Se ele fosse só alto e espadaúdo não me colocava neste suplício que o que não falta por aí são metrossexuais para consumo imediato. Mas sou conservadora no prazer de estar à mesa demoradamente, a degustar os vinhos e as conversas nas papilas gustativas, a enrolar as vitualhas na boca para lhes extrair todos os sucos e, para mim, gajo que é gajo tem de ser uma refeição completa.Custa quando aquela alma a propósito da notícia corrente do violador discorre sobre as inseguranças profundas dos autoritários e me transmite uma cumplicidade que estala em arrepios pela medula óssea e torna insanos os meus esforços para esconder que estou a tiritar.
É penoso aspirar logo pela manhã no elevador o seu perfume que me catapulta para a sua face macia e escanhoada a anunciar o sorriso de estar vivo suspenso de um corpo escorrido de lípidos que os jeans perfeitamente assentes no resoluto traseiro não desmentem e me aceleram os batimentos cardíacos e me eriçam os mamilos como se gotejassem ali pingos de água fria.
Piora o tormento quando se debruça sobre a minha secretária e os meus olhos ficam no alinhamento do volume que marca desgaste na ganga das calças para me falar de assuntos correntes e termina a sussurrar-me à orelha a última piada que não se pode dizer em público. É que os sons que produz entranham-se-me nas cartilagens e ficam ali a vibrar provocando a palpitação incessante das paredes vaginais até à dor física que se eu fosse gajo até diria que tinha os tomates mesmo a rebentar.









No corredor do meu quarto encontrei a Vénus... sem camisa:
Quando chegámos, no sábado à tarde, à sede da AAUBI, estavam ainda a fazer os últimos preparativos da exposição «Nu Artístico». Era para ser feita no centro comercial Serra Shopping, da Covilhã, mas os Belmirinhos devem ter visto as fotos e acharam-nas impróprias para "o público em geral". E de facto são, pelo que recomendo uma visita:

Fomos ao Roteiro de Gastronomia Afrodisíaca e Recital de Poesia Erótico-Satiríca, no restaurante do Hotel Turismo da Covilhã, onde passámos por experiências sucessivas a que o JF chamou "um jantar do outro mundo, da twilight zone, da 5ª dimensão". Quanto ao espectáculo do Paulo Patrício, sem pôr em causa o seu profissionalismo e as suas capacidades, ninguém lhe deve ter explicado o que é erotismo. Evitava-se uma meia hora confrangedora de anedotas do tempo do primeiro número do Borda d'Água.
No fim do jantar, depois de nos lerem e de lermos um par de poemas eróticos, fomos convidados para irmos à sede da AAUBI assistir ao filme "
Para terminar em beleza, nada mais erótico que um belo almoço na Carrapichana, no muito elogiado (e com merecimento) restaurante "Escorropicha, Ana!" com o qual não é difícil fazer uma piada fácil.
Foi um fim de semana memorável, diz quem lá esteve.