08 março 2019

#amigodamãeboa - Ruim

Memória de um trabalho de grupo do 9º ano em casa do amigo cuja mãe era boa todos os dias

- Rui, a minha mãe está em casa. Cuidado com as dicas...
- Quais dicas? Achas? Sei comportar-me.

(mãe abre a porta)

- Olá, rapazes. Tudo bem? Finjam que não estou aqui.
- Bora...
(queixo caído)
- Bo..bo... bo... (levo safanão nas costas) boa tarde.

(no quarto)

- Vá.. podes dizer...
- O quê?
- O que estás a pensar.
- Não sei do que é que...
- SIM, A MINHA MÃE É BOA. CONTENTE? F#da-se, é sempre isto.
- Calma, puto. É feio falares assim da minha futura ex.
- CALA-TE.
- Não grites ao teu padrasto. Vai para o quarto. JÁ!
- EU ESTOU NO QUARTO, RUI.
- Bom menino. És o meu orgulho.

(mãe entra no quarto com sandes mistas de triângulo)

- Trouxe um lanche para vocês. Tens cara de quem está com fome. Como te chamas?
- Rui... mas pode me chamar de... Rui.
- AHAHAHAHAHAHA. Opá..
(olho para o gajo)
- Mãe... deixa-nos estar.
- Se precisarem de algo, avisem.
- Por acaso...
- Sim?
- (paragem no espaço-tempo a pensar numa dica engraçada e com classe, mas como tenho 14 anos apercebo-me que não sei o que dizer) Podemos... ver o Dragon Ball? Ma... mais logo?
- Claro que sim.
(mãe sai)
- Puto..
- Diz..
- Acho que acabei de estragar a minha relação. Vais ter pais divorciados.
- Vai-te f#der...

Ruim
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07 março 2019

«A folha nua» - Áurea Justo

Escrevi-te um poema,
Numa folha nua
Delineado contornos com a pena,
Tornei-me cada vez mais tua.

Senti que uma linha tremia,
De uma emoção mal contida
Tal era o sentimento que fervia,
Na linha nua sem intriga.

Meus seios são botões de rosa,
E num parágrafo os vou descrever
O meu cantinho mais secreto é uma preciosa,
Arma que nos conduz à paixão de um só querer.

Tal como os ponteiros de um relógio,
São a identificação de um tempo
Batem ao compasso de um presságio,
São os protagonistas neste momento.

Neste poema que te escrevo,
Eu e tu temos o papel principal
Solta-se um aroma no enlevo,
E a folha nua, nunca mais será igual.

In Folha De Papiro Perfumada

Áurea Justo
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«Nem tudo está perdido» - Adão Iturrusgarai


Belo par de… bugalhos!

Dois bugalhos de carvalho bem juntinhos…
Oferta da Lurdes e do Antonino Silva para a "sexão" do que não é suposto ser erótico, da colecção.



A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

06 março 2019

A força com que


A força com que
A vontade com que
A intensidade com que
Vão deixar-te marcas
Gomos de cor carmim ensopados
O botão moldado
Esculpido cuidadosamente
Pela minha língua
Até que se torne
A medida certa
Para o tamanho
Da minha gula...

Darkness

Postalinho do Porno Porto... digo, do Porto Porno

"2019, Porto. Ainda há lugares que estão na década de 80 do século passado.
31 de Janeiro, lado direito quem desce... há muitos anos este local era uma passagem para Sá da Bandeira (teatro) com máquinas e bilhares.
#onedayonephoto #porto #vintage #oldschool"
Jorge Prendas


(Es)po(rr)ema

Espaço para a poesia:

Queria de ti um pipi de vontade e de bruma. Queria de ti um mamar até fazer espuma.


Patife
@FF_Patife no Twitter

05 março 2019

«Arribas» - Susana Duarte

(...)

fosses próximo da lava,                                     e seriam de fogo,
as tuas palavras.    mas elas são do vento que ondula os oceanos,
e flui, invisível,     como invisíveis são as memórias, e, do vento,
são as palavras. as tuas.

no vento das palavras,          morrem arribas: encostas do ventre.

Excerto de Arribas


Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Facebook

"sharkinho retweetou"

Olho o silêncio em volta e aí te localizo,
intermitente instável um sinal de aviso.
Aqui comigo o vácuo. O ermo. O solitário
espaço interior de vidro:
um infinito aquário
aonde volteia vivo o termo imaginário
deste processo antigo.

Maria da Graça Varella Cid



Sharkinho
@sharkinho no Twitter

Dama, cavalo, caval(h)eiro e voyeur

Aguarela original dos anos 70, não assinada. Fundo de atelier de Jean ND Escande.
Tão subtil que tinha de vir para a minha colecção.


A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

04 março 2019

Já vos disse que adoro publicidade?


Festival de curtas-metragens de Vilnius, 2011

«coisas que fascinam (216)» - bagaço amarelo


O carrinho do supermercado está cheio de caixas de bolachas, algumas de limão e outras de laranja. Também tem algumas cotonetes de plástico e latas de tomate. Acabou de parar perto de mim, conduzido por uma mulher que analisa uma lista de compras num pequeno bloco de papel. Os nossos olhares encontram-se e prendem-se um ao outro por alguns segundos. O observado sou eu, que ela usa um véu islâmico e não posso ver mais do que isso mesmo, os olhos dela.
Ou posso. Na entrada reparei naquelas bolachas em promoção. Meia libra cada uma depois de cinquenta por cento de desconto. Também peguei numa caixa, no meu caso de limão, que está agora num cesto na minha mão esquerda junta com duas garrafas de vinho rosé português, um pacote de queijo fatiado e algumas bananas. Ela fixa as minhas compras e eu as dela.
Quero comprar fiambre, mas o carrinho dela não me permite chegar às embalagens que eu costumo consumir. Já lhe pedi em inglês para se afastar um pouco, mas ela não se moveu nem um milímetro.

- Could you, please, step aside so I can have a pack of ham?

Está ali parada a olhar para mim e a sorrir com a minha ginástica para chegar ao fiambre.Canso-me da situação e peço novamente, desta vez em português.

- Por favor, afaste-se. Preciso chegar ao fiambre.

Ela afasta-se, sorrindo ainda mais.

Lá fora estão seis graus, uma temperatura bastante amena para esta altura do ano mas, ainda assim, a precisar de agasalho. Ponho o meu saco de compras no chão para poder apertar o casaco e vejo-a novamente. Vai no banco de trás de um táxi e diz-me adeus com uma das mãos.
Quem é aquela mulher e como é que, pelo olhar, eu concluí que ela estava a sorrir?


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Põem-se com experiências e depois queixam-se...

Crica para veres toda a história
Gomos e casca


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