«Do entardecer» - António F. de Pina

Há crepúsculos inexplicáveis que se abrem

Aromatizando os dedos doces da lua cheia

Numa envolvência quase natural quase dor

Empalidecendo as artérias vivas da noite.

Não basta o matinal despontar de um sorriso

Não basta o olhar imperativo da ternura.

Há que plantar lírios e delírios no crepúsculo

Onde a nudez pura se assoma quase poema

Em todos os horizontes onde o Sol é plano

E a lua é nova e a noite é cega quando acesa.

Quero-te de corpo inteiro de um só trago

Em todos os jardins onde se inicia a Primavera

Para que se tornem tão reais como nós somos.

António F. de Pina (2022)

© todos os direitos reservados

Loverman - Human Nurture

LP, picture disc, Reino Unido, 2009.

Mais um disco em vinil para a minha coleção.

Visita aqui a coleção de arte erótica «a funda São»

Postalinho de Coimbra sobre o Mondego - 4

 "O Parque Manuel Braga (Parque da Cidade), em Coimbra, teve obras de restauro dos muros sobre o rio Mondego. Algumas das pedras desse muro foram recuperadas e exibem figuras e textos gravados, em alguns casos, há muitas décadas. Nesta série de postalinhos, mostro uma seleção de marotices da terra dos doutores."

Paulo M.

Luís Gaspar lê «Tanto tempo sem nós», poema de Samuel Costa Velho

Deu tempo para lembrar tudo

enquanto o meu corpo embatia no chão.

Desde o primeiro olhar fresco que trocámos

até à ausência mútua,

revivi e desvivi, nesse instante.

Com os ossos a desistirem de resistir ao encontro

[com o chão suave que me abraçava

[e a dor/prazer/tu a começar a sentir-se.

Morri aos pedaços quando a queda acabou, quando

[todo eu me apaguei contra o teu peito.

[Deu tempo para um pensamento.

O amor ou a tua mão, pergunto-me com qual

[me abandonaste primeiro.

Samuel Costa Velho
Samuel Costa Velho nasceu em Lisboa, em 1984. Sempre viveu uma dualidade entre o rural, por influência familiar, e o urbano, por obrigações habitacionais. Durante anos oscilou entre esses dois espaços, chegando a viver no Minho. Também por aí se possa justificar a escolha do seu curso superior, Antropologia, uma tentativa de aprofundar o conhecimento do outro.

Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

Piscar de olhos

Lote de 6 estatuetas eróticas em plástico, com olhos que abrem e fecham quando se inclina cada peça.

Um conjunto muito curioso na minha coleção.

Visita aqui a coleção de arte erótica «a funda São»

Canto do sexo

Deveres oficiais

2 páginas 

(cricar em «next»)

Mulher floreira

Pequena estatueta em porcelana de mulher com orifícios no peito (para flores?) e a mostrar o rabo.

Mais uma peça decorativa na minha coleção.

Visita aqui a coleção de arte erótica «a funda São»

Até fica sem ar...

Julien WOLGA

Postalinho de Coimbra sobre o Mondego - 3

 "O Parque Manuel Braga (Parque da Cidade), em Coimbra, teve obras de restauro dos muros sobre o rio Mondego. Algumas das pedras desse muro foram recuperadas e exibem figuras e textos gravados, em alguns casos, há muitas décadas. Nesta série de postalinhos, mostro uma seleção de marotices da terra dos doutores."

Paulo M.

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The Armstrong and Miller Show | Um pianista clássico canta "Gonna Take You To A Gay Bar"

Wolfgang Bertrand, Helmut Qualtinger - Fifi Mutzenbacher

LP, paródia erótica, Áustria, 1972.

Mais um disco em vinil para a minha coleção.

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Postalinho de Coimbra sobre o Mondego - 2

 "O Parque Manuel Braga (Parque da Cidade), em Coimbra, teve obras de restauro dos muros sobre o rio Mondego. Algumas das pedras desse muro foram recuperadas e exibem figuras e textos gravados, em alguns casos, há muitas décadas. Nesta série de postalinhos, mostro uma seleção de marotices da terra dos doutores."

Paulo M.