E se - bom, lá vou eu ser corrido das redes sociais - vocês pudessem infligir uma dor na vossa cara-metade bastante superior a um murro e que não resultasse em traumas? Calma, acompanhem o meu raciocínio. Estou a falar da "arte do insulto". A arte que permite atingir o ponto mais escuro e recôndito da vossa cara-metade e deixá-la lavada em lágrimas de dor de alma sem a mínima marca na cara, pescoço ou costas. EXACTAMENTE, MEUS CAROS AGRESSORES. Há maneiras de bater sem ser à mocada. O problema é que vocês não sabem insultar uma pessoa como deve ser e acham que lhe dar com um pirex de bacalhau com natas no lombo vai resolver alguma coisa.
Tomem nota, caros agressores (e isto é para os homens). Discussão começa, o tom da voz começa a elevar de um lado e do outro e vocês começam a sentir aquela necessidade animal de "lhe mostrar quem manda", certo? Esqueçam os insultos de baixo nível (isto inclui p#ta, vaca, cabra, etc). Lembram-se do Neo no Matrix a parar as balas com a mão? É a mesma coisa, dado que uma mulher é imune a essa baixaria. A primeira coisa a fazer é sacar logo de um "míssil" para ela ver que não estão ali para brincadeiras e dizer "tem calma..." com um olhar paternalista. Poderão ver que a expressão dela passou de "zangada" para "vou esfolar 101 dálmatas e fazer um casaco se me dizes para ter calma" Meus senhores, isto é guerra. Não tenham piedade e prossigam com um "estás a ser um pouco histérica, não achas?". O tom de voz dela vai passar de "estridente" a "só os golfinhos conseguem ouvir". Desçam o vosso timbre de voz ao mínimo e falem o mais calmamente e compassadamente possível. Se quiserem pôr mais lenha, digam "queres que eu te explique de uma forma mais simples para perceberes o que estou a dizer?". Por esta altura, deverão ter a rapariga do Exorcista à vossa frente.
Agora vem a parte mais complicada. Peguem na maior insegurança dela, façam uma poção, molhem a ponta da seta, façam pontaria à jugular e disparem em cheio (os seguintes insultos são da minha autoria e já foram testados):
Insegurança com a imagem e o próprio corpo?
"Eu só não vou continuar esta discussão porque sei que está na hora de almoço e isso para ti é mais sagrado que a tua presença na Índia, ó baby bola!"
Ela tem uma irmã boazuda?
"Eu sei de onde vem toda esta revolta. Tu tens ciúmes da tua irmã, desde que o vosso pai abusava dela no quarto à noite e a ti não te tocava! Pudera, até eu..."
A menina gosta de "um copinho"?
"ESPERA! Se é para discutir mais, vamos tornar isto animado. Fala para este isqueiro aceso, Mother of Dragons!"
Ela tem guarda partilhada de uma criança de uma antiga relação?
"Não tenho culpa de seres uma babysitter glorificada que nem f#der sabe!"
Meus senhores, aposto que tenho ex-namoradas que ainda hoje em dia se lembram destes insultos. Melhor que qualquer olho negro, não é?
Ou, se a vossa relação é uma merda, cada um vai para seu lado. Que tal? É uma ideia descabida, mas se calhar resolvia bastantes problemas.
Ruim
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