(foto tirada em A-dos- Cunhados)
18 janeiro 2017
17 janeiro 2017
Os 10... manda... Mentos!
"How to Be a Good Kisser – 10 Tips From Scientific Research"
Dou explicações. Faço domicílios.
Sharkinho
@sharkinho no Twitter
«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 73
O livro «Mulheres - retratos de respeito, amor-próprio, direitos e dignidade», de Carol Rossetti, está em venda em Portugal, editado pela Saída de Emergência.
Página pessoal
no Facebook
no Tumblr
Página pessoal
no Facebook
no Tumblr
Sátiro… contente
Garrafa de vidro em forma de sátiro com pénis erecto, com Schnapps (aguardente) de melão.
Oferta de António Pina para a minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Oferta de António Pina para a minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
16 janeiro 2017
«Mal-educado é o abuso» - EmZe
[a propósito deste post da Chama a Mamãe, já de há 2 anos, sobre o uso de vernáculo, houve este comentário que por lapso ficou no baú dos rascunhos]
Pois...
Também me satisfaz um "vai-te foder" quando me dano com alguém, também não me consigo rir de anedotas sem asneirada da "grossa", também solto um "tou fodido" cada vez que abro uma carta da finanças, também me delicio na esplanada a comentar uma "bela peida" que vá passando, também berro uns bons "ah caralho que me venho" durante o sexo.
E, realmente, quando martelo um dedo, o meu cérebro não me comanda a boca para dizer "ai penetração vaginal para este excremento que me doeu". Mas não consigo entender quem numa frase de dez palavras e sem qualquer lógica tenha de usar um "foda-seeee" e dois "caraaaalho". Sobram 7 palavras e raramente fazem qualquer sentido.
Sim, sempre considerei que o "vernáculo", a "asneira", a "grosseria" (chamem-lhe o que quiserem) faz parte integrante de uma língua. Sempre gostei de saber a origem, o porquê, das palavras, sejam elas quais forem. Mas também nunca irei considerar que, pelo facto de vários intelectuais (alguns que muito admiro) - o último que me lembre e que fez furor foi o Miguel Esteves Cardoso - defenderem isso, se deva usá-la ad-hoc e sem enquadramento algum. A língua, efectivamente, nunca será "mal-educada". O uso estúpido e abusivo dela é que muita vez o é.
EmZe
Pois...
Também me satisfaz um "vai-te foder" quando me dano com alguém, também não me consigo rir de anedotas sem asneirada da "grossa", também solto um "tou fodido" cada vez que abro uma carta da finanças, também me delicio na esplanada a comentar uma "bela peida" que vá passando, também berro uns bons "ah caralho que me venho" durante o sexo.
E, realmente, quando martelo um dedo, o meu cérebro não me comanda a boca para dizer "ai penetração vaginal para este excremento que me doeu". Mas não consigo entender quem numa frase de dez palavras e sem qualquer lógica tenha de usar um "foda-seeee" e dois "caraaaalho". Sobram 7 palavras e raramente fazem qualquer sentido.
Sim, sempre considerei que o "vernáculo", a "asneira", a "grosseria" (chamem-lhe o que quiserem) faz parte integrante de uma língua. Sempre gostei de saber a origem, o porquê, das palavras, sejam elas quais forem. Mas também nunca irei considerar que, pelo facto de vários intelectuais (alguns que muito admiro) - o último que me lembre e que fez furor foi o Miguel Esteves Cardoso - defenderem isso, se deva usá-la ad-hoc e sem enquadramento algum. A língua, efectivamente, nunca será "mal-educada". O uso estúpido e abusivo dela é que muita vez o é.
EmZe
15 janeiro 2017
«pensamentos catatónicos (341)» - bagaço amarelo
A tragédia das histórias de Amor é que, mais tarde ou mais cedo, acabam por abandonar a sua condição ficcional e passam a ser realidade, e as histórias de Amor verdadeiras dão-se muito mal com a realidade.
A realidade, apesar de tudo, não existe. Existem, isso sim, várias realidades porque cada um de nós tem uma. A minha realidade é que me apaixono mais facilmente por mulheres que gostam de histórias de Amor, ou melhor, por mulheres que não Amam ninguém.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
14 janeiro 2017
Aprendam que o taxista ensina
"Lições várias sobre sexo oral, administradas por um taxista a caminho do Lux!"
(documento histórico de 2012)
(via blog Pentelho da Kláudia)
(documento histórico de 2012)
(via blog Pentelho da Kláudia)
Namorados de Peynet
Baralho de cartas com figuras malandrecas, em especial as dos reis e das damas.
Junta-se a muitos outros baralhos de cartas e a um conjunto de peças em porcelana dos «namorados de Peynet», na minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Junta-se a muitos outros baralhos de cartas e a um conjunto de peças em porcelana dos «namorados de Peynet», na minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
13 janeiro 2017
The Gift feat. Brian Eno - «Love Without Violins» (versão não censurada)
Excelentes música e vídeo. Recomendo que apreciem!
#diamundialdafotografia #polaroidsex - Ruim
Tirar uma Polaroid da pila, esperar que saia, abanar, soprar, escrever "é todo teu, gata!" na parte de trás, meter num envelope, sair de casa, ir aos correios, esperar na fila, dizer nome e endereço à funcionária, voltar para casa, esperar 3 dias, ir ao correio, ver que não há nada, esperar mais um dia, ir ao correio outra vez, levantar um envelope, abrir e tirar uma carta com a mensagem "estás a ir muito depressa... vamos deixar o clima fluir e os sentidos tomarem conta da razão...".
Isto evoluiu bastante, não acham?
Ruim
no facebook
12 janeiro 2017
«Empregada Executiva»
"Os relacionamentos actuais evoluíram, se colocar na ponta do lápis o custo que se tem com a sua mulher ou namorada tenha certeza que sairá muito mais caro que a contratação de uma profissional. Daí você me pergunta, e os afazeres de casa?"
Comicozinho.com
Comicozinho.com
«Sobre ser gostosa e ser gostoso» - Cláudia de Marchi
Quando vocês falam que uma mulher é gostosa, vocês querem dizer que ela é bonita, linda, sarada, magra ou que ela é boa de cama? E vocês meninas? O gostoso pra vocês é o bonitinho, o sarado ou o bom de cama? Partamos do pressuposto de que ser bom no sexo é ser despudorado, sacana, é saber dar prazer ao máximo e entregar-se à ele também, é fazer tudo ardentemente e, ao mesmo tempo, sem pressa, sem nojinho, sem mimimi. Este é o meu conceito de pessoa gostosa no sexo! Certo?! Agora volte à palavra "gostosa" e "gostoso" usado a torto e à direito por aí diante de pseudo programas de TV onde corpos femininos são exibidos como picanha no açougue e em promoção em véspera de feriado. E você gatinha, acha que é justo chamar o saradinho, alto, moreno e sensual cuja língua só serve pra tirar alface dos dentes de gostoso? Ou o outro cuja única habilidade é meter o pau na vagina da mulher? E você garotão acha justo chamar a menina que acorda às 5:00 da matina pra malhar e que não gosta de ficar por cima para não mostrar "dobrinhas" (dependendo da posição todas as tem!), ou a outra que não fica de quatro por causa da pressão do homem na bunda e celulites que aparecerão com o atrito, ou a magrinha siliconada que chupa o pau do cara como se estivesse chupando um pirulito de óleo de rícino? Gente, em resumo: ter um corpo dentro do padrão imposto pela mídia, ser novinha, ser vaidosa e etc. não tem nada, absolutamente nada a ver com ser gostosa na cama! Claro que a barriga grande em alguns homens limitam as posições e é lógico que seria mais fácil desenvolver a transa se ela fosse menor, mas não é um empecilho imenso não. Não quando se sabe usar a língua e os dedos com talento! Tem também muita menina roliça, feliz e sacana, tão gulosa na cama quanto na mesa, tem muita quarentona que goza mais do que as dezoitonas da vida! Corpo é uma coisa, tara, gosto por sexo e liberdade pra gozar são outras, bem diferentes! Quanto mais bem resolvida psiquicamente a mulher é, mais mulher, no sentido literal e intenso no termo, ela se torna (Simone de Beauvaior: "não se nasce mulher, torna-se mulher) e, consequentemente, mais liberta de pudores elementares a educação machista que as fazem pudicas, frias e até frigidas a mulher se torna! E mais prazer ela terá e dará! Despeçam-se de conceitos meramente visuais e vocês descobrirão o melhor do sexo! Descobri isso há anos, desde o meu primeiro namorado, marido até o ultimo romance que tive antes do dia 11/04/16 (primeiro dia como escort) e redescubro com cada cliente que tenho. Beleza é uma coisa que pode ser atraente aos olhos, mas corpo ou o que for não faz gozar. Ser bom de cama não tem nada a ver com padrões de beleza! Aliás, quem se apega à eles em excesso (obsessivamente) pouco se "garante". (E olha que nem estou falando no cérebro, na cultura, no bom gosto, no bom trato, na finesse, na educação e na elegância né?! Não vou falar porque se não eu escreveria um tratado!).
Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!
Kama-Sutra higiénico
Rolo de papel higiénico com várias figuras em posições sexuais.
Oferta de Francisco do P... para a minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Oferta de Francisco do P... para a minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
11 janeiro 2017
Avacalhar
Isso, não é ser puta.
Finalmente arranjei um termo que não é ser puta.
Na minha opinião. Tive uns anos (dos 24 aos 28) de pura loucura, queria um homem e tinha-o, era descarada, ousada, simpática, adequava o discurso ao tipo de pessoa que queria, descontraída... e boa a foder. Aproveitei a vida sexual e a copofonia. O que no Algarve há todas as noites, Inverno inclusive. Além de trabalhar em bares (dava aulas de dia) ainda dizia que dormir era uma coisa secundária...
Terei eu sido uma vaca ?
Uma cabra?
Uma puta?
Não! Fui dona do meu corpo e piso qualquer juiz sem diploma que me apareça com falsos moralismos!
(esta é só deste canto)
10 janeiro 2017
A colecção poderia ir... mas não vai para a Fábrica de Braço de Prata
Um amigo transmitiu-me, há cerca de um mês, que o Centro Cultural instalado nas antigas instalações da Fábrica de Braço de Prata, estaria interessado em ceder algumas das suas salas para albergar a colecção de arte erótica «a funda São».
Contactei-os na altura e recebi a resposta:
"Boa noite
Peço que me desculpe por só agora responder à sua mensagem.
A minha posição inicial foi de grande entusiasmo por este seu projecto e pela possibilidade de transformarmos várias salas da Fábrica no cenário para acolher a sua colecção de forma permanente. Estamos a fazer uma reformulação profunda das nossas salas e acreditava que algumas delas pudessem transformar-se nesse museu erótico que propõe. Nesta última semana reunimos com um grupo de músicos que habitualmente tocam na Fábrica para pensar no projecto de fazer na Fábrica uma escola de música. Para nossa grande alegria percebemos que esse projecto tem excelentes condições para se tornar realidade. Existem imensos músicos disponíveis para criar nas novas salas da Fábrica uma grande escola de música - jazz, pop/rock e música clássica. Não lhe respondi antes porque queria saber do acolhimento deste projecto por parte dos músicos.Porque a escola estará aberta a alunos de todas as idades, não é recomendável que as mesmas salas onde existirão aulas de instrumento sejam os lugares de acolhimento da sua colecção. Lamento muito ter que lhe dizer que a Fábrica não poderá ser esse lugar perfeito onde cada um dos seus objectos e livros dedicados ao erotismo virá a encontrar o seu habitat natural.
Espero que possa encontrar um lugar digno para a sua colecção.
Receba os meus cumprimentos
N. N."
Respondi:
"Boa noite, Professor N. N.
Agradeço-lhe a sua resposta e a atenção que deu a este assunto. Fico contente por estarem a avançar com a escola de música no vosso espaço. É seguramente uma opção que eu própria tomaria.
Saber do seu interesse e entusiasmo pela possibilidade do espaço da minha colecção, que já me tinha sido transmitido pela pessoa que me deu o seu contacto, já foi muito bom e incentivador para eu continuar na minha busca por uma parceria.
Se um dia (preferencialmente um sábado ou domingo) tiver possibilidade de vir a Coimbra, terei todo o gosto em mostrar-lhe a colecção. Ainda ontem a mostrei a um grupo de pessoas e a reacção é a mesma de todos os que vêem ao vivo o conjunto de objectos e livros: é uma pena que não esteja num espaço acessível ao público.
Parabéns pelo vosso projecto e força para o continuar
São Rosas"
Contactei-os na altura e recebi a resposta:
"Boa noite
A Fábrica de Braço de Prata quando laborava e produzia material de guerra |
A minha posição inicial foi de grande entusiasmo por este seu projecto e pela possibilidade de transformarmos várias salas da Fábrica no cenário para acolher a sua colecção de forma permanente. Estamos a fazer uma reformulação profunda das nossas salas e acreditava que algumas delas pudessem transformar-se nesse museu erótico que propõe. Nesta última semana reunimos com um grupo de músicos que habitualmente tocam na Fábrica para pensar no projecto de fazer na Fábrica uma escola de música. Para nossa grande alegria percebemos que esse projecto tem excelentes condições para se tornar realidade. Existem imensos músicos disponíveis para criar nas novas salas da Fábrica uma grande escola de música - jazz, pop/rock e música clássica. Não lhe respondi antes porque queria saber do acolhimento deste projecto por parte dos músicos.Porque a escola estará aberta a alunos de todas as idades, não é recomendável que as mesmas salas onde existirão aulas de instrumento sejam os lugares de acolhimento da sua colecção. Lamento muito ter que lhe dizer que a Fábrica não poderá ser esse lugar perfeito onde cada um dos seus objectos e livros dedicados ao erotismo virá a encontrar o seu habitat natural.
Espero que possa encontrar um lugar digno para a sua colecção.
Receba os meus cumprimentos
N. N."
Respondi:
"Boa noite, Professor N. N.
Agradeço-lhe a sua resposta e a atenção que deu a este assunto. Fico contente por estarem a avançar com a escola de música no vosso espaço. É seguramente uma opção que eu própria tomaria.
Saber do seu interesse e entusiasmo pela possibilidade do espaço da minha colecção, que já me tinha sido transmitido pela pessoa que me deu o seu contacto, já foi muito bom e incentivador para eu continuar na minha busca por uma parceria.
Se um dia (preferencialmente um sábado ou domingo) tiver possibilidade de vir a Coimbra, terei todo o gosto em mostrar-lhe a colecção. Ainda ontem a mostrei a um grupo de pessoas e a reacção é a mesma de todos os que vêem ao vivo o conjunto de objectos e livros: é uma pena que não esteja num espaço acessível ao público.
Parabéns pelo vosso projecto e força para o continuar
São Rosas"
Visionários e mau perdedor
Jornal i online - 7/12/2016
Já sabem qual é o mais sexy do ano que só agora começou e eu ainda nem enviei o formulário de candidatura? Batoteiros...
Sharkinho
@sharkinho no Twitter
«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 72
O livro «Mulheres - retratos de respeito, amor-próprio, direitos e dignidade», de Carol Rossetti, está em venda em Portugal, editado pela Saída de Emergência.
Página pessoal
no Facebook
no Tumblr
Página pessoal
no Facebook
no Tumblr
Caralho de S. Gonçalo
Biscoito em forma de falo e coberto com açúcar, típico das festas de S. Gonçalo de Amarante.
Os Colhões ou Caralhos de S. Gonçalo são doces tradicionais de Amarante, feitos em homenagem a S. Gonçalo, casamenteiro das velhas. Em Amarante há uma canção muito antiga:
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Os Colhões ou Caralhos de S. Gonçalo são doces tradicionais de Amarante, feitos em homenagem a S. Gonçalo, casamenteiro das velhas. Em Amarante há uma canção muito antiga:
"Raparigas de Amarante
Encostai o cu ao muro
Que aí vem o São Gonçalo
Com os colhões ao dependuro"
Oferta de Nelson S. para a colecção. A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
09 janeiro 2017
«Desvirtudes da ventura» - António Eça de Queiroz
Valdemira Gomes do Ó – ou Mirita, como todos a conheciam em Tagilde, onde geria com pulso de ferro um mini-mercado com tasca associada – atravessou a ponte sobre o Tâmega em direcção à bela Igreja de S. Gonçalo, onde entrou animada de plano concreto. Já dentro do rico templo procurou a pequena capela do santo, que à hora do almoço não apresentava grande movimento – apesar daquele primeiro domingo de Junho ser a sua festa anual.
Junto ao túmulo de calcário polícromo apenas duas mulheres rezavam, tocando o monumento umas vezes com as mãos, outras com a cabeça.
Mirita esperou, de joelhos no chão.
A seu lado, no interior de um saco colorido feito em espesso tecido bordado com motivos florais, descansava um outro saco de plástico transparente bem cheio de Doces do Santo – uma espécie de cavacas de Resende de formato inequivocamente fálico. Ela e o marido iriam nos dias mais próximos ter por sobremesa exclusiva os conhecidos ‘Caralhos de S. Gonçalo’.
Mas faltava o principal, de acordo com os conselhos da mulher de saber que consultara há duas semanas na Portela do Gove: devia esfregar a testa do corpo no túmulo do santo, mas sem qualquer roupa em cima…
Por isso viera sem cuecas.
Restava aguardar o momento em que a capela não tivesse ninguém: então iria erguer a saia, esfregando de seguida a felpuda intimidade no calcário pintado que cobria e alindava o túmulo do santo padroeiro de casadoiras e inférteis de longo curso.
Finalmente o momento chegou.
Ninguém à vista!
Mirita levantou a saia, que escolhera larga e apropriada à ousada manobra, e, cheia de cuidados, esfregou uma e outra vez a testa do sexo no vértice já um pouco gasto do velho túmulo – ao mesmo tempo que murmurava a ladainha que a Bruxa de Eiriz, como era conhecida a sua mulher de saber, lhe indicara por conveniente.
Na sua devoção paroxística nem deu pela aproximação de uma outra mulher, bem mais velha, que a assustou com um comentário trocista:
– Ó santinha…, deixe-se lá disso, carago… Olhe que não vão ser essas esfregadelas que a vão ajudar, isso é garantido…
Mirita, que baixara num repente o largo vestido e se apressava a ganhar alguma compostura no meio de uma coradela que não enganava ninguém, apressou-se a ripostar uma quase irada e gaguejante pergunta:
– E quem é você para saber se funciona ou não?…
– Sou parteira diplomada, Genoveva Pires ao seu dispor… Mas diga-me só uma coisa: já fez algum teste de fertilidade?…
– Já fiz sim senhora!, e o doutor disse que eu não tinha nada estragado…
Então a diplomada Genoveva pediu-lhe para a acompanhar para fora da igreja, pois tinha algo de muito importante para lhe dizer.
Já cá fora, no parque lateral ao convento, mesmo em frente ao Museu Amadeo de Souza-Cardoso, as duas encontraram poiso calmo e relativamente distante de ouvidos alheios.
Genoveva Pires foi direita ao assunto:
– Minha santinha, se você não tem nada estragado… então quem está estragado é o seu homem. Ele porta-se bem no serviço?…
Que sim, que era um animal completo, que não a deixava em paz noite nenhuma… A não ser quando apanhava grossa carraspana. E acusava-a de não lhe dar filhos, um que fosse, e ela que bem queria, pois seria maneira dele a deixar em paz por uns tempos, ao menos…
– Então é porque tem os leites estragados…, disse a diplomada em tom professoral.
Que não podia ser, que nem lho poderia dizer, que a matava, que lhe fugiria – lamentava-se Valdemira Gomes do Ó, com lágrimas fáceis a inflamar-lhe já as vistas.
O conselho da diplomada parteira chegou seco e pesado com um relâmpago do estio:
– Arranje outro macho para o serviço… Mas longe daqui, que não seja conhecido… E faça a parte de comer os doces, e diga ao seu homem que veio à igreja esfregar-se, que ele assim achará que foi mesmo milagre…
Da imediata reacção furiosa de Mirita resultou o fim da entrevista, com a parteira Genoveva a bater em retirada no meio de comentários pouco abonatórios à inteligência da putativa mãe frustrada.
À falta de melhor, a gerente comercial de Tagilde voltou à igreja em busca de consolo no confessionário.
Cinco meses se passaram, assim como muita água do Tâmega correu por baixo da velha testemunha granítica de napoleónicos esforços e galopes liberais ou absolutistas.
Num início de tarde outonal, Valdemira do Ó saía do restaurante ‘Zé da Calçada’ apoderada do braço de um homem atarracado que se esforçava, de forma quase hostil para terceiros, por protegê-la de qualquer encontrão do muito povo que animava as ruas. A protuberância ventral que Mirita exibia não deixava dúvidas: estava grávida, muitíssimo grávida!…
O casal encaminhou-se para uma Toyota Hiace, onde o homem, com cuidado extremo, ajudou a mulher a subir e a instalar-se comodamente no lugar do passageiro. Depois, ligando o rádio e beijando-a com carinho evidente, rumou à Igreja de S. Gonçalo.
Mirita cabeceava de sono quando um leve toque no vidro da Hiace a fez despertar para uma incómoda realidade: do outro lado, com um sorriso de frincha negra, a parteira diplomada fez-lhe sinal para descer o vidro.
Não querendo escândalo, a gerente comercial de Tagilde lá acedeu em descer o vidro, para de imediato ouvir um sonoro «Ahhh!…».
– É, respondeu Mirita secamente.
– E?…, perguntou a parteira Genoveva.
– Oh!…, não lho vou dizer, carago…
– Diga-me só se é de longe, minha filha. Não lhe quero mal nenhum, e por isso é que lhe pergunto se não é daqui… Porque, veja bem, se for daqui e tiver mais filhos, ainda pode acontecer uma coisa que você nunca quereria… Imagine que tem uma menina e ela, daqui a 20 anos, se apaixona por um meio-irmão que não conhece?…
– Bem…, começou a medo a futura mãe, ele não é daqui mas tem vivido por aqui…
– Eu sei tudo sobre os pais e os filhos desta cidade e arredores…, bem, de quase todos… Diga-me só quem é, para sabermos se há algum risco. Pela minha honra que nunca falarei no assunto…
Mirita corou como uma romã madura e bem aberta, antes de garantir que não havia perigo nenhum:
– … É o padre…
Genoveva Pires deitou por momentos as mãos à cara, antes de declarar o seu espanto:
– Ai então não há perigo por ser o padre?!… Pois olhe que agora é que o perigo é grande, mulher!… É que eu nem lhe conheço os filhos todos, carago…
Eu bem lhe disse que isso era para se fazer longe daqui, santinha!…
A conversa desfez-se ali, o vidro subiu lentamente, com o mesmo vagar com que a diplomada se afastava da Hiace.
O atarracado marido regressava, de sorriso estampado no rosto.
De longe ainda, apontou para um transparente saco repleto de ‘Caralhos de S. Gonçalo’.
Ao entrar no furgão anunciou com felicidade evidente:
– Hoje até me confessei!…
António Eça de Queiroz
Mini-conto incluído no livro «Dias de riso e impiedade» (Amazon, 2015) e reproduzido do blog «Escrever é triste» com permisSão do autor
Junto ao túmulo de calcário polícromo apenas duas mulheres rezavam, tocando o monumento umas vezes com as mãos, outras com a cabeça.
Mirita esperou, de joelhos no chão.
A seu lado, no interior de um saco colorido feito em espesso tecido bordado com motivos florais, descansava um outro saco de plástico transparente bem cheio de Doces do Santo – uma espécie de cavacas de Resende de formato inequivocamente fálico. Ela e o marido iriam nos dias mais próximos ter por sobremesa exclusiva os conhecidos ‘Caralhos de S. Gonçalo’.
Mas faltava o principal, de acordo com os conselhos da mulher de saber que consultara há duas semanas na Portela do Gove: devia esfregar a testa do corpo no túmulo do santo, mas sem qualquer roupa em cima…
Por isso viera sem cuecas.
Restava aguardar o momento em que a capela não tivesse ninguém: então iria erguer a saia, esfregando de seguida a felpuda intimidade no calcário pintado que cobria e alindava o túmulo do santo padroeiro de casadoiras e inférteis de longo curso.
Finalmente o momento chegou.
Ninguém à vista!
Mirita levantou a saia, que escolhera larga e apropriada à ousada manobra, e, cheia de cuidados, esfregou uma e outra vez a testa do sexo no vértice já um pouco gasto do velho túmulo – ao mesmo tempo que murmurava a ladainha que a Bruxa de Eiriz, como era conhecida a sua mulher de saber, lhe indicara por conveniente.
Na sua devoção paroxística nem deu pela aproximação de uma outra mulher, bem mais velha, que a assustou com um comentário trocista:
– Ó santinha…, deixe-se lá disso, carago… Olhe que não vão ser essas esfregadelas que a vão ajudar, isso é garantido…
Mirita, que baixara num repente o largo vestido e se apressava a ganhar alguma compostura no meio de uma coradela que não enganava ninguém, apressou-se a ripostar uma quase irada e gaguejante pergunta:
– E quem é você para saber se funciona ou não?…
– Sou parteira diplomada, Genoveva Pires ao seu dispor… Mas diga-me só uma coisa: já fez algum teste de fertilidade?…
– Já fiz sim senhora!, e o doutor disse que eu não tinha nada estragado…
Então a diplomada Genoveva pediu-lhe para a acompanhar para fora da igreja, pois tinha algo de muito importante para lhe dizer.
Já cá fora, no parque lateral ao convento, mesmo em frente ao Museu Amadeo de Souza-Cardoso, as duas encontraram poiso calmo e relativamente distante de ouvidos alheios.
Genoveva Pires foi direita ao assunto:
– Minha santinha, se você não tem nada estragado… então quem está estragado é o seu homem. Ele porta-se bem no serviço?…
Que sim, que era um animal completo, que não a deixava em paz noite nenhuma… A não ser quando apanhava grossa carraspana. E acusava-a de não lhe dar filhos, um que fosse, e ela que bem queria, pois seria maneira dele a deixar em paz por uns tempos, ao menos…
– Então é porque tem os leites estragados…, disse a diplomada em tom professoral.
Que não podia ser, que nem lho poderia dizer, que a matava, que lhe fugiria – lamentava-se Valdemira Gomes do Ó, com lágrimas fáceis a inflamar-lhe já as vistas.
O conselho da diplomada parteira chegou seco e pesado com um relâmpago do estio:
– Arranje outro macho para o serviço… Mas longe daqui, que não seja conhecido… E faça a parte de comer os doces, e diga ao seu homem que veio à igreja esfregar-se, que ele assim achará que foi mesmo milagre…
Da imediata reacção furiosa de Mirita resultou o fim da entrevista, com a parteira Genoveva a bater em retirada no meio de comentários pouco abonatórios à inteligência da putativa mãe frustrada.
À falta de melhor, a gerente comercial de Tagilde voltou à igreja em busca de consolo no confessionário.
Cinco meses se passaram, assim como muita água do Tâmega correu por baixo da velha testemunha granítica de napoleónicos esforços e galopes liberais ou absolutistas.
Num início de tarde outonal, Valdemira do Ó saía do restaurante ‘Zé da Calçada’ apoderada do braço de um homem atarracado que se esforçava, de forma quase hostil para terceiros, por protegê-la de qualquer encontrão do muito povo que animava as ruas. A protuberância ventral que Mirita exibia não deixava dúvidas: estava grávida, muitíssimo grávida!…
O casal encaminhou-se para uma Toyota Hiace, onde o homem, com cuidado extremo, ajudou a mulher a subir e a instalar-se comodamente no lugar do passageiro. Depois, ligando o rádio e beijando-a com carinho evidente, rumou à Igreja de S. Gonçalo.
Mirita cabeceava de sono quando um leve toque no vidro da Hiace a fez despertar para uma incómoda realidade: do outro lado, com um sorriso de frincha negra, a parteira diplomada fez-lhe sinal para descer o vidro.
Não querendo escândalo, a gerente comercial de Tagilde lá acedeu em descer o vidro, para de imediato ouvir um sonoro «Ahhh!…».
– É, respondeu Mirita secamente.
– E?…, perguntou a parteira Genoveva.
– Oh!…, não lho vou dizer, carago…
– Diga-me só se é de longe, minha filha. Não lhe quero mal nenhum, e por isso é que lhe pergunto se não é daqui… Porque, veja bem, se for daqui e tiver mais filhos, ainda pode acontecer uma coisa que você nunca quereria… Imagine que tem uma menina e ela, daqui a 20 anos, se apaixona por um meio-irmão que não conhece?…
– Bem…, começou a medo a futura mãe, ele não é daqui mas tem vivido por aqui…
– Eu sei tudo sobre os pais e os filhos desta cidade e arredores…, bem, de quase todos… Diga-me só quem é, para sabermos se há algum risco. Pela minha honra que nunca falarei no assunto…
Mirita corou como uma romã madura e bem aberta, antes de garantir que não havia perigo nenhum:
– … É o padre…
Genoveva Pires deitou por momentos as mãos à cara, antes de declarar o seu espanto:
– Ai então não há perigo por ser o padre?!… Pois olhe que agora é que o perigo é grande, mulher!… É que eu nem lhe conheço os filhos todos, carago…
Eu bem lhe disse que isso era para se fazer longe daqui, santinha!…
A conversa desfez-se ali, o vidro subiu lentamente, com o mesmo vagar com que a diplomada se afastava da Hiace.
O atarracado marido regressava, de sorriso estampado no rosto.
De longe ainda, apontou para um transparente saco repleto de ‘Caralhos de S. Gonçalo’.
Ao entrar no furgão anunciou com felicidade evidente:
– Hoje até me confessei!…
António Eça de Queiroz
Mini-conto incluído no livro «Dias de riso e impiedade» (Amazon, 2015) e reproduzido do blog «Escrever é triste» com permisSão do autor
Subscrever:
Mensagens (Atom)