06 março 2020

Sabes o que é um "Camaleão"?

O DiciOrdinário ilusTarado explica:

Camaleão - sujeito terrível na cama; macho gabarola.

Faz a tua encomenda aqui.
Se quiseres, basta mencionares no formulário e posso enviar-te o DiciOrdinário com uma dedicatória.
Na editora (Chiado) podes comprar em formato eBook (€ 3).

Lion's Den - «Rub-A-Dub»

Regras de etiqueta de grupos de Whatsapp - Ruim

1 - Deve haver sempre um grupo do "pessoal". A malta. Tipo, os "besties". Aquele pessoal daqui ➡️❤️
2 - Deve haver outro grupo do "pessoal", mas com menos uma das pessoas que está no grupo anterior para poderem cascar todos em conjunto nesse monte de merda.
3 - Poderá ou não haver um grupo do "pessoal" e as respectivas. E o nome deste GRUPO deverá ser "CUIDADO PARA NÃO PARTILHARMOS AS FOTOS DE C#NA QUE ANDAMOS A ENVIAR UNS AOS OUTROS NO OUTRO GRUPO".
4 - No caso altamente provável de uma foto indiscreta for parar por engano ao grupo anterior, é dever dos restantes activarem o modo DEFCON 5 que consiste em avisar no outro grupo a merda que ele (óbvio que é um ele) acabou de fazer e executarem um GIF Airstrike conjunto (envio de GIF's sucessivos de gatinhos ou algo assim) para meter a foto nos confins do scrolling.
5 - No caso de seres uma drama queen carente de atenção, não vale a pena pedir para voltar ao grupo depois de sair. E sim, estão todos a falar mal de ti. Bem feito!
6 - É dever de partilhar em menos de dez segundos toda a javardeira recebida com todos os grupos de gajos em que estamos. Se a javardeira for recebida de volta em outro grupo, é o chamado efeito boomerang e deves um high five a ti próprio.
7 - Partilhar vídeos de anões a arder, pessoas sem pernas e gajos a serem sodomizados é aceitável. O Negão da Piroca já morreu. É como andar a comer uma miúda de 19 anos: foi giro as primeiras vezes, mas a paciência tem limites.
8 - "Esta mensagem foi apagada pelo remetente" é o equivalente a seres apanhado pelo segurança no Pingo Doce a roubar e depois dizeres que não fazes ideia de como aquilo foi ali parar enquanto esvazias os bolsos. Todos sabem que era merda, mas ninguém pergunta.
9 - Por incrível que pareça, é possível criar um grupo só com duas pessoas (eu testei) e esse grupo deverá chamar-se "TENHO TEMPO A MAIS E INTELIGÊNCIA A MENOS".
10 - O som das notificações de grupos de WhatsApp de festas de aniversário com montes de gente que não se conhece é um dos métodos de tortura usados pela CIA quando o waterboarding não faz efeito e é o único grupo de onde podemos sair sem sermos julgados pelos restantes.

Ruim
no facebook

05 março 2020

«Mundos paralelos» - Áurea Justo

Coexistem ligados pelo Pó das memórias,
Há luzes a descer pelos céus
Penduradas em fios tecidos nas nossas histórias,
Onde todas as estrelas são um véu.

Usas a Toga do esquecimento,
Envenenada por sentimentos novos
Que não são puros neste momento,
Mas que se estendem a todos os povos.

Proponho,
Que te deixes molhar pela chuva prateada
Pois cada gotinha minúscula e dourada,
Se ama demasiado em mundos paralelos.
Brotarão pois, carícias aos ecos,
Penetrarão a tua Toga inventada
E todos os demais objetos.

Amo-te.

In A Cor do Amor

Áurea Justo
no Facebook

Tarzoon e o macaco

Prancha original de uma página do livro de banda desenhada «Tarzoon» de Jack Rhodes.
Um esmero de desenho na minha colecção.










A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook.

03 março 2020

Não liguem ao português...

Em pleno barrocal algarvio

«Nazdrave» - bagaço amarelo» - Ivar C


Sou um homem de meia idade. É assim que se diz, não é? Meia idade. Como se a vida soubesse sempre quando vai acabar e qual o princípio, o meio e o fim. Vejo-me, sem se me ver, no espelho da pequena farmácia da casa de banho. O que quero é o pormenor e não a face. Procuro na minha pele os sinais de como aqui cheguei. Os meus dedos percorrem-na como se lessem braile e na sua textura pudessem descobrir algo: uma memória ou uma história. É a minha pele, pá. Deve ter alguma coisa escrita.
Tenho um copo de uísque pousado no lavatório, o que indica que estava a beber quando decidi vir aqui procurar os caminhos vazios do meu passado. Não percebo nada disto, pá. Como é que vim aqui parar? Não era suposto a vida ser um dos muitos sonhos que tivemos em jovens? Eu nunca sonhei viver aqui, nesta casa longe da minha infância e com uma namorada que escreve num alfabeto que não é o meu.
Sou um homem de meia idade. Não tenho a certeza que a luz que decidiu entrar pela janela e deitar-se no meu corpo saiba disso. Gostava que sim. Assim podia aceitar esse gesto como uma carícia, como uma lógica apaziguadora da Natureza. Como um gesto. É isso, gosto de gestos. A última vez que me apaixonei foi por um gesto. Já me lembro.
Foi num jardim da cidade de Sófia. As árvores estavam a dançar no silêncio do vento e eu tinha-a acabado de conhecer. Estávamos num velho banco de madeira a dividir o tempo e uma garrafa de vinho branco barato. O mundo estava todo ali condensado. Um casal de namorados deitado na relva num beijo que parecia ser eterno, um bêbado adormecido num muro baixo que parecia ter sido construído exactamente para bêbados, um yuppie numa conversa com um telemóvel nervoso e um pedinte que ziguezagueava no espaço pedindo moedas.
Os nossos copos eram de plástico e o vinho já estava quente. Então ela quis brindar. Nazdrave, disse. Depois aproximou o copo dela do meu e eu o meu do dela. As nossas mãos pararam perto uma da outra e por fim brindaram sem saberem muito bem porquê. Vi-a a beber com a delicadeza de um deus, como se uma barragem enorme pudesse por opção deixar passar apenas uma gota para hidratar-lhe os lábios. Foi esse o gesto. Nazdrave, repeti. Depois esbocei um Sorriso.
É ela que aparece agora na porta da casa de banho. Traz dois copos de vinho e encosta-se à parede a ver-me a ler a minha pele. Pergunta-me o que é que estou a fazer. Não sei, respondo.
Sou um homem de meia idade. Para além dos cabelos brancos que se insurgem na minha cabeça contra o que ainda permanece da minha juventude noto duas ou três rugas. Não sei, repito. A vida não é muito mais do que um gesto. Ela passa-me um copo para a mão. Brindamos. Nazdrave, dizemos.


Ivar C
Blog «Não compreendo as mulheres»

Leda e o cisne

Prato grande em latão moldado, com suporte para parede.
Leda (em grego: Λήδα), na mitologia grega, era rainha de Esparta, esposa de Tíndaro. Certa vez, Zeus transformou-se num cisne e seduziu-a. Dessa união, Leda chocou dois ovos, e deles nasceram Clitemnestra, Helena, Castor e Pólux. Helena e Pólux eram filhos de Zeus, mas Tíndaro adoptou-os, tratando-os como filhos de sangue.
Junta-se a outros objectos da colecção sobre este mito: um canivete, uma pequena taça, um prato, uma placa e uma bengala.











A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook.