02 junho 2016

Corpos de mães - revista «Visão» nº 1208 de 28/4/2016

Revista cujo tema de capa é "Orgulho no corpo de mãe", sobre os preconceitos em relação ao corpo das mulheres após a maternidade.
Um tema bem actual, numa revista a juntar-se a muitas outras da minha colecção.





A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

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Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

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«Homem-Legenda – Te ligo» - Adão Iturrusgarai


01 junho 2016

Joywave - «Línguas»


Joywave - "Tongues (ft. KOPPS)" // Official Music Video [NSFW] from Zak Stoltz on Vimeo.

«conversa 2162» - bagaço amarelo





(ao telefone)

Ela - Apetece-me passar o sábado em casa sozinha, enrolada no sofá, a ver filmes.
Eu - Parece-me bem.
Ela - Queres cá vir?
Eu - Não. Se eu for aí já não estás sozinha.
Ela - Bem visto. É melhor não vires.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Façam o favor de foder

Falo na primeira pessoa como que um desabafo. Mulheres deste país, pergunto-vos: Porque não fodem? Maridos lindos, honestos, que vos dão carinho, amor, companhia e nem um beijo em condições? Cansaço? Sim, eu própria deixei de o fazer por cansaço uns dias mas falamos de meses!!! Motivo? Não existe.
Existe um vazio em determinadas mulheres que lhe vou chamar de "Vazio Sexual" que vos prejudica, prejudica a vossa essência feminina e que eu acho, e atenção, são só os meus pensamentos, RIDÍCULO!!! Pergunto-me como é possível não fazerem tudo com a pessoa que vos vê na sanita, que vos vê doentes, que vos ampara e que amam. Um mistério envolve estas mulheres, só pode, o mistério do tal vazio e que provoca mágoas, fugas, lágrimas e aperto no coração. Façam o favor de foder!!
O PODER DA NATUREZA É INFINITO, EU, SOU NATURAL!

E cono mia...



31 maio 2016

Postalinho - Take Away I


Para levar por fora...


A menina não quer... cometa?


Já vi uma estrela cadente. Era um amor a espaços, tão intermitente, difuso e distante que algures se desvaneceu.

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 41

O livro «Mulheres - retratos de respeito, amor-próprio, direitos e dignidade», de Carol Rossetti, está em venda em Portugal, editado pela Saída de Emergência.







Página pessoal
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Boas festas!

Placa em resina com reprodução de figuras do Kama Sutra em alto relevo do templo Lakshman, Khajuraho, Índia.
Oferta de Maria Guia Pimpão para a colecção.








A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
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30 maio 2016

«BangFit» - um jogo da PornHub para perderes calorias

"Emagrece e mantém a forma a masturbares-te e a praticares sexo", dizem eles... e soa-me bem!



O jogo «BangFit» está disponível neste link:

O poder de um decote

Crica para veres toda a história
Oriel*


*Oriel window - janela de sacada envidraçada (a cultura é uma coisa muito linda)

1 página

Eva portuguesa - «Maravilhoso»

É maravilhoso receber um homem limpo, depilado e perfumado. Em oposição ao cano de esgoto, este é um gentleman, uma pessoa que se respeita e se orgulha de si próprio, e que nos respeita a nós. Sim, porque independentemente de ser pago, há quem tenha a inteligência emocional de entender este contacto como aquilo que realmente é: um homem e uma mulher que se entregam ao desejo, necessidade e luxúria. E isto, meus amores, nada tem a ver com beleza ou idade... Tem a ver com educação, respeito e amor próprio. Tem a ver com a necessidade de agradar para também ser agradado. De dar para também receber. Porque um cliente limpo e cheiroso é um cliente que dá vontade de tocar, roçar, abraçar e beijar. E acreditem, assim conseguimos uma entrega que nos leva a ambos a esquecer que isto é um serviço. E não só nós, profissionais, mas sobretudo vocês que nos procuram, têm muito mais a ganhar com esta situação. E felizmente tenho vários clientes, de todos os tamanhos, feitios e faixas etárias, que se enquadram aqui... e isso é maravilhoso!

Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Por favor, meu Deus...


29 maio 2016

Luís Gaspar lê «A Bailarina Vermelha» de Judith Teixeira

Ela passa,
a papoila rubra,
esvoaçando graça,
a sorrir…
Original tentação
de estranho sabor:
a sua boca – romã luzente,
a refulgir!…

As mãos pálidas, esguias,
dolorosas soluçando,
vão recortando
em ritmos de beleza
gestos de ave endoidecida…
Preces, blasfémias,
cálidas estesias
passam delirando!…

Mordendo-lhe o seio
túrgido e perfurante,
delira a flama sangrenta
dos rubis…
E a cinta verga, flexuosa,
na luxuria dominante
dos quadris…

Um jeito mais quebrado no andar…

Um pouco mais de sombra no olhar
bistrado de lilás…

E ela passa
entornando dor,
a agonizar beleza!…
Um sonho de volúpia
que logo se desfaz,
em ruivas gargalhadas
dispersas… desgrenhadas!…

Magoam-se os meus sentidos
num cálido rubor…

E nos seus braços endoidecem
as anilhas d’oiro refulgindo
num feérico clamor!…

E ela passa…

Fulva, esguia, incoerente…
Flor de vicio
esvoaçando graça
na noite tempestuosa
do meu olhar!…
Como uma brasa ardente,
e infernal e dolorosa,
… a bailar…

a bailar!…

(“Noite”- 1925)
Judith Teixeira
Judite dos Reis Ramos Teixeira ou Judith Teixeira (Viseu, 25 de Janeiro de 1880 - Lisboa, 17 de Maio de 1959) foi uma escritora portuguesa. Publicou três livros de poesia e um livro de contos, entre outros escritos. Em 1925 lançou a revista Europa, de que saíram três números. Exemplares do seu livro Decadência (1923) foram apreendidos, juntamente com os livros de António Botto (Canções) e Raul Leal (Sodoma Divinizada), e mandados queimar pelo Governo Civil de Lisboa na sequência de uma campanha contra "os artistas decadentes, os poetas de Sodoma, os editores, autores e vendedores de livros imorais".

Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

«respostas a perguntas inexistentes (339)» - bagaço amarelo

A mulher e a arte

Quando lemos livros, vemos filmes ou ouvimos músicas aprendemos sempre alguma coisa. Não obrigatoriamente o que os livros nos dizem, os filmes nos mostram ou as músicas nos fazem sentir, mas sim o simples facto de percebermos o que é a diversidade.
Tudo o que a arte nos mostra é que somos pequenos demais no tempo para tudo o que existe. A nossa vida não chega para tudo. Se não fizéssemos mais nada senão ler, ver filmes e ouvir músicas, mesmo assim a nossa vida não chegava para conhecer uma ínfima parte do que já se fez neste ínfimo planeta com a nossa ínfima espécie.
É por isso que existem pessoas ou obras famosas. De entre tudo o que existe, sem nos apercebermos disso, escolhemos uma pequena parte de tudo o que se faz e chamamos-lhe "tudo o que vale a pena conhecer". É uma forma de minimizar o nosso esforço para conhecer tudo. "O Grito" do Munch, "O Código da Vinci" do Dan Brown ou o "Help" dos Beatles são apenas alguns exemplos do que integra esta ínfima selecção do falso tudo.
Quando um homem Ama uma mulher, passa-se exactamente o mesmo. Um homem pode Amar muitas mulheres, mas nem a vida nem a felicidade chegam para isso. Amar uma é o truque. Ela torna-se o único elemento de "tudo o que a pena Amar" e o resto torna-se dispensável.
É por isso que as mulheres são, elas mesmas, toda a diversidade. Uma mulher pode sempre ser "O Grito" do Munch, "O Código da Vinci" do Dan Brown ou o "Help" dos Beatles. Um homem é apenas quem tenta perceber o que lê, o que vê e o que o ouve. Não é fácil, mas vale a pena tentar.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

PI das redes sociais


Maitena - Condição feminina 29




28 maio 2016

Puro Êxtase - «Episódio 13 - Jogos vorazes alcoólicos»

Puro Êxtase, webserie orgástica, convida algumas mulheres e homens para realizarem tarefas quotidianas, mas enquanto recebem sexo oral.
Neste episódio, "Mila Spook, alt porn actress na Testosterona, encarou misturar orgasmo com álcool e o resultado é simplesmente inesquecível. Tem copo quebrando, tem suspiros de tirar o fôlego e tem um final que vai surpreender todo mundo!"

A vagina da menina

Ontem à noite conheci a Natacha e só descansei quando lhe fui à pachacha. Não me critiquem. Sou apenas refém de paralelismos fonéticos.

Patife
@FF_Patife no Twitter

«O corcunda» - por Rui Felício

Naquele tempo eu morava perto da Polygram, onde trabalhava o António Avelar Pinho, casado com uma prima minha.
Muitas vezes ao fim do dia ia até lá conversar, passar um bocado. Por ali passavam artistas da editora que fiquei a conhecer. O Paulo de Carvalho, o Herman José, o Carlos do Carmo, as Doce…
Era ali visita frequente, um corcunda que levava de vez em quando para avaliação do ToZé Brito umas cassetes com canções da sua autoria, na esperança de um dia serem gravadas em disco. O bom coração do ToZé Brito impedia-o de lhe dizer que as canções não tinham a mínima qualidade. Com essa sua proverbial bondade, ia mantendo, sem querer, as esperanças do corcunda.
Um dia, talvez em meados da década de oitenta, a Polygram ofereceu-lhe um bilhete na primeira fila do Coliseu dos Recreios para um espectáculo que ali ia dar a cantora brasileira Elba Ramalho.
Aprontou-se o melhor que pôde com o seu fato domingueiro, desceu do Metro nos Restauradores e caminhou até à Rua das Portas de Santo Antão. Nunca tinha entrado no Coliseu. Ficou especado à porta do edifício, com o bilhete na mão, durante largos minutos. Por ele via passar, rindo, apressados, em direcção à escadaria, homens e mulheres, eufóricos, alegres. Resolveu segui-los até uma das portas ao cimo da escadaria. Um porteiro fardado mirou-o de alto a baixo, pegou no bilhete, rasgou-lhe uma ponta e disse-lhe:
- Porta C, 1ª fila, lugar nr. 2!
Na dita Porta um outro empregado conduziu-o até ao lugar marcado, devolveu-lhe o bilhete e ficou uns segundos de mão aberta estendida.
O corcunda, olhou-o uns instantes, apertou-lhe a mão, e cumprimentou-o, dizendo:
«Auto das Danações»
Peça de teatro sobre os tempos modernos
mas à moda de Gil Vicente
baseada numa ideia de Paulo Moura
Jorge Castro, Apenas livros edições, 2007
(edição especial - a funda ediSão)
Colecção de arte erótica «a funda São»
- Muito obrigado!
Abre-se o palco inundado de luz, ao som dos acordes dos músicos. Elba Ramalho entra sorridente, esfuziante, cabelo farto aos caracóis, com um vestido colorido que deixava ver, bem acima dos joelhos, um par de pernas bem torneadas, e mais acima uns seios palpitantes, apetecíveis.
O corcunda revolvia-se na cadeira. Os olhos não se despegavam das curvas daquela bela mulher! Nas últimas noites tinha sonhado com ela, imaginava as caricias que lhe faria se, por uma noite que fosse, a tivesse na cama a seu lado. Mas disforme como a Natureza o tinha feito, sabia bem que nunca poderia aspirar a tal!
Entregue aos seus pensamentos, nem reparou que a Elba Ramalho já descia do palco e cantava na plateia, deambulando pelo meio dos espectadores.
Aproximou-se dele, sentou-se-lhe ao colo, passou o braço em redor dos seus ombros, enquanto cantava, olhando sensualmente para ele:
O meu amor
Tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios
De me beijar os seios
Me beijar o ventre
E me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo
Como se o meu corpo
Fosse a sua casa
O corcunda nem queria acreditar! Todos os músculos do corpo estavam tolhidos, Olhando-a, a boca retorcida, a marreca mais pronunciada, apenas conseguiu articular um som rouco, quase ininteligível, como que em resposta aos versos da cantora:
- Sim, sim. No fim do espectáculo?

Rui Felício
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Blog Escrito e Lido

Um sábado qualquer... - «Mundo Avesso – Castelos…»



Um sábado qualquer...

27 maio 2016

A Rita Pereira é Magnum!

É sempre bom termos um pretexto para publicarmos fotos da Rita Pereira, como foi o melhor título de sempre da imprensa nacional ou quando a Playboy lhe cortou o rabo.
Desta vez, apreciemos este monumento aos gelados Magnum, na festa que promoveram em Cannes, no dia 12 de Maio:



«Madrugada» - Rubros Versos


Tiago Silva

«Sexta feiraaaaaaaaaaaaaa e *inspira*...» - Ruim

hojeéquevaisertantaideiatantoplanojantaradacomomeupeoplesaidacoposbebedeiraverunsrabosumasmamasvoumandarumaòfodaseistonãolevantacaganissoémelhordormirporqueamanhãvoucorrerdemanhãolhaadormecimerdaparaistovoudormirentãomaisumpoucoederepentesãoduasdatardeeagoravouparaocafématartempoeolhajáénoitesecalharvousairoutravezetentarpinarjáqueontemnãoconseguitertesãoejantaradaoutravezmandavirmaissangriaemaisumaeagorawhiskyjátoutodofodidolávouterdesairoutravezemerdaparaistojáestounoUrbaneolhaaliumaporcaadançarouachaelaaquiloparamiméritualdeacasalamentoBenficaCampeãoyametiaquiistosóparaversealguémliamasadianteondeéqueeuiaahjáseiaporcaentãometilhedoisdedosnascalçasejátánopapoentãolevoagajaparacasaeMERDAQUENÃOOCONSIGOMETERDEPÉOUTRAVEZedizmeláumacoisaachasquesougiro?respondeseforesumagajanoscomentárioséquetipoeuseiquenãosoufeiomastambémnãosouaquelegajogiraçomasprontodáatuaopiniãoporquetenhobaixaautoestimamasvamosvoltaràhistóriaqueeuestavaacontareentãoficamosadormireolhasãoumadatardededomingoetenhoumagordanacamameudeuselavaimecomertudonadespensaXÔDAQUIGORDADOC#RALHOvoumaséverumassériesedepoisumfilmeecomerumatorradinhafodassetenhosono e...

*expira* amanhã já é Segunda!

‪‪#‎bomfimdesemana‬
‪#‎estouparaversealguémleutudo‬
‪#‎enjoyweekendenjoylife‬

Ruim
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«Como as cobras» - Shut up, Cláudia!




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26 maio 2016

«Aquece-me» - João

"Nos contos de fodas há príncipes e princesas. Há castelos. Figuras mágicas, e além das fodas, há as fadas. Ali havia sobretudo o conto de foda, que era a expressão visível da magia. A foda não era o fim último, era a casca que envolvia a magia, todas as rodas dentadas que encaixavam na perfeição, rolando sem atrito, e sem óleo. E não havia castelos. O lugar, de certo modo, era lúgubre, tangencial ao feio senão mesmo secante, e gelado. No fundo daquelas escadas, rodada a chave na velha fechadura, revelava-se masmorra urbana da qual faltaria apenas escorrer água pelas paredes. E os corpos chegavam ali a tiritar, e mais ainda tiritavam quando se desnudavam, e ela pedia, docemente, aquece-me, e venciam o frio dos lençóis bicolores, que quando neles deslizavam a princípio era como deitar o corpo em blocos de gelo, e depois o calor criava uma fina película de água que lhes permitia mover sem dificuldade, e por fim do gelo se fazia fornalha, e o tão doce aquece-me que ela pedia dava lugar a ordens, verbos que se impunham, palavras soltas como labaredas ou salpicos de uma fornalha, e não existiam príncipes nem princesas, havia a casca da foda onde cona e caralho ocupavam o fosso da orquestra enquanto as suas cabeças e corações tomavam o palco num pleno domínio da arte. E no fim, sobrava um calor que afastava o frio imenso. Se alguma coisa podiam dizer, e na verdade podiam dizer muitas, era que calor nunca lhes faltou."
João
Geografia das Curvas

Postalinho trompe l'oeil

"Detalhe da paisagem nos Passadiços do Paiva.
Aposto que vês aqui qualquer coisa...
Beijo
Daisy"


Pornografia e virilidade - revista «Visão» nº 1205 de 7/4/2016

Revista cujo tema de capa é "Como o porno ameaça a virilidade", tradução de um artigo da revista «Time».
Uma revista com um tema de fundo bem polémico, a juntar-se a muitas outras da minha colecção.



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«Homem-Legenda – Te ligo» - Adão Iturrusgarai


25 maio 2016

Skepta - «All over the house» (Pela casa toda)

(abre numa nova janela)

«pensamentos catatónicos (334)» - bagaço amarelo

O Amor não chega, pois não?

Um dia vou-me apaixonar para sempre, nem que seja a última coisa que faço na vida. Um dia antes de morrer, por exemplo. Nesse dia será mais fácil porque já não será necessário discutir a vida nem as formas de nela ser feliz.
Sei que se me apaixonar nesse dia e olhar para trás, para os Amores passados, vou sorrir como se olhasse para uma pequena borboleta que enquadrei e perdi de vista logo a seguir. É assim que são os Amores, tão esvoaçantes e trémulos quanto um qualquer voo errante.
Aviso: este não é um texto triste. É um texto que me liberta na mais maravilhosa das minhas condições: a de homem, tão pouco e muito importante como outro qualquer. Chama-se materialismo ou, se preferirem, um café um bagaço.
Quanto é que custa ser feliz? Quanto custa dar um abraço a um amigo triste ou a mão na rua ao namorado? Quanto custa dizer que se Ama alguém ou, pelo menos, que esse alguém é importante para nós? Não custa nada.
Mas se é verdade que quem conta um conto acrescenta um conto, não é menos verdade que nunca se fala dos pontos que andamos a tirar aos contos da nossa vida. Acrescentamos os contos que custam alguma coisa, e esquecemos os pontos que não custam nada. Tudo o que é importante tem que ter um preço, porque desaprendemos a viver sem esse falso Deus que é o preço do que se tem. Ou não tem, claro.
Tudo o que vivi de feliz nos últimos cinco dias da minha vida foi saber que a minha filha existe, um jantar com um primo distante, uma praia com uma amiga próxima e um abraço musicado por uma lágrima. Adivinhem! O custo foi o tempo que passou, que foi também o lucro da coisa.
Talvez um dia destes o mundo acorde e perceba que o défice que todos temos é perdermos a vida por causa dum défice que não o é de facto e, nesse dia, nunca mais ninguém me diga que o Amor não chega. Mesmo que um dia antes de morrer.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Fora da Mente

Dá um passeio fora da tua mente e vem sentir o que eu sinto.
Tornar a voltar dar-te-ia uma visão diferente da vida.
Estava ele numa rua, numa noite e numa terra desconhecida. Afirmava que o castigo por vezes não é o certo para o crime.
Quando as lágrimas acabarem, sim, porque um dia elas acabam e eu, numa luta desigual com terceiros, vou ser derrotada duplamente.
Tem um buraco na alma, diz ele, o desgraçado tem é sorte de ainda ter alma.
Acusar sabe muito bem, principalmente quando se sabe que se tem razão. Mas que importa ter razão se não se tem o que se quer?
Uma mente que não dá voltas, vê uma parede e não a contorna, bate na parede vezes sem conta e dali não sai.
Agora diz-me qual a sensação de passar a noite dentro de mim, com os meus pensamentos e as minhas torturas?
Algo lhe diz que está nas últimas, está a ficar louco.
Volta a falar do buraco que tem na alma mas que raio de alma é essa?
Uma alma sem lágrimas, uma fonte que secou para tudo e todos e que não desassossega no meio de um mundo sossegado. Não existem brilhos súbitos nem vontades imaginárias a abrirem capítulos que não vão ter fim.
Esse tipo de amor que alguns dizem existir, põe um homem louco, a um passo do cemitério. O que se pode fazer?
Sente-se como se estivesse a atravessar um sabe-se lá o quê. Sabe que ela nada veste debaixo do sobretudo mesmo antes de se ir embora na autocarro das sete. E vai para Hollywood. E lá vai ela... o seu diamante vai embora.
" O que me podes dar neste momento?" pergunta ele, no meio da ansiedade de passar, ou não, sozinho os próximos meses.
" Tudo.", responde ela num tom calmo e seco.
Porque é que não dormes à noite? Por pensares que perdeste tudo o que era bom e pensares que não estás feliz e que estás por tua conta...
Qual será a história dos teus olhos e o que será preciso para chegar a eles...
Diz-me o que é preciso para chegar ao fogo de antigamente e sair das ruas ou da rua da amargura e voltar a dar tudo.
Se o tudo já foi dado... dá-se o impossível, o incredível, o imoral e o banal. Com o diabo nos olhos, com sentimento no coração, com calor nas mãos e humidade na boca. Mas dá-se.
Mulher, tens de mudar a tua atitude. Tantas vezes me fizeste sentir que o mal era bom e agora estás ao ponto de me abandonares...
De quem será a culpa de se pensar duas vezes ?
Pensar duas vezes ?! Nem uma!
Faz-se! Mexe-se! Sonha-se! Desassossega-se!
Faz-se alguém trepar paredes!
Remoinho, furacão, leve brisa quente com cheiro a canela.
Vamos lá ver se a coisa desta vez arranca. O panorama era a mesma parede que foi necessária para ela lhe explicar como e o quê que lhe podia dar.
Dois braços em volta de outros dois. Dois abraços dados de uma forma tão diferente que é de deixar um homem a um passo da loucura com os truques sujos que se dá no coiro dum gajo...
E lembra-te quando andares a grande velocidade no teu carro, tão depressa que eu nem te vejo, que não te sinto… não te poder sentir é não sentir o coração a bater, é deixar de ouvir o silêncio que me diz o quanto te temo, te adoro, o quanto te quero e, acima de tudo e todos, o quanto te consigo sentir.
Sim, conseguir sentir-te, quando me falas das pessoas que tanto gostas e eu imagino aquelas de quem gosto de igual forma. Passar por cima de todos seria o tal gesto que tu és, e serás sempre, incapaz de fazer. Também eu o sou mas gosto de ti e de tudo o que implicas. É indiscutível que é mesmo de ti de quem falo. Quem me conhece sabe disso... erro fatal.
Existem coisas que nem merecem ser repetidas.
Como uns olhos contra o pôr do sol às 18:30h da tarde.
Do meu mundo

Non stop fucking