04 agosto 2016
03 agosto 2016
«pensamentos catatónicos (336)» - bagaço amarelo
Eu sei que todos os Amores acabam. Aprendi-o com as pessoas que pensam o contrário e que passam a vida inteira num desAmor constante. Sei que o nosso Amor também vai acabar. A única coisa que eu queria era que ele acabasse depois de nós.
Hoje sentei-me num muro velho que separa uma casa em ruínas duma estrada movimentada. Levei comigo um casaco azul e a solidão que tinha em casa. Creio que não me esqueci de nada. Fiquei a ver os automóveis a passar, todos na mesma direcção desconhecida. Ao longe, o trânsito automóvel é como cada um dos Amores deste mundo. Parece que vão todos na mesma direcção, mas não vão.
Um gato preto subiu ao muro e, depois de me fitar durante alguns segundos, ficou também a olhar para a estrada. Acho que ele me leu o pensamento. A diferença entre mim e ele é que ele aceita essa verdade com naturalidade. Eu não. Se algum dia tornar a andar contigo de carro, vou estar atento aos gatos que olham para o trânsito.
Acho que só os gatos é que percebem que eu desejo sempre que a estrada não acabe. Seria uma forma de, mesmo contigo a conduzir em silêncio, estar sempre perto de ti. O Amor é eternizar cada momento de proximidade, se possível até depois de nós.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Como saberia?...
Sem permissão para partilhas públicas ou em docs oficiais |
Escondi anos a fio recantos da minha alma e tu lá chegaste.
No meio de uma multidão ao som de um clássico: Alcântara-Mar, observo-te, espio cada detalhe em ti, divirto-me, estou numa viagem que começa na tua cabeça e acaba nos teus pés.
O meu corpo treme, é da música?
Diz-me!
Do meu mundo
02 agosto 2016
Dra. Isabel explica como Deus fez o pénis a partir de um bolinho de barro....
... e as parecenças do clítoris com um dente de alho.
«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 50
O livro «Mulheres - retratos de respeito, amor-próprio, direitos e dignidade», de Carol Rossetti, está em venda em Portugal, editado pela Saída de Emergência.
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«À espreita» e «Preparativos»
Duas caixas de comprimidos com tampa, em porcelana de Limoges pintada à mão.
Que nunca salte a tampa à minha colecção!
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Que nunca salte a tampa à minha colecção!
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
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01 agosto 2016
Postalinho aflitinho
"Placas de identificação das casas de banho masculinas e femininas do restaurante Peleiro, em Paião (Figueira da Foz)."
Paulo M.
Paulo M.
Eva portuguesa - «Nada te pode atingir se não o permitires»
Nada te pode atingir se não o permitires. E como, faças o que fizeres, serás sempre criticado, então agarra-te aos teus valores, mantém a tua consciência limpa e persegue os teus objectivos. E sê feliz. Porque só pessoas felizes podem espalhar felicidade. E o julgamento alheio, de quem não conhece a tua história nem calçou os teus sapatos, não te interessa...
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
Ceifeira debulhadora
«Augustmittag» (Agosto ao meio-dia)
Max Švabinský
1918
Xilogravura
35 x 34,9 cm
Via mon ami Bernard Perroud
31 julho 2016
Luís Gaspar lê «Sobre mim cavalgas…» de David Mourão-Ferreira
cingindo-me os flancos
Colhes à passagem
a luz do instante
De dentes cerrados
ondulas, avanças,
retesas os braços,
comprimes as ancas.
Depois para a frente
inclinas-te olhando
o que entre dois ventres
ocorre entretanto,
e o próprio galope
em que vais lançada
Que lua te empolga
Que sol te embriaga
Lua e sol tu és
enquanto cavalgas
amazona e égua
de espora cravada
no centro do corpo
Centauresa alada
com os seios soltos
como feitos de água.
Queria bebê-los
quando mais te dobras
Os cabelos esses
sorvê-los agora
Mas de cada vez
que o rosto aproximas
já é outra a sede
que me queima a língua:
A de nos teus olhos
tão perto dos meus
descobrir o modo
de beber o céu.
David Mourão-Ferreira
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa
«respostas a perguntas inexistentes (346)» - bagaço amarelo
Um dia destes vou tentar perceber porque é que se fala apenas do Amor à primeira vista. E os Amores à primeira audição, ao primeiro toque, ao primeiro aroma ou ao primeiro sabor? São tão ou mais importantes que o da vista, mas ninguém lhes liga nenhuma.
Acho que é por isso que todas as histórias de príncipes e de princesas são sempre uma boa merda. A Disney, por exemplo, só nos apresenta a visão como elemento fulcral da paixão. Mas que erro mais limitador e que péssimo exemplo para quem é criança. Corremos o risco de crescermos a pensar que o Amor é apenas aquilo que vimos e chegar a adulto sem saber Amar. A Disney é apenas pornografia barata.
Quem tem saudades de um Amor tem saudades muito para além daquilo que viu. Eu, que sinto uma enorme saudade de tudo o que me lembro no escuro de um quarto, estou-me nas tintas para a visão. A escuridão é o meu ninho, onde o Amor ultrapassa totalmente os meus olhos enganadores.
Nunca me apaixonei de verdade por ver uma mulher, mas já me apaixonei por um segredo contado ao ouvido, um toque de uma mão ou o cheiro de um abraço apertado. Talvez o melhor dos Amores seja aquele em que a vista começa a ver realmente depois de tudo o resto.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
30 julho 2016
Pareceu-lhe um papo-seco?!
A padeira onde compro o pão quente olhou fixamente para o meu papo de picha. Repete lá isso que eu explico-te o que é meter a mão na massa.
Patife
@FF_Patife no Twitter
Ratinhos cabeçudos
Pratinho de bronze em forma de cesto com 3 ratinhos com forma de pénis.
Uma das muitas peças subtis da minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
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> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
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Uma das muitas peças subtis da minha colecção.
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> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
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29 julho 2016
«Brincadeiras de crianças» - Ruim
Hoje, no caminho até casa, passei por dois miúdos na casa dos 9/10 anos a brincar à apanhada. Exacto. A rir e tudo. Sem capacete, joelheiras ou outro qualquer artifício de protecção imposto por algum pai que leu blogs a mais de pediatras sem filhos, por recear que eles se magoassem nas folhas. Parei por um pouco a admirar aquela cena à meia distância, porque julgava que isto já não existia. Reminiscências de uma infância vivida na sua plenitude, longe da monotonia solitária que um quarto de apartamento suburbano me proporcionava. Até que um dos petizes escorrega na relva, embrulha-se todo no chão e o outro a lança-se para cima dele cheio de ganas para o agarrar. Novamente, não vi nenhum pai a intervir e a separar os miúdos por receio que algum ficasse traumatizado com aquele contacto, ou pior: gay. Não, agora já se pode. Continua-se a pensar que é assim que as pessoas definem a sua sexualidade, mas agora já é aceite e até fica bem, apesar de haver ainda um longo caminho a percorrer.
Alegria em estado puro, pensei eu.
"DÁ-ME O IPHONE, SEU FILHO DA PUTA!"
"F#DA-SE, TÁ ALI UM PEDÓFILO A OLHAR PARA NÓS A SORRIR. Ó PAI, TÁ AQUI UM VIOLADOR!"
Foge... putos de merda. Deviam dar com os cornos numa árvore e partirem os braços. Ainda por cima tinham mesmo ar de bichas os dois, mais aquelas brincadeiras de rotos!
#nuncamais
Ruim
no facebook
Alegria em estado puro, pensei eu.
"DÁ-ME O IPHONE, SEU FILHO DA PUTA!"
"F#DA-SE, TÁ ALI UM PEDÓFILO A OLHAR PARA NÓS A SORRIR. Ó PAI, TÁ AQUI UM VIOLADOR!"
Foge... putos de merda. Deviam dar com os cornos numa árvore e partirem os braços. Ainda por cima tinham mesmo ar de bichas os dois, mais aquelas brincadeiras de rotos!
#nuncamais
Ruim
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28 julho 2016
Postalinho da Nossa Senhora da Lapa
"Monumento fálico, no trilho pedestre quase à chegada ao santuário da Nossa Senhora da Lapa.
Demonstra claramente que o culto religioso (a partir do século XV) se construiu, como em muitos outros locais (capelas, ermidas, mosteiros, conventos,...), num sítio aonde os Homens sempre praticaram, desde os tempos pré-históricos, culto aos seus deuses, nomeadamente de fertilidade."
Paulo M.
Demonstra claramente que o culto religioso (a partir do século XV) se construiu, como em muitos outros locais (capelas, ermidas, mosteiros, conventos,...), num sítio aonde os Homens sempre praticaram, desde os tempos pré-históricos, culto aos seus deuses, nomeadamente de fertilidade."
Paulo M.
«Sobre os estigmas que afetam às acompanhantes» - Cláudia de Marchi
Existem muitos estigmas em torno do trabalho de acompanhante. Alguns super romantizados, outros hipersexualidados. Exemplo dos primeiros: “coitadinha, sofrida, se decepcionou demais com os homens”; exemplo dos segundos: “Safada, é ninfomaníaca, depende de sexo pra ser feliz!”.
Gente, nem tanto o céu, nem tanto o inferno, né?! Você não precisa ser “a sofrida” para resolver fazer companhia e sexo com homens por dinheiro, assim como não precisa ser unicamente a “legítima” devassa. Aliás, neste meio, existem mulheres com tanto ou mais apreço por si mesmas do que muitas pseudo-donzelas por aí!
Sim, essas iludidas, que escutam algumas palavras mágicas e já começam a fantasiar com a mansão, com os filhos e com o cachorro da família: “hectares, cargo público, bem sucedido, empresário, político, juiz, médico, delegado”, dentre outras, são exemplos das palavrinhas que fazem muitas mocinhas sonharem acordadas!
A gente rala, a gente trabalha! Nessa nossa profissão a gente evita desde DST até filho. O nosso agir é genuíno: nós trabalhamos, o cliente nos paga. A gente não fica deitada na nossa cama sonhando com uma prole quando repousamos a noite. Nós damos prazer, temos o nosso prazer, desenvolvemos apreço pelos melhores clientes, mas não nos iludimos e, muito menos, a eles!
Se gostamos de sexo? Obviamente! Se não gostássemos estaríamos fazendo qualquer outra coisa. Acredite, nós temos potencial! Gostamos muito de sexo, mas não somos desesperadas. Gostamos de sacanagens, mas não somos baratas. Gostamos de sexo, mas não saímos transando gratuitamente com ilustres desconhecidos. Nós gostamos e sabemos que somos boas no que fazemos e é por isso que nós precificamos o nosso “negócio”.
Não somos “as” desapontadas, “as” mal amadas, “as” taradas... Somos mulheres e, como em toda mulher, habita em nós uma alma misteriosa! Uma alma que já teve rejúbilos, alegrias, desapontamentos, irresignações, paixões, sonhos, superações, realismo, sucessos, fracassos, devassidão, perversão, desejos, taras! Enfim, nós somos muito mais do que qualquer pensar preconceituoso e limitado pode prever. Acredite: o seu preconceito fala mais de você, do que de nós! Freud “lhe” explica!
Brasília/DF, 23 de fevereiro de 2016.
Simone Steffani
Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!
Gente, nem tanto o céu, nem tanto o inferno, né?! Você não precisa ser “a sofrida” para resolver fazer companhia e sexo com homens por dinheiro, assim como não precisa ser unicamente a “legítima” devassa. Aliás, neste meio, existem mulheres com tanto ou mais apreço por si mesmas do que muitas pseudo-donzelas por aí!
Sim, essas iludidas, que escutam algumas palavras mágicas e já começam a fantasiar com a mansão, com os filhos e com o cachorro da família: “hectares, cargo público, bem sucedido, empresário, político, juiz, médico, delegado”, dentre outras, são exemplos das palavrinhas que fazem muitas mocinhas sonharem acordadas!
A gente rala, a gente trabalha! Nessa nossa profissão a gente evita desde DST até filho. O nosso agir é genuíno: nós trabalhamos, o cliente nos paga. A gente não fica deitada na nossa cama sonhando com uma prole quando repousamos a noite. Nós damos prazer, temos o nosso prazer, desenvolvemos apreço pelos melhores clientes, mas não nos iludimos e, muito menos, a eles!
Se gostamos de sexo? Obviamente! Se não gostássemos estaríamos fazendo qualquer outra coisa. Acredite, nós temos potencial! Gostamos muito de sexo, mas não somos desesperadas. Gostamos de sacanagens, mas não somos baratas. Gostamos de sexo, mas não saímos transando gratuitamente com ilustres desconhecidos. Nós gostamos e sabemos que somos boas no que fazemos e é por isso que nós precificamos o nosso “negócio”.
Não somos “as” desapontadas, “as” mal amadas, “as” taradas... Somos mulheres e, como em toda mulher, habita em nós uma alma misteriosa! Uma alma que já teve rejúbilos, alegrias, desapontamentos, irresignações, paixões, sonhos, superações, realismo, sucessos, fracassos, devassidão, perversão, desejos, taras! Enfim, nós somos muito mais do que qualquer pensar preconceituoso e limitado pode prever. Acredite: o seu preconceito fala mais de você, do que de nós! Freud “lhe” explica!
Brasília/DF, 23 de fevereiro de 2016.
Simone Steffani
Santo António… gay
Santo António, com um laço cor de rosa ao peito, a olhar para o pirilau do menino Jesus, que está nu ao seu colo. Um ramo de flores, amovível, tapa estrategicamente a palavra "gay".
Peça original e única feita pela Milena Miguel (do Atelier S. Miguel, das Caldas da Rainha) e oferecida pela autora para a minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
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> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
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Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
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Peça original e única feita pela Milena Miguel (do Atelier S. Miguel, das Caldas da Rainha) e oferecida pela autora para a minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
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27 julho 2016
«Sons no Silêncio» - blog de Mário Lima
O blog explicado pelo próprio:
"Há muitos anos comecei e fiz um blogue musical chamado de «Sons no Silêncio».
Uma página com fotos sensuais aliadas a músicas calmas para o sereno da noite. Um dia o google "trancou-me" a porta. As ratas da sacristia acharam que aquelas fotos eram demais para os olhos delas:
"Alguns leitores deste blogue contactaram a Google porque consideram o conteúdo deste blogue questionável. Regra geral, a Google não avalia nem subscreve o conteúdo deste ou de qualquer outro blogue..."
Com o fecho da plataforma do Sapo onde estavam as fotos e as músicas, tudo desapareceu.
Isadora Duncan dançava descalça. Dançava diferente, dançava como viu nos vasos da antiga Grécia. Neles se inspirou e mudou a técnica da dança. Isadora tinha personalidade forte e não se curvava.
Isadora morreu em Nice quando o cachecol de seda forte (echarpe) se enrolou na roda do carro onde seguia e a estrangulou
Isadora foi a primeira música que coloquei no meu "Sons no Silêncio".
O meu "Sons No Silêncio" irá surgir dentro em breve [já ressurgiu]. Trancado sim, mas não há chave suficiente que tranque a minha liberdade de colocar o que bem entender com respeito para quem vê, exceto as ratas de sacristia que bem podem engolir o sapo que tudo me tirou."
Mário Lima
Deliciem-se...
"Há muitos anos comecei e fiz um blogue musical chamado de «Sons no Silêncio».
"O Erotismo e a Sensualidade para ver e ouvir... no Silêncio da Noite!"
Uma página com fotos sensuais aliadas a músicas calmas para o sereno da noite. Um dia o google "trancou-me" a porta. As ratas da sacristia acharam que aquelas fotos eram demais para os olhos delas:
"Alguns leitores deste blogue contactaram a Google porque consideram o conteúdo deste blogue questionável. Regra geral, a Google não avalia nem subscreve o conteúdo deste ou de qualquer outro blogue..."
Com o fecho da plataforma do Sapo onde estavam as fotos e as músicas, tudo desapareceu.
Isadora Duncan dançava descalça. Dançava diferente, dançava como viu nos vasos da antiga Grécia. Neles se inspirou e mudou a técnica da dança. Isadora tinha personalidade forte e não se curvava.
Isadora morreu em Nice quando o cachecol de seda forte (echarpe) se enrolou na roda do carro onde seguia e a estrangulou
Isadora foi a primeira música que coloquei no meu "Sons no Silêncio".
O meu "Sons No Silêncio" irá surgir dentro em breve [já ressurgiu]. Trancado sim, mas não há chave suficiente que tranque a minha liberdade de colocar o que bem entender com respeito para quem vê, exceto as ratas de sacristia que bem podem engolir o sapo que tudo me tirou."
Mário Lima
Deliciem-se...
«coisas que fascinam (211)» - bagaço amarelo
Uma das coisas que eu mais gosto em Sófia são os jardins. Alguns deles são bastante grandes, todos a tender para o selvagem. Normalmente com muitas pessoas, algumas a beber cerveja, outras a andar de bicicleta ou de skate, outras a namorar e algumas a pedir esmola. Nunca gostei de jardins demasiado cuidados, com as árvores sempre podadas e os arbustos a delimitarem áreas como se fossem linhas de soldados incapazes de pensar. No que se refere às mulheres também sou assim. Gosto das desarranjadas e digo-o assim por também gostar de pensar em mulheres como jardins.
Talvez por isso me tenha passeado bastantes vezes por eles, tão sozinho quanto o que se pode estar num cidade com três milhões de habitantes em que não se conhece nenhum. Normalmente em Borisova, com uma garrafa de litro de cerveja na mão e o tempo a passar devagar pela minha pele. Uma vez sentei-me num dos velhos bancos a beber e conheci uma mulher que se sentou propositadamente ao meu lado. Ao contrário do jardim, estava bem arranjada. Falámos um pouco e senti-me ainda mais só.
Podemos pensar que é a conhecer pessoas que se combate a solidão, mas não é verdade. É quase isso, ou seja, conhecendo algumas pessoas. As pessoas são como peças de um puzzle. Algumas encaixam em nós, outras não. E é assim que se começa uma história a dois. Encaixando.
Uns dias mais tarde voltei lá e deitei-me na relva. Foi a primeira vez que reparei que as árvores contavam segredos entre elas sobre as pessoas que passavam. Sobre dois velhos, por exemplo, discutiam sobre há quanto tempo eles vão ali passear abraçados. Sobre um adolescente que patinava num skate colorido, apostavam sobre quando ia ser a sua primeira queda. Acho que as árvores sabem tudo sobre nós. É por isso que não falam. Segredam.
E então segredaram-me sobre uma mulher que passava sozinha. Disseram-me que encaixaria em mim e eu levantei-me e fui falar com ela. Primeiro ignorou-me e depois pediu-me que me afastasse. Depois eu disse-lhe onde ia estar deitado na próxima hora, se ela quisesse voltar. E ela voltou. As árvores tinham razão.
Nesse dia dei-lhe a mão e deixei de ouvir os seus segredos.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Ama-se como se pode
Não é estranho, será estranho aos olhos dos outros. Mas, será que os outros sabem do que se passa na nossa mente?
Do meu mundo
Passo a mão no peito e sinto-me livre. Olho para cima e respiro fundo e penso na forma como se toca, como se beija, como se anda... O que se sente quando se vê a pessoa a primeira vez...
Como se ama?
Ama-se como se pode... Nós queremos sempre mais alguém para "assentarmos", não acredito nisso. Acreditei. Agora quero, exijo, raios vos partam homens, alguém que me ame, sem grandes alaridos (fora o sexo onde o alarido é bem-vindo), e o meu espaço, também o queria se não fosse pedir muito. queria uma divisão minha na casa onde pudesse fazer as minhas raves, suar, deixar o corpo limpar-se de maldades, de más ondas e abrir portas e pernas para quem me trate assim e me respeite.
Do meu mundo
26 julho 2016
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