Dá um passeio fora da tua mente e vem sentir o que eu sinto.
Tornar a voltar dar-te-ia uma visão diferente da vida.
Estava ele numa rua, numa noite e numa terra desconhecida. Afirmava que o castigo por vezes não é o certo para o crime.
Quando as lágrimas acabarem, sim, porque um dia elas acabam e eu, numa luta desigual com terceiros, vou ser derrotada duplamente.
Tem um buraco na alma, diz ele, o desgraçado tem é sorte de ainda ter alma.
Acusar sabe muito bem, principalmente quando se sabe que se tem razão. Mas que importa ter razão se não se tem o que se quer?
Uma mente que não dá voltas, vê uma parede e não a contorna, bate na parede vezes sem conta e dali não sai.
Agora diz-me qual a sensação de passar a noite dentro de mim, com os meus pensamentos e as minhas torturas?
Algo lhe diz que está nas últimas, está a ficar louco.
Volta a falar do buraco que tem na alma mas que raio de alma é essa?
Uma
alma sem lágrimas, uma fonte que secou para tudo e todos e que não
desassossega no meio de um mundo sossegado. Não existem brilhos súbitos
nem vontades imaginárias a abrirem capítulos que não vão ter fim.
Esse tipo de amor que alguns dizem existir, põe um homem louco, a um passo do cemitério. O que se pode fazer?
Sente-se
como se estivesse a atravessar um sabe-se lá o quê. Sabe que ela nada
veste debaixo do sobretudo mesmo antes de se ir embora na autocarro das
sete. E vai para Hollywood. E lá vai ela... o seu diamante vai embora.
" O que me podes dar neste momento?" pergunta ele, no meio da ansiedade de passar, ou não, sozinho os próximos meses.
" Tudo.", responde ela num tom calmo e seco.
Porque é que não dormes à noite? Por pensares que perdeste tudo o que era bom e pensares que não estás feliz e que estás por tua conta...
Qual será a história dos teus olhos e o que será preciso para chegar a eles...
Diz-me o que é preciso para chegar ao fogo de antigamente e sair das ruas ou da rua da amargura e voltar a dar tudo.
Se
o tudo já foi dado... dá-se o impossível, o incredível, o imoral e o
banal. Com o diabo nos olhos, com sentimento no coração, com calor nas
mãos e humidade na boca. Mas dá-se.
Mulher,
tens de mudar a tua atitude. Tantas vezes me fizeste sentir que o mal
era bom e agora estás ao ponto de me abandonares...
De quem será a culpa de se pensar duas vezes ?
Pensar duas vezes ?! Nem uma!
Faz-se! Mexe-se! Sonha-se! Desassossega-se!
Faz-se alguém trepar paredes!
Remoinho, furacão, leve brisa quente com cheiro a canela.
Vamos
lá ver se a coisa desta vez arranca. O panorama era a mesma parede que
foi necessária para ela lhe explicar como e o quê que lhe podia dar.
Dois
braços em volta de outros dois. Dois abraços dados de uma forma tão
diferente que é de deixar um homem a um passo da loucura com os truques
sujos que se dá no coiro dum gajo...
E
lembra-te quando andares a grande velocidade no teu carro, tão depressa
que eu nem te vejo, que não te sinto… não te poder sentir é não sentir o
coração a bater, é deixar
de ouvir o silêncio que me diz o quanto te temo, te adoro, o quanto te
quero e, acima de tudo e todos, o quanto te consigo sentir.
Sim,
conseguir sentir-te, quando me falas das pessoas que tanto gostas e eu
imagino aquelas de quem gosto de igual forma. Passar por cima de todos
seria o tal gesto que tu és, e serás sempre, incapaz de fazer. Também eu
o sou mas gosto de ti e de tudo o que implicas. É indiscutível que é
mesmo de ti de quem falo. Quem me conhece sabe disso... erro fatal.
Existem coisas que nem merecem ser repetidas.
Como uns olhos contra o pôr do sol às 18:30h da tarde.
Do meu mundo