10 janeiro 2017

A colecção poderia ir... mas não vai para a Fábrica de Braço de Prata

Um amigo transmitiu-me, há cerca de um mês, que o Centro Cultural instalado nas antigas instalações da Fábrica de Braço de Prata, estaria interessado em ceder algumas das suas salas para albergar a colecção de arte erótica «a funda São».

Contactei-os na altura e recebi a resposta:

"Boa noite
A Fábrica de Braço de Prata quando laborava e
produzia material de guerra
Peço que me desculpe por só agora responder à sua mensagem.
A minha posição inicial foi de grande entusiasmo por este seu projecto e pela possibilidade de transformarmos várias salas da Fábrica no cenário para acolher a sua colecção de forma permanente. Estamos a fazer uma reformulação profunda das nossas salas e acreditava que algumas delas pudessem transformar-se nesse museu erótico que propõe. Nesta última semana reunimos com um grupo de músicos que habitualmente tocam na Fábrica para pensar no projecto de fazer na Fábrica uma escola de música. Para nossa grande alegria percebemos que esse projecto tem excelentes condições para se tornar realidade. Existem imensos músicos disponíveis para criar nas novas salas da Fábrica uma grande escola de música - jazz, pop/rock e música clássica. Não lhe respondi antes porque queria saber do acolhimento deste projecto por parte dos músicos.Porque a escola estará aberta a alunos de todas as idades, não é recomendável que as mesmas salas onde existirão aulas de instrumento sejam os lugares de acolhimento da sua colecção. Lamento muito ter que lhe dizer que a Fábrica não poderá ser esse lugar perfeito onde cada um dos seus objectos e livros dedicados ao erotismo virá a encontrar o seu habitat natural.
Espero que possa encontrar um lugar digno para a sua colecção.
Receba os meus cumprimentos
N. N."


Respondi:

"Boa noite, Professor N. N.
Agradeço-lhe a sua resposta e a atenção que deu a este assunto. Fico contente por estarem a avançar com a escola de música no vosso espaço. É seguramente uma opção que eu própria tomaria.
Saber do seu interesse e entusiasmo pela possibilidade do espaço da minha colecção, que já me tinha sido transmitido pela pessoa que me deu o seu contacto, já foi muito bom e incentivador para eu continuar na minha busca por uma parceria.
Se um dia (preferencialmente um sábado ou domingo) tiver possibilidade de vir a Coimbra, terei todo o gosto em mostrar-lhe a colecção. Ainda ontem a mostrei a um grupo de pessoas e a reacção é a mesma de todos os que vêem ao vivo o conjunto de objectos e livros: é uma pena que não esteja num espaço acessível ao público.
Parabéns pelo vosso projecto e força para o continuar
São Rosas"