Deste-me um beijo no monte do ombro.
Dando cambalhotas com a língua húmida no meu pescoço, traçaste o caminho do rio, sendo tu o barco.
Quero navegar-te. Sussurraste ao meu ouvido, num murmúrio qual vento que assobia aos passarinhos na Primavera, chamando-os com os beiços inchados de tanto amor concebido na mãe Natureza.
Dar-te-ei a minha alma, inteligência e vida, meu amor.
In Notebook
Áurea Justo
no Facebook
11 abril 2019
"Sr. Cura, aí está a mais bela rosa do meu jardim"… "Eu conheço-a"
"Monsieur le curé, v´la la plus belle rose de mon jardin"… "Je la connais".
Prato francês em faiança do século XVIII pintado à mão com uma cena de humor malandreco.
Vive la France Érotique... dans ma collection!
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Prato francês em faiança do século XVIII pintado à mão com uma cena de humor malandreco.
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10 abril 2019
INTER-LGBT - «Amo-te, minha menina!»
"85% das pessoas transsexuais são atacadas ao longo das suas vidas"
Olha se tivesse bebido chocolate quente...
Mas que grande repuxo de meita! Tivesse eu bebido um chá de pirilampos e faria a recriação da fonte luminosa.
Patife
@FF_Patife no Twitter
09 abril 2019
«entristecidas» - Susana Duarte
eras tu, a árvore da minha vontade
de voar para onde as aves
falam de naufrágios
e de arribas
escondidas
pela erosão fácil da alma.
perdi os dias a falar com as ondas,
e as noites à procura do ar
lento que as aves
soletram,
apátridas
como as almas que deambulam
ao largo, onde o sargaço se move
e a praia é um lugar longe.
longe de ti, longe de mim
e do mundo das pessoas,
procurei ainda a sombra
azul das águas
entristecidas
pelas marés estranhas do ser.
não soube ir além da foz e, todavia,
eis o sorriso fácil da árvore
da vida, nascido
dos teus olhos
e derramado
como luz sobre a maré
onde, outrora, me uni
às arribas fósseis da vontade
de navegar,
para, em ti, ser soluço,
voz de ave,
maré indissolúvel.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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de voar para onde as aves
falam de naufrágios
e de arribas
escondidas
pela erosão fácil da alma.
perdi os dias a falar com as ondas,
e as noites à procura do ar
lento que as aves
soletram,
apátridas
como as almas que deambulam
ao largo, onde o sargaço se move
e a praia é um lugar longe.
longe de ti, longe de mim
e do mundo das pessoas,
procurei ainda a sombra
azul das águas
entristecidas
pelas marés estranhas do ser.
não soube ir além da foz e, todavia,
eis o sorriso fácil da árvore
da vida, nascido
dos teus olhos
e derramado
como luz sobre a maré
onde, outrora, me uni
às arribas fósseis da vontade
de navegar,
para, em ti, ser soluço,
voz de ave,
maré indissolúvel.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Matura idade
Um gajo da minha geração que desdenha mulheres acima dos 50 anos de idade só pode ser virgem. Ou murcho. Ou talvez imbecil.
Sim, discuto gostos. E atão?
Sharkinho
@sharkinho no Twitter
Sim, discuto gostos. E atão?
Sharkinho
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Mulher e bicho
Estatueta em estanho de uma mulher nua deitada com um animal indeterminado (cão?) entre as suas pernas.
Quem me consegue ajudar a identificar este bicho, nesta peça da minha colecção?
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
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08 abril 2019
«a mulher do táxi» - bagaço amarelo
Uma vez apaixonei-me por uma mulher num táxi. Como não lhe vi a face, do que me lembro é das luzes tristes dos candeeiros públicos da cidade e da estrada a passar por mim da mesma forma que todos os outros Amores da minha vida já tinham passado.
Quando abri a porta de trás para lhe perguntar se me podia levar até ao bairro de Darvenitsa, ela não virou a cara. Disse "da", que em búlgaro quer dizer sim, e fixou o olhar no vidro da frente como se a vida não tivesse mais opções do que seguir por aí, sempre em frente.
Ia a chorar e tinha olhos negros. Mais negros do que a noite, digo. E grandes. Vi-os no espelho retrovisor central durante dois ou três segundos. Por qualquer motivo que não sei explicar, percebi que ela chorava por Amor. Talvez tenha sido o choro, que é sempre diferente dos outros choros.
Todos sabem que chorar por Amor é fazer um pedido à vida, que uma situação se reverta. Depois, como nunca nada se reverte, deixa-se de chorar e olha-se em frente, o único caminho possível. As lágrimas são uma desilusão porque nunca fazem nada do que lhes pedimos, mas pelo menos servem para percebemos a direcção que devemos tomar.
No rádio do táxi passava uma música inglesa da qual me lembro que o primeiro verso era "In the morning I am a recluse lost in memories, ideal situations and convulsions" e o refrão apenas uma repetição da frase "We don't need nobody else".
Quando ela parou o táxi no bairro onde eu vivia, o contador marcava quase dez levs. Dei-lhe a nota por cima do ombro direito dela e as nossas mãos tocaram-se por um segundo. Depois ela amassou a nota como se odiasse dinheiro e a minha mão caiu-lhe nesse ombro como se fosse um floco de neve. Desejei-lhe boa sorte em pensamento, mas tenho a certeza que ela ouviu como se eu tivesse gritado.
Foi nesse momento que me apaixonei por ela. É impossível não me apaixonar por uma mulher capaz de ouvir o que eu penso.
O táxi dissolveu-se na noite enquanto eu atravessava a estrada. Nunca mais a vi.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
07 abril 2019
O fundo Baú - 11
O baú que deu início à colecção de arte erótica «a funda São» |
Em 9 de Janeiro de 2004, partilhei esta música, «Dear penis». O link original já não está activo, mas reencontrei o vídeo no YouTube:
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