30 novembro 2016

Mamaratona



«limpar os pés e pedir licença» - bagaço amarelo

Uma excitação levemente alcoolizada. Era o momento perfeito, pensou ele assim que ela o convidou para subir. Tinha-a acompanhado a casa apenas pelo tradicional cavalheirismo e agora adivinhava um mundo de prazer à sua frente, pelo menos por uma noite. Sexo quase de certeza e, com sorte, repetido na manhã seguinte.

- Só um copo de vinho, então! - disse.

Ela sorriu. Adorava que os homens não admitissem ao que iam. Sempre lhe pareceu que eram os mais sinceros na cama, aqueles que eram mais mentirosos nas palavras. O último com que tinha tentado rasgar a solidão em que vive dissera apenas "claro!" e, com tanta ânsia e clarividência masculina, ela acabara a olhar para uma melga que tropeçava no tecto do quarto enquanto ele se masturbava dentro dela. Fez-lhe o favor de o deixar acabar e depois inventou uma desculpa qualquer para o mandar embora. Não houve manhã seguinte.
Subiram num elevador demasiado pequeno para os dois. Ainda não era o momento de se tocarem e, sobretudo, de se cheirarem. Depois de uma noite a dançar num dos poucos bares da cidade onde ainda se fuma, não era pelos aromas que se iam atrair.

- Em que andar vives?
- Quinto. É rápido.

Ela abriu a porta e entrou primeiro, sem limpar os sapatos no tapete. Foi à cozinha confirmar que tinha uma garrafa de vinho tinto com um rótulo que não parecesse muito mau. Ele demorou alguns segundos no tapete de entrada e depois, já sem contacto visual com ela, pôs a cabeça dentro de casa e pediu licença com o primeiro passo.

- Não sejas tolo. Entra!

A vantagem do vinho é que substitui as palavras quando elas ficam presas na língua. Deram alguns goles pequenos entre sorrisos amarelos e atrapalhados, até ele se encostar à parede e desligar o interruptor da luz com as costas. Foi sem querer, mas pareceu de propósito. O primeiro beijo não teve testemunhas oculares.
Não era a primeira vez que passava a noite na casa duma mulher acabada de conhecer, mas sentia-se um pouco intimidado. Além disso, sempre achou que o melhor Amor é aquele em que se entra devagar, a pedir licença depois de limpar bem os pés.
Já na cama, nu e com o falo no descanso do guerreiro, lembrou-se do seu primeiro pensamento: "com sorte, sexo na manhã seguinte". Ela também já dormia mas, entre os seus sonhos, abraçou-o e pousou-lhe a cabeça no peito com a leveza duma andorinha.
O sexo em que se limpa os pés à entrada e se pede licença é o sexo que se prolonga no tempo. Às vezes na vida.
Quem sabe?


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

BFF

Durante um compasso enorme vivemos de tudo.
Eram horários que não se combinavam, trocas de carros, de segredos, estudámos juntos naquele apartamento em Vilamoura.
Durante esses largos anos, existia uma bolha que até hoje só nós percebemos. Levamos anos a perceber as mais pequenas necessidades de alguém e um minuto a mandar tudo ao ar.
Uma questão ficou sempre no ar?
Porque acontecia toda aquela tensão sexual entre nós misturada com um à vontade que me fez cair o livro de geografia ao chão quando quase fiquei tonta com as tuas mãos no meu peito? Tu tocavas em mim, vestida e segundo as tuas palavras mais do que na tua namorada despida.
Eu sabia todas as tuas fraquezas, quando surgiram os soutiens ampliformes, tinha-os, usava uma camisa de ganga, a minha ou a tua que tu desabotoavas num instante por ser de molas...
Porque não? 1000 vezes
Porque haveria de ser errado se todos já o tomavam como certo?



Será artrose?...



29 novembro 2016

«A Trágica História do Fernando» (escrita e contada por Ricardo Esteves)



CIFRA:
C#, F#, G#7, C#
C#7, D#m, G#7, C#

Ou com capo no 4º traste:
A, D, E7, A
A7, Bm, E7, A

LETRA:
O Fernando era um gajo,
Tímido e cabisbaixo,
No geral, até era bom moço.
Media 1 metro e 93
E falava bem inglês,
Mas tinha um problema no pescoço.

Caminhava meio de lado
E com ar de preocupado,
Esforçava-se para andar na moda,
Mas vestia umas bermudas,
Afastavam-se as miúdas,
Assim é difícil mandar uma foda.

Descontente com a virgindade,
Gritava com seriedade:
"Mas porque é que a minha vida é tão confusa?!"
Decidiu marcar consulta,
Porque a vida estava adulta
E ainda transportava granda tusa.

"Boa tarde, senhor doutor,
O meu problema causa dor,
A sério, o sr. doutor nem imagina!
Hoje é o meu aniversário,
Desculpe o vocabulário,
Mas eu nunca toquei numa vagina."

O médico disse-lhe então:
"O meu amigo que use a mão,
A esquerda se o senhor for canhoto.
Uma vez por dia,
Nem sabe o bem que lhe fazia,
É só puxar da ponta até ao escroto!"

O Fernando chegou a casa,
A sua pele estava em brasa,
Pendurou as calças na cruzeta,
Arregaçou as mangas
E segurou-se pelas pitangas,
Pronto p'ra espancar a vedeta.

Com a direita era um gesto,
A outra mão fazia o resto,
Trabalho de equipa coordenado.
Houve um ponto em que cedeu,
Não sabe o que aconteceu,
Mas percebeu que já tinha acabado.

O final foi desastroso,
O Fernando ficou nervoso,
Não reparou para onde tinha ido.
Um bocado no teclado
E outro no cortinado,
E o ecrã ficou todo fodido.

Precisou de um creme Nivea,
Esfolou a pele com a pívia,
Foi uma experiência inesquecível.
Levantou-se da cadeira,
Teve uma ideia à maneira:
Resolveu tentar o impossível.

Vestiu de novo as calças,
E uma camisola d'alças,
Saiu para a rua todo concentrado.
Procurou por damas,
Com um belo par de mamas
E que ainda não tivessem namorado.

"Olá, eu sou o Fernando,
Prós amigos sou o Nando,
Apelido é Sola de Sá Pato.
Faço 30 anos
E sofro de vários danos,
Passei a adolescência no orfanato."

Ficou chocada, a rapariga,
Que lhe olhou com alguma intriga
Perguntou: "És tão grande quanto és alto?"
Já faz tempo em que não come,
Depois da greve de fome,
Fizeram-no de quatro no asfalto.

O Fernando, quando acabou,
Olhou p'ra ela e perguntou:
"O que é que é isto branco aqui na estrada?"
Repararam na asneira:
Foderam na passadeira
Com crianças a assistirem da calçada.

"Ó meu Deus, o que é que eu fiz?
Bem, ao menos 'tou feliz,
Acho que eu preciso é de uma bebida."
Dirigiu-se até um bar,
Onde bebeu p'ra celebrar
Os 2 melhores minutos da sua vida.

Avistou uma estrangeira,
C'um corpinho à maneira,
E decidiu tentar a sua sorte.
Foi no meio da boate,
Que mandou o seu engate,
Eu bem disse co' Inglês era o seu forte.

Disse-lhe ao ouvido,
Com um ar descontraído:
"Uau, you look bery nize!"
Mas quando ela se virou,
O Fernando constatou,
Que afinal... era um gajo.

Baralhado e constrangido,
Provocou um alarido,
Saiu porta fora disparado!
Quando atravessou a estrada,
Levou uma cacetada
De um autocarro que vinha lançado.

O que era uma comédia
Transformou-se em tragédia,
Imprevisto, o pior aconteceu!
Só p'ra terem uma ideia,
Estava à vista, a traqueia,
E foi assim que o Fernando faleceu.

Quem vos avisa, vosso... amante é?!


Abram os filhos da puta dos vossos jardins secretos a quem dorme todos os dias convosco em vez de os transportarem para realidades paralelas

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 66

O livro «Mulheres - retratos de respeito, amor-próprio, direitos e dignidade», de Carol Rossetti, está em venda em Portugal, editado pela Saída de Emergência.







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Espreitando o banho da namorada no lago

Jarro elíptico de Peynet, para a Rosenthal. Atrás, estão as roupas dela, penduradas num arbusto.
Mais uma peça a juntar-se a outras da série Namorados de Peynet, na minha colecção.






A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

27 novembro 2016

«Colectivo feminista contra a violação»

«Você é linda!» - bagaço amarelo

Estava na cozinha a abrir uma lata de tomate aos pedaços, daquelas mais baratas, quando o telemóvel tocou. Tu não sabes, mas há vários meses que me lembro de ti sempre que ele toca. Cada vez que o ouço, corro para ele na esperança de ver o teu nome no ecrã e preparo-me para te dizer "olá" com a voz mais natural possível.
Mais uma vez não eras tu e acabei, como é costume, por dizer "olá" num tom decepcionado. Prendi o telemóvel entre o ombro e a orelha para libertar as mãos e poder continuar a cozinhar. Despejei os pedaços de tomate para o wook, juntei dois dentes de alho esmagados, um fio de azeite e uma malagueta. Depois acendi o lume e encostei-me a uma das paredes da cozinha a ouvir a minha interlocutora.
Uma vez perguntaste-me se havia alguma música que me lembrasse de ti e eu respondi-te que sim. Aconselhaste-me a configurar o telemóvel para tocá-la sempre que fosses tu a ligar-me. Deixa-me dizer-te que ainda bem que nunca o fiz. Assim, agora ganho uma vã esperança de seres tu mesmo quando não és. São alguns segundos em que a minha vida volta a ganhar cor. E sabem-me bem, esses segundos. Obrigado por seres uma música.
Não sei se já te aconteceu não conseguir ouvir uma pessoa por estares a pensar noutra. A mim acontece-me frequentemente por estar a pensar em ti e admito que perdi, muito provavelmente, mais de metade do telefonema. Ainda assim, nesse pântano sonoro em que me encontrava, uma frase ficou-me gravada na memória como se fosse uma tatuagem definitiva.

- Não era bem contigo que queria falar, mas ele não me atende o telefone e eu preciso desabafar...

Não percebi logo o contexto em que ela me disse aquilo, mas foi como se me despertasse do hipnotismo em que estava por ter saudades tuas. Talvez, não sendo tu a telefonar-me, eu possa aproveitar a voz de outra pessoa qualquer, mesmo que seja de alguém que me chama apenas para desabafar. É como se nós pudéssemos emprestar um bocadinho do que somos a quem não quer tudo mas, de facto, um bocadinho dá jeito naquele momento.

- O que é que estás a fazer? - perguntou.
- A pôr dois ovos a escalfar em tomate frito. Se quiseres ponho quatro e vens cá jantar...

Um quarto de hora depois ouvi-a tocar à campainha. Já eu tinha a mesa posta com dois pratos, uma garrafa de vinho branco e uma música a passar no antigo sistema midi que ainda tenho na sala. "Você é Linda" do Caetano.




bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

PI da espanhola


Maitena - Condição feminina 55



26 novembro 2016

«Vagina Varsity»

"A provocar discussões importantes sobre a saúde das mulheres na África do Sul."

Luís Gaspar lê «Rui Queimado» de Pero Garcia Burgalês

Português moderno

Rui Queimado morreu de amor
nos seus cantares, por Santa Maria,
por uma dona a quem muito queria:
e, para se mostrar melhor trovador,
porque ela não lhe quis bem fazer,
fez-s’ele em seus cantares morrer,
mas ressuscitou ao terceiro dia!

Isto fez ele pela sua senhora
a que quer grande bem, e mais vos diria:
como cuida que é mestre em trovar,
e nos cantares que faz, tem prazer
em morrer e logo voltar a viver;
isto faz ele que o pode fazer,
mas outro homem por nada o faria.

E não tem já de sua morte pavor,
senão a sua morte mais temeria,
mas sabe bem, por sua sabedoria,
que viverá, depois que morto for,
e faz em seu cantar prender a morte,
voltando logo à vida: vedes que poder
Deus lhe deu, mais do que se podia crer.

E, se me Deus a mim desse o poder
que ele hoje tem, de viver após morrer,
jamais a morte eu temeria.

Português antigo

Roi Queimado morreu con amor
en seus cantares, par Sancta Maria,
por ūa dona que gran ben queria:
e, por se meter por mais trobador,
porque lhe ela non quis ben fazer,
feze-s’el en seus cantares morrer,
mais resurgiu depois ao tercer dia!

Esto fez el por ūa sa senhor
que quer gran ben, e mais vos en diria:
por que cuida que faz i maestria,
enos cantares que faz, á sabor
de morrer i e des i d’ar viver;
esto faz el que x’o pode fazer,
mais outr’omem per ren’ nono faria.

E non á já de sa morte pavor,
senon sa morte mais la temeria,
mais sabe ben, per sa sabedoria,
que viverá, des quando morto for,
e faz-[s’] en seu cantar morte prender,
des i ar vive: vedes que poder
que lhi Deus deu, mais que non cuidaria.

E, se mi Deus a mim desse poder
qual oj’el á, pois morrer, de viver,
já mais morte nunca temeria.

Pero Garcia Burgalês
Pero Garcia Burgalês foi um poeta trovador nascido em Burgos, Espanha. Frequentou a corte de Afonso X, rei de Castela e Leão de onde Burgaus provinha, portanto, o escritor possuía origem castelhana. Provavelmente também conviveu com a corte de D. Afonso III, em Portugal, onde teria mantido relações com os trovadores Lourenço e Rui Queimado, considerado seu rival, chegando a escrever uma cantiga de escárnio para ele: "Roi Queimado morreu con amor", que vamos ouvir.
Este poema faz parte do iBook “Coletânea da Poesia Portuguesa – I Vol. Poesia Medieval”
disponível no iTunes.
Transcrição do Português antigo para o moderno de Deana Barroqueiro.

Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

«Bréviaire du carabin» (breviário do estudante de medicina)

Livro francês dos anos 70, com reprodução de textos escritos à máquina e ilustrações malandrecas, com letras de "chansons paillardes" (música obscena/ picante/ licenciosa/ devassa/ maliciosa/…) francesas.




















A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
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Ainda dizem que os homens não são polivalentes!

Estava indeciso entre fumar uma ganza ou comer uma gaja. Não só estou a fumar uma, como ainda me sugam a corneta e escrevo este tweet.

Patife
@FF_Patife no Twitter

24 novembro 2016

«Legalize V»

"No que diz respeito às palavras, «Vagina» tem passado por muito. Foi rotulada como inapropriada, vulgar, ofensiva, profano...
A verdade é que a palavra «Vagina» não é nenhuma dessas coisas. É uma palavra poderosa e importante que permite às mulheres assumir a posse dos seus corpos, da sua sexualidade e até mesmo da sua segurança."

«Sobre a intolerância conquistada» - Cláudia de Marchi

Sabem, tive muitos momentos na vida em que eu pensei: “Caramba, mas eu sou insensível demais!”.
Quando eu tive meu primeiro paquerinha no segundo grau os Titãs cantavam uma música chamada “Insensível”. Eu super me identificava, porque ele meio que me irritava e, ao mesmo tempo, eu sabia que ele era bonzinho, coitado do menino! Mas eu não curtia muito aquele “mel” todo, talvez, porque eu não o amasse, claro, mas, o que é o amor se não aceitar o outro? Eu não aceitava... Risos... muitos risos...
Eu me mudei de Uruguaiana de volta pra Passo Fundo e ele foi me visitar. Caramba, eu não aguentava! Eu nunca transei com ele, afinal eu queria casar virgem e tinha só 17 anos (sim, fui assim até os meus 19, quase 20 anos e já no 4º semestre da faculdade).
Terminei e, adivinhem? “Amor, eu vou me matar!”. E eu? “Se mata, assim eu viro uma Hilda Furacão!”. (Adoro este livro). Bem, que eu saiba ele não se matou e eu terminei me tornando, 17 anos depois, a Simone! Como é a vida não?! E, lhes digo: PELA PRIMEIRA VEZ EU SINTO QUE ESTOU NO CAMINHO CERTO. LECIONAR ERA TUDO QUE EU MAIS AMAVA, MAS, AGORA EU SINTO QUE A SORTE DIVINA ME ABENÇOA. COMO SE A VIDA DISSESSE: “AGORA SIM, CLÁUDIA! AGORA VOCÊ ESTÁ TRABALHANDO NO QUE NASCEU PARA FAZER E AGORA TUDO SERÁ DOCE!”
Enfim, passados alguns anos o meu romantismo diminuiu e a insensibilidade mostrou-se diferente, menos reprovável, menos temível. Descobri que não se trata de insensibilidade, mas de falta de tolerância.
Eu sempre disse que a intolerância tem que ser conquistada, tá lá em algumas crônicas no www.claudiademarchi.blogspot.com.br. É algo que a gente aprende com a maturidade e ela se liga ao saber dizer “não”: não isso eu não aceito, não isso que você falou me enoja, não essa sua forma de agir não combina comigo, não eu não quero você, sim eu quero a mim, sim eu quero a mim e não, eu não me importo com o que ninguém pensa.
Faz algum tempo que notei em mim essa independência do mundo, do pensar alheio, das regras de uma sociedade cheia de gente infeliz dizendo “sim” por covardia e inercia, para se fazer de “bonitinho”. Aham, pra inglês ver, porque as escuras está tudo uma imensa porcaria suja!
Atualmente, depois que disponibilizei o WhatsApp muitos pretensos clientes, na busca por um tempo para sairmos, acabam usurpando da minha boa vontade. Pedindo fotos que não curto mandar ou me remetendo fotos intimas, como se eu quisesse ver pênis. (Meu amigo do RS de quem sou uma fã inveterada e me mandou uma bela selfie ontem você não entra nessa, porque somos fãs um do outro e eu lhe dei está liberdade, ademais tu és um gentleman e adorável futuro cliente, tão logo eu desça ao sul!).
Sou educada, passa o tempo, eles não marcam nada, mas tornam a vir: “Como você está?”, “Sou seu amigo”, “Trabalhando muito?”, “Cansadinha?” e mimimi.
Lá pelas tantas, vem alguma sacanagem dita de forma infeliz e inoportuna, tipo "queria sua boca no meu pau"... E, o que ocorre? Eu pego nojo. E... Tarararam... Tarararam... Desisto de tê-lo como cliente e bloqueio no aplicativo.
Eu gosto e fico fã dos homens seguros e objetivos. Acreditem, eu admiro alguns em detrimento dos outros e só presto meus serviços de cortesã aos que me cativam respeito e, uma admiração proporcional ao tempo de dialogo ao telefone ou Whats. Eu sinto os homens nos seus contatos e percebo se vai rolar tesão genuíno ou não, se a resposta for negativa é pi... pi... pi... pi (ligação "caiu").
Portanto, por favor, se quiserem os meus serviços, não fiquem puxando papo comigo todos os dias no Whats. Apenas peça a informação que deseja e diga: “Amanhã eu ligo para marcar”. Então ligue e marque. Ou confira a minha agenda e peça se em determinado horário eu posso lhe atender.
Gente, eu não quero ninguém no meu pé, não quero amigo, eu quero respeito, eu quero objetividade e simplicidade, sem dias e dias de mimimi que mais me parece uma vontade de ser “masturbado” via internet. Ora, a masturbação não me gera renda e eu prefiro gozar acompanhada do que me esfregando.
Eu estou aqui no plano piloto, bem localizada, morando em Brasília pra sempre, não vou fugir, mas eu não quero ninguém no meu pé, mensagem de “bom dia”, “boa tarde” ou “como vai”. Isso só faz surgir a hipótese de eu criar simpatia e aversão por você e, então, você perder o melhor sexo da sua vida o que todos que tem a mim, concluem que tiveram.

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

Medidor da Picha

Pequena régua com a menção "Estive na Picha e lembrei-me de ti", recordação da aldeia da Picha, no concelho de Pedrógão Grande.
Oferta do Vicentezão, por ocasião da sua visita à colecção, em Outubro de 2016.


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«Barriga negativa» - Adão Iturrusgarai


23 novembro 2016

Miss Mystie Musique - «You want it darker» (Leonard Cohen)


Mystie and Leonard Cohen from Arthur Hubert Legrand on Vimeo.

«conversa 2172» - bagaço amarelo

(na minha casa)

Ela - Tens o fogão todo sujo.
Eu - Eu sei...
Ela - As manchas de gordura são as mesmas da última vez que cá vim, na semana passada.
Eu - Isso é porque eu não o limpo há mais de uma semana.
Ela - Não sei se conseguia viver contigo, assim com as mesmas manchas de gordura no fogão durante uma semana.
Eu - Eu não sei se conseguia viver contigo, assim a criticar-me por eu não limpar o fogão todos os dias.
Ela - Percebes que não é normal ter o fogão assim?
Eu - Percebo que vivo sozinho precisamente para ninguém me chatear com essas coisas e tu estás a chatear-me na mesma.
Ela - Eu também devia viver sozinha, se calhar. O meu marido é mais ou menos como tu e estamos sempre em conflito com este tipo de coisas.
Eu - Coitado do teu marido.
Ela - Aí estamos de acordo.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Dos meus diálogos

Sms: "quero foder!"
Resposta: "és tu?"
Eu: "a tua puta quer foder"
"daqui a 20 minutos vai ter comigo"

Nessa noite, descobriu o sexo anal, aquele homem do campo, lindo de morrer mas tão deliciosamente inexperiente...

Esta é só deste blog!

E tens duas badanas...



22 novembro 2016

Postalinho do Alcaide, Fundão

"Depois de provar os cogumelos, almoçámos e ficámos ambos satisfeitos. Adivinha o que cada um de nós comeu...
Beijinhos, Sãozinha!"
Daisy e Alfredo Moreirinhas

Claro que adivinhei: ela, o que sai torto; ele, a parte anatómica da andorinha. Se ele fosse sozinho, tinha era ligado para o número de telemóvel que também faz parte da ementa


Queriduches


Há duas coisas que os duches a dois têm de bom, os momentos de sexo e os de humor. Somos mais espontâneos quanto menos vestidos.

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 65

O livro «Mulheres - retratos de respeito, amor-próprio, direitos e dignidade», de Carol Rossetti, está em venda em Portugal, editado pela Saída de Emergência.







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