20 fevereiro 2020

«A Ilha dos Orgasmos» - Áurea Justo

A ilha dos Orgasmos,
Rodeia-se do cinzento da neblina,
Nela há uma profunda brisa que sopra,
De uma paixão ainda menina...

Corpos nus que se mostram,
Num chamamento tão antigo,
Como o próprio mundo e apostam,
Qual deles atinge primeiro o clímax comigo...

Respirações entrecortadas no abismo,
Do prazer intenso e profundo,
Aqui não há lugar ao cinismo,
Há sentimentos que abalam o mundo!

Ah! Ilha formosa em cuja paz,
Se formaram teus fogosos haréns,
Corpos cobertos de pêlos como um manto,
São do teu prazer apenas reféns!

In Folha De Papiro Perfumada

Áurea Justo
no Facebook

Colar com pénis erecto

Colar e pendente em metal prateado.
Prendinha de Natal de 2019, da Pink Poison para a colecção.





A colecção de arte erótica «a funda São»...

... que já foi tema de reportagem no Jornal da Uma da TVI, em vários jornais e revistas, tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

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19 fevereiro 2020

Bilhete de ida



HenriCartoon

Assobio

Resultado de imagem para sexy woman blowing whistle

O Senhor Doutor sabe que sou fã do Sting e daquele jazz todo na voz, razão para vezes sem conta expressar que o Jonas dele é a «shape of my poussy», mesmo se acredito que a vagina é um órgão muito adaptativo e sobrevivente que se molda à medida de cada novo inquilino mas isso não é nada romântico de se dizer, tal e qual a máxima do meu irmão que alega que as mulheres têm a zona de lazer demasiado próxima da latrina.

Acontece que recentemente quando ele conjugava o verbo ora ponho aqui o meu tubinho devagar, devagarinho, até fazer de ti uma ribeira grande, fiquei de tal modo descontraída e embalada naquelas ondas que comecei a assobiar cada vez mais alto e só parei uns segundos mais tarde quando voltei à realidade. Ele espingardava reprovação pelos olhos como a minha mãe quando eu aparecia com calos nas mãos por me pendurar nas árvores. O Jonas até minguou e saiu.

Desde aí que a minha primeira pergunta séria que faço a um moço com quem me cruze seja a de se já viu uma moça a assobiar e se isso é uma chaleira demasiada para a porcelana fina da sua heterossexualidade.

Postalinho do Norte

"Um problema sério de liberdade de aspersão!"
Pedro Concertinas


Os votos



HenriCartoon

18 fevereiro 2020

Devia ter sido?


Por tudo o que não te disse, eu sorri e fingi estar tudo bem. Por tudo o que te acontecia, eu ficaria feliz mas não estava presente no momento...
Ainda assim, por tudo o que ficou por dizer, hoje penso na vida que teria hoje. O que teríamos nós mudado na vida um do outro mais do que o que mudámos?
Deixei por dizer e muitas foram as noites que te ouvia passar perto de casa e queria falar contigo.
Todas as visitas, todas as conversas, todas as novelas juntos e eu sempre a medir o que era necessário, julgava eu. Havia aqueles limites que a relação impunha, porque nós os impusemos, caso contrário... não sei.
Mas não é imprudência minha pensar que eu era a tal mas nenhum de nós o quis admitir. Fricção? Muita-
Tensão sexual? Muita e intensa.
Rejeitei-te e hoje penso nisso, felizmente penso poucas vezes, o passado, este passado jaz em Albufeira.

Da vossa Pink Poison


Maria Severa e a sardinha

Desenho original emoldurado de Nuno Saraiva, a tinta da China e lápis, que serviu de base para um mural do mesmo autor sobre o Fado Vadio, nas Escadinhas de São Cristóvão, na Mouraria (2013).
Nuno Saraiva: "Na zona periférica da Mouraria que liga à Baixa e ao Castelo, ilustrei uma Severa (a lendária fadista do século XIX), o Fernando Maurício (O Rei-sem-coroa do Fado de rua, um semideus local) e o Padre Edgar (figura carismática do bairro de hoje). É um mural de homenagem às gentes que aqui vivem. Um projecto Amigos de São Cristóvão com o apoio das tintas CIN". Sobre este desenho: "Foi um dos desenhos da exposição com mais protagonismo" (As Lisboas de Nuno Saraiva > Galeria de Santa Maria Maior, Lisboa, Julho de 2019).
Passou a ser, sem dúvida, uma das "peças âncora" da minha colecção.














A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

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16 fevereiro 2020

O fundo Baú - 56

O baú que deu início à colecção de
arte erótica «a funda São»

Em 21 de Junho de 2004 apresentei pela primeira vez a minha colecção de arte erótica ("oficialmente", porque já tinha divulgado outros objectos):

A minha colé São - 1

Disse que iria apresentar-vos a minha colecção de arte erótica e tenho que começar por algum lado, não é?
Pois começo pelo fim: a minha última aquisição - recebida ontem dos EUA - foi um baralho de cartas (esgotado no mercado) promovido pela Annie Sprinkle e que tem a carta dela (dama de ouros) autografada pela própria, com uma dedicatória ao fotógrafo daquela sesSão (James Styles):


Este baralho tem 54 cartas em que cada um dos naipes apresenta mulheres (a que ela chama activistas do prazer) que se destacam numa dada área do mundo do sexo.

«há um nome» - Susana Duarte



há um nome
para todas as coisas.
há um nome

para os voos errantes,
e para as aves trepadoras,
e para as mulheres aladas.
há um nome

para as ondas sobressaltadas,
e para as névoas. há um nome
para as coisas cujo nome
não creio saber, e para ti.
tu, cujo nome não pronuncio,
existes, todavia, onde as marés
alcançam a solenidade do sol e
derrotam as angústias
calcificadas nas vertentes
incorpóreas das palavras,

e dos nomes, que não ouso dizer.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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