10 dezembro 2016

«Surrealismo» - por Rui Felício





«Passion #1, #2 and #3»
Acrílico e carvão sobre tela
45x60, 40x50 e 40x50
Charles Guyer, EUA, 2002
Colecção de arte erótica
«a funda São»







Olhos semicerrados, cambaleou até à casa de banho...
Exausta mas satisfeita.
Mirou-se ao espelho, abriu e fechou os profundos olhos pretos amendoados.
Arrancou das entranhas um suspiro cavo e iniciou lentamente as suas abluções.
Agora já bem acordada, parecia não se reconhecer na imagem que o espelho reflectia.
Porém, era ela, sim, mas estilizada, convertida em traços rígidos, cubistas, de cores garridas e chocantes, os olhos sobrepostos, as linhas suaves transformadas em formas angulosas, firmes.
Só ele, esse espelho companheiro de todos os dias, possuía a qualidade de a desnudar, de reconverter as suas formas clássicas nas imagens que ela própria , afinal, tinha idealizado minutos antes, deitada na sua cama.
Ainda com os cabelos num sensual desalinho, voltou para o quarto. Atirou-se para cima da cama, instintivamente arregaçou a roupa acetinada, e deixou as mãos vaguearem pelo seu corpo em brasa.
Fixou ansiosa os olhos no tecto, onde só ela via, estampada no estuque, em mágicas pinceladas, o rosto sorridente e meigo do seu companheiro de tantas alvoradas.
Esperando um gesto, um som, uma voz que viesse completar o quadro ainda inacabado...
Imperceptível, saia dos seus lábios entreabertos, o sussurro quase rouco de uma prece, de uma ânsia, de um chamamento.
Ela queria mais uma vez o toque inolvidável daquele que lhe moldara a imagem. Daquele que a tomara e que a recriara...
A mesma imagem que o espelho, seu recatado confidente, lhe devolvera ainda há pouco...
Alguns minutos passados e o seu coração disparou. O telefone tocou. E ela pressurosa atendeu...
Era Picasso!

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Floreados


É claro que és uma flor, princesa. Não és é uma flor que se cheire.

Patife
@FF_Patife no Twitter

09 dezembro 2016

A política da liberdade



HenriCartoon

Confessa os teus pecados


Eva portuguesa - «Caloteiro»

"Coimbra tem mais encanto na hora da despedida". Assim reza a música. Bom, não sei se será bem assim, mas posso-vos contar o que me aconteceu (ou ia acontecendo). 
Depois de eu tanto ter gostado de visitar esta linda cidade e conhecer alguns dos seus habitantes, eis que aparece a "ovelha ranhosa" para estragar tudo!
1.30h da manhã. Um miúdo de vinte e poucos anos. Bonito. Boa pinta. Já estava eu para me deitar quando ele quis aparecer. Despiu -se totalmente, vai à casa de banho e chega ao quarto já prontinho para a acção. Eu continuo vestida. Peço -lhe a minha "prendinha".
Procura nos bolsos das calças, no casaco e grande fita que perdeu o dinheiro.
Pois, com certeza! E eu sou o pai natal! E diz: "Não dá para ficar na mesma e pago-te para a próxima?"
Ahahahahah! Foder fiado?! Ahahahahah!
Perante a minha categórica negativa e o meu ar de "tristeza! Nem intrujão sabe ser!", ainda tem a lata de dizer: "Por favor! Eu queria tanto!"
Oh, pá! A sério?! Vai foder a tua mãe! Sorte teve de eu ainda lhe dar tempo para se vestir! Otário!
Meninas, confiar nunca!... A aparência ilude. Não tivesse pedido o dinheiro de início e bem me tinha lixado... e logo aqui, que não conheço ninguém que pudesse "resolver" a questão...
Cuidado com os otários que nos tentam fazer a nós de otárias! A mim aconteceu-me uma vez e com um idiota que já era meu cliente. Foi o suficiente. Nunca mais vacilei. E hoje tive mais uma vez a prova que mais vale prevenir que remediar!


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

«Eu, ela e o Quimbé» - Ruim

Eu adoro macacos. Todos. Acho-os uns bichos todos catitas e cheios de carisma, quer andem de fralda de mão dada com uma pessoa, de patins a fumar um charuto ou a roubar uvas aos visitantes do nosso jardim zoológico de Lisboa. Os macacos são o António Raminhos do mundo animal: fazem tudo e mais alguma coisa e nós rimos sempre. Agora que vocês estão a dois comentários de me acusarem de bestialismo (já lá vamos!), eu gostaria de contextualizar esta macacada. Há uns dias atrás e num acesso parvo da minha parte, disse à minha co-pilota amorosa que a incapacidade dela em operar o GPS do meu telemóvel enquanto eu guiava, a tornava tão útil como um macaco na mesma situação. Estou a mentir? Não estou. Tentem lá andar a ver de um restaurante no meio do nada, guiar um carro, ser engraçadinho e ainda ter de pôr o nome da rua no GPS. F#da-se, passem um GPS para as mãos de um macaco co-piloto e é ver aquela merda a ir pela janela ou a ser metido no cu ou lá que merda os macacos fazem com um GPS na mão. O resultado é o mesmo, conforme podem ver. Mas não contente com isto, ainda me dei ao trabalho de estar 45 minutos a debater as vantagens que há em ter um macaco em vez de uma namorada. Porque eu sou esse tipo de gajo, percebem? Não contente com uma observação de merda, ainda faço questão de a fundamentar através da argumentação. Para isto funcionar, vamos assumir que eu tenho acesso a um stock de bananas infinito.
1) Um macaco consegue subir a uma árvore. Não me lembro de nenhuma namorada minha subir a uma árvore. Quantas vezes olhei para uma árvore e pensei “era mesmo fixe que alguém subisse àquela árvore” sem que alguém o tenha feito? Todas. Um macaco subia a uma árvore por mim a troco de uma banana. "Ganda" macaco!
2) Um macaco não me vai arrastar para o Almada Forum a um domingo à tarde para “ver de uma coisinha” ou me mostra imagens de anéis no chat do Facebook a dizer “mor… olha tão giro…”. No máximo, umas imagens de um banana split do Santini.
3) O macaco consegue passar-me cervejas com os pés a troco de uma banana, enquanto uma namorada reclama de as ir buscar com as mãos a troco de “apenas” amor eterno. Se calhar era altura de vocês darem valor ao privilégio de não vos pedirmos o mesmo.
4) Para ir ver a família do macaco basta ir ao zoo à Aldeia dos Macacos. E posso ser eu mesmo junto dos seus familiares. Posso coçar-me, catar-me, peidar-me, arrotar, gritar e mais não sei o quê. Eu posso, num contexto da minha nova família de macacos, lançar o meu sogro macaco para os leões e os outros macacos vão aplaudir… a troco de algumas bananas. Agora imaginem se eu quisesse lançar o meu sogro para os leões, a fita que não seria e nem uma bananinha os calava. Não dá para competir com os macacos & família.
5) Mimo. Neste campo estou dividido. Se bem que aquele bicho é carente de atenção, barulhento e tem uma necessidade que o agarrem a toda a hora, o macaco consegue ser igual ou pior (até que por esta altura ele está viciado em bananas infinitas).
6) Conexão. Assumirmos que não somos capazes de nos apaixonarmos por um macaco, é o perfeito exemplo da arrogância da espécie humana. Porque não? Ontem uma Filipa, amanhã um Quimbé (o macaco chama-se Quimbé!). Olhem lá bem para um macaco. Não difere muito daquelas badalhocas de primeira apanha que sacam no Urban.
7) Os amigos dos macacos são outros macacos. Ora, se um macaco é fixe, setenta ainda é melhor. Agora olhem para as víboras das amigas da vossa namorada. Estamos sempre a um olhar de soslaio em passar de "gajo espectacular" a "cabrão de merda". Nenhum amigo do macaco te vai criticar. Logo tu, que lhes dás bananas e andas de mão dada com eles.
8) Sexo. Ok, admito que sexo com uma namorada é mais agradável (ênfase no “mais”). Mas sexo com um macaco não é nada impossível, aliás, com a quantidade de bananas certas, um macaco é uma autêntica vadia de esquina que faz tudo. O truque é meter ao mesmo tempo uma banana na boca e outra no cu. Do macaco, ok? E agarrá-lo com força, porque dá-me ideia que ele vai espernear um pouco mas nada que uma mocada nos cornos não resolva… e mais uma banana.
Conforme podem ver, todos os pontos enunciados não apresentam uma falha de lógica e é por isso mesmo que eu acabei a dormir agarrado à almofada nessa noite. Eu bem que lhe quis dar uma banana para ver se a coisa passava, mas nada feito.
Lá está, é essa a diferença. Depois queixam-se se um gajo entrar de mão dada com um Quimbé em casa.

#macacoQuimbé #sogronoleões

Ruim
no facebook

A transparência é o novo mistério


Foto de Ingen Jones via Voluptama

08 dezembro 2016

Mulheres, aprendam! Bruna Surfistinha dá 5 dicas para arrasar no sexo

«Volteiiiiiiiiiiiiii, linda, levíssima e solta!» - Cláudia de Marchi

Acabei de atender um cliente extremamente bonito e gostoso! Fizemos de tudo um pouco, nossa! Coisa boa! Não poderei mais atender ninguém em casa hoje. Meu lençol está literalmente molhado.
Ele finalizou na minha boca! Daí eu estava aqui com meus botões pensando, até os meus 29 anos nenhum homem tinha gozado na minha boca. Meus namorados e marido, nenhum! Eu sempre gostei, mas quando a gente é novinha tem vergonha de pedir, né?!
“Ele vai achar que eu sou puta...”. A gente é meio boba quando é nova né!? E ainda cruza com uns homens pudicos e sexualmente egoístas, daí dá um, no máximo dois orgasmos por transa e se masturba o resto do tempo. Acho que gozei no mínimo 25 vezes agora com meu colega advogado lindo e habilidoso que acabei de atender. “Colega” não né?! Não sou mais advogada.
E, sinceramente, estou tão realizada que acho que não volto mais nem depois de velha. Definitivamente quero fazer isso, estudar e, depois dos 50 eu vejo o que faço. Era depois dos 45 né?! Mas a coisa está tão animante e boa que estou aumentando a vida “útil” da Simone.
Com minha genética privilegiada eu vou longe e, por que não, uns retoques estéticos quando for necessário?! Agora fico só com meus creminhos e suplementos.Eu sou boa na minha “triagem” de clientes como cortesã. Estou, pela primeira vez na vida, acreditando na sorte! E tendo muita, muita, muita mesmo, mas, confesso, sou bastante desconfiada e astuciosa, não caio em qualquer cilada não. Segurança, acima de tudo.
Hoje comentava com meu amigo e cliente que atendi de manha sobre algumas perguntas non sense que ouço. “Você não acredita mais no amor?”, por exemplo. Gente, eu acredito no amor! Eu sou amor por mim, pela vida, pelo mundo, pelas pessoas e dou amor a cada cliente que acolho. Vocês é que estão equivocados sobre o que é o amor.
Vocês confundem “ter a companhia de alguém” com amor! Eu não quero ter alguém pra me completar ou fazer-me companhia, porque, finalmente e no auge da minha maturidade, eu me basto! É uma escolha racional e emocional e não significa que eu não creia no amor. Eu não quero, isto sim, um homem ao meu lado.
Enfim, eu não descreio do amor eu só creio convictamente que eu não preciso de ninguém para dormir ao meu lado e para eu chamar de “meu”. Eu sou minha e eu me basto. Simples e objetivamente.
Bem gente, vou tomar banho e lavar os cabelos, pois estou completamente descabelada!
Beijinhos para os meninos e um abraço para as meninas!

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

Notícias falsas



HenriCartoon

Gloria, uma das mulheres de Milo Manara

Estatueta com personagem de Milo Manara, dentro do seu blister original.








A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

«Homem-Legenda – Odeio gays» - Adão Iturrusgarai


07 dezembro 2016

Acabar com a violência contra as mulheres

Campanha de 2016, em Israel.

«conversa 2173» - bagaço amarelo

Ela - Tens alguma coisa para fazer no sábado?
Eu - Sim.
Ela - O quê?
Eu - Nada.
Ela - Então... tens ou não tens?
Eu - Tenho. Tirei sábado para estar sozinho e não fazer nada, portanto, se alguém me perguntar se estou ocupado, digo que sim.
Ela - Sabes que eu entendo porque é as mulheres se fartam de ti num instante?


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

12 horas de sexo

Abre a porta do meu quarto, enquanto rasgas a tua camisa negra.
Não me assustas, apenas me surpreendes. Quero-te. Quis este dia. esse corpo, essas formas, são agora a minha realidade. És tu, e eu gosto.
Depressa me despes e eu a ti. E descobres os recantos que me dão prazer, porque tos contei antes, não há tempo para preliminares. Encosto-te à porta e digo-te: " Agora é entre deus e nós"...
Mordo o lábio inferior tão suavemente que se vê um fio suave de saliva.
Entre nós não existem limites, mas existe uma pressa , queremos tudo, e seremos tudo a toda a hora.
Diz-me:
12 horas chegam?

do meu mundo

ou daqui

Mole?!...



06 dezembro 2016

DyE feat. Egyptian Lover - «Ela é má»

DyE feat. Egyptian Lover - She's Bad (Official Video) from Dent de Cuir on Vimeo.

Só à chapada!


Atribuo a actual crise na indústria porno americana à moda imbecil de darem chapadas nas maminhas das miúdas como se fosse bom. Labregos.

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 67

O livro «Mulheres - retratos de respeito, amor-próprio, direitos e dignidade», de Carol Rossetti, está em venda em Portugal, editado pela Saída de Emergência.







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A química do amor

Pequeno prato de Peynet para a Rosenthal.
Mais outra peça a juntar-se a muitas da série Namorados de Peynet, na minha colecção.




A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
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04 dezembro 2016

Atlanta Nightlife Striptease


Atlanta Nightlife Stripteas from Pierre Tirier on Vimeo.

«uma bola no fundo do copo» - bagaço amarelo

- E a Márcia?
- E a Márcia o quê?
- É bonita. Nunca te apaixonaste por ela?

O fundo do meu copo de cerveja tem uma bola verde. Não sei porquê, mas suponho que seja para o distinguir dos copos de cerveja dos outros bares, que são todos iguais. Não costumo sentar-me em praças de alimentação em shoppings a beber cerveja, mas desta vez não tive escolha. A Marta trabalha ali perto e não tinha tempo para ir a outro sítio.
Mesmo ali, num ambiente que considero inóspito, gosto de a ver. A Marta é uma daquelas amigas que tanto posso visitar cinco vezes numa semana, como depois passar três ou quatro meses sem lhe pôr a vista em cima. De qualquer forma, sei que quando ela me telefona para tomar café é uma ordem que, mesmo que seja num centro comercial, eu acato.

- Desde quando é que um homem se apaixona por uma mulher só por ela ser bonita?!
- Desde que é homem... - ri-se.

Rio-me também.
A Marta pensa que eu gosto muito de mulheres, o que até é verdade. O que não é verdade é que gosto de muitas ao mesmo tempo. Gosto de uma de cada vez e tenho uma enorme dificuldade em deixar de gostar. Normalmente, quando tenho que o fazer, começo a reparar em coisas tão absurdas como o facto de um copo de cerveja ter uma bola verde pintada no fundo. Por isso mesmo afasto o copo vazio para o lado e esqueço o que vi.

- E então?! Apaixonas-te por quê?! Diz lá. Inteligência? Sensibilidade?
- Sei lá...
- Não sabes?
- Claro que não. Normalmente apaixono-me por uma mulher. Nunca consegui simplificar com adjectivos uma mulher. Nem sequer tento...

Um homem aproxima-se e cumprimenta a Marta. Ficam os dois a falar um bocado sobre uma coisa qualquer que não me diz respeito. Por um momento não interesso para nada e gostava de ainda ter alguma cerveja no copo. Nem sequer sei para onde olhar ou onde pôr as mãos. Suspiro. Sei que ela me ia dizer qualquer coisa que eu queria ouvir, mas o mais provável é já nem se lembrar quando ele se for embora.
Levanto-me e faço, propositadamente, algum ruído com a cadeira. Escolho outro bar para ir buscar mais uma cerveja, apenas pela curiosidade da bola no fundo do copo. Escolho um onde uma mulher bonita, por trás do balcão, parece impaciente por não ter clientes.

- Uma cerveja de pressão, por favor.
- Um fino?!
- Isso...

Não, definitivamente não me apaixono por uma mulher apenas por ela ser bonita. Esta é muito bonita, por exemplo, e sei que nunca me apaixonaria por ela. Na verdade, nem sequer gosto muito da forma como ela me atende, apesar de ser simpática.

- Um e vinte!
- Obrigado.

O homem está a ir-se embora. Óptimo. A Marta não mo apresentou e eu não tive que fazer um sorriso amarelo para parecer simpático. Sento-me. A bola no fundo do copo é amarela. Curioso, já sei porque é que não gostei da rapariga. Foi o sorriso amarelo. Os sorrisos desta cor não nos definem como pessoas, mas definem a incompatibilidade entre uns e outros. Acho eu, pelo menos.

- Lembras-te do que me ias dizer? - Pergunto.
- Não, desculpa. Foste buscar uma cerveja e não me trouxeste uma...

Ela levanta-se. Fico a vê-la a serpentear as mesas cheias de tabuleiros e restos de comida até se encostar a um balcão. É bonita e não me faz sorrisos amarelos, mas nunca me apaixonei por ela. Nem sequer na noite em que nos beijámos dentro de uma tontura alcoolizada. Acho que às vezes a vida é mais sobre as relações que não temos do que sobre as que temos.
Não sei qual é a cor da bola que ela trará no fundo do copo.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

PI da estrelinha da sorte


Maitena - Condição feminina 56



03 dezembro 2016

Campanha Dinamarquesa para aumentar a taxa de natalidade

Luís Gaspar lê «Fechei os olhos» de Fernando Reis Luis

Fechei os olhos ao ritmo dum tambor volátil
Batendo como um coração sem rédeas 
Nos anéis da noite insondável

Senti o frio do areal e segui em caravanas
Atravessando os atalhos da seda
E outros lugares trívios nas rotas dos desertos
Senti o pó e o vento quente
Em trilhos nas ampulhetas das dunas
E segui sem medo das miragens
Em azimutes incertos de astros tremeluzentes
Remarcando os silêncios do cosmos na algidez das noites

Senti as horas alucinadas nas pulsações suspensas
Em tempestades de areia marcando o tempo
E segui itinerante em frente calejando os pés vagabundos
Na distância nómada de roteiros
Em horizontes perdidos nos olhos

Senti a voz em delírio
Antevendo versos bolinados no ar
E segui as imagens esparsas
Das miragens encantatórias do deserto
Multiplicando as palavras dos poemas
E os gestos do magma da escrita
Por todos os oásis que existem na pele

(Poema do livro “Ipsis Verbis”. Ed. “arandis”. Ilustrações de José Maria Oliveira)

Fernando Reis Luís
Fernando Reis Luís, nasceu em Monchique. Licenciado em Gestão Bancária, foi professor, bancário, delegado da Proteção Civil e deputado à Assembleia de República.
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

«Cromos do Liceu D. João III - Cónego Urbano Duarte (professor de Religião e Moral)» - por Rui Felício

Ao contrário do salazarista Padre Eugénio, também professor desta disciplina, o Cónego Urbano Duarte era um pedagogo que procurava incutir nos seus alunos o gosto e o interesse pelo debate sobre os dogmas religiosos.
«Diabo com carrinho de mão leva
mulher... ao colo...
Estatueta em bronze
Colecção de arte erótica «a funda São»
Implementou uma novidade nas suas aulas que consistia, para obviar o natural constrangimento dos rapazes, em receber daqueles que assim o entendessem uns papelinhos dobrados em quatro, onde cada um escrevia um tema, uma opinião ou uma pergunta.
Certo dia, na aula, retirou aleatoriamente de cima da secretária um desses papelinhos anónimos, desdobrou-o, e, após alguns momentos de silêncio, leu em voz alta o que lá estava escrito:
"Se o Diabo não é casado, porque é que tem cornos?"

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Até podes ser bombeiro sem saíres da cama!

Outra coisa boa de ter este colossal sardão entre as pernas é poder urinar no wc sem ter sequer de me levantar da cama.

Patife
@FF_Patife no Twitter

02 dezembro 2016

Postalinho da EN 125, a perigosa

Vais a PorTiMão...


... ou...




Eva portuguesa - «Mea Culpa»

Nem sempre o cliente é o "mau da fita"... 
Desta vez fui eu... 
Desconfiei injustamente de um cliente amoroso que me visitou... :(
Já lhe pedi desculpa pessoalmente, mas senti-me na obrigação de me retratar publicamente. Porque eu errei. Porque eu também erro. Porque também sou humana. O mal é que já estamos tão escaldadas que à mínima coisa entramos em modo de defesa. Errei. Mea culpa. Não foi com intenção. Mas é chato e sinto-me mal por isso. 
Desconfiei de uma pessoa de confiança... mil vezes perdão!...


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

#cupidasselectivas #massóparaumlado #noémia - Ruim

Quando uma namorada me pergunta se tenho algum amigo para apresentar a uma amiga dela:
- "A Noémia. Tu já a conheceste num aniversário."
- "Não me recordo mesmo. Mas o que é que tem?"
- "Tens algum amigo para... sabes... para ela?"
- "Para f#der?"
- "PRONTO. Tu tens logo de ser ordinário, não é?"
- "MAS O QUE É QUE EU DISSE? Só perguntei!"
- "..."
- "Está bem. É para namorar, casar e ter filhos?"
- "Não, pá. Só para dar umas voltas... tu sabes."
- "ENTÃO É PARA F#DER, NÃO É?"
- "SIM, MAS NÃO PRECISAS DE DIZER ISSO ASSIM!"
- "Ok. Como é que ela é?"
- "Ela é bué fixe."
- "É feia, então...."
- "Não disse isso..."
- "Não disseste que ela era boa e para estar com dificuldade em arranjar um tratador deve ter a tromba de um animal de rancho."
- "Podes parar de ser estúpido?"
- "Ok, deixa lá ver... hmmm... não... não... ah, o Vítor ahahaha"
- "Quem é esse? O que tem ar de putanheiro?"
- "Esse é o João. Já te apresentei o Vítor num aniversário!"
- "Ah já sei. Aquele meio vesgo?"
- "Ya, o "Bragança/Albufeira no olhar" AHAHHAHAHAHA"
- "...."
- "AHAHHAHAHAHAHAHAAH"
- "...."
- "AHAHHAHAHAHAHAHAHA"
- "Já terminaste?"
- "Já. Que achas?"
- "Epá... não tens assim ninguém mais para o... hmmm... giro?"
- "ALTO LÁ. Mas agora somos esquisitinhas? Quer dizer, a Noémia que só pelo nome tem escrito "cão de guarda" na tromba não arranja montador e tu andas a fazer de RP a angariar nomes para a guest list vaginal e ainda estás armada em porteiro do Lux a arranjar defeitos na fila. Nem todos são bonitos, nem todas são giras como tu e..."
- "Awwwwwwwww... tens razão. Continua lá isso que estavas a dizer de mim... vá... a Noémia que se faça à vida."

Ruim
no facebook

Victoria´s secret



HenriCartoon

Macaquinho farfalhudo


01 dezembro 2016

100 pessoas mostram a sua «cara de O»

«Elogio recebido» - Cláudia de Marchi

Ah, gente! Recebi um elogio adorável de uma sorrisense pela manhã, demorei pra responder, porque estava ocupada. Como é bom saber que existem mulheres bem resolvidas, felizes e não recalcadas que perdem o tempo falando mal da vida alheia. Olhem que lindo!






Quanta assertividade desta jovem! Ah, minha linda amiga estou tendo todos os sorrisos que a vida me tirou. E, tenho plena certeza que terei muitos mais, muitos! Porque eu mereço e porque tive a decência de ousar e fazer o que eu realmente desejo sem ter vergonha alguma.

Para uns eu sou louca, para mim eu sou feliz. E quem perde seu tempo com meu nome na boca não passa de gente carente e covarde, como diria meu amigo Cazuza. Aliás, deixo abaixo o vídeo deste hino dos hipócritas chamado Blues da Piedade e dedico a todos os que me criticam negativamente. Beijinhos de luz pra vocês, sementes mal plantadas que estão no mundo e perderam a viagem!



Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

«Escravas do poder» - Lydia Cacho

Livro sobre o tráfico de pessoas, em especial o tráfico sexual, escrito por uma jornalista que correu o mundo em busca de situações que aqui expõe, com muita coragem.
A abordagem é por vezes redutora, nomeadamente quando vincula a prostituição a tráfico de pessoas.
Mas vale pelos valentes murros no estômago que se vão sucedendo ao longo de toda a obra.
Mais um livro com a defesa de causas, na minha colecção.

Sinopse:
O tráfico humano atravessa o mundo inteiro, invisível aos cidadãos e ignorado por políticos que fingem não ver — ou que dele também dependem. Estima-se que cerca de 80 por cento das vítimas do tráfico são entregues à prostituição. Num trabalho de investigação excepcional que se prolongou por vários anos, Lydia Cacho desmascara os criminosos e acompanha o rasto das vidas por eles destroçadas. Relato desassombrado das ligações tentaculares do tráfico sexual a um sem-número de indústrias — o turismo, a pornografia, o contrabando, a venda de órgãos e o terrorismo —, tudo depende desta rede global e sem lei, e todos pagamos sem saber o preço destas vidas.


A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

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«A cura da impotência» - Adão Iturrusgarai