Durante um compasso enorme vivemos de tudo.
Eram horários que não se combinavam, trocas de carros, de segredos, estudámos juntos naquele apartamento em Vilamoura.
Durante esses largos anos, existia uma bolha que até hoje só nós percebemos. Levamos anos a perceber as mais pequenas necessidades de alguém e um minuto a mandar tudo ao ar.
Uma questão ficou sempre no ar?
Porque acontecia toda aquela tensão sexual entre nós misturada com um à vontade que me fez cair o livro de geografia ao chão quando quase fiquei tonta com as tuas mãos no meu peito? Tu tocavas em mim, vestida e segundo as tuas palavras mais do que na tua namorada despida.
Eu sabia todas as tuas fraquezas, quando surgiram os soutiens ampliformes, tinha-os, usava uma camisa de ganga, a minha ou a tua que tu desabotoavas num instante por ser de molas...
Porque não? 1000 vezes
Porque haveria de ser errado se todos já o tomavam como certo?