21 maio 2015

«bullying» - bagaço amarelo

Tenho uma revelação a fazer ao mundo: quando era criança fiz bullying com outros. Fui violento, física e verbalmente, com colegas meus da escola. Tenho ainda outra revelação a fazer: quando era criança fui vítima de bullying. Alguns colegas meus agrediram-me, física e verbalmente, sem que houvesse motivo para tal.
Estou a caminho dos quarenta e quatro anos e olho para a minha experiência como algo que contribuiu para a minha formação e o meu crescimento. Foi através, também dessa violência, que me tornei naquilo que sou. Entre outras coisas, um pacifista.
Não, não estou a dizer que devemos aceitar o bullying como se fosse uma coisa normal, deixando os putos agredirem-se mutuamente como se fossem animais numa jaula. Devemos, todos nós estar lá, presentes. Até porque, adivinhem, nós também fazemos parte da formação e do crescimento desses putos.
Da minha professora, de quem tenho saudades, levei uma chapada ou duas, mas não foi isso que me fez parar (bem, houve uma reguada que ajudou bastante). Foi a vida toda e o facto de ter crescido. Recuso-me a esta visão simplista e maniqueísta da violência dividir bons e maus. Isso é falso.
A revelação final que vos tenho a fazer, e que eu pensava que Darwin já tinha feito antes de mim, é que Adão e Eva nunca existiram. Nós vimos mesmo de um antepassado em que a agressão foi uma forma de organização social (hoje ainda é). Está escrito nos nossos genes, nos lóbulos frontais e temporais e também numa ou outra hormona.
A boa notícia é que se passa exactamente o mesmo com o Amor, que também é algo em que se evolui. Na verdade, se me lembro hoje de ter chorado e rido intensivamente muitas vezes, foi sempre por causa do Amor e não dos murros que dei ou levei. Esses foram apagados pelos abraços de quem me Amou e nunca me condenou a ser uma pessoa má.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

1.500 peças bem compostinhas

Conjunto de 3 Puzzles "Classic 40´s Pin-Up Jigsaw" de 500 peças, da autoria de Vargas.
Uns dos muitos jogos da minha colecção.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)




«Elefantes e viagra» - Adão Iturrusgarai


19 maio 2015

Dança

Se é secreta, como sabes?



A tua ausência é a amante secreta da minha saudade.

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

Postalinhos da Turquia - 3

"Estátua em mármore de mulher deitada (deusa Afrodite?) do Museu das Civilizações da Anatólia, em Ankara."
Paulo M.


Garrafa de Cerveja Imperial

Garrafa de Cerveja Imperial cujo rótulo apresenta desenhos de pessoas, alguns deles malandrecos.
Entre outras figuras, tenta descobrir a mulher a fazer xixi de pé e o homem a fazer sexo oral a uma mulher.
Um óptimo passatempo... da minha colecção.


18 maio 2015

Asan Trippel Shower - «Shower Like a Man» (toma duche como um homem)

«Escadas que rolam» - João

"Enquanto te deixavas elevar, naquelas escadas que rolam sem fim, pensavas que bom, que bom que era se ele estivesse aqui. Ocupada no teu desejo de me encontrar, encontraste-me por fim, no cimo daqueles degraus mecânicos, e eu com um sorriso largo, e tu feliz, e ao mesmo tempo o não estar e o não ver, sorrindo ambos, cúmplices, como se não nos conhecêssemos, como se fossemos estranhos num qualquer espaço público. E depois, um pouco mais tarde, na penumbra de um escaparate, no anonimato de um espaço de cheio de gente, vem cá e dá-me a mão, e os dedos que se entrelaçam, e um beijo trocado com sede tamanha, que te aperto, que me queres, e cada despedida era um ensaio, um cenário, porque sempre se voltava atrás para mais um beijo, e sempre se voltava atrás para mais mãos nas mãos, e a vontade do corpo, os olhos a rir à gargalhada contida, mas só contida por fora, que por dentro era calor e fogo, e enquanto me elevo naquelas escadas que rolam sem fim, sempre penso que bom, que bom que era se ela estivesse aqui."

João
Geografia das Curvas