26 junho 2016

«conversa 2164» - bagaço amarelo




Ela - Sabes... às vezes olho para trás e tenho pena de nunca me ter apaixonado por ti.
Eu - Apaixonaste-te por outros. Isso não se controla.
Ela - Pois... mas tenho a sensação que...
Eu - Que quê?!
Ela - Que sempre me meti com homens demasiado inteligentes.
Eu - Estás a chamar-me burro?
Ela - Não. Não sei bem explicar...


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

PI dos Casamentos de Santo António


Maitena - Condição feminina 33





25 junho 2016

«Mary Quant na história da moda e do crime» - Ricardo Araújo Pereira

No Brasil, uma jovem de 16 anos foi drogada e violada por mais de 30 criminosos, que filmaram o crime e o partilharam nas chamadas redes sociais. Como é evidente, um grande número de pessoas manifestou profunda indignação. Contra a vítima. Muitos, mas mesmo muitos comentários atribuíam a responsabilidade da violação à moça. Antes de mais nada, há que saudar as empresas de telecomunicações por conseguirem levar internet à gruta onde moram estes primatas. Mas talvez valha a pena debater os argumentos desta gente. Eu gosto particularmente de analisar textos antigos e estes comentadores vivem, claramente, na Idade Média. A ideia central destes filósofos medievais é clássica: certas indumentárias acirram os violadores. Nesta mundividência, um violador é um cidadão decente e cumpridor da lei, que só uma desonesta mini-saia consegue desviar do caminho recto. Mesmo quando transgride, o violador está menos interessado em cometer um crime hediondo do que em castigar uma indecência. No fundo, é uma pessoa moralmente irrepreensível, que apenas se deixa transtornar por peças de vestuário desavergonhadas. Nunca, na história da criminalidade, um violador abusou de uma mulher que envergasse calças. Quando surgem notícias (e não surgem assim tão poucas vezes) segundo as quais uma velhinha de 80 anos foi violada, pergunto sempre a mim próprio em que loja terá a senhora adquirido a mini-saia. Quando a notícia especifica que se trata de uma idosa acamada, censuro a opção de se ter deitado com a mini-saia vestida.

Creio que o corolário lógico desta linha de raciocínio só pode ser a criminalização da mini-saia. A mulher que usa mini-saia é, no mínimo, cúmplice do crime. Na verdade, é a instigadora. A autora moral da violação. A arma do crime é a mini- -saia. Que se possa comprar livremente uma arma destas, em qualquer loja de pronto-a-vestir, é circunstância que não deixa de causar perplexidade. Há que sensibilizar a sociedade para a especificidade deste crime, que é o único provocado pela vítima. Uma floresta, por mais frondosa, não provoca o incendiário. Um auto-rádio, por mais tecnologicamente avançado, não acicata o gatuno. A generalidade dos criminosos é culpada dos seus crimes. O violador é vítima de uma peça de vestuário. Há que pôr termo a esta injustiça. As senhoras devem parar de enervar os violadores. Vistam-se ao gosto deles. Que diabo, não custa nada. O ideal era que os violadores se dedicassem à moda e impusessem o seu estilo seguro e decente. Violadores-estilistas, era do que nós precisávamos. Fica a sugestão para os organizadores do Portugal Fashion.

Ricardo Araújo Pereira
ilustração de João Fazenda
in «Visão» de 2 de Junho de 2016

Homem que é homem


Consigo ter momentos de elevada genialidade. Desde que não tenha um par de mamas à frente a distrair-me.

Patife
@FF_Patife no Twitter

«Sex Tips For Husbands and Wives from 1894»

Mini-livro com indicações para maridos e mulheres, datadas de 1894.
Maxi-miminho de Carla Cristo para a minha colecção.




A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

Sexo por comida - Liana Finck



Via Voluptama

24 junho 2016

Alice Caetano - «Diálogos de Maria e Miguel - 3»




Miguel – Hoje, irei ter contigo, quando a noite se fizer noite.
Maria – Levo o vestido preto e um ramo de flores brancas.
Miguel – O ramo é para tirarmos pétala por pétala e fazermos um círculo de amor.
Maria – Não vou esquecer-me das velas de canela.
Miguel – Os odores orientais e desorientais.
Maria – Hum…
Miguel – Vamos encontrar-nos na encruzilhada?
Maria – Sim, na encruzilhada das areias movediças.
Miguel – Vou oferecer-te uma imagem em argila negra, de Erato, já a tenho debaixo do braço.
Maria – Para eu me transformar em sílabas.
Miguel – E eu dizer o teu nome até ao fim das pálpebras.


Alice Caetano
in «Maçã de Zinco» - Editora Esfera do Caos

«Três» - Rubros Versos


Tiago Silva

«Esquinado» - Ruim





Cada vez que vejo alguma ex-namorada minha, não estrilho e mudo de esquina.
Não gosto de incomodar as pessoas no seu local de trabalho.

‪#‎qualquerdelas‬

Ruim
no facebook

«Viva a vida!» - Shut up, Cláudia!





no Facebook

23 junho 2016

Shake're'resss


Ashley Alban - Ass Shaking XI from Kenpachi Zaraki on Vimeo.

Postalinho de Banguecoque

"Estou a digitalizar alguns slides e encontrei este que tirei em Setembro de 1972, já a pensar na São Rosas.
Monumento à Fertilidade, em Banguecoque."
Alfredo Moreirinhas



Freira que abre e fecha portas

Fechadura em bronze da minha colecção.
Seria tão bom se fosse usada na porta do espaço de exposição permanente...


A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

«Não te amo» - Adão Iturrusgarai


22 junho 2016

Go Go dancers


‘Topless 1960s Go Go Dancers’ Archive Footage. from BB Bango on Vimeo.

«respostas a perguntas inexistentes (373)» - bagaço amarelo

Coloco duas colheres de café numa cafeteira de vidro antiga, fervo um pouco de água e misturo. Tenho que esperar cerca de um minuto para que o filtro humedeça e possa descer pelo vidro suavemente, caso contrário fará um movimento abrupto e desperdiçarei café.
São cerca de dois a três minutos para preparar a bebida e, sempre que o faço, lembro-me da minha máquina de pastilhas em Portugal. Não com saudade, mas porque essa é mais uma memória que me ajuda a entender-me a mim mesmo. É o tempo, pá. Do que me lembro é de estar impaciente durante os vinte segundos que demorava a tirar um café nessa máquina e então reparo como estou a ganhá-lo. Ao tempo, repito.
Sento-me a ver a mistura a fazer-se e contemplo-a ao mesmo ritmo da vida. É sempre assim. Ainda ontem me sentei num bar no centro da cidade e pedi uma Kamenitza de meio litro. Não sei quanto tempo estive a ver o desfile de transeuntes lá fora, através duma janela empoeirada, como se o tempo estivesse a contar apenas para eles. Depois duas mulheres pararam a conversar e uma delas olhou para mim duas vezes. Trocámos um sorriso e o barulho do antigo relógio de cuco do bar tornou a fazer-se ouvir.
Pensamos que a solidão se dá quando estamos sós, mas não é verdade. A solidão dá-se quando não sabemos estar connosco, mesmo que estejamos rodeados de pessoas. É uma cobra, essa gaja. Até no Amor mais intenso pode aparecer a deslizar, se não aprendemos a fazer um café de três minutos aproveitando a vida.

café
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Sou atípica...

Sou atípica... Sou amiga e inimiga. Sou tua e nunca sou de ninguém, sou do mundo se o mundo me quiser. Sou terrível. Sou boazinha. Sou uma filha que cansa o pai. Sou uma f*** como nunca tiveram. Sou muito ou zero. Sou eu, somente eu. Sou eu, a Pink Poison. Serão as correntes tão fortes? Estarão assim tão apertadas? Ou estão porque se sentem acomodados com as ditas correntes? E soltar? Não? Nem por isso?
O som, a luz não te fazem ter força para partir correntes, enfrentar ondas enormes? O meu silêncio só será quebrado por um vento que me passe na pele... Tenho curiosidades. Tenho vontades. Grito, gemo, tremo de prazer, encosto as mãos à parede e respiro fundo seguido de uma gargalhada.

Pink Poison

Consulta grátis de oftalmologia



21 junho 2016

Postalinho de uma exposição no Edifício Chiado, em Coimbra

"É do Pedro Olayo Filho.
Nem sei porquê mas lembrei-me de ti...
Talvez por ser, quiçá, uma «água_reles»... Ops! Aguarela."
Carlos Car(v)alho


E depois admiram-se de a malta ficar eléctrica...




Sem verba para tecido e/ou combustível, jovem recorre a veículo sem motor para se dirigir ao estágio não remunerado.



Sharkinho
@sharkinho no Twitter

«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 44

O livro «Mulheres - retratos de respeito, amor-próprio, direitos e dignidade», de Carol Rossetti, está em venda em Portugal, editado pela Saída de Emergência.







Página pessoal
no Facebook
no Tumblr

Já nem é preciso "mostrar nudez ou actos sexuais" para o Facebook fazer censura!

Uma mensagem que deixei ontem na minha página no Facebook, que tem mais de 4.000 «gostos»:

"Recebi uma mensagem do Facebook a dizer que a página tinha sido cancelada por publicar repetidamente imagens contra as normas desta casa.
A imagem era a de uma menina, à beira de uma piscina, de pernas escancaradas. Estava de biquíni, sem poder ser classificada como sendo de nudez. Mas os critérios do Facebook, já há muito que sabemos que são subjectivos e sem nexo.
Acho estranho que continuemos a poder publicar. Pelo menos eu consigo...
Se esta página desaparecer, já sabem o que se passou.

São Rosas"

A imagem era esta:



Vinil erótico

Três discos single em vinil que se juntam à minha colecção:
Clássicos eróticos - distribuído com o nº 87 da Playboy (brasileira?) - Lado A: La prima volta / Histoire d´O; Lado B: Black Emmanuelle / Je t´aime, moi non plus.
Bocage - sonetos eróticos - editado pela Mundusom, com sonetos eróticos de Bocage na voz de Andrade e Silva.
Poesia erótica e satírica - o capítulo geral dos franciscanos - editado pela Mundusom, com o capítulo geral dos franciscanos, de José Anselmo Correia Henriques, um soneto de Filinto Elísio e um soneto do Abade de Jazente, na voz de Andrade e Silva.












A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

20 junho 2016

«Foria» - primeiro lubrificante à base de canábis

Foria é um lubrificante feito da mistura de óleo de coco e canábis, 100% natural e comestível, que proporcionou para algumas utilizadoras o efeito imediato de 15 minutos de orgasmos múltiplos.
O uso é feito por meio de uma borrifadela do spray – que possui a quantidade de dois miligramas de THC, agente psicoactivo da canábis. Foria está disponível para pessoas residentes no estado da Califórnia (EUA) que possuam autorização para consumo de canábis medicinal.
Se fores à Califórnia, podes trazer também para mim?


Foria. The First Marijuana Infused Personal Lubricant for Her Pleasure is Here. from Foria on Vimeo.

Os abacates são danados

Crica para veres toda a história
Espírito mau


1 página

Eva portuguesa - «Voyeur»

Atenção, meninas! Mais um a quem não basta ver as fotos e os vídeos para se conseguir realizar sexualmente! Este liga, marca, aparece, olha de alto a baixo a registar os pormenores e vai embora com a desculpa "ah és tu", como se alguma vez me tivesse visto na vida!... Baixo, gordo, atarracado; com óculos de fundo de garrafa. Ligou do 92xxxxxxx e conduz uma carrinha Opel preta à qual infelizmente não consegui ver a matrícula. Registem o número. Temos que nos ajudar umas às outras e entalar estes filhos da p*ta!

Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Postalinho da Serra de Montemuro

"As nossas serras são muito eróticas..."
Daisy Moreirinhas


19 junho 2016

Luís Gaspar lê «Momentos» de Otília Martel

Não me apetece dizer o que penso,
o que sinto, o que sou.
Não me apetece dizer-te
para onde vou, onde estou
o que senti.

Não me apetece manifestar meus afectos,
meus carinhos, pedir um beijo,
roçar teu corpo em mil desejos …

Não me apetece dizer
quantos orgasmos tive,
quando me possuías loucamente.

Não me apetece dizer o que sinto
quando o frenesim da tua boca
roça as minhas coxas
e me deixas louca de tesão.

Não me apetece!
E apetece-me tudo…

Otília Martel

Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

«respostas a perguntas inexistentes (343)» - bagaço amarelo

dá trabalho

Há pessoas que não sabem estar sem fazer nada. Quando estão desempregadas, por exemplo, utilizam esse argumento para a urgência de encontrar trabalho. Não sei se não acredite nessa desculpa esfarrapada ou se tenha pena. Mas que essas pessoas me fazem confusão, lá isso fazem. Sempre procurei trabalho essencialmente por precisar de dinheiro.
O meu ponto de vista é que a vida dá trabalho, pelo menos para quem a sabe viver. Foi por isso que nunca me senti estar sem fazer nada, mesmo quando estava sem emprego. Uma das coisas que dá trabalho na vida, por exemplo, é Amar uma só pessoa (Amar muitas não dá assim tanto).
A minha vida sempre me deu trabalho, ser eu próprio sempre me deu trabalho, Apaixonar-me perdidamente por uma mulher sempre me deu trabalho. É por isso que me assusta quando uma mulher me diz que não sabe estar sem fazer nada. Concluo que ela pode não saber viver nem sequer Amar alguém.
O que eu estou a dizer não implica que o trabalho seja sempre um sofrimento. Não é e, aliás, já tive trabalhos que me deram bastante prazer. Assim como Amar já me deu sofrimento e prazer. O que era bom era que todos fossemos nós antes de sermos outra coisa qualquer. Dá trabalho, mas vai valendo a pena.
Às vezes nem reparamos que trabalhamos oito horas por dia e nos cansamos mais depressa de um Amor que vemos apenas uma ou duas horas. Quando isso acontece, provavelmente deixámos de ser nós próprios. Se nós formos nós próprios, nunca estamos sem fazer nada e nunca nos fartamos da vida. Só que dá trabalho.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

PI das todas diferentes, todas iguais


Maitena - Condição feminina 32





18 junho 2016

Postalinho de Malta

"Uma casa na ilha de Malta, na vila de Santa Venera (será a santa das doenças venéreas?!...)"
Joyce Craveiro

Trocos...


Gasto o meu dinheiro quase todo com álcool, jogo e mulheres. Mas algum também é mal gasto.

Patife
@FF_Patife no Twitter