo bom!

Crica para veres toda a história
O fim pontiagudo


1 página

27 outubro 2018

«o poema» - Susana Duarte

eis as palavras sussurradas ante a força das areias,
na ondulação ciciante das ondas baixas e
na nudez inesperada das rochas,

onde cada um dos teus ontens, se consubstancia
em palavras, presentes em cada um dos
abraços com que percorres

o poema.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Facebook

«L'hymne à l'amour» - Mário Lima



"... Que o Amor nunca se acabe, mesmo que o céu azul desabe"

Mário Lima

«Ciúme, amor e paixão» - Rui Felício

«Seximorfoses»
2000. Desenho original da colecção de
arte erótica «a funda São»
Mil vezes me apaixonei, mas apenas três amei verdadeiramente.
A paixão surge inesperada, quase violenta, irracional, sem conceder tempo a amadurecer e estabilizar o sentimento que lhe subjaz.
O amor é o diamante que o fogo da paixão não consumiu , depois desta se esvair em chamas.
O amor, quando existe, incombustível, perdura ao longo dos tempos, lapidado ou não, inesquecível para todo o sempre.
O ciúme, essa verdadeira doença, é comum à paixão e ao amor, mas vai esfriando com a solidificação da confiança.
Estou a passar por um momento em que ainda não sou capaz de aquilatar se o que sinto é paixão fugaz ou se já é amor duradouro.
O que sei é que o ciúme me morde, me deixa inquieto, inseguro, doente...
Hoje, como tem acontecido desde há uns tempos, voltei a beber a bica na esplanada do Café Central no centro da Ericeira. Como sempre, sentei-me no canto mais próximo da porta, ao lado dela, onde já estava, esperando a minha vinda...
Sorri-lhe. Pedi-lhe que me guardasse o Diário de Noticias que tinha acabado de comprar na tabacaria do outro lado do largo.
Simpática como sempre, permitiu que lhe colocasse o jornal no colo.
Ao fazê-lo, rocei a mão no seu braço sentindo uma intimidade que ambos disfarçávamos tentando ocultá-la dos olhares do Mário Lino que nos observava, acabado de chegar como quase todos os dias acontece àquela hora.
Cumprimentou-me, dissemos umas quantas banalidades sobre o tempo e ele perguntou-me delicadamente se eu não me importava que ele se sentasse ao colo dela, visto que a esplanada estava cheia.
Apanhado pela inesperada pergunta, só me ocorreu dizer-lhe:
- Desde que ela não se importe, murmurei...
Mais de ouvir do que falar, ela pareceu assentir, ajeitar-se e ele sentou-se ao colo dela, agradecendo-me.
Estupefacto, recolhi o jornal que o Mário Lino me devolveu, roído de ciúmes por causa daquela elegante, bonita, limpa e arejada cadeira de alumínio que tem povoado os meus sonhos...

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido