23 novembro 2019

«Pureza e Dureza» - Fernando Gomes

O Amor Puro cedeu às investidas do Sexo Duro, e passaram uma noite juntos. Invejoso da pureza do parceiro, o Sexo Duro, antes de sair à socapa, roubou-a e guardou-a para si. É por isso que muita gente diz apenas «Amor» quando fala do Amor Puro e «Sexo Puro e Duro» quando fala do Sexo Duro. Quando só fala em «Sexo», refere-se, claro, ao Sexo Mole.

Fernando Gomes

Terra Mãe - Sasha Kurmaz


O escuro que te ilumina

Livro de José Riço Direitinho.
Quetzal, Lisboa, 2ª edição, 2018.
Oferta da Paula Machado para a colecção.


A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook.

22 novembro 2019

Sugestões para o DiciOrdinário, procuram-se!

O DiciOrdinário ilusTarado é o resultado de uma recolha feita por mim, com colaboração de muitos membros e membranas do blog «a funda São». A 2ª edição, que ainda se pode encontrar à venda, tem 314 entradas novas em relação à 1ª edição. Estou já a preparar a 3ª edição e agradeço todas as sugestões que me possam enviar. Já tenho umas boas dezenas de palavras novas. Uma delas, foi ideia da Sandra E.:

Congregar- confraternizar com uma grega ou um grego.

Venham-se mais sugestões!
Faz a tua encomenda aqui. Se quiseres, basta mencionares no formulário e posso enviar-te o DiciOrdinário com uma dedicatória.

Já vos disse que adoro publicidade?




#diaderessaca - Ruim






É hoje que ligo a uma "senhora da vida" para vir aqui a casa, abro-lhe a porta, ela diz "então o que é que o menino precisa?", eu respondo "sou um indivíduo bastante perverso, tenho um fetiche bastante fora do normal e, se fosse possível, podia limpar-me a casa, lavar a loiça e despejar o lixo? Eu fico ali na cama a gemer de prazer e depois pode-se ir embora!"

Ruim
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21 novembro 2019

«Os nossos lençóis» - Áurea Justo

Os lençóis da nossa cama,
são de linho puro e convidativo,
Cujas pregas murmuram o nome de quem me ama.
Felizes com o nosso amor comunicativo,
Chamam por nós a noite inteira.
Na sua graciosidade suave e macia,
Têm personalidade sedutora e matreira,
Enrolam-se nos nossos corpos como quem acaricia...

Os lençóis da nossa cama,
São bordados com o sumo do nosso prazer.
Têm tatuagens onde gemidos brotam,
Da garganta de uma dama,
Expondo apetites que advêm da essência do ser. Contam uma história de encantamento,
Interpretam sonhos refinados de sedução,
Encobrem a nudez dos desejos neste momento,
Em que dois seres se entregam de alma e coração.

In A Cor Do Amor

Áurea Justo
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«Bruna Surfistinha» - Cláudia de Marchi

Raquel Pacheco e seu infeliz hábito de reproduzir discurso estigmatizador e vitimista enquanto anui com o feminismo radical que ignora a voz e a voluntariedade das prostitutas brasileiras.


Enquanto as prostitutas feministas lutam por visibilidade e respeito numa sociedade hipócrita, Raquel Pacheco, uma figura de mentalidade caquética e que, atualmente, dá cursos e fatura dinheiro repetindo velhas “fórmulas” machistas, no estilo“como satisfazer ‘seu’ macho na cama”[1], para uma clientela feminina de intelectualidade duvidosa, ressurge até do inferno para falar asneira em entrevistas!
Em entrevista recente à Talyta Vespa, da Universa do Uol[2], dentre várias logorreias reacionárias, vitimistas e medíocres e moça disse que: "Jamais me prostituiria de novo. Não tolero mais homem fedido.”.
Raquel, meu anjo, sua “função social”, atualmente, é zero!
Na real, a única coisa socialmente útil que você na sua carreira foi apresentar para a sociedade patriarcal a “figura” da prostituta por opção que “conseguia” escrever num blog!
Em pleno 2019 nem pra “empoderada” você serve!
A gente não tem culpa se você quis se prostituir por uma série de razões fúteis e topou tudo por dinheiro, inclusive transar com homens fedorentos.
A gente não tem culpa se, ao invés de “bem resolver-se” com terapia, você priorizou outras coisas!
A gente não tem culpa se você se sujeitou a imundícies para conquistar o seu patrimônio, garota!

Se
Você
Não
Teve
Brio
Para
Impor
Respeito,
Nós
Não
Temos
Culpa!

Se você não teve maturidade para se satisfazer sexual e animicamente na sua carreira de “Bruna”, a gente não tem culpa, aliás, a gente tá se lixando pra você e seus “white people problems”!
Por que você não faz autocrítica ao invés de insistir no “mais do mesmo” preconceituoso e tacanho?
Você teve oportunidades que muitas prostitutas não têm!
Você saiu da casa dos seus pais para se prostituir aos 17 anos, porque quis.
Usou drogas porque quis.
Caiu no fundo do poço, porque se dissociou de si mesma graças aos seus anseios banais, seu estilo de vida torto e imerso na fuga psíquica dos atos abjetos que você praticava em prol do vil metal. Fuga através do álcool, da cocaína e de gastos homéricos como festas e asneiras do tipo.
A vida é feita de escolhas, Raquel e você optou pelo que, teoricamente, era melhor pra você!
C´est la vie!
Aceite o seu passado e, por favor, respeite quem é bem resolvida na prostituição, porque a gente não deu causa ao seu amargor, aos seus traumas e a sua romantização medíocre da vida!
Se não lhe for possível ser empática, se não lhe for possível fazer terapia, evoluir, respeitar a liberdade e as opções de outras mulheres que, na prostituição, têm uma postura autorrespeitosae digna, se não lhe for possível fazer autocrítica e olhar para além do seu umbigo, tente, ao menos, não ser tão rasteira em suas afirmativas.
Talvez um dia você consiga lograr êxito na prática do bom e velho bom senso!
A gente agradece se, até lá, você manter a sua metralhadora de bosta, digo, boca, fechadinha!
Bem fechadinha.
Grata.

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

[1]Ensina mulheres a agradar os homens no sexo oral, por exemplo, justo neste mundo em que dicas de como satisfazer sexualmente o parceiros nos são vendidas em revistas feministas há décadas e, onde, infelizmente, a maioria dos homens precisa ser instruída a, desapegar-se do machismo, evoluírem e, assim serem melhores parceiros- afetiva e sexualmente, falando-, assuntos que, coincidentemente, foram o foco da minha recente palestra, dia 02/05, no Rio de Janeiro.

[2]VESPA, Talyta. Uol Universa. São Paulo/SP, 24 de maio de 2019. Disponível em: . Acesso em: 26 maio 2019.

Min, deus egípcio da fertilidade

Estatueta do deus Min, com o falo erecto.
Uma peça de história na minha colecção.











A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

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Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

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19 novembro 2019

Azul infeliz

Cruzou-se comigo à porta de um edifício. Loura, bem torneada, saia curta, uns olhos azuis incríveis. Cruzámos olhares por um instante. E naquele instante, uma tristeza brutal amordaçada naqueles olhos azuis incríveis gelou-me.
Olhei para ela de relance, quando se encostou à parede a fumar o cigarro e apontou aquele olhar azul sem brilho, sem vontade, para um vazio qualquer. Já não vi a mulher, vi a pessoa. Tão triste, tão distante, tão só, com aquela tristeza aprisionada por detrás de um silêncio azul.
Fumei o meu cigarro enquanto digeria a minha impotência para poder contrariar toda aquela desistência que o olhar não conseguia dissimular. Uma pessoa na casa dos trinta, bonita, com uns olhos azuis incríveis que pareciam já incapazes de chorar.
Apagou o cigarro a meio, encostou as mãos na parede e respirou fundo, consegui ver pelo reflexo no vidro de um carro. Não me atrevi a olhá-la directamente de novo, cobarde, incapaz de uma iniciativa decente, de uma abordagem inocente para lhe estender a mão numa palavra qualquer.
Não arrisquei cruzar o olhar de novo com toda a tristeza que me perturbou naquele azul incrível que caminhou entretanto para o interior do edifício, enquanto eu acabava o meu cigarro, entristecido pela memória gravada de um azul infeliz.

Sharkinho
@sharkinho no Twitter